Escola e produção de subjetividade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pellanda, Nize Maria Campos
Data de Publicação: 1992
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/262226
Resumo: O eixo central desta tear reside na investigação da (des)construção da subjetividade no processo de escolarização. Ela representa uma denúncia e um anúncio na produção e projeção de um novo paradigma, embutido na proposta de um novo homem. Numa clara ruptura com o paradigma cartesiano que divide corpo, mente e emoções, e num profundo questionamento do paradigma do sujeito e da consciência, subjetividade, neste trabalho fo i entendida como um processo dialético entre subbjetiva e objetivo, envolvendo, assim, o mundo interno do indivíduo e as condições históricas que o envolvem. Este mundo interno é visualizado como um conjunto complexo e dinâmico, que se potencializa no orga nismo, na inteligência, no corpo, nas dimensões do afeto, de prazer, de consciente, de inconsciente, rompendo, como já dissemos, com o paradigmia cartesiano. Esta dimensão interna da sujeito está em contínua e viva relação com o mundo social na dialética d o ''eu e do outro''. É justamente nesta relação dialética que as subjetivídades são construídas no bojo do processo de conhecimento. O estudo da (des)construção de subjetividade se justifica, na nossa percepção, pelo profundo processo de globalização, fra gmentação e uniformização que vem caracterizando a conjuntura atual da modernidade . Mais do que em qualquer outra fase da história da humanidade, as histórias locais são fortemente influenciadas por este processo e, à esta globalizacão, dialeticamente, c omo defendem Gidden, Hall, McLaren, entre outros, as minorias desprívilegiadas respondem com movimentos de resistêncía e movimentos pela diferença. O ponto de clívagem neste estudo, incluindo o processo de globalização característico da modernidade, confi gura se como um processo hegemônico, fator estrutural da pesquisa que, fundado em Gramsci, delineia se com uma moldura ou marco referencial para a maior comprensão da fenômeno subjetividade. Neste sentido, subjetivídade foi explorada em suas conexões epistemológícas e na própria transição gnoseológica de seu entendimento que passa por autores como Kart, Hegel, Marx, Wallon, Freud, Fernandez, McLaren, Hall, Giddens e Chevallard. Para a análise do entendimento dos processos da modernidade, de construção de s ubjetividade como desvelamento à proposta denominada de "nova direita'', adotando um modelo neoliberal, que prega a implantação do “estado ausente'', que vem desmantelando o estado de bem estar social, abolindo os direitos dos trabalhadores , aumentando os índices de desemprego e diminuindo os padrões de qualidade nínima de vida nos apoiamos nos conceitos de hegemonia e contra hegemonia. Este esquema ideológico, altamente sofisticado e refinado em algumas condições, se funda na quebra de solidariedade e ntre os sujeitos, na falta de ação íntersubjetíva, via encolhimento do espaço público e na discíplinação do desejo, do corpo, do conhecimento, do real. Nossa ''leitura'', à qual denominamos ''revolução do olhar'', buscou nesta investigação estudar duas es colas da capital do Rio Grande do Sul, sendo uma pública e outra privada, durante mais de seis meses. Através de um estudo etnográfico, dirigimos nosso olhar à esta problemática a fim de tentar compreender como as subjetividades são construídas/desconstrui das, num ambiente social com tais caracteristicas. Pr'opomos que a escola atua neste esquema ideológico, através de múltiplos fatores, dentre os quais destacamos as instrumentações mecânico formais, como suporte empírico e legitimatórío, embora não homogén eo do processo como um todo. O trabalho se subdivide em oito blocos que se interligam e se complementam, tendo como foco o processo hegemônico na estrutura de modernízação capitalista. São eles: o primeiro e o segundo blocos tratam da exploraçao epistemo lógica da subjetividade e da modernidade; no terceiro, apresentamos o suporte hegemônico e contra hegemônico; no quarto, dos fundamentos e considerações teórico metodológícas; no quinto, descrevemos a contradição entre o real, o simbóllco e a reificacão, e ntre a ''vida'', os jacarandás floridos'' e as ''janelas e cortínas cerradas''; no sexto, analisamos as contradições deste procesoo de construção/desconstrução subjetividade; no sétímo, delineamos as ações, ainda indíviduais, ainda isoladas, embora reações , como processos de resistência e de proposta contra hegemônica e, finalmente, no oitavo bloco, tratamos da que denominamos como “amarrar os cabos'', buscando as conexões que fecham e entravam, assim como ao brechas que permitem ''içar velas e navegar'' em díreção a um novo homem e uma nova mulher, uma nova sociedade, na qual a liberdade ne funda no díreção a um novo homem e uma nova mulher, uma nova sociedade, na qual a liberdade ne funda no equilíbrio, sujeitoequilíbrio, sujeito--coletivo, partecoletivo, parte--todo, particulartodo, particular--universal.universal. Como depreendemos, os resultados apontam para uma tentativa fortemente marcada pela Como depreendemos, os resultados apontam para uma tentativa fortemente marcada pela busca de (dbusca de (des)subjetivação do suieito. No entanto, a luta pela liberdade, a procura de espaços abertos, es)subjetivação do suieito. No entanto, a luta pela liberdade, a procura de espaços abertos, mesma que contraditórios, se anunciam. É neste anúncio concreto que nos apegamos na luta pelo real mesma que contraditórios, se anunciam. É neste anúncio concreto que nos apegamos na luta pelo real crítico e reflexivo.crítico e reflexivo.
