Paternidade e masculinidade : tradição, herança e reinvenção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saraiva, Eduardo Steindorf
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/262223
Resumo: As transformações contemporâneas vêm produzindo diferentes compreensões sobre a vida, o ser, as práticas sociais, as relações entre os gêneros e os laços familiares. Mudam as compreensões, mas não se perde as heranças. Portanto, o sujeito contemporâneo é instigado a um diálogo permanente que o confronta com as heranças, a tradição e a reinvenção. Vêm sendo cada vez mais sentida e percebida uma modificação nos legados masculinos, referências de identificação e reconhecimento do que servia, até então, para afirmações do tipo "macho que é macho...", num propósito de afirmação e reconhecimento daquilo que tornava um homem "verdadeiramente homem". A escalada da transformação do lugar das mulheres na sociedade vem, paulatinamente, afetando e desestabilizando o lugar e a posição dos homens, até então, senhores inabaláveis. O que está se tornando cada vez mais evidente é o fato de que, pela via da interrogação das mulheres sobre a construção social do gênero feminino naquilo que ele carrega de diferença moralmente valorizada em relação ao masculino, principalmente dentro de uma relação hierarquicamente construída, o gênero masculino também paga um preço. Ou seja, o gênero masculino, por se construir dentro de um contexto histórico, social e cultural, também traz as marcas de uma construção que se fez ás custas de desvalorizações, valores assimétricos, poderes sustentados em diferentes versões que chegavam ao mesmo fim: justificar e legitimar a superioridade masculina. Superioridade do masculino não apenas em relação ás mulheres, mas em relação a outros masculinos, desde que estes outros se tornassem súditos. Este "poder" foi traduzido de diversas maneiras por diferentes contextos, sendo que numa versão em especial, ele traduziu uma significativa associação: pai e homem, através do patriarcado, alcançaram um estatuto de poder sobre a vida e a morte. Pelo patriarcado, o homem tornado pai e, principalmente, o pai tornado rei, soberano, chefe absoluto, produziu, pela herança da tradição patriarcal, um modelo de identidade de homem e de pai que manteve, por muito tempo, sua legitimidade social e cultural como se fosse "natural". Nesta dissertação faço um percurso por algumas marcas históricas de tradições masculinas e patriarcais, para formar uma compreensão da masculinidade e da paternidade como profundamente históricas. Para falar em "reinvenção", opto por mostrar as "invenções" que as antecederam. Na verdade, não estou propondo que a paternidade e a masculinidade tenham estas única história, mas que esta é uma das maneiras de compreendê-las historicamente. Retirar as masculinidades e as paternidades de uma compreensão essencialista e naturalista é a minha intenção. Faço isto mostrando que elas se efetivam como experiências humanas profundamente implicadas com propósitos sociais e institucionais que as legitimam e lhes dão diferentes estatutos de verdade em diferentes tempos históricos. Com este argumento quero chamar a atenção para a estreita relação que há entre as instituições sociais e a construção dos gêneros. Ou seja, que as masculinidades e as feminilidades são reforçadas, nos elementos que servem para as definir, de dentro de instituições sociais como a família, a escola, etc. Portanto, a educação, nos seus propósitos formadores e/ou de transmissão, exerce um trabalho com os elementos da tradição, principalmente quando ela se encarrega de transmitir determinados legados considerados importantes ao contexto social. Proponho, ainda que no caminho apontado por uma "nova" paternidade, os legados de tradições patriarcais vêm se transformando. Estas transformações se fazem perceber em alguns homens que estão tentando reinterpretar seus modos de ser e viver a masculinidade, tendo no exercício da paternidade, em parte diferente das suas heranças, uma das formas de re-composição das práticas de gênero tornadas "naturais". Este trabalho propõe apontar para estas possíveis re-composições que se viabilizam, também, por diferentes formas do educar e do transmitir. São diferentes masculinidades para diferentes paternidades, que implicam a perspectiva de novas pedagogias entre pais e filhos.
