Análise da prevalência de trombofilias hereditárias em doadores de sangue do HCPA e em mulheres com abortamentos recorrentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/196715 |
Resumo: | INTRODUÇÃO:, A trombofilia é uma tendência aumentada para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos, podendo ser tanto genética como adquirida, causando assim riscos de complicações como trombose venosa, embolia pulmonar ou perdas gestacionais. Considerando que o abortamento recorrente (AR) pode ser definido como dois ou mais abortamentos consecutivos, há evidências de que as trombofilias hereditárias, principalmente as variações genéticas associadas ao fator V, fator II e MTHFR podem estar associadas a esta condição. OBJETIVO: Analisar a prevalência das trombofilias hereditárias numa amostra da população do estado do Rio Grande do Sul, representada por doadores do banco de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e em mulheres com abortamentos recorrentes. METODOLOGIA: Foram examinadas 325 amostras de doadores de sangue do banco de sangue do HCPA e 33 amostras de mulheres com casos de abortamento recorrente atendidas entre os anos de 2014 a 2018 no Ambulatório Pré-Natal do HCPA. O DNA dos doadores foi extraído de papel-filtro, enquanto o material genético das mulheres com AR já estava armazenado em biorepossitório. O grupo de mulheres com AR foi pareado por idade com um grupo controle de 99 mulheres doadoras de sangue para um estudo caso-controle. A genotipagem de todas as amostras foi realizada por PCR qualitativo em Tempo Real com sondas específicas para cada variante - FV g.1691G>A, FII g.2021G>A, MTHFR g.677C>T, MTHFR g.1298A>C. RESULTADOS: No grupo de doadores de sangue, onde a média de idade foi de 38.5 (dp ± 11.4) anos, as frequências alélicas de cada variante genética foram de FV g.1691G>A 96.3% (G), 3.7% (A); FII g.2021G>A 95.7% (G), 4.3% (A); MTHFR g.677C>T 44.3% (C), 42.2% (T); MTHFR g.1298A>C 55.4% (A), 39.1% (C). No grupo caso de mulheres com AR a idade média foi de 35 (dp ±5.7) anos, as frequências alélicas de cada variante genética foram de FV g.1691G>A 100% (G), 0% (A); FII g.2021G>A 98.5% (G), 1.5% (A); MTHFR g.677C>T 76% (C), 24% (T); MTHFR g.1298A>C 80% (A), 20% (C). Quando comparamos o grupo caso, com o grupo controle (composto de mulheres retiradas do grupo de doadores de sangue e pareado por idade) verificamos que a prevalência das mutações nos genes FV e FII foi exatamente a mesma nos dois grupos, com nenhum resultado em homozigose para as mutações. Os resultados para MTHFR, apesar de diferirem em prevalência, não apresentaram associação significativa entre os grupos caso e controle. CONCLUSÃO: Os resultados da amostra populacional de doadores de sangue descrevem as frequências das variantes associadas a trombose venosa profunda e hiperhomocisteinemia, apresentando de forma importante um conhecimento sobre o perfil genético dos doadores de sangue sul-brasileiros. Para ambas as análises, acreditamos que um aumento no tamanho da amostra é necessário para melhor esclarecer algumas interpretações. No entanto, este estudo contribui para aumentar o conhecimento da frequência das variantes genéticas analisadas em um grupo de indivíduos da população do sul do Brasil. |
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Guareschi, Jéssica DickLeistner-Segal, SandraOnsten, Tor Gunnar Hugo2019-07-09T02:39:00Z2019http://hdl.handle.net/10183/196715001094121INTRODUÇÃO:, A trombofilia é uma tendência aumentada para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos, podendo ser tanto genética como adquirida, causando assim riscos de complicações como trombose venosa, embolia pulmonar ou perdas gestacionais. Considerando que o abortamento recorrente (AR) pode ser definido como dois ou mais abortamentos consecutivos, há evidências de que as trombofilias hereditárias, principalmente as variações genéticas associadas ao fator V, fator II e MTHFR podem estar associadas a esta condição. OBJETIVO: Analisar a prevalência das trombofilias hereditárias numa amostra da população do estado do Rio Grande do Sul, representada por doadores do banco de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e em mulheres com abortamentos recorrentes. METODOLOGIA: Foram examinadas 325 amostras de doadores de sangue do banco de sangue do HCPA e 33 amostras de mulheres com casos de abortamento recorrente atendidas entre os anos de 2014 a 2018 no Ambulatório Pré-Natal do HCPA. O DNA dos doadores foi extraído de papel-filtro, enquanto o material