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Esta dimensão interna da sujeito está em contínua e viva relação com o mundo social na dialética d o ''eu e do outro''. É justamente nesta relação dialética que as subjetivídades são construídas no bojo do processo de conhecimento. O estudo da (des)construção de subjetividade se justifica, na nossa percepção, pelo profundo processo de globalização, fra gmentação e uniformização que vem caracterizando a conjuntura atual da modernidade . Mais do que em qualquer outra fase da história da humanidade, as histórias locais são fortemente influenciadas por este processo e, à esta globalizacão, dialeticamente, c omo defendem Gidden, Hall, McLaren, entre outros, as minorias desprívilegiadas respondem com movimentos de resistêncía e movimentos pela diferença. O ponto de clívagem neste estudo, incluindo o processo de globalização característico da modernidade, confi gura se como um processo hegemônico, fator estrutural da pesquisa que, fundado em Gramsci, delineia se com uma moldura ou marco referencial para a maior comprensão da fenômeno subjetividade. Neste sentido, subjetivídade foi explorada em suas conexões epistemológícas e na própria transição gnoseológica de seu entendimento que passa por autores como Kart, Hegel, Marx, Wallon, Freud, Fernandez, McLaren, Hall, Giddens e Chevallard. Para a análise do entendimento dos processos da modernidade, de construção de s ubjetividade como desvelamento à proposta denominada de "nova direita'', adotando um modelo neoliberal, que prega a implantação do “estado ausente'', que vem desmantelando o estado de bem estar social, abolindo os direitos dos trabalhadores , aumentando os índices de desemprego e diminuindo os padrões de qualidade nínima de vida nos apoiamos nos conceitos de hegemonia e contra hegemonia. Este esquema ideológico, altamente sofisticado e refinado em algumas condições, se funda na quebra de solidariedade e ntre os sujeitos, na falta de ação íntersubjetíva, via encolhimento do espaço público e na discíplinação do desejo, do corpo, do conhecimento, do real. Nossa ''leitura'', à qual denominamos ''revolução do olhar'', buscou nesta investigação estudar duas es colas da capital do Rio Grande do Sul, sendo uma pública e outra privada, durante mais de seis meses. Através de um estudo etnográfico, dirigimos nosso olhar à esta problemática a fim de tentar compreender como as subjetividades são construídas/desconstrui das, num ambiente social com tais caracteristicas. Pr'opomos que a escola atua neste esquema ideológico, através de múltiplos fatores, dentre os quais destacamos as instrumentações mecânico formais, como suporte empírico e legitimatórío, embora não homogén eo do processo como um todo. O trabalho se subdivide em oito blocos que se interligam e se complementam, tendo como foco o processo hegemônico na estrutura de modernízação capitalista. São eles: o primeiro e o segundo blocos tratam da exploraçao epistemo lógica da subjetividade e da modernidade; no terceiro, apresentamos o suporte hegemônico e contra hegemônico; no quarto, dos fundamentos e considerações teórico metodológícas; no quinto, descrevemos a contradição entre o real, o simbóllco e a reificacão, e ntre a ''vida'', os jacarandás floridos'' e as ''janelas e cortínas cerradas''; no sexto, analisamos as contradições deste procesoo de construção/desconstrução subjetividade; no sétímo, delineamos as ações, ainda indíviduais, ainda isoladas, embora reações , como processos de resistência e de proposta contra hegemônica e, finalmente, no oitavo bloco, tratamos da que denominamos como “amarrar os cabos'', buscando as conexões que fecham e entravam, assim como ao brechas que permitem ''içar velas e navegar'' em díreção a um novo homem e uma nova mulher, uma nova sociedade, na qual a liberdade ne funda no díreção a um novo homem e uma nova mulher, uma nova sociedade, na qual a liberdade ne funda no equilíbrio, sujeitoequilíbrio, sujeito--coletivo, partecoletivo, parte--todo, particulartodo, particular--universal.universal. Como depreendemos, os resultados apontam para uma tentativa fortemente marcada pela Como depreendemos, os resultados apontam para uma tentativa fortemente marcada pela busca de (dbusca de (des)subjetivação do suieito. No entanto, a luta pela liberdade, a procura de espaços abertos, es)subjetivação do suieito. No entanto, a luta pela liberdade, a procura de espaços abertos, mesma que contraditórios, se anunciam. É neste anúncio concreto que nos apegamos na luta pelo real mesma que contraditórios, se anunciam. É neste anúncio concreto que nos apegamos na luta pelo real crítico e reflexivo.crítico e reflexivo.The central axis of this thesis is the investigation of (de)construction of subjectivity in the schooling process. It represents a denounce and an announcement ín the production and projection of a new paradigm, inserted in the proposal of a new woman and a new man. In this paper, and in a profound questioning of the subject