A palavra-na-vida : a poesia polifônica em Drummond

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zonin, Carina Dartora
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/36983
Resumo: Aos incontestáveis revolucionários, o inevitável risco de viver para sempre, imortalizados na memória, no pensamento e na voz do outro. Neste estudo, regressa ao campo estético-literário a vitalidade dos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin, uma vez inovadores no romance, agora, também, excêntricos na poesia. Imbuídos dessa perspectiva, de tendência evolutiva e renovadora, inicialmente, ouviremos, na voz de poetas e críticos consagrados, dentre eles, Mário de Andrade e o próprio Carlos Drummond de Andrade, prerrogativas em torno do fazer poético. Em seguida, através de uma releitura dos princípios bakhtinianos, da dialogia, da polifonia e dos gêneros discursivos, observaremos a estreita correlação destes com a renovação formal deflagrada pelos modernos, sobretudo, a percepção de características comuns que promovam, enfim, o feliz encontro entre a prosa e a poesia. Só, então, partiremos para a escuta polifônica, em poesias representativas, dos tipos de vozes sociais, a saber, a do otimista, a do incrédulo e a do oprimido, em A rosa do povo (1945), momento de auge do ativismo artístico, engajado e participante. Ao final, realçaremos nas rotas fundadoras de um novo gênero, eminentemente, polifônico, a ressonância lírica da multidão que fala, clama e protesta: a voz poética drummondiana, na vida, submersa.
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