Algas perifíticas como indicadoras de qualidade em ambientes impactados pela drenagem ácida de minas na região carbonífera de Santa Catarina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/35630 |
Resumo: | A Drenagem ácida de minas (DAM), do ponto de vista ecológico, influencia os ambientes aquáticos provocando condições de stress para a maioria dos organismos. O baixo valor de pH (geralmente < 3,0), altas quantidades de sulfatos e íons metálicos dissolvidos diminuem a diversidade biológica. Esses locais podem ser caracterizados como ecossistemas simples, dominados por organismos acidofílicos e ácido tolerantes. Assim, o objetivo do presente trabalho foi identificar as comunidades de algas encontradas em ecossistemas impactados pela DAM na região carbonífera do Estado de Santa Catarina, Brasil. Observou-se 12 córregos, dois quais 6 com presença de algas e 6 com ausência de algas. As amostragens foram realizadas em julho/2009, outubro/2009, dezembro/2009 e abril/2010, de forma a abranger as quatro estações do ano. Verificouse que os ambientes aquáticos atingidos pela DAM abrigam pouca diversidade de espécies. A comunidade de algas foi representada por 5 táxons e a identificação realizou-se somente até o nível de gênero. Os gêneros encontrados foram: Microspora, Mougeotia, Eunotia, Frustulia e Euglena. Os gêneros de maior distribuição foram a Microspora, estando presente em 6 locais de amostragem e o gênero Eunotia, presente em 4 locais de amostragem. O gênero em maior abundância e quantidade de biomassa foi a Microspora. O crescimento das algas foi dependente de vários fatores, entre os quais características químicas da água e o período de amostrado. Observou-se que as algas acidofílicas cresceram em corpos d´água na faixa de pH entre 3,2 e 4,1, sendo que nos locais com pH inferior a 2,8 ou superior a 4,2 não ocorreu o crescimento de algas. O gênero Microspora esteve presente em águas com níveis variados de metais e sulfato. Já o gênero Frustulia somente se desenvolveu em corpos d´água com baixos níveis de ferro e sulfato. Por sua vez, o gênero Euglena só foi bem sucedido em locais onde os teores de sulfatos e ferro foram elevados. Sendo assim, as algas encontradas neste estudo apresentam a capacidade de bioindicadoras da qualidade do local. Em relação aos períodos amostrados, a diversidade e abundância de algas foram maiores no inverno. As comunidades perifíticas são capazes de acumular elementos metálicos em sua biomassa. A análise da biomassa perifítica indica que o material contém uma elevada concentração de elementos inorgânicos, bioacumulados do ambiente de crescimento. |
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Freitas, Ana Paula PiresSchneider, Ivo Andre HomrichSchwarzbold, Albano2011-12-17T01:20:30Z2010http://hdl.handle.net/10183/35630000793149A Drenagem ácida de minas (DAM), do ponto de vista ecológico, influencia os ambientes aquáticos provocando condições de stress para a maioria dos organismos. O baixo valor de pH (geralmente < 3,0), altas quantidades de sulfatos e íons metálicos dissolvidos diminuem a diversidade biológica. Esses locais podem ser caracterizados como ecossistemas simples, dominados por organismos acidofílicos e ácido tolerantes. Assim, o objetivo do presente trabalho foi identificar as comunidades de algas encontradas em ecossistemas impactados pela DAM na região carbonífera do Estado de Santa Catarina, Brasil. Observou-se 12 córregos, dois quais 6 com presença de algas e 6 com ausência de algas. As amostragens foram realizadas em julho/2009, outubro/2009, dezembro/2009 e abril/2010, de forma a abranger as quatro estações do ano. Verificouse que os ambientes aquáticos atingidos pela DAM abrigam pouca diversidade de espécies. A comunidade de algas foi representada por 5 táxons e a identificação realizou-se somente até o nível de gênero. Os gêneros encontrados foram: Microspora, Mougeotia, Eunotia, Frustulia e Euglena. Os gêneros de maior distribuição foram a Microspora, estando presente em 6 locais de amostragem e o gênero Eunotia, presente em 4 locais de amostragem. O gênero em maior abundância e quantidade de biomassa foi a Microspora. O crescimento das algas foi dependente de vários fatores, entre os quais características químicas da água e o período de amostrado. Observou-se que as algas