paradigm and the consciente one, subjectivity was understood as a dialectic process between subjective and objectíve, including the inner world of the individual and his historic conditions. Thís is an evident ruptu re of the cartesian paradigm, which divides body, mind and emotions. The inner world is seen as a complex and dynamic whole, which manifests itself in the organíc, in the intelligence, in the body, in the affective dimensions, in the pleasure, in the consc ience and in the unconscious. This inner dimension of the subject is in a permanent and very lively relationship with the social world, establishing a ''me and other'' dialectic. It is just in tais dialectic relationship that subjectivities are constructed , inside the knowledge process. The study of (de)construction of subjectívity justify itself, in our perception, by the deep process of globalization, frgmentation and equalization, that characterizes conjuncture of modernity. More than any other humaníty history period, the local histories are strongly influenced by this process. To this globalization, dialectically, the mínorities answer with resistance movements, as Giddens, Hall and MacLaren say. The turníng point of this study, based on Gramsci, is d esigned as a frame or reference mark to a better' understanding of the subjectivity phenomena. In this sense, subjectivity was explored in its epistenological connections and gnoseological transition by author as Kant, Hegel, Marx, Wallon, Freus, Fernandez , McLaren, Hall, Guiddens and We use the concept of hegemony and counter hegemony to analyze the process of modernity and construction of subjetivity, showing the 'new right' proposal, which uses a 'neo liberal' model. Thís model defends the absent state dismounting the 'welfare estate', abolishing the workers' rights, rising the unemployment levels and dímínishíng the basic living standard. This highly sophisticated ideological scheme is based on the lack of solídarity between subjects, in th e lack of inter sujectívity action, shrinkíng of public space and disciplinization of desire, body, knowledge and reality. We studíed two schools ín Porto Alegre, one public and the other private, during a period of approximately six months, using the method which we called ''revolutian of sight''. We tried to understand how the subjectivities are constructed and deconstructed through an ethnographic study. We found that the schools proceed ín the ideologícal scheme through many ways, among which the me chanical formal instrumentation. Thls study is divided in elght parts which are ínterleaved and complement each other', focusing the hegemonic process in the capítalist modernization structure. We found that the schools proceed ín the ideologícal scheme through many ways, among which the me chanical formal instrumentation. Thls study is divided in elght parts which are ínterleaved and complement each other', focusing the hegemonic process in the capítalist modernization structure. The first and second part are about the epistemologícal exlor ation of subjectivity and modernity; in the third one we present the hegemonic and counter hegemonic support; in the fourth the theoretical and methodological basis; in the fifth we describe the contradiction of the reality, the symbolic and the reífícatio n, between the 'blooming pose woods' and the 'closed curtains and windows'; in the sixth we analyze the contradiction of the process of construction deconstructlon of subjectivities; ín the seventh we delineate the actions, still individuals, still isola ted, as process of resístance and counter hegemony; and finally in the eighth part we do what we call mooring the ropes' searching the connection which close and block and the narrow space which allow to raise sail and navigate in direction of a new man an d new woman, a new socíety, in which freedom ís based on equilibrium sublect colectívíty, pars totum, particular totum, particular--universal.universal. The results point to a híghly marked tentatlve of searching of (de)subjectivation of subject. The results point to a híghly marked tentatlve of searching of (de)subjectivation of subject. The Struggle for líberty, the searchThe Struggle for líberty, the search for open spaces, even íf contradictory ones, already announced for open spaces, even íf contradictory ones, already announced themselves. It is in thls concrete announcement whlch we adhere in the flght for the real, the critic themselves. It is in thls concrete announcement whlch we adhere in the flght for the real, the critic and the reflexive.and the reflexive.application/pdfporSubjetividadeCotidiano escolarPesquisa socioculturalPesquisa qualitativaEscola e produção de subjetividadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS1992doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000090080.pdf.txt000090080.pdf.txtExtracted Texttext/plain569376http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262226/2/000090080.pdf.txt363684804e42d3f1345facbb77aa551bMD52ORIGINAL000090080.pdfTexto