Presenças femininas na dança de rua coreografando estéticas da existência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/17844 |
Resumo: | O presente estudo refere-se às presenças femininas na dança de rua, expressão que aparece como um dos elementos do movimento cultural hip hop. Atualmente, o hip hop tem se configurado como território predominantemente masculino nas suas manifestações, sendo atravessado por diferentes significados de corpos e gêneros, os quais se correlacionam com outras marcas culturais tornando complexas as relações humanas e, portanto, de poder, as quais funcionam de múltiplas formas na organização dos grupos sociais. Nesse panorama a atuação dos corpos femininos é pensada dentro de uma rede de relações sociais e de poder, disputando e produzindo significados, inventando suas próprias táticas de inserção, de modo plural e dinâmico. Poderes não tão localizáveis (FOUCAULT,2007c), mas que estão dispersos, circulam nas práticas sociais, produzem e constituem sujeitos. Dessa forma, estabeleço como objetivo desse estudo, mapear como são exercidas as diferentes presenças femininas nos grupos de dança de rua, Original Dancer e Piratas de Rua, ambos da cidade de Pelotas/RS. Para desenvolvimento da pesquisa foi utilizado como caminho metodológico a etnografia urbana a partir de Magnani (2002), associada a elementos do método cartográfico (ROLNIK, 2006). Para tanto, coloco em operação tais questões: como são inventadas táticas de inserção das mulheres na dança de rua? Como são exercidos pelas mulheres poderes-saberes que têm o corpo como arma? Como as mulheres constituem modos de subjetividade nesse contexto? Como emergem novos territórios para a produção de existências femininas? A presente pesquisa é conduzida pela inquietude de uma pesquisadora mulherer que deseja perceber como as mulheres têm se constituído eticamente enquanto presenças femininas nesses espaços de sociabilidades criados pela dança de rua. Ao longo dessa empreitada vou assumindo, incorporando e me apropriando de algumas pistas teóricas que penso importantes para dar visibilidade a essas mulheres de uma maneira positiva, produtiva, respeitando a pluralidade de suas existências. Sou assim, atravessada, movida entre encontros e desencontros no exercício de pensamento com as problematizações de Michel Foucault, especificamente quando ele nos fala de modos de subjetivação, da constituição ética e das micro-rupturas com aquilo que está na fronteira entre a sujeição e as práticas de liberdade do sujeito que estiliza a sua existência. |
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Carvalho, Catia Fernandes deSilva, Meri Rosane Santos da2009-12-10T04:14:40Z2009http://hdl.handle.net/10183/17844000725652O presente estudo refere-se às presenças femininas na dança de rua, expressão que aparece como um dos elementos do movimento cultural hip hop. Atualmente, o hip hop tem se configurado como território predominantemente masculino nas suas manifestações, sendo atravessado por diferentes significados de corpos e gêneros, os quais se correlacionam com outras marcas culturais tornando complexas as relações humanas e, portanto, de poder, as quais funcionam de múltiplas formas na organização dos grupos sociais. Nesse panorama a atuação dos corpos femininos é pensada dentro de uma rede de relações sociais e de poder, disputando e produzindo significados, inventando suas próprias táticas de inserção, de modo plural e dinâmico. Poderes não tão localizáveis (FOUCAULT,2007c), mas que estão dispersos, circulam nas práticas sociais, produzem e constituem sujeitos. Dessa forma, estabeleço como objetivo desse estudo, mapear como são exercidas as diferentes presenças femininas nos grupos de dança de rua, Original Dancer e Piratas de Rua, ambos da cidade de Pelotas/RS. Para desenvolvimento da pesquisa foi utilizado como caminho metodológico a etnografia urbana a partir de Magnani (2002), associada a elementos do método cartográfico (ROLNIK, 2006). Para tanto, coloco em operação tais questões: como são inventadas táticas de inserção das mulheres na dança de rua? Como são exercidos pelas mulheres poderes-saberes que têm o corpo como arma? Como as mulheres constituem modos de subjetividade nesse contexto? Como emergem novos territórios para a produção de existências femininas? A presente pesquisa é conduzida pela inquietude de uma pesquisadora mulherer que deseja perceber como as mulheres têm se constituído eticamente enquanto presenças femininas nesses espaços de sociabilidades criados pela dança de rua. Ao longo dessa empreitada vou assumindo, incorporando e me apropriando de algumas pistas teóricas que penso importantes para dar visibilidade a essas mulheres de uma maneira positiva, produtiva, respeitando a pluralidade de suas existências. Sou assim, atravessada, movida entre encontros e desencontros no exercício de pensamento com as problematizações de Michel Foucault, especificamente quando ele nos fala de modos de subjetivação, da constituição ética e das micro-rupturas com aquilo que está na fronteira entre a sujeição e as práticas de liberdade do sujeito que estiliza a sua existência.This study refers to the presence of women in street dance, an expression that appears as one of the cultural movement of hip hop. Currently, hip hop has been marked as a male-dominated territory in its manifestations, is traversed by different meanings of bodies and genders, which correlate with other brands making cultural complex human relationships and therefore of