Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/10906 |
Resumo: | Analisou-se a composição, estrutura e padrão sazonal de formação dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa na planície costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Efetuaram-se amostragens mensais de fevereiro de 2005 a janeiro de 2006, com observações ocasionais em 2004 e janeiro de 2005. Pontos de contagem foram utilizados para estimar a abundância relativa das espécies integrantes dos bandos, e transecções foram efetuadas para as observações dos bandos mistos. Quarenta e sete espécies foram registradas como participantes em 92 bandos amostrados. O número de indivíduos foi positivamente correlacionado com o número de espécies dentro dos bandos. O pool dos não-passeriformes foi pobremente representado nos bandos, enquanto passeriformes suboscines e oscines foram igualmente representados na riqueza dos bandos. Onívoros e insetívoros foram bem representados, mas os nectarívoros tiveram apenas uma espécie integrante; frugívoros e granívoros foram ausentes nos bandos mistos.Espécies migratórias foram pouco representadas nos bandos, como havia sido verificado para outras áreas de Floresta Atlântica. A regularidade de uma espécie em integrar bandos mistos foi uma função de sua abundância relativa, e as espécies mais conspícuas tenderam a ser os integrantes mais regulares. Detectaram-se quinze co-ocorrências significativas em 153 combinações possíveis (10%), onze delas positivas e quatro negativas. Nenhum tipo estrutural de bandos foi distinguido por meio de análise de agrupamento. Associações positivas e negativas talvez estejam relacionadas a similaridades e dissimilaridades na distribuição vertical de cada par de espécies. Os atributos de freqüência, tamanho e riqueza dos bandos foram os menores encontrados em qualquer outro estudo na Floresta Atlântica. Os bandos formaram-se o ano inteiro no Faxinal, mas a freqüência, o tamanho e a riqueza dos bandos diferiram significativamente entre os meses e entre as estações. Osvalores máximos destes três atributos foram encontrados na estação não-reprodutiva, lembrando os padrões encontrados em outros locais da Floresta Atlântica. A combinação de um pequeno grupo de espécies abundantes e bem distribuídas, junto com uma baixa riqueza local talvez torne a estrutura dos bandos mistos no Faxinal menos variável do que em outros locais da Floresta Atlântica. |
id |
URGS_1b62e5e869286c8037ec643549eb913c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10906 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Silveira, André BarcellosKindel, Andreas2007-10-16T05:11:27Z2006http://hdl.handle.net/10183/10906000594350Analisou-se a composição, estrutura e padrão sazonal de formação dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa na planície costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Efetuaram-se amostragens mensais de fevereiro de 2005 a janeiro de 2006, com observações ocasionais em 2004 e janeiro de 2005. Pontos de contagem foram utilizados para estimar a abundância relativa das espécies integrantes dos bandos, e transecções foram efetuadas para as observações dos bandos mistos. Quarenta e sete espécies foram registradas como participantes em 92 bandos amostrados. O número de indivíduos foi positivamente correlacionado com o número de espécies dentro dos bandos. O pool dos não-passeriformes foi pobremente representado nos bandos, enquanto passeriformes suboscines e oscines foram igualmente representados na riqueza dos bandos. Onívoros e insetívoros foram bem representados, mas os nectarívoros tiveram apenas uma espécie integrante; frugívoros e granívoros foram ausentes nos bandos mistos.Espécies migratórias foram pouco representadas nos bandos, como havia sido verificado para outras áreas de Floresta Atlântica. A regularidade de uma espécie em integrar bandos mistos foi uma função de sua abundância relativa, e as espécies mais conspícuas tenderam a ser os integrantes mais regulares. Detectaram-se quinze co-ocorrências significativas em 153 combinações possíveis (10%), onze delas positivas e quatro negativas. Nenhum tipo estrutural de bandos foi distinguido por meio de análise de agrupamento. Associações positivas e negativas talvez estejam relacionadas a similaridades e dissimilaridades na distribuição vertical de cada par de espécies. Os atributos de freqüência, tamanho e riqueza dos bandos foram os menores encontrados em qualquer outro estudo na Floresta Atlântica. Os bandos formaram-se o ano inteiro no Faxinal, mas a freqüência, o tamanho e a riqueza dos bandos diferiram significativamente entre os meses e entre as estações. Osvalores máximos destes três atributos foram encontrados na estação não-reprodutiva, lembrando os padrões encontrados em outros locais da Floresta Atlântica. A combinação de um pequeno grupo de espécies abundantes e bem distribuídas, junto com uma baixa riqueza local talvez torne a estrutura dos bandos mistos no Faxinal menos variável do que em outros locais da Floresta Atlântica.The composition, structure and seasonal pattern of formation of mixed-species bird flocks were analyzed in a swamp forest remnant in the coastal plain of Rio Grande do Sul state, southern Brazil. Field work was carried out monthly from February 2005 to January 2006, plus occasional observations in 2004 and January 2005. Point counts estimated the relative abundance of flocking species, and transects were performed to access data relative to the flocks. Forty seven species were recorded as participants in 92 flocks sampled. The number of individuals was positively correlated with the number of species within the flocks. Non-passerines pool is less represented in the flocks, while suboscines and oscines were equally represented in the flock richness. Omnivores and insectivores were well represented, but nectarivores had only one flocking species while frugivores and granivores were absent in flocks. Migrants had low representation on the composition and structure of flocks, as predicted for lowland Atlantic Forest areas. The regularity of a given species in to integrate flocks was a function of its relative abundance, and the species more conspicuous tended to be the more regular flock joiners. Fifteen significant co-occurrences of 153 possible pairs (10%) were detected, eleven positively and four negatively associated. None structural type of flocks was recognized through cluster analyses. Positive and negative