Plantas medicinais utilizadas por comunidades assistidas pelo Programa Saúde da Família, em Porto Alegre : subsídios à introdução da fitoterapia em atenção primária em saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/14305 |
Resumo: | Estudo de caso desenvolvido através de pesquisa participante com população assistida pelo Programa de Saúde da Família-PSF, em Porto Alegre, RS, em que buscou-se, através de estudo de base etnográfica, conhecer práticas tradicionais sobre cultivo e uso de plantas medicinais. Os dados foram coletados pela técnica de amostragem ‘bola de neve’, em quatro comunidades, complementados com entrevista semi-estruturada com 49 informantes, reconhecidos como especialistas tradicionais. Os resultados mostraram que 69% dos informantes são de procedência rural, 90% mulheres com idade entre 33 a 100 anos, 55% com ensino fundamental incompleto, de múltiplas etnias, morando em Porto Alegre há mais de 15 anos. Foram identificadas 192 espécies com indicativo medicinal. As 12 espécies mais citadas foram: funcho, (Foeniculum vulgare Mill.), marcela (Achyrocline satureioides (Lam.)DC.), guaco (Mikania laevigata Spreng), tansagem (Plantago spp.), capim-cidró (Cymbopogon citratus (DC.)Stapf.), hortelã (Mentha spp.), malva (Malva parviflora L.), arruda (Ruta graveolens L.), boldo (Plectrantus barbatus Benth), erva-luísa (Aloysia triphylla (L’Hér) Britton), losna (Artemisia absinthium L.)e poejo (Cunila microcephala Benth.). No segundo momento, um estudo fitotécnico, multidisciplinar, junto a uma Unidade Básica de Saúde-UBS, em parceria com a equipe do PSF e a comunidade, objetivou a implantação de um horto experimental com as 12 espécies. Foram realizados o plantio, a secagem e o armazenamento das plantas com sucesso, seguindo as boas práticas agrícolas. A comunidade enriqueceu o horto com espécies alimentícias, tornando-o de múltiplos cultivos. O horto tornou-se um espaço de troca de saberes e no olhar da equipe de saúde, um espaço de cura, por eles denominado de “Hortoterapia”. O resultado de maior impacto foi a participação e educação ambiental das crianças, os “Guardiões-Mirins” do horto, resgatando o conhecimento tradicional de pais e avós, sobre usos e cultivo de plantas medicinais numa relação intergeracional e com a equipe do PSF. Estes resultados mostram as potencialidades da introdução de um horto de plantas medicinais numa UBS como subsídio a implementação da fitoterapia na Atenção Primária em Saúde-APS, tendo em vista que a saúde é direito constitucional assegurado e as plantas medicinais incluídas como terapêutica do Sistema Único de Saúde-SUS. |
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Piccinini, Gema ConteBarros, Ingrid Bergman Inchausti de2008-10-21T04:13:27Z2008http://hdl.handle.net/10183/14305000652489Estudo de caso desenvolvido através de pesquisa participante com população assistida pelo Programa de Saúde da Família-PSF, em Porto Alegre, RS, em que buscou-se, através de estudo de base etnográfica, conhecer práticas tradicionais sobre cultivo e uso de plantas medicinais. Os dados foram coletados pela técnica de amostragem ‘bola de neve’, em quatro comunidades, complementados com entrevista semi-estruturada com 49 informantes, reconhecidos como especialistas tradicionais. Os resultados mostraram que 69% dos informantes são de procedência rural, 90% mulheres com idade entre 33 a 100 anos, 55% com ensino fundamental incompleto, de múltiplas etnias, morando em Porto Alegre há mais de 15 anos. Foram identificadas 192 espécies com indicativo medicinal. As 12 espécies mais citadas foram: funcho, (Foeniculum vulgare Mill.), marcela (Achyrocline satureioides (Lam.)DC.), guaco (Mikania laevigata Spreng), tansagem (Plantago spp.), capim-cidró (Cymbopogon citratus (DC.)Stapf.), hortelã (Mentha spp.), malva (Malva parviflora L.), arruda (Ruta graveolens L.), boldo (Plectrantus barbatus Benth), erva-luísa (Aloysia triphylla (L’Hér) Britton), losna (Artemisia absinthium L.)e poejo (Cunila microcephala Benth.). No segundo momento, um estudo fitotécnico, multidisciplinar, junto a uma Unidade Básica de Saúde-UBS, em parceria com a equipe do PSF e a comunidade, objetivou a implantação de um horto experimental com as 12 espécies. Foram realizados o plantio, a secagem e o armazenamento das plantas com sucesso, seguindo as boas práticas agrícolas. A comunidade enriqueceu o horto com espécies alimentícias, tornando-o de múltiplos cultivos. O horto tornou-se