Resposta de soja a períodos de inundação em um gleissolo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/109688 |
Resumo: | O interesse no cultivo de soja em rotação com a cultura do arroz irrigado em terras baixas vem aumentando de forma significativa nos últimos anos no estado do Rio Grande do Sul. Neste contexto, existe crescente demanda por genótipos de soja adaptados a essas áreas, assim como pelo entendimento dos mecanismos de tolerância das plantas ao excesso hídrico e respostas da cultura da soja quando submetida a períodos temporários de inundação do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta ao excesso hídrico de duas cultivares de soja em solo de terras baixas, bem como a influência desse estresse sobre o rendimento de grãos e seus componentes. O experimento foi realizado a campo na safra 2012/2013, na EEA/IRGA (Cachoeirinha, RS). Os tratamentos constaram de duas cultivares de soja (NA5909 e BMX Apolo, consideradas sensível e tolerante ao excesso hídrico, respectivamente) e quatro períodos de duração da inundação do solo (sem inundação e 2, 4 e 6 dias de inundação). Os parâmetros avaliados foram massa seca e nitrogênio acumulado na parte aérea, teor relativo de clorofila na folha, fluorescência da clorofila, retenção foliar, sobrevivência de plantas e rendimento de grãos e seus componentes. As plantas que não sofreram excesso hídrico foram superiores na produção de massa seca da parte aérea, nitrogênio acumulado e teor relativo de clorofila na folha. Em relação à fluorescência da clorofila, as plantas sem inundação apresentaram maior eficiência quântica e taxa de transporte de elétrons, enquanto que plantas inundadas por 6 dias apresentaram menor eficiência quântica quando comparadas aos demais tratamentos. Não foi observada diferença significativa no rendimento de grãos entre o tratamento sem inundação e com 2 dias de inundação. Já em períodos mais longos de inundação (4 e 6 dias) ocorreram reduções significativas no rendimento de grãos. As cultivares apresentaram diferença significativa entre si em relação à retenção foliar e ao teor relativo de clorofila na folha. Foi observada maior retenção foliar por ocasião da colheita na cultivar considerada mais sensível ao excesso hídrico, enquanto que o teor relativo de clorofila foi superior na cultivar mais tolerante. Apesar do rendimento de grãos não ter sido afetado em função da inundação do solo por até 2 dias, o excesso hídrico por períodos mais longos resultou em redução acentuada no rendimento de grãos, independente da cultivar. Esta redução no rendimento de grãos pode ser explicada pela redução no número de legumes m-2. |
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Giordano, Cecília Paz da SilvaBredemeier, Christian2015-02-05T02:17:22Z2014http://hdl.handle.net/10183/109688000951099O interesse no cultivo de soja em rotação com a cultura do arroz irrigado em terras baixas vem aumentando de forma significativa nos últimos anos no estado do Rio Grande do Sul. Neste contexto, existe crescente demanda por genótipos de soja adaptados a essas áreas, assim como pelo entendimento dos mecanismos de tolerância das plantas ao excesso hídrico e respostas da cultura da soja quando submetida a períodos temporários de inundação do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta ao excesso hídrico de duas cultivares de soja em solo de terras baixas, bem como a influência desse estresse sobre o rendimento de grãos e seus componentes. O experimento foi realizado a campo na safra 2012/2013, na EEA/IRGA (Cachoeirinha, RS). Os tratamentos constaram de duas cultivares de soja (NA5909 e BMX Apolo, consideradas sensível e tolerante ao excesso hídrico, respectivamente) e quatro períodos de duração da inundação do solo (sem inundação e 2, 4 e 6 dias de inundação). Os parâmetros avaliados foram massa seca e nitrogênio acumulado na parte aérea, teor relativo de clorofila na folha, fluorescência da clorofila, retenção foliar, sobrevivência de plantas e rendimento de grãos e seus componentes. As plantas que não sofreram excesso hídrico foram superiores na produção de massa seca da parte aérea, nitrogênio acumulado e teor relativo de clorofila na folha. Em relação à fluorescência da clorofila, as plantas sem inundação apresentaram maior eficiência quântica e