completoapplication/pdf27715871http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/262226/1/000090080.pdf6dad544066bedc321debb4c184146bf8MD5110183/2622262023-07-16 03:42:46.413266oai:www.lume.ufrgs.br:10183/262226Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-07-16T06:42:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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É justamente nesta relação dialética que as subjetivídades são construídas no bojo do processo de conhecimento. O estudo da (des)construção de subjetividade se justifica, na nossa percepção, pelo profundo processo de globalização, fra gmentação e uniformização que vem caracterizando a conjuntura atual da modernidade . Mais do que em qualquer outra fase da história da humanidade, as histórias locais são fortemente influenciadas por este processo e, à esta globalizacão, dialeticamente, c omo defendem Gidden, Hall, McLaren, entre outros, as minorias desprívilegiadas respondem com movimentos de resistêncía e movimentos pela diferença. O ponto de clívagem neste estudo, incluindo o processo de globalização característico da modernidade, confi gura se como um processo hegemônico, fator estrutural da pesquisa que, fundado em Gramsci, delineia se com uma moldura ou marco referencial para a maior comprensão da fenômeno subjetividade. Neste sentido, subjetivídade foi explorada em suas conexões epistemológícas e na própria transição gnoseológica de seu entendimento que passa por autores como Kart, Hegel, Marx, Wallon, Freud, Fernandez, McLaren, Hall, Giddens e Chevallard. Para a análise do entendimento dos processos da modernidade, de construção de s ubjetividade como desvelamento à proposta denominada de "nova direita'', adotando um modelo neoliberal, que prega a implantação do “estado ausente'', que vem desmantelando o estado de bem estar social, abolindo os direitos dos trabalhadores , aumentando os índices de desemprego e diminuindo os padrões de qualidade nínima de vida nos apoiamos nos conceitos de hegemonia e contra hegemonia. Este esquema ideológico, altamente sofisticado e refinado em algumas condições, se funda na quebra de solidariedade e ntre os sujeitos, na falta de ação íntersubjetíva, via encolhimento do espaço público e na discíplinação do desejo, do corpo, do conhecimento, do real. Nossa ''leitura'', à qual denominamos ''revolução do olhar'', buscou nesta investigação estudar duas es colas da capital do Rio Grande do Sul, sendo uma pública e outra privada, durante mais de seis meses. Através de um estudo etnográfico, dirigimos nosso olhar à esta problemática a fim de tentar compreender como as subjetividades são construídas/desconstrui das, num ambiente social com tais caracteristicas. Pr'opomos que a escola atua neste esquema ideológico, através de múltiplos fatores, dentre os quais destacamos as instrumentações mecânico formais, como suporte empírico e legitimatórío, embora não homogén eo do processo como um todo. O trabalho se subdivide em oito blocos que se interligam e se complementam, tendo como foco o processo hegemônico na estrutura de modernízação capitalista. São eles: o primeiro e o segundo blocos tratam da exploraçao epistemo lógica da subjetividade e da modernidade; no terceiro, apresentamos o suporte hegemônico e contra hegemônico; no quarto, dos fundamentos e considerações teórico metodológícas; no quinto, descrevemos a contradição entre o real, o simbóllco e a reificacão, e ntre a ''vida'', os jacarandás floridos'' e as ''janelas e cortínas cerradas''; no sexto, analisamos as contradições deste procesoo de construção/desconstrução subjetividade; no sétímo, delineamos as ações, ainda indíviduais, ainda isoladas, embora reações , como processos de resistência e de proposta contra hegemônica e, finalmente, no oitavo bloco, tratamos da que denominamos como “amarrar os cabos'', buscando as conexões que fecham e entravam, assim como ao brechas que permitem ''içar velas e navegar'' em díreção a um novo homem e uma nova mulher, uma nova sociedade, na qual a liberdade ne funda no díreção a um novo homem e uma nova mulher, uma nova sociedade, na qual a liberdade ne funda no equilíbrio, sujeitoequilíbrio, sujeito--coletivo, partecoletivo, parte--todo, particulartodo, particular--universal.universal. Como depreendemos, os resultados apontam para uma tentativa fortemente marcada pela Como depreendemos, os resultados apontam para uma tentativa fortemente marcada pela busca de (dbusca de (des)subjetivação do suieito. No entanto, a luta pela liberdade, a procura de espaços abertos, es)subjetivação do suieito. No entanto, a luta pela liberdade, a procura de espaços abertos, mesma que contraditórios, se anunciam. É neste anúncio concreto que nos apegamos na luta pelo real mesma que contraditórios, se anunciam. É neste anúncio concreto que nos apegamos na luta pelo real crítico e reflexivo.crítico e reflexivo.
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