power, which operate multiple forms in the organization of social groups. In this scenario, the role of the female body is conceived within a network of social relations and power, playing and producing meanings, inventing their own tactics for integration, so plural and dynamic. Powers not as discoverable (Foucault, 2007c), but they are scattered, circulating in social practices, produce and are subject to. So I set the objective of this study, map and are carried out by women in different groups of street dance, Dancer Original Street and Pirates, both of Pelotas / RS. To develop the research was used as a methodological approach to urban ethnography from Magnani (2002), combined with elements of the mapping method (ROLNIK, 2006). Therefore, put in operation these questions: How are invented tactics for integrating women in street dance? How are powers exercised by women-knowledge that the body is a weapon? As women constitute modes of subjectivity in this context? As new areas emerge for the production of female stocks? This research is conducted by the restlessness of a young woman with a researcher who wants to understand how women have been constituted as ethically female presence in these spaces of sociability created by the street dance. Throughout the contract I assume, incorporating and appropriating me some clues I think theoretical important to give visibility to these women in a positive, productive, while respecting the diversity of their existence. I therefore crossed, moved between agreements and disagreements in the course of thought with the problematization of Michel Foucault, specifically when he speaks of modes of subjectivity, ethics and the establishment of micro-breaks with what is on the border between subject and practices subject to freedom of stylization of its existence.application/pdfporDança de ruaSubjetividadeMulheresCorpo humanoEstéticaRelações de gêneroRelações de poderStreet danceModes of subjectivityFemale attendanceAesthetics of existencePresenças femininas na dança de rua coreografando estéticas da existênciaFemale presence in the street dance choreographed aesthetics of existence info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e SaúdePorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000725652.pdf000725652.pdfTexto completoapplication/pdf4215988http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17844/1/000725652.pdf659729bc008b2b8b69b9ca0af8e6d862MD51TEXT000725652.pdf.txt000725652.pdf.txtExtracted Texttext/plain322783http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17844/2/000725652.pdf.txt30eaeec8ce0961beb4f5b82b9c97dbbdMD52THUMBNAIL000725652.pdf.jpg000725652.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2169http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17844/3/000725652.pdf.jpgfa526953fda5beec99656bafb878079fMD5310183/178442022-08-12 04:48:07.755111oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17844Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-08-12T07:48:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O presente estudo refere-se às presenças femininas na dança de rua, expressão que aparece como um dos elementos do movimento cultural hip hop. Atualmente, o hip hop tem se configurado como território predominantemente masculino nas suas manifestações, sendo atravessado por diferentes significados de corpos e gêneros, os quais se correlacionam com outras marcas culturais tornando complexas as relações humanas e, portanto, de poder, as quais funcionam de múltiplas formas na organização dos grupos sociais. Nesse panorama a atuação dos corpos femininos é pensada dentro de uma rede de relações sociais e de poder, disputando e produzindo significados, inventando suas próprias táticas de inserção, de modo plural e dinâmico. Poderes não tão localizáveis (FOUCAULT,2007c), mas que estão dispersos, circulam nas práticas sociais, produzem e constituem sujeitos. Dessa forma, estabeleço como objetivo desse estudo, mapear como são exercidas as diferentes presenças femininas nos grupos de dança de rua, Original Dancer e Piratas de Rua, ambos da cidade de Pelotas/RS. Para desenvolvimento da pesquisa foi utilizado como caminho metodológico a etnografia urbana a partir de Magnani (2002), associada a elementos do método cartográfico (ROLNIK, 2006). Para tanto, coloco em operação tais questões: como são inventadas táticas de inserção das mulheres na dança de rua? Como são exercidos pelas mulheres poderes-saberes que têm o corpo como arma? Como as mulheres constituem modos de subjetividade nesse contexto? Como emergem novos territórios para a produção de existências femininas? A presente pesquisa é conduzida pela inquietude de uma pesquisadora mulherer que deseja perceber como as mulheres têm se constituído eticamente enquanto presenças femininas nesses espaços de sociabilidades criados pela dança de rua. Ao longo dessa empreitada vou assumindo, incorporando e me apropriando de algumas pistas teóricas que penso importantes para dar visibilidade a essas mulheres de uma maneira positiva, produtiva, respeitando a pluralidade de suas existências. Sou assim, atravessada, movida entre encontros e desencontros no exercício de pensamento com as problematizações de Michel Foucault, especificamente quando ele nos fala de modos de subjetivação, da constituição ética e das micro-rupturas com aquilo que está na fronteira entre a sujeição e as práticas de liberdade do sujeito que estiliza a sua existência. |
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