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O que está se tornando cada vez mais evidente é o fato de que, pela via da interrogação das mulheres sobre a construção social do gênero feminino naquilo que ele carrega de diferença moralmente valorizada em relação ao masculino, principalmente dentro de uma relação hierarquicamente construída, o gênero masculino também paga um preço. Ou seja, o gênero masculino, por se construir dentro de um contexto histórico, social e cultural, também traz as marcas de uma construção que se fez ás custas de desvalorizações, valores assimétricos, poderes sustentados em diferentes versões que chegavam ao mesmo fim: justificar e legitimar a superioridade masculina. Superioridade do masculino não apenas em relação ás mulheres, mas em relação a outros masculinos, desde que estes outros se tornassem súditos. Este "poder" foi traduzido de diversas maneiras por diferentes contextos, sendo que numa versão em especial, ele traduziu uma significativa associação: pai e homem, através do patriarcado, alcançaram um estatuto de poder sobre a vida e a morte. Pelo patriarcado, o homem tornado pai e, principalmente, o pai tornado rei, soberano, chefe absoluto, produziu, pela herança da tradição patriarcal, um modelo de identidade de homem e de pai que manteve, por muito tempo, sua legitimidade social e cultural como se fosse "natural". Nesta dissertação faço um percurso por algumas marcas históricas de tradições masculinas e patriarcais, para formar uma compreensão da masculinidade e da paternidade como profundamente históricas. Para falar em "reinvenção", opto por mostrar as "invenções" que as antecederam. Na verdade, não estou propondo que a paternidade e a masculinidade tenham estas única história, mas que esta é uma das maneiras de compreendê-las historicamente. Retirar as masculinidades e as paternidades de uma compreensão essencialista e naturalista é a minha intenção. Faço isto mostrando que elas se efetivam como experiências humanas profundamente implicadas com propósitos sociais e institucionais que as legitimam e lhes dão diferentes estatutos de verdade em diferentes tempos históricos. Com este argumento quero chamar a atenção para a estreita relação que há entre as instituições sociais e a construção dos gêneros. Ou seja, que as masculinidades e as feminilidades são reforçadas, nos elementos que servem para as definir, de dentro de instituições sociais como a família, a escola, etc. Portanto, a educação, nos seus propósitos formadores e/ou de transmissão, exerce um trabalho com os elementos da tradição, principalmente quando ela se encarrega de transmitir determinados legados considerados importantes ao contexto social. Proponho, ainda que no caminho apontado por uma "nova" paternidade, os legados de tradições patriarcais vêm se transformando. Estas transformações se fazem perceber em alguns homens que estão tentando reinterpretar seus modos de ser e viver a masculinidade, tendo no exercício da paternidade, em parte diferente das suas heranças, uma das formas de re-composição das práticas de gênero tornadas "naturais". Este trabalho propõe apontar para estas possíveis re-composições que se viabilizam, também, por diferentes formas do educar e do transmitir. São diferentes masculinidades para diferentes paternidades, que implicam a perspectiva de novas pedagogias entre pais e filhos.Contemporaneous changes has been producing different comprehensions of life, beeing, social practices, gender relations and familiar alliances. Comprehensions change but the legacies remains. So the contemporaneous subject is set to a continuous dialogue facing legacies, tradition and re-invention. A change on male legates has been felt and percieved more and more: identification references and acknowledgement which has been used, till then, to affirmations like "male that is male...", in a clear aim of affirmation and acknowledgement from what made a man became a "true man". The growing transformation of women's place in society affects and frightens the men’s "unshakable lords" place and position. What becames more and more evident is the fact that, through women's interrogation of social construction of female gender thereat it has of ethiclly appreciated differences in respect to male - essentially into a relationship hierarquically formed -, the male gender also pays it's price. It means that the male gender, formed in a historical, social and cultural context, also brings the marks of a construction done by expenses of depreciation, unsymetrical worthes, and powers supported in different version which reached the same goal: justify and legitimate the male superiority. Male superiority not only over women, but over other males, whom shall be defeated and subjected. This "power" was translated in several manners for several contexts, but in a special version, it became a significative association: father and man, through the patriarchate, reached a power's ordinance over the life and death. By patriarchate, as father, man became king, sovereign, overlord, produced by the legacy of patriarchal tradition, an identity pattern of man and father which sustained, for a long time, his social and cultural legitimacy as "natural". In this dissertation I take a walk through some historical marks of male and patriarchal tradition to draw a comprehension of masculinity and paternality as deeply historical. To talk about "re-inventation", I choosed to show their precedent "inventios". Indeed, i’m not proposing that paternity and masculinity have this unique history, but that it is one of the several ways available to historically understand them. My purspose is to remove masculinities and patternities from na essencialist and naturalist comprehension. I make it by showing that they became effective as human experiences deeply involved with social and institucional design that lefitimates and gives them different ordinances of truth in different historical times. With this argument i want to call the atention to very close relation which takes place among social institution and gender construction. It means that masculinities and feminilities are reinforced, in the elements that serves to define them, from social institutions like family, school, etc. Therefore, the education in it’s formation and/or transmition purposes, works over the tradition elements, particularly when it transmits some legacies, considered important by the social context. I still propose that in the way indicated by a "new" paternity, the lagacies of patriarchal tradition hás been transformated. That transformation can be perceived in some men Who have been trying to replay their way of beeing and living the masculinity, having in the exercise of paternity, parcially different of his lagacies one of that re-composition forms of gender practices that became "natural". This work proposes to indicate these possible re-compositions which make themselves possible also through different forms of educate and transmit. These are different masculinities for different paternities which involves a perspective of news pedagogies between fathers and sons.application/pdfporPaternidadeGêneroMasculinidadePsicanáliseRelação pais-filhosPaternidade e masculinidade : tradição, herança e reinvençãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS1998mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000020170.pdf.txt000020170.pdf.txtExtracted Texttext/plain227711http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262223/2/000020170.pdf.txt68b7871960637afd643b30b238d8f00fMD52ORIGINAL000020170.pdfTexto completoapplication/pdf10706492http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262223/1/000020170.pdf3727a4ce16ffb996317f2dbec7d0e744MD5110183/2622232023-07-19 03:39:22.877748oai:www.lume.ufrgs.br:10183/262223Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-07-19T06:39:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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