genético das mulheres com AR já estava armazenado em biorepossitório. O grupo de mulheres com AR foi pareado por idade com um grupo controle de 99 mulheres doadoras de sangue para um estudo caso-controle. A genotipagem de todas as amostras foi realizada por PCR qualitativo em Tempo Real com sondas específicas para cada variante - FV g.1691G>A, FII g.2021G>A, MTHFR g.677C>T, MTHFR g.1298A>C. RESULTADOS: No grupo de doadores de sangue, onde a média de idade foi de 38.5 (dp ± 11.4) anos, as frequências alélicas de cada variante genética foram de FV g.1691G>A 96.3% (G), 3.7% (A); FII g.2021G>A 95.7% (G), 4.3% (A); MTHFR g.677C>T 44.3% (C), 42.2% (T); MTHFR g.1298A>C 55.4% (A), 39.1% (C). No grupo caso de mulheres com AR a idade média foi de 35 (dp ±5.7) anos, as frequências alélicas de cada variante genética foram de FV g.1691G>A 100% (G), 0% (A); FII g.2021G>A 98.5% (G), 1.5% (A); MTHFR g.677C>T 76% (C), 24% (T); MTHFR g.1298A>C 80% (A), 20% (C). Quando comparamos o grupo caso, com o grupo controle (composto de mulheres retiradas do grupo de doadores de sangue e pareado por idade) verificamos que a prevalência das mutações nos genes FV e FII foi exatamente a mesma nos dois grupos, com nenhum resultado em homozigose para as mutações. Os resultados para MTHFR, apesar de diferirem em prevalência, não apresentaram associação significativa entre os grupos caso e controle. CONCLUSÃO: Os resultados da amostra populacional de doadores de sangue descrevem as frequências das variantes associadas a trombose venosa profunda e hiperhomocisteinemia, apresentando de forma importante um conhecimento sobre o perfil genético dos doadores de sangue sul-brasileiros. Para ambas as análises, acreditamos que um aumento no tamanho da amostra é necessário para melhor esclarecer algumas interpretações. No entanto, este estudo contribui para aumentar o conhecimento da frequência das variantes genéticas analisadas em um grupo de indivíduos da população do sul do Brasil.INTRODUCTION: Both genetically and acquired, thrombophilia is an increased tendency for the development of blood clots, thus causing risks of complications such as venous thrombosis, pulmonary embolism or gestational loss. Considering that recurrent miscarriage (RM) can be defined as two or more consecutive miscarriages, there is evidence that hereditary thrombophilias, especially genetic variations associated with factor V, factor II and MTHFR, may be associated with this condition. OBJECTIVE: The aim of this study was to analyze the prevalence of hereditary thrombophilias in a population sample from the state of Rio Grande do Sul, represented by blood bank donors from the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), and in women with recurrent miscarriages. METHODOLOGY: We examined 325 blood donor samples from the HCPA blood bank and 33 samples from women with recurrent miscarriage attended between 2014 and 2018 at the HCPA Prenatal Outpatient Clinic. DNA of donors was extracted from filter paper, while the genetic material of women with RM was already stored in a biorepository. The group of women with RM was age matched with a control group of 99 female blood donors for a case-control study. Genotyping of all samples was performed by qualitative Real-Time PCR with probes specific for each variant - FV g.1691G>A, FII g.2021G>A, MTHFR g.677C>T, MTHFR g.1298A>C. RESULTS: In the group of blood donors, where the mean age was 38.5 (sd ± 11.4) years, the allele frequencies of each genetic variant were FV g.1691G> A 96.3% (G), 3.7% (A); FII g.2021G> 95.7% (G), 4.3% (A); MTHFR g.677C> T 44.3% (C), 42.2% (T); MTHFR g.1298A> C 55.4% (A), 39.1% (C). In the case of women with RA the mean age was 35 (sd ± 5.7) years, the allele frequencies of each genetic variant were FV g.1691G> A 100% (G), 0% (A); FII g.2021G> 98.5% (G), 1.5% (A); MTHFR g.677C> T 76% (C), 24% (T); MTHFR g.1298A> C 80% (A), 20% (C). When comparing the case group with the control group of women withdrawn from the age-matched blood donor group we found that the prevalence of mutations in the FV and FII genes was exactly the same in the two groups, with no homozygous results for the mutations. The results for MTHFR, although differing in prevalence, did not present a statistical significant association between the case and control groups. CONCLUSION: Results of the population sample of blood donors describe the frequencies of the variants associated with deep venous thrombosis and hyperhomocysteinemia, presenting important knowledge about the genetic