Pensar com cenas de escola : a arte, o estranho, o mínimo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fischer, Deborah Vier
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/197436
Resumo: Esta tese é uma aposta na escola, qualquer escola. Não faz distinção entre espaço de educação público e privado, mesmo sabendo que as diferenças, acentuadamente, existem. Para efeitos desta pesquisa, que tem como materialidades uma coleção de cenas de escola, recolhidas de espaços diversos de educação básica, não são essas diferenças – econômicas e estruturais – que interessam sobremaneira, mas a aposta na vida que emerge nos gestos das gentes que habitam cotidianamente esses espaços, com as suas inventividades e a capacidade de criação diante de situações que as tiram das familiaridades advindas de um sistema que prescreve, ordena, limita ações e pensamentos. Uma escola como multiplicidade. Um investimento, portanto, nas ações micropolíticas ativas (ROLNIK, 2016), expressas em situações mínimas que potencializam a ideia de pensar as infinidades de escolas que convivem na escola mesma (GALLO, 2015). Como traçado analítico e metodológico, elege-se o pensar com como fio condutor para colocar em conversa pequenas cenas de escola, na relação com três linhas de força que delas emergem: a arte, o estranho e o mínimo. Soma-se a elas uma proposição do artista Antônio Augusto Bueno, o Varal com gravetos do abacateiro do Jabutipê (2017), que inspira a construção de um grande varal, em que estão suspensas, momentaneamente, as cenas de escola. Cenas que convidam a criar novas e outras imagens de pensamento, que nascem do que ainda não foi pensado ou do que poderia ser pensado de outros modos. Para pulsar essas linhas de força, na relação com o pensar com, a pesquisa está desenhada em companhia de artistas visuais e de uma coleção de autores como Sigmund Freud, Gilles Deleuze e Félix Guattari, Michel Foucault e seus interlocutores. Juntos, eles colaboram para o exercício pretendido de estranhar a escola por dentro, como um modo de atenção e de resistência ao que se passa nela/com ela, pensando-a de um lugar, por vezes, impensado. Uma tese, portanto, como um convite a sair da imobilidade do pensamento, estranhando práticas e colocando sob suspeita o que é tido como familiar na escola. Um modo de mobilizar forças que colaborem para trazer mais vida a esse espaço que, por vezes, parece esmaecer. Um movimento necessário e urgente.
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Um investimento, portanto, nas ações micropolíticas ativas (ROLNIK, 2016), expressas em situações mínimas que potencializam a ideia de pensar as infinidades de escolas que convivem na escola mesma (GALLO, 2015). Como traçado analítico e metodológico, elege-se o pensar com como fio condutor para colocar em conversa pequenas cenas de escola, na relação com três linhas de força que delas emergem: a arte, o estranho e o mínimo. Soma-se a elas uma proposição do artista Antônio Augusto Bueno, o Varal com gravetos do abacateiro do Jabutipê (2017), que inspira a construção de um grande varal, em que estão suspensas, momentaneamente, as cenas de escola. Cenas que convidam a criar novas e outras imagens de pensamento, que nascem do que ainda não foi pensado ou do que poderia ser pensado de outros modos. Para pulsar essas linhas de força, na relação com o pensar com, a pesquisa está desenhada em companhia de artistas visuais e de uma coleção de autores como Sigmund Freud, Gilles Deleuze e Félix Guattari, Michel Foucault e seus interlocutores. Juntos, eles colaboram para o exercício pretendido de estranhar a escola por dentro, como um modo de atenção e de resistência ao que se passa nela/com ela, pensando-a de um lugar, por vezes, impensado. Uma tese, portanto, como um convite a sair da imobilidade do pensamento, estranhando práticas e colocando sob suspeita o que é tido como familiar na escola. Um modo de mobilizar forças que colaborem para trazer mais vida a esse espaço que, por vezes, parece esmaecer. Um movimento necessário e urgente.This thesis is a commitment to school, any school. It makes no distinction between public and private education space, even knowing that the differences, markedly exist. For the purposes of this research, which has as its materiality a collection of school scenes from diverse spaces of basic education, it is not these differences - economic and structural - that are of great interest, but the bet on life that emerges in the gestures of the people who inhabit with their inventiveness and creativity in the face of situations that draw them from the familiarity that comes from a system that prescribes, orders, limits, actions and thoughts. School as multiplicity. An investment, therefore, in the active micropolitical actions (ROLNIK, 2016), expressed in minimal situations that potentialize the idea of thinking about the infinity of schools that coexist in the school itself (GALLO, 2015). As an analytical and methodological trait, it is decided to think with a guiding line to put into talk tiny school scenes, in relation to three lines that emerge from them: art, uncanny and minimal. In addition, there is a proposal by the artist Antônio Augusto Bueno, Varal com gravetos do abacateiro do Jabutipê (2017), which inspires the construction of a large clothes line, in which the school scenes are temporarily suspended. Scenes that are an invitation to create new other images of thought, that arise from what has not yet been thought or what could be thought of in other ways. The research is drawn in the company of visual artists and a collection of authors such as Sigmund Freud, Gilles Deleuze and Félix Guattari, Michel Foucault and their interlocutors. Together, they corroborate for the intended exercise of uncanning the school from the inside, as a way of attention and resistance to what is happening in it/with it, thinking from a perspective, sometimes unthought. This thesis, therefore, is an invitation to get out of the immobility of thought, uncan practices and create eerie feelings for what is known as familiar in school. A way of mobilizing forces that collaborate to bring more life to this space that sometimes seems to fade. A necessary and urgent movement.application/pdfporPensamentoEscolaArteThoughtSchoolArtUncannyMinimalPensar com cenas de escola : a arte, o estranho, o mínimoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001098143.pdf.txt001098143.pdf.txtExtracted Texttext/plain385096http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197436/2/001098143.pdf.txtaf57effc17a2abdd2bd6bd4ed3c93316MD52ORIGINAL001098143.pdfTexto completoapplication/pdf4577070http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197436/1/001098143.pdf5cbed3dcd4c7eb10be32544772ff767dMD5110183/1974362019-07-27 02:32:28.30956oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197436Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-27T05:32:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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