taxa de transporte de elétrons, enquanto que plantas inundadas por 6 dias apresentaram menor eficiência quântica quando comparadas aos demais tratamentos. Não foi observada diferença significativa no rendimento de grãos entre o tratamento sem inundação e com 2 dias de inundação. Já em períodos mais longos de inundação (4 e 6 dias) ocorreram reduções significativas no rendimento de grãos. As cultivares apresentaram diferença significativa entre si em relação à retenção foliar e ao teor relativo de clorofila na folha. Foi observada maior retenção foliar por ocasião da colheita na cultivar considerada mais sensível ao excesso hídrico, enquanto que o teor relativo de clorofila foi superior na cultivar mais tolerante. Apesar do rendimento de grãos não ter sido afetado em função da inundação do solo por até 2 dias, o excesso hídrico por períodos mais longos resultou em redução acentuada no rendimento de grãos, independente da cultivar. Esta redução no rendimento de grãos pode ser explicada pela redução no número de legumes m-2.The area cultivated with soybean in lowland areas in rotation with flooded rice has increased in the last years at Rio Grande do Sul State, southern Brazil. In this sense, there is an increasing demand for soybean genotypes adapted to lowland areas, as well as for understanding tolerance mechanisms to excess water stress and the responses of soybean to soil flooding. The objective of this work was to evaluate the response of two soybean genotypes to flooding in a lowland soil, as well as to study the influence of excess water stress on soybean grain yield and yield components. A field experiment was carried out in EEA/IRGA (Cachoeirinha, RS) during the 2012/2013 growing season. Treatments consisted of two soybean genotypes (NA5909 and BMX Apolo, considered sensible and tolerant to excess water, respectively) and four durations of soil flooding (no flooding and 2, 4 and 6 days). Shoot dry biomass, nitrogen uptake, relative chlorophyll content, chlorophyll fluorescence, leaf retention, plant survival rate and grain yield and its components were evaluated. Plants not submitted to excess water stress presented higher shoot dry biomass production, nitrogen uptake and relative leaf chlorophyll content, as well as higher quantum yield and electron transport rate. On the other hand, plant subjected to 6 days of flooding had lower quantum yield when compared to other treatments. No significant difference for grain yield was observed between control plants (no flooded) and plants flooded for 2 days. Longer flooding periods (4 or 6 days) resulted in significant grain yield reduction. Soybean genotypes tested were significantly different in relation to leaf retention and relative leaf chlorophyll content. Higher leaf retention at harvest maturity was observed in the genotype considered sensible to excess water stress, while relative leaf chlorophyll content was higher for the tolerant genotype. Even though soybean grain yield was not significantly affected by soil flooding up to 2 days, excess water stress in longer periods resulted in grain yield depression, regardless of soybean genotype. This reduction on grain yield could be explained mainly by reduction in the number of legumes m-2.application/pdfporSojaSolo inundadoGleissoloRotação de culturaResposta de soja a períodos de inundação em um gleissoloResponse of soybean to flooding duration in a gleysoil info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000951099.pdf000951099.pdfTexto completoapplication/pdf1449471http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/109688/1/000951099.pdfbf68530267128944319e41677dd2d426MD51TEXT000951099.pdf.txt000951099.pdf.txtExtracted Texttext/plain148028http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/109688/2/000951099.pdf.txt33d8a4952eb13b30a9c2dac0eee08e06MD52THUMBNAIL000951099.pdf.jpg000951099.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1139http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/109688/3/000951099.pdf.jpg539b799161a5f9798e6bdc39165eeb18MD5310183/1096882023-12-30 04:23:52.370155oai:www.lume.ufrgs.br:10183/109688Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-12-30T06:23:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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