um espaço de troca de saberes e no olhar da equipe de saúde, um espaço de cura, por eles denominado de “Hortoterapia”. O resultado de maior impacto foi a participação e educação ambiental das crianças, os “Guardiões-Mirins” do horto, resgatando o conhecimento tradicional de pais e avós, sobre usos e cultivo de plantas medicinais numa relação intergeracional e com a equipe do PSF. Estes resultados mostram as potencialidades da introdução de um horto de plantas medicinais numa UBS como subsídio a implementação da fitoterapia na Atenção Primária em Saúde-APS, tendo em vista que a saúde é direito constitucional assegurado e as plantas medicinais incluídas como terapêutica do Sistema Único de Saúde-SUS.The author intended to know traditional practices on growing and using of medicinal plants through an ethnographical base study. The work consisted of a case study through a participating research in a population attended by Family Health Program- FHP, in Porto Alegre, RS. The data were collected in four communities and it was used the “snow ball” technic and also a semistructural interview with 49 informers, all of them considered as traditional specialists. The results showed: 69% of the informers proceed from rural region; they come from multiple ethnic origins; all of them live in Porto Alegre from more than 15 years; 90% are women about 33 to 100 years old; 55% have few years of study. The author identified 192 species for medicinal usage. The 12 species more used were: Foeniculum vulgare Mill., Achyrocline satureioides (Lam.)DC., Mikania laevigata Spreng, Plantago spp., Cymbopogon citratus (DC.)Stapf., Mentha spp., Malva parviflora L., Ruta graveolens L., Plectrantus barbatus Benth, Aloysia triphylla (L’Hér) Britton, Artemisia absinthium L. Cunila microcephala Benth. The second stage was a phytothecnic multiprofessional study developed close to a Health Basic Unit-HBU, in association with the team of Family Health Program and with the local community. The objective of it was to create an experimental medicinal garden with these 12 species. The planting, the drying and the storage of the plants observed the good agricultural practices and were successful. The community improved the garden with alimentary species and turned it into multiple cultivation. The garden became a place of changing of knowledge. The health team considers it like a place of cure, which they call “Garden Therapy”. The environmental education and the participation of children called “ The Garden Little Guardian”, was the most important result. This process recovered the traditional knowledge from parents and grandparents about usages and cultivation of medicinal plants through a intergenerational relation and with the FHP team. These results show the potential represented by the introduction of medicinal plants garden in a HBU being an allowance to the accomplishment of phytotherapy on health primary attention. Health is a constitutional guaranteed right and the medicinal plants are included like therapeutics in Health Unique System.application/pdfporPlantas medicinaisPlanta medicinalPrograma Saúde da Família. Porto Alegre (RS)Fitoterapia : Atenção primária à saúdePlantas medicinais utilizadas por comunidades assistidas pelo Programa Saúde da Família, em Porto Alegre : subsídios à introdução da fitoterapia em atenção primária em saúdeMedicinal plants used by communities attended by family health program in Porto Alegre : allowances to the introduction of phytotherapy in health primary attentioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2008doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000652489.pdf000652489.pdfTexto completoapplication/pdf12131969http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14305/1/000652489.pdf77de625f53a927205d055eb3c16d05c3MD51TEXT000652489.pdf.txt000652489.pdf.txtExtracted Texttext/plain247651http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14305/2/000652489.pdf.txtd0c184910463bd32968ee74c78d52bebMD52THUMBNAIL000652489.pdf.jpg000652489.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1168http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14305/3/000652489.pdf.jpg93bc9f5688e3924364eaf57e1a015860MD5310183/143052022-12-10 06:07:14.141772oai:www.lume.ufrgs.br:10183/14305Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-10T08:07:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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