profile of blood donors in South Brazil. Regarding the screening of these alterations in women with RM, the data suggest that there is no association. For both analyzes, we believe that an increase in sample size is necessary to better clarify some interpretations. Nevertheless, this study contributes to increase the knowledge of the frequency of the genetic variants analyzed in a group of individuals of the population of south Brazil.application/pdfporAborto habitualDoadores de sangueTrombofiliaHospital de Clínicas de Porto AlegreMiscarriageFactor IIFactor VMTHFRHereditary thrombophiliaRecurrent miscarriageAnálise da prevalência de trombofilias hereditárias em doadores de sangue do HCPA e em mulheres com abortamentos recorrentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001094121.pdf.txt001094121.pdf.txtExtracted Texttext/plain108370http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196715/2/001094121.pdf.txt83fabea0efb6226b892aa84423d8a65fMD52ORIGINAL001094121.pdfTexto completoapplication/pdf1352898http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196715/1/001094121.pdf692a9fb5dfb12615a4bdf6d419a8f7e6MD5110183/1967152022-09-01 05:01:21.862683oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196715Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-01T08:01:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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INTRODUÇÃO:, A trombofilia é uma tendência aumentada para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos, podendo ser tanto genética como adquirida, causando assim riscos de complicações como trombose venosa, embolia pulmonar ou perdas gestacionais. Considerando que o abortamento recorrente (AR) pode ser definido como dois ou mais abortamentos consecutivos, há evidências de que as trombofilias hereditárias, principalmente as variações genéticas associadas ao fator V, fator II e MTHFR podem estar associadas a esta condição. OBJETIVO: Analisar a prevalência das trombofilias hereditárias numa amostra da população do estado do Rio Grande do Sul, representada por doadores do banco de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e em mulheres com abortamentos recorrentes. METODOLOGIA: Foram examinadas 325 amostras de doadores de sangue do banco de sangue do HCPA e 33 amostras de mulheres com casos de abortamento recorrente atendidas entre os anos de 2014 a 2018 no Ambulatório Pré-Natal do HCPA. O DNA dos doadores foi extraído de papel-filtro, enquanto o material genético das mulheres com AR já estava armazenado em biorepossitório. O grupo de mulheres com AR foi pareado por idade com um grupo controle de 99 mulheres doadoras de sangue para um estudo caso-controle. A genotipagem de todas as amostras foi realizada por PCR qualitativo em Tempo Real com sondas específicas para cada variante - FV g.1691G>A, FII g.2021G>A, MTHFR g.677C>T, MTHFR g.1298A>C. RESULTADOS: No grupo de doadores de sangue, onde a média de idade foi de 38.5 (dp ± 11.4) anos, as frequências alélicas de cada variante genética foram de FV g.1691G>A 96.3% (G), 3.7% (A); FII g.2021G>A 95.7% (G), 4.3% (A); MTHFR g.677C>T 44.3% (C), 42.2% (T); MTHFR g.1298A>C 55.4% (A), 39.1% (C). No grupo caso de mulheres com AR a idade média foi de 35 (dp ±5.7) anos, as frequências alélicas de cada variante genética foram de FV g.1691G>A 100% (G), 0% (A); FII g.2021G>A 98.5% (G), 1.5% (A); MTHFR g.677C>T 76% (C), 24% (T); MTHFR g.1298A>C 80% (A), 20% (C). Quando comparamos o grupo caso, com o grupo controle (composto de mulheres retiradas do grupo de doadores de sangue e pareado por idade) verificamos que a prevalência das mutações nos genes FV e FII foi exatamente a mesma nos dois grupos, com nenhum resultado em homozigose para as mutações. Os resultados para MTHFR, apesar de diferirem em prevalência, não apresentaram associação significativa entre os grupos caso e controle. CONCLUSÃO: Os resultados da amostra populacional de doadores de sangue descrevem as frequências das variantes associadas a trombose venosa profunda e hiperhomocisteinemia, apresentando de forma importante um conhecimento sobre o perfil genético dos doadores de sangue sul-brasileiros. Para ambas as análises, acreditamos que um aumento no tamanho da amostra é necessário para melhor esclarecer algumas interpretações. No entanto, este estudo contribui para aumentar o conhecimento da frequência das variantes genéticas analisadas em um grupo de indivíduos da população do sul do Brasil. |
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