acidofílicas cresceram em corpos d´água na faixa de pH entre 3,2 e 4,1, sendo que nos locais com pH inferior a 2,8 ou superior a 4,2 não ocorreu o crescimento de algas. O gênero Microspora esteve presente em águas com níveis variados de metais e sulfato. Já o gênero Frustulia somente se desenvolveu em corpos d´água com baixos níveis de ferro e sulfato. Por sua vez, o gênero Euglena só foi bem sucedido em locais onde os teores de sulfatos e ferro foram elevados. Sendo assim, as algas encontradas neste estudo apresentam a capacidade de bioindicadoras da qualidade do local. Em relação aos períodos amostrados, a diversidade e abundância de algas foram maiores no inverno. As comunidades perifíticas são capazes de acumular elementos metálicos em sua biomassa. A análise da biomassa perifítica indica que o material contém uma elevada concentração de elementos inorgânicos, bioacumulados do ambiente de crescimento.The acid mine drainage (AMD), from the ecological point of view, affects the aquatic environments causing stress to most organisms. The low pH values (usually <3.0), high concentration of sulfates and dissolved metal ions reduce the biological diversity. These systems can be characterized as simple ecosystems, dominated by acidophilic and acid tolerant organisms. The objective of this study was to identify communities of algae found in ecosystems impacted by AMD in the coal region of Santa Catarina, Brazil. It was observed 12 streams, 6 of which with the presence of algae and 6 with the absence of algae. Samples were collected in July/2009, October/2009, December/2009 and April/2010 in order to cover all four seasons. It was found that aquatic environments affected by DAM refuge low species diversity. The algal community was represented by 5 taxa and the identification was made only to the genus level. The species identified were: Microspora, Mougeotia, Eunotia, Frustulia and Euglena. The genus of the largest distribution was Microspora, present in 6 sampling sites and Eunotia, present in 4 sampling sites. The genus in greater abundance and amount of biomass was the Microspora. The algal growth was dependent of several factors, including water chemistry and the period of sampling. It was observed that acidophilic algae grown in water with the pH range between 3.2 and 4.1, and in places with a pH below 2.8 or above 4.2 there was no algae growth. The genus Microspora was present in waters with different levels of metals and sulfate. But the genus Frustulia only was increased in water with low levels of iron and sulfate. On the other hand, the genus Euglena has only been successful in places where the levels of sulfates and iron were high. Therefore, the algae found in this study have the ability to bioindicators of the water quality. Concerning the periods sampled, diversity and abundance of algae were higher in winter. Periphyton communities are able to accumulate metallic elements in their biomass. The analysis of periphytic biomass indicates that the material contains a high concentration of inorganic elements, bioaccumulated of the growth environment.application/pdfporDrenagem ácida de minasAlgas perifíticasMeio ambienteBioindicadoresAcid mine drainagePeriphytic AlgaeDiversityBioindicatorBioaccumulationAlgas perifíticas como indicadoras de qualidade em ambientes impactados pela drenagem ácida de minas na região carbonífera de Santa Catarinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de MateriaisPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000793149.pdf000793149.pdfTexto completoapplication/pdf6081338http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35630/1/000793149.pdf376816c11973779c7f6ea7cc857a3443MD51TEXT000793149.pdf.txt000793149.pdf.txtExtracted Texttext/plain125264http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35630/2/000793149.pdf.txt33888092436bc4bc3dee14b297b48e4cMD52THUMBNAIL000793149.pdf.jpg000793149.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1075http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/35630/3/000793149.pdf.jpg32e0d33049708b35b9f4c95ec39d303aMD5310183/356302018-10-11 08:51:50.105oai:www.lume.ufrgs.br:10183/35630Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T11:51:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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