Avaliação da reserva ovariana através do hormônio anti-mülleriano em pacientes submetidas à ligadura tubária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/30976 |
Resumo: | Introdução: A ligadura tubária (LT) representa, atualmente, um dos métodos contraceptivos mais utilizados no Brasil e no mundo. Uma parcela não negligenciável das pacientes submetidas a essa cirurgia, entretanto, queixam-‐se de sintomas surgidos após a sua realização, principalmente relacionados a mudanças no ciclo menstrual. Estas alterações podem estar relacionadas a alterações na reserva ovariana, cuja avaliação objetiva e eficaz constituía, até alguns anos atrás, tarefa difícil, devido à falta de testes confiáveis. Este estudo avalia a utilização do hormônio Anti-‐Mülleriano (HAM), como marcador da reserva ovariana nas pacientes com LT. Objetivos: Avaliar se existe associação independente entre LT e diminuição de reserva ovariana, antes e um ano após a cirurgia, através da dosagem do HAM e, secundariamente, da contagem de folículos antrais (CFA) à ultrassonografia transvaginal. Métodos: Foi realizada uma coorte prospectiva de 80 pacientes férteis consecutivas submetidas à LT entre maio de 2008 e fevereiro de 2009, as quais foram submetidas a coleta de sangue, para dosagem de HAM, e a uma ultrassonografia transvaginal, para a CFA, antes (exames basais) e um ano após a cirurgia. Para a comparação desses resultados, foi utilizado o teste T de Student. Possíveis fatores de confusão (uso de contraceptivos hormonais, tabagismo, técnica cirúrgica, idade e índice de massa corporal) foram avaliados através de regressão linear simples e múltipla. Resultados: Não houve alteração significativa nos valores de HAM (média = 1,79ng/ml ± 1,61 e 2,05ng/m ± 2,16 antes e após LT, respectivamente) e da CFA (média = 9,7 ± 5,9 e 11,1 ± 5,8 antes e após LT, respectivamente) um ano após a LT. As análises, tanto uni, quanto multivariada, dos possíveis fatores de confusão demonstrou associação significativa entre a variação de HAM e o uso de contraceptivos hormonais, sendo que houve aumento desse hormônio em pacientes que usavam tal método antes da LT. Conclusões: Os resultados desta coorte de 12 meses sugerem que a LT não está associada com alterações significativas da reserva ovariana. O uso de contraceptivos hormonais poderia provocar discreta diminuição do HAM, o qual demonstrou aumento após sua suspensão, entretanto tal conclusão deve ser interpretada com restrições, e estudos de seguimento mais longo devem ser considerados. |
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Silva, Ana Luiza Berwanger daCorleta, Helena von Eye2011-08-10T06:01:58Z2011http://hdl.handle.net/10183/30976000781536Introdução: A ligadura tubária (LT) representa, atualmente, um dos métodos contraceptivos mais utilizados no Brasil e no mundo. Uma parcela não negligenciável das pacientes submetidas a essa cirurgia, entretanto, queixam-‐se de sintomas surgidos após a sua realização, principalmente relacionados a mudanças no ciclo menstrual. Estas alterações podem estar relacionadas a alterações na reserva ovariana, cuja avaliação objetiva e eficaz constituía, até alguns anos atrás, tarefa difícil, devido à falta de testes confiáveis. Este estudo avalia a utilização do hormônio Anti-‐Mülleriano (HAM), como marcador da reserva ovariana nas pacientes com LT. Objetivos: Avaliar se existe associação independente entre LT e diminuição de reserva ovariana, antes e um ano após a cirurgia, através da dosagem do HAM e, secundariamente, da contagem de folículos antrais (CFA) à ultrassonografia transvaginal. Métodos: Foi realizada uma coorte prospectiva de 80 pacientes férteis consecutivas submetidas à LT entre maio de 2008 e fevereiro de 2009, as quais foram submetidas a coleta de sangue, para dosagem de HAM, e a uma ultrassonografia transvaginal, para a CFA, antes (exames basais) e um ano após a cirurgia. Para a comparação desses resultados, foi utilizado o teste T de Student. Possíveis fatores de confusão (uso de contraceptivos hormonais, tabagismo, técnica cirúrgica, idade e índice de massa corporal) foram avaliados através de regressão linear simples e múltipla. Resultados: Não houve alteração significativa nos valores de HAM (média = 1,79ng/ml ± 1,61 e 2,05ng/m ± 2,16 antes e após LT, respectivamente) e da CFA (média = 9,7 ± 5,9 e 11,1 ± 5,8 antes e após LT, respectivamente) um ano após a LT. As análises, tanto uni, quanto multivariada, dos possíveis fatores de confusão demonstrou associação significativa entre a variação de HAM e o uso de contraceptivos hormonais, sendo que houve aumento desse hormônio em pacientes que usavam tal método antes da LT. Conclusões: Os resultados desta coorte de 12 meses sugerem que a LT não está associada com alterações significativas da reserva ovariana. O uso de contraceptivos hormonais poderia provocar discreta diminuição do HAM, o qual demonstrou aumento após sua suspensão, entretanto tal conclusão deve ser interpretada com restrições, e estudos de seguimento mais longo devem ser considerados.application/pdfporEsterilização tubáriaAnticoncepçãoOvárioHormônio antimüllerianoAvaliação da reserva ovariana através do hormônio anti-mülleriano em pacientes submetidas à ligadura tubáriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000781536.pdf000781536.pdfTexto completoapplication/pdf6213731http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30976/1/000781536.pdfeafd4ae34a865e01c76eaf173cf3aa79MD51TEXT000781536.pdf.txt000781536.pdf.txtExtracted Texttext/plain168715http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30976/2/000781536.pdf.txt9e0f9839a5ee37434f193c2ae464c1f3MD52THUMBNAIL000781536.pdf.jpg000781536.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1255http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30976/3/000781536.pdf.jpg1012fd17f08a0d0545b7535557631722MD5310183/309762023-06-30 03:31:45.581215oai:www.lume.ufrgs.br:10183/30976Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-30T06:31:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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