Correlação da algometria, escala análogo visual, escala numérica de avaliação da dor em mulheres com dor pélvica crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alfonsin, Mariane Meirelles
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/97200
Resumo: Introdução: A Dor Pélvica Crônica (DPC) é um problema social, com alta prevalência, acometendo mulheres na idade reprodutiva. Cada vez mais salientamos a importância de investigar instrumentos apropriados para avaliação da dor, facilitando na prática clínica a escolha do melhor método que torne mais completa a avaliação de aspectos da intensidade na mensuração da dor crônica. Portanto, o objetivo deste estudo é correlacionar diferentes instrumentos de avaliação da intensidade dolorosa, a escala numérica (EN), escala visual analógica (EVA) e a algometria de pressão, nas mulheres com DPC, a fim de identificar o instrumento que melhor expressa o quadro doloroso. Métodos: foram avaliadas pelo ginecologista oitenta mulheres encaminhadas ao ambulatório do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), trinta e três mulheres apresentaram algum aspecto dos nossos critérios de não inclusão. Selecionamos para participar do estudo quarenta e sete pacientes com DPC, sendo que vinte pacientes apresentavam endometriose diagnosticada por videolaparoscopia e vinte e sete pacientes apresentavam outras causas ginecológicas. Utilizamos no estudo um roteiro para anamnese cujos dados relacionados com a DPC foram coletados, tais como diagnóstico, tratamento, sintomatologia e locais da dor. Escores de dor foram classificados de acordo com a intensidade, através das escalas de dor (EN e EVA), instrumentos baseados no autorrelato do indivíduo e algometria de pressão, para verificar o limiar de dor à pressão das pacientes. Na análise dos dados, a concordância entre as escalas foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e a associação entre as escalas com o algômetro foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Spearman, o nível de significância adotado foi de 5% (P<0,05). Resultados: As participantes do estudo tinham idade média de 38,3 ± 7,6 anos. Utilizamos o ICC para análise da correlação entre os instrumentos de relato da percepção dolorosa, ou seja, entre as EN e EVA, em relação à dor (0,992), na dismenorreia (1,00) e na dispareunia (0,996), e encontramos excelente concordância entre as escalas, com P<0,01. As associações da algometria com as escalas foram moderadas e inversas, apresentando diferenças estatisticamente significativas, quanto maior a pontuação nas escalas EN e EVA em relação à dispareunia, menores os valores no algômetro, exceto nos pontos LA1 e LA2 em ambos os lados. Também houve associação inversa das escalas EN e EVA na dismenorréia, no ponto LAB2 lado direito e associação inversa no ponto PS lado direito com a escala EVA de dor, com diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: As escalas são instrumentos eficientes para avaliação da dor, podendo ser utilizada tanto a EN quanto a EVA na avaliação da intensidade dolorosa. Na avaliação das mulheres com DPC devemos utilizar a algometria de pressão associada à EN ou EVA, instrumentos inversamente proporcionais, confiáveis e sensíveis, tornando menos subjetiva a avaliação da dor para melhor expressar o quadro doloroso.
