The patterns of company : firm and organization
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/163810 |
Resumo: | Desde as primeiras discussões sobre o processo de criação de riqueza, avançando para o mainstream econômico, as empresas eram consideradas perfeitamente racionais, realizando suas atividades de acordo com a mesma combinação de fatores. No entanto, invalidando a hipótese geral da função de produção com lucro máximo e dissolvendo o pressuposto de equilíbrio, a economia industrial trouxe uma nova perspectiva sobre a realidade. A economia industrial mostrou que os agentes econômicos, as empresas, são diferentes uns dos outros. A abordagem foi então invertida: em vez de "por que as empresas deveriam ser iguais?", a questão passou a ser "por que as empresas diferem?". A partir de então, as diferenças entre empresas sob restrições reais entraram em destaque, especialmente no que diz respeito ao desempenho: por que algumas empresas prosperam, enquanto outras fracassam? É fundamental, portanto, compreender que qualquer empresa existente é, ao mesmo tempo, uma firma, i.e, o agente econômico que desenvolve e transaciona bens e serviços, e uma organização, i.e., a estrutura para coordenar eficientemente a produção desses bens e serviços. Se as empresas são diferentes, então há diferentes padrões de organização da firma. Nesse sentido, para cada diferente conhecimento, rotinas e habilidades organizacionais, as empresas apresentarão diferentes capacidades. Sendo assim, pode-se dizer que as firmas são organizadas de acordo com suas capacidades. No entanto, o que significa de fato organização da firma? O que é uma firma organizada? Em que tipo de esforço deve a estrutura de coordenação da firma depender? Qual é a organização adequada para diferentes tipos de firmas? Com o objetivo de responder a essas perguntas, o principal objetivo da presente pesquisa é identificar diferentes padrões de empresa, considerando a combinação firma-organização. O objetivo é alcançado a partir da análise de dados secundários do projeto “Caminhos de Inovação na Indústria Brasileira”, coordenado pelo Núcleo de Estudos em Inovação (NITEC) e realizado no período de 2010 a 2015. O projeto foi baseado em um modelo de capacidades de inovação que abrange capacidades relacionadas tanto à firma quanto à organização. Foram analisados os dados quantitativos coletados na pesquisa realizada em 1331 empresas industriais. Análise fatorial, análise de agrupamentos, correlação de Pearson, regressão múltipla e análise descritiva foram os métodos utilizados. Os resultados demonstram quatro padrões diferentes de empresa: empresas quase equilibradas, empresas baseadas na firma, empresas baseadas em organização avançada e empresas baseadas em organização básica. Ao detalhar os diferentes padrões de empresa, é possível compreender o que está por trás da inovação e da desorganização dentro das empresas analisadas. Os quatro padrões identificados sugerem que as empresas podem agir em prol da eficácia, da estabilidade ou do cumprimento do seu potencial inovador ao longo do tempo. Nesse sentido, a desorganização aparece sempre que firma e organização estão desequilibradas. No entanto, isso pode ser momentâneo, como uma consequência natural da inovação, ou permanente, como consequência de ineficiência interna. Como conclusão, é possível sugerir que não existe uma única melhor combinação entre firma e organização, mas existem combinações diferentes para posicionamentos diferentes e, assim, diferentes desempenhos. Nesse sentido, a empresa desorganizada é a empresa que não tem a organização adequada para garantir seus melhores resultados em um dado momento. A partir dos resultados identificados, este estudo pode ajudar empresários a entender que ser uma empresa baseada em organização é arriscado se a empresa não apresentar um nível adequado e alinhado de desenvolvimento. O estudo elucida as direções a serem seguidas pelas empresas que visam avançar a complexidade da firma rumo a uma empresa mais equilibrada e direções a serem seguidas por empresas que já apresentam resultados satisfatórios, dado o posicionamento de cada uma delas. Como contraponto, o estudo também esclarece a importância do alinhamento entre as agências reguladoras e a direção da competitividade de uma nação. Ao fazê-lo, o estudo pode ajudar a elucidar aos decisores políticos que as políticas de inovação devem centrar-se nas inovações relacionadas principalmente à esfera da firma, para, mais tarde, a organização ser estruturada – e não vice-versa. |
id |
URGS_0ff788ed9048c9c68aed9b5e537b6d0a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163810 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Pufal, Nathália AmaranteZawislak, Paulo Antonio2017-07-07T02:37:22Z2017http://hdl.handle.net/10183/163810001025504Desde as primeiras discussões sobre o processo de criação de riqueza, avançando para o mainstream econômico, as empresas eram consideradas perfeitamente racionais, realizando suas atividades de acordo com a mesma combinação de fatores. No entanto, invalidando a hipótese geral da função de produção com lucro máximo e dissolvendo o pressuposto de equilíbrio, a economia industrial trouxe uma nova perspectiva sobre a realidade. A economia industrial mostrou que os agentes econômicos, as empresas, são diferentes uns dos outros. A abordagem foi então invertida: em vez de "por que as empresas deveriam ser iguais?", a questão passou a ser "por que as empresas diferem?". A partir de