associations were better explained by similarities or dissimilarities on vertical distribution of each species pair. The attributes of frequency, flock size and flock richness were the lowest found in any study on Atlantic Forest. Flocks were formed throughout the year at Faxinal, but frequency, flock size and flock richness differed significantly between months and between seasons. Higher values of these three attributes were found in non-breeding season, reaching the pattern found elsewhere in Atlantic Forest. The combination of a little set of abundant and well distributed speciesand low richness perhaps makes the flock structure at Faxinal less variable than that of Atlantic Forest elsewhere.application/pdfporSociobiologiaDiversidade animalParque Estadual de Itapeva (Torres, RS)Mixed-species flocksBehavioral ecologySwamp Atlantic ForestSeasonal patternSociobiologyRichnessDiversityComposição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em EcologiaPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000594350.pdf000594350.pdfTexto completoapplication/pdf728988http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10906/1/000594350.pdf39062e6645daf1dbaf4bc95c915ca2d4MD51TEXT000594350.pdf.txt000594350.pdf.txtExtracted Texttext/plain181631http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10906/2/000594350.pdf.txt02a53dab3739a08e523360d03d8fb051MD52THUMBNAIL000594350.pdf.jpg000594350.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1128http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10906/3/000594350.pdf.jpg1894be5099ee5d7be651504eee27fc82MD5310183/109062018-10-08 08:16:39.094oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10906Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-08T11:16:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
title |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
spellingShingle |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil Silveira, André Barcellos Sociobiologia Diversidade animal Parque Estadual de Itapeva (Torres, RS) Mixed-species flocks Behavioral ecology Swamp Atlantic Forest Seasonal pattern Sociobiology Richness Diversity |
title_short |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
title_full |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
title_fullStr |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
title_full_unstemmed |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
title_sort |
Composição, estrutura e sazonalidade dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa no sul do Brasil |
author |
Silveira, André Barcellos |
author_facet |
Silveira, André Barcellos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silveira, André Barcellos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Kindel, Andreas |
contributor_str_mv |
Kindel, Andreas |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sociobiologia Diversidade animal Parque Estadual de Itapeva (Torres, RS) |
topic |
Sociobiologia Diversidade animal Parque Estadual de Itapeva (Torres, RS) Mixed-species flocks Behavioral ecology Swamp Atlantic Forest Seasonal pattern Sociobiology Richness Diversity |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Mixed-species flocks Behavioral ecology Swamp Atlantic Forest Seasonal pattern Sociobiology Richness Diversity |
description |
Analisou-se a composição, estrutura e padrão sazonal de formação dos bandos mistos de aves em um remanescente de floresta paludosa na planície costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Efetuaram-se amostragens mensais de fevereiro de 2005 a janeiro de 2006, com observações ocasionais em 2004 e janeiro de 2005. Pontos de contagem foram utilizados para estimar a abundância relativa das espécies integrantes dos bandos, e transecções foram efetuadas para as observações dos bandos mistos. Quarenta e sete espécies foram registradas como participantes em 92 bandos amostrados. O número de indivíduos foi positivamente correlacionado com o número de espécies dentro dos bandos. O pool dos não-passeriformes foi pobremente representado nos bandos, enquanto passeriformes suboscines e oscines foram igualmente representados na riqueza dos bandos. Onívoros e insetívoros foram bem representados, mas os nectarívoros tiveram apenas uma espécie integrante; frugívoros e granívoros foram ausentes nos bandos mistos.Espécies migratórias foram pouco representadas nos bandos, como havia sido verificado para outras áreas de Floresta Atlântica. A regularidade de uma espécie em integrar bandos mistos foi uma função de sua abundância relativa, e as espécies mais conspícuas tenderam a ser os integrantes mais regulares. Detectaram-se quinze co-ocorrências significativas em 153 combinações possíveis (10%), onze delas positivas e quatro negativas. Nenhum tipo estrutural de bandos foi distinguido por meio de análise de agrupamento. Associações positivas e negativas talvez estejam relacionadas a similaridades e dissimilaridades na distribuição vertical de cada par de espécies. Os atributos de freqüência, tamanho e riqueza dos bandos foram os menores encontrados em qualquer outro estudo na Floresta Atlântica. Os bandos formaram-se o ano inteiro no Faxinal, mas a freqüência, o tamanho e a riqueza dos bandos diferiram significativamente entre os meses e entre as estações. Osvalores máximos destes três atributos foram encontrados na estação não-reprodutiva, lembrando os padrões encontrados em outros locais da Floresta Atlântica. A combinação de um pequeno grupo de espécies abundantes e bem distribuídas, junto com uma baixa riqueza local talvez torne a estrutura dos bandos mistos no Faxinal menos variável do que em outros locais da Floresta Atlântica. |
publishDate |
2006 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2006 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2007-10-16T05:11:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/10906 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000594350 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/10906 |
identifier_str_mv |
000594350 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10906/1/000594350.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10906/2/000594350.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10906/3/000594350.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
39062e6645daf1dbaf4bc95c915ca2d4 02a53dab3739a08e523360d03d8fb051 1894be5099ee5d7be651504eee27fc82 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085101806026752 |