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Métodos: foram avaliadas pelo ginecologista oitenta mulheres encaminhadas ao ambulatório do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), trinta e três mulheres apresentaram algum aspecto dos nossos critérios de não inclusão. Selecionamos para participar do estudo quarenta e sete pacientes com DPC, sendo que vinte pacientes apresentavam endometriose diagnosticada por videolaparoscopia e vinte e sete pacientes apresentavam outras causas ginecológicas. Utilizamos no estudo um roteiro para anamnese cujos dados relacionados com a DPC foram coletados, tais como diagnóstico, tratamento, sintomatologia e locais da dor. Escores de dor foram classificados de acordo com a intensidade, através das escalas de dor (EN e EVA), instrumentos baseados no autorrelato do indivíduo e algometria de pressão, para verificar o limiar de dor à pressão das pacientes. Na análise dos dados, a concordância entre as escalas foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e a associação entre as escalas com o algômetro foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Spearman, o nível de significância adotado foi de 5% (P<0,05). Resultados: As participantes do estudo tinham idade média de 38,3 ± 7,6 anos. Utilizamos o ICC para análise da correlação entre os instrumentos de relato da percepção dolorosa, ou seja, entre as EN e EVA, em relação à dor (0,992), na dismenorreia (1,00) e na dispareunia (0,996), e encontramos excelente concordância entre as escalas, com P<0,01. As associações da algometria com as escalas foram moderadas e inversas, apresentando diferenças estatisticamente significativas, quanto maior a pontuação nas escalas EN e EVA em relação à dispareunia, menores os valores no algômetro, exceto nos pontos LA1 e LA2 em ambos os lados. Também houve associação inversa das escalas EN e EVA na dismenorréia, no ponto LAB2 lado direito e associação inversa no ponto PS lado direito com a escala EVA de dor, com diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: As escalas são instrumentos eficientes para avaliação da dor, podendo ser utilizada tanto a EN quanto a EVA na avaliação da intensidade dolorosa. Na avaliação das mulheres com DPC devemos utilizar a algometria de pressão associada à EN ou EVA, instrumentos inversamente proporcionais, confiáveis e sensíveis, tornando menos subjetiva a avaliação da dor para melhor expressar o quadro doloroso.Introduction: The Chronic Pelvic Pain (CPP) is a social problem, with high prevalence, affecting women in reproductive age. Increasingly, has been emphasised the importance of investigating appropriate instruments for evaluation of pain in clinical practice, by facilitating the choice of the best method to make more complete the evaluation in measuring intensity aspects of chronic pain. Therefore, the objective of this study is to correlate different painful intensity assessment tools, the numeric scale (NS), visual analogue scale (VAS) and algometry pressure, in women with CPP, in order to identify the instrument that best expresses the pain. Methods: were evaluated by the gynecologist eighty women referred to the Gynecology and Obstetrics service, Clinical Hospital of Porto Alegre (HCPA), thirty three women had some aspect of our criteria for not inclusion. The study included forty seven patients, twenty patients had endometriosis diagnosed by laparoscopy and twenty seven patients had other gynecological causes. For the analyses in this study we used a road map for anamnesis whose data related to the CPP was collected, such as diagnosis, treatment, symptoms and pain locations. In addition, pain scores were classified according to intensity, through the pain scales (NS and VAS), based on self-report instruments of individual and algometry, to verify the pressure pain threshold of the patients. Statistically, the agreement between scales was assessed by intraclass correlation coefficient (ICC) and the association between the scales with the algometer were evaluated by Spearman's rank correlation coefficient, the level of significance adopted was 5% (P<0,05). Results: Study participants had an average age of 38.3 ± 7.6 years old. In the statistical analysis, we used ICC reporting instruments of perception painful I mean, between NS and VAS regarding pain (0,992), in dysmenorrhoea (1.00) and Dyspareunia (0.996), and we found excellent correlation between scales, with P<0,01. The associations of algometria with the scales were moderate and inverses, showing differences statistically significant, the higher the score NS and VAS in relation to Dyspareunia smaller values in algometer, except in points LA1 and LA2 on both sides. Indeed, there were also inverse association of scales NS and VAS on dysmenorrhea, in point LAB2 in the right side and inverse association in point PS in the right side with scale VAS of pain, with statistically significant differences. Conclusion: the scales are effective instruments for evaluation of pain, and may be used both in NS and VAS at painful intensity evaluation. In the evaluation of women with CPP should be used the algometry pressure associated with NS or VAS, instruments inversely proportional, reliable and sensitive, making less subjective pain assessment to better express the pain.application/pdfporMedição da dorEscala visual analógicaMétodosFemininoDor pélvicaChronic pelvic pain (CPP)Numeric pain assessment scale (NS)Visual analogue scale (VAS)AlgometryCorrelação da algometria, escala análogo visual, escala numérica de avaliação da dor em mulheres com dor pélvica crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000920283.pdf000920283.pdfTexto completoapplication/pdf793135http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/97200/1/000920283.pdfb12471e46064266b03ae1914d2cb4600MD51TEXT000920283.pdf.txt000920283.pdf.txtExtracted Texttext/plain175211http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/97200/2/000920283.pdf.txtfc98f0ab3d3e0e9df5631fe7dcd87b6dMD52THUMBNAIL000920283.pdf.jpg000920283.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1269http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/97200/3/000920283.pdf.jpg67efe481782ecad18f45759286705c32MD5310183/972002018-10-19 08:55:08.141oai:www.lume.ufrgs.br:10183/97200Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-19T11:55:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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