então, as diferenças entre empresas sob restrições reais entraram em destaque, especialmente no que diz respeito ao desempenho: por que algumas empresas prosperam, enquanto outras fracassam? É fundamental, portanto, compreender que qualquer empresa existente é, ao mesmo tempo, uma firma, i.e, o agente econômico que desenvolve e transaciona bens e serviços, e uma organização, i.e., a estrutura para coordenar eficientemente a produção desses bens e serviços. Se as empresas são diferentes, então há diferentes padrões de organização da firma. Nesse sentido, para cada diferente conhecimento, rotinas e habilidades organizacionais, as empresas apresentarão diferentes capacidades. Sendo assim, pode-se dizer que as firmas são organizadas de acordo com suas capacidades. No entanto, o que significa de fato organização da firma? O que é uma firma organizada? Em que tipo de esforço deve a estrutura de coordenação da firma depender? Qual é a organização adequada para diferentes tipos de firmas? Com o objetivo de responder a essas perguntas, o principal objetivo da presente pesquisa é identificar diferentes padrões de empresa, considerando a combinação firma-organização. O objetivo é alcançado a partir da análise de dados secundários do projeto “Caminhos de Inovação na Indústria Brasileira”, coordenado pelo Núcleo de Estudos em Inovação (NITEC) e realizado no período de 2010 a 2015. O projeto foi baseado em um modelo de capacidades de inovação que abrange capacidades relacionadas tanto à firma quanto à organização. Foram analisados os dados quantitativos coletados na pesquisa realizada em 1331 empresas industriais. Análise fatorial, análise de agrupamentos, correlação de Pearson, regressão múltipla e análise descritiva foram os métodos utilizados. Os resultados demonstram quatro padrões diferentes de empresa: empresas quase equilibradas, empresas baseadas na firma, empresas baseadas em organização avançada e empresas baseadas em organização básica. Ao detalhar os diferentes padrões de empresa, é possível compreender o que está por trás da inovação e da desorganização dentro das empresas analisadas. Os quatro padrões identificados sugerem que as empresas podem agir em prol da eficácia, da estabilidade ou do cumprimento do seu potencial inovador ao longo do tempo. Nesse sentido, a desorganização aparece sempre que firma e organização estão desequilibradas. No entanto, isso pode ser momentâneo, como uma consequência natural da inovação, ou permanente, como consequência de ineficiência interna. Como conclusão, é possível sugerir que não existe uma única melhor combinação entre firma e organização, mas existem combinações diferentes para posicionamentos diferentes e, assim, diferentes desempenhos. Nesse sentido, a empresa desorganizada é a empresa que não tem a organização adequada para garantir seus melhores resultados em um dado momento. A partir dos resultados identificados, este estudo pode ajudar empresários a entender que ser uma empresa baseada em organização é arriscado se a empresa não apresentar um nível adequado e alinhado de desenvolvimento. O estudo elucida as direções a serem seguidas pelas empresas que visam avançar a complexidade da firma rumo a uma empresa mais equilibrada e direções a serem seguidas por empresas que já apresentam resultados satisfatórios, dado o posicionamento de cada uma delas. Como contraponto, o estudo também esclarece a importância do alinhamento entre as agências reguladoras e a direção da competitividade de uma nação. Ao fazê-lo, o estudo pode ajudar a elucidar aos decisores políticos que as políticas de inovação devem centrar-se nas inovações relacionadas principalmente à esfera da firma, para, mais tarde, a organização ser estruturada – e não vice-versa.application/pdfengOrganizacao empresarialPadrões organizacionaisInovação organizacionalThe patterns of company : firm and organizationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001025504.pdf001025504.pdfTexto completo (inglês)application/pdf3034384http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163810/1/001025504.pdf9e12c05d204ed5fc599b544d2114b60eMD51TEXT001025504.pdf.txt001025504.pdf.txtExtracted Texttext/plain238687http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163810/2/001025504.pdf.txtd303eb5a9f797dba2371ce314c1fa16fMD52THUMBNAIL001025504.pdf.jpg001025504.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg933http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163810/3/001025504.pdf.jpg7bb99354832278d27863af1b24253117MD5310183/1638102021-05-26 04:44:05.752536oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163810Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-26T07:44:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
The patterns of company : firm and organization |
title |
The patterns of company : firm and organization |
spellingShingle |
The patterns of company : firm and organization Pufal, Nathália Amarante Organizacao empresarial Padrões organizacionais Inovação organizacional |
title_short |
The patterns of company : firm and organization |
title_full |
The patterns of company : firm and organization |
title_fullStr |
The patterns of company : firm and organization |
title_full_unstemmed |
The patterns of company : firm and organization |
title_sort |
The patterns of company : firm and organization |
author |
Pufal, Nathália Amarante |
author_facet |
Pufal, Nathália Amarante |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pufal, Nathália Amarante |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Zawislak, Paulo Antonio |
contributor_str_mv |
Zawislak, Paulo Antonio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Organizacao empresarial Padrões organizacionais Inovação organizacional |
topic |
Organizacao empresarial Padrões organizacionais Inovação organizacional |
description |
Desde as primeiras discussões sobre o processo de criação de riqueza, avançando para o mainstream econômico, as empresas eram consideradas perfeitamente racionais, realizando suas atividades de acordo com a mesma combinação de fatores. No entanto, invalidando a hipótese geral da função de produção com lucro máximo e dissolvendo o pressuposto de equilíbrio, a economia industrial trouxe uma nova perspectiva sobre a realidade. A economia industrial mostrou que os agentes econômicos, as empresas, são diferentes uns dos outros. A abordagem foi então invertida: em vez de "por que as empresas deveriam ser iguais?", a questão passou a ser "por que as empresas diferem?". A partir de então, as diferenças entre empresas sob restrições reais entraram em destaque, especialmente no que diz respeito ao desempenho: por que algumas empresas prosperam, enquanto outras fracassam? É fundamental, portanto, compreender que qualquer empresa existente é, ao mesmo tempo, uma firma, i.e, o agente econômico que desenvolve e transaciona bens e serviços, e uma organização, i.e., a estrutura para coordenar eficientemente a produção desses bens e serviços. Se as empresas são diferentes, então há diferentes padrões de organização da firma. Nesse sentido, para cada diferente conhecimento, rotinas e habilidades organizacionais, as empresas apresentarão diferentes capacidades. Sendo assim, pode-se dizer que as firmas são organizadas de acordo com suas capacidades. No entanto, o que significa de fato organização da firma? O que é uma firma organizada? Em que tipo de esforço deve a estrutura de coordenação da firma depender? Qual é a organização adequada para diferentes tipos de firmas? Com o objetivo de responder a essas perguntas, o principal objetivo da presente pesquisa é identificar diferentes padrões de empresa, considerando a combinação firma-organização. O objetivo é alcançado a partir da análise de dados secundários do projeto “Caminhos de Inovação na Indústria Brasileira”, coordenado pelo Núcleo de Estudos em Inovação (NITEC) e realizado no período de 2010 a 2015. O projeto foi baseado em um modelo de capacidades de inovação que abrange capacidades relacionadas tanto à firma quanto à organização. Foram analisados os dados quantitativos coletados na pesquisa realizada em 1331 empresas industriais. Análise fatorial, análise de agrupamentos, correlação de Pearson, regressão múltipla e análise descritiva foram os métodos utilizados. Os resultados demonstram quatro padrões diferentes de empresa: empresas quase equilibradas, empresas baseadas na firma, empresas baseadas em organização avançada e empresas baseadas em organização básica. Ao detalhar os diferentes padrões de empresa, é possível compreender o que está por trás da inovação e da desorganização dentro das empresas analisadas. Os quatro padrões identificados sugerem que as empresas podem agir em prol da eficácia, da estabilidade ou do cumprimento do seu potencial inovador ao longo do tempo. Nesse sentido, a desorganização aparece sempre que firma e organização estão desequilibradas. No entanto, isso pode ser momentâneo, como uma consequência natural da inovação, ou permanente, como consequência de ineficiência interna. Como conclusão, é possível sugerir que não existe uma única melhor combinação entre firma e organização, mas existem combinações diferentes para posicionamentos diferentes e, assim, diferentes desempenhos. Nesse sentido, a empresa desorganizada é a empresa que não tem a organização adequada para garantir seus melhores resultados em um dado momento. A partir dos resultados identificados, este estudo pode ajudar empresários a entender que ser uma empresa baseada em organização é arriscado se a empresa não apresentar um nível adequado e alinhado de desenvolvimento. O estudo elucida as direções a serem seguidas pelas empresas que visam avançar a complexidade da firma rumo a uma empresa mais equilibrada e direções a serem seguidas por empresas que já apresentam resultados satisfatórios, dado o posicionamento de cada uma delas. Como contraponto, o estudo também esclarece a importância do alinhamento entre as agências reguladoras e a direção da competitividade de uma nação. Ao fazê-lo, o estudo pode ajudar a elucidar aos decisores políticos que as políticas de inovação devem centrar-se nas inovações relacionadas principalmente à esfera da firma, para, mais tarde, a organização ser estruturada – e não vice-versa. |
publishDate |
2017 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-07-07T02:37:22Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/163810 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001025504 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/163810 |
identifier_str_mv |
001025504 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163810/1/001025504.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163810/2/001025504.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163810/3/001025504.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9e12c05d204ed5fc599b544d2114b60e d303eb5a9f797dba2371ce314c1fa16f 7bb99354832278d27863af1b24253117 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085412828348416 |