Representações de animal na contemporaneidade : uma análise na mídia impressa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/256249 |
Resumo: | O objetivo desse estudo consiste em dar visibilidade ao mosaico de representações de animal, assim como demonstrar a coexistência das mesmas na cultura contemporânea através de uma análise na perspectiva dos Estudos Culturais. Foram analisadas matérias jornalísticas e peças publicitárias veiculadas na mídia impressa englobando revistas e jornais de grande circulação no Brasil publicados entre 1995 e 2002. As análises foram divididas em três grandes grupos: animais de companhia, animais no discurso ecológico e animais de produção, além de uma subcategoria relativa a textos versando sobre a inteligência dos animais. Com relação aos animais de companhia, foi enfatizado o seu caráter de membro da família, a utilização terapêutica destes, os casos de violência sobre as pessoas e os demais aspectos envolvidos na coabitação desses animais com o ser humano no perímetro urbano, além dos discursos envolvidos na criação de animais de raça em contraposição a animais sem raça definida. Quanto aos animais no discurso ecológico, coram analisados os zoológicos, o ecoturismo, a presença de animais silvestres no perímetro urbano, os programas de preservação ambiental, os animais estranhos e perigosos ao homem, a caça e a pesca e a utilização de animais em festas populares. Nos animais de produção, a análise está focada na produção de alimentos, nos hábitos alimentares, incluindo o vegetarianismo, e na criação de reprodutores de alto valor comercial em bovinos e equinos. O estudo possibilitou verificar que as formas como os animais se inserem em nossas vidas são complexas. Criamos alguns, nos aproximando cada vez mais deles; aceitamos outros, dentro de algumas condições; toleramos terceiros, até certo ponto, e exterminamos aqueles que excluímos de nossas simpatias e, dentro das inúmeras possibilidades de representações de animal, fazemos as nossas escolhas: defendemos o cuidado dos animais que são importantes para nós, olhamos para alguns com maior interesse do que para outros e, fundamentalmente, absorvemos as representações cuja ressonância com nossos valores proporcionam maior engajamento com os discursos que circulam no tecido cultural, inclusive a necessidade que temos em utilizar produtos de origem animal para nossa alimentação. A partir de discursos que chegam a ser contraditórios em alguns pontos e que convivem no circuito da cultura, ocorre a produção de significados construídos por sistemas simbólicos de linguagens constituidoras de representações; neles, as identidades são produzidas, consumidas e reguladas culturalmente. Portanto, diante dessa profusão de significados e representações de animal veiculados nos discursos (pela mídia ou não), escolhemos aquilo que mais nos faz sentido, aquilo que tem ressonância em nossos valores e a nossa história, incluindo as narrativas que ouvimos desde criança a respeito dos animais, assim como as atividades escolares, e as representações locais/regionais de onde crescemos e de onde estamos. |
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Dal-Farra, Rossano AndreSilveira, Rosa Maria Hessel2023-03-23T03:24:48Z2003http://hdl.handle.net/10183/256249000391070O objetivo desse estudo consiste em dar visibilidade ao mosaico de representações de animal, assim como demonstrar a coexistência das mesmas na cultura contemporânea através de uma análise na perspectiva dos Estudos Culturais. Foram analisadas matérias jornalísticas e peças publicitárias veiculadas na mídia impressa englobando revistas e jornais de grande circulação no Brasil publicados entre 1995 e 2002. As análises foram divididas em três grandes grupos: animais de companhia, animais no discurso ecológico e animais de produção, além de uma subcategoria relativa a textos versando sobre a inteligência dos animais. Com relação aos animais de companhia, foi enfatizado o seu caráter de membro da família, a utilização terapêutica destes, os casos de violência sobre as pessoas e os demais aspectos envolvidos na coabitação desses animais com o ser humano no perímetro urbano, além dos discursos envolvidos na criação de animais de raça em contraposição a animais sem raça definida. Quanto aos animais no discurso ecológico, coram analisados os zoológicos, o ecoturismo, a presença de animais silvestres no perímetro urbano, os programas de preservação ambiental, os animais estranhos e perigosos ao homem, a caça e a pesca e a utilização de animais em festas populares. Nos animais de produção, a análise está focada na produção de alimentos, nos hábitos alimentares, incluindo o vegetarianismo, e na criação de reprodutores de alto valor comercial em bovinos e equinos. O estudo possibilitou verificar que as formas como os animais se inserem em nossas vidas são complexas. Criamos alguns, nos aproximando cada vez mais deles; aceitamos outros, dentro de algumas condições; toleramos terceiros, até certo ponto, e exterminamos aqueles que excluímos de nossas simpatias e, dentro das inúmeras possibilidades de representações de animal, fazemos as nossas escolhas: defendemos o cuidado dos animais que são importantes para nós, olhamos para alguns com maior interesse do que para outros e, fundamentalmente, absorvemos as representações cuja ressonância com nossos valores proporcionam maior engajamento com os discursos que circulam no tecido cultural, inclusive a necessidade que temos em utilizar produtos de origem animal para nossa alimentação. A partir de discursos que chegam a ser contraditórios em alguns pontos e que convivem no circuito da cultura, ocorre a produção de significados construídos por sistemas simbólicos de linguagens constituidoras de representações; neles, as identidades são produzidas, consumidas e reguladas culturalmente. Portanto, diante dessa profusão de significados e representações de animal veiculados nos discursos (pela mídia ou não), escolhemos aquilo que mais nos faz sentido, aquilo que tem ressonância em nossos valores e a nossa história, incluindo as narrativas que ouvimos desde criança a respeito dos animais, assim como as atividades escolares, e as representações locais/regionais de onde crescemos e de onde estamos.The purpose of this study is to give visibility to the many-sided representations of animals, as well as, to demonstrate the coexistence of these representations in contemporary culture through an analysis based on Cultural Studies. Newspaper clippings and advertisements collected in printed media were analysed, including important magazines and newspapers published in Brazil between 1995 and 2002. The analyses were divided into three main groups: animais kept for company, animais in the ecological discourse, and animals raised for production, besides a sub-group referring to texts dealing with the intelligence of animals. As far as animals kept for company are concemed, the study emphasized their character as members of the family, their therapeutic use, the cases of violence on humans and other aspects which involved their cohabitation with humans in urban areas, besides the discourses involving the raising of purebreds animals as opposed to those without defined breeds. As for the animais in the ecological discourse, the analysis was extended to animals kept in zoos, those related to ecotourism, the presente of wild animals in urban areas, the programs of environmental preservation, animais which are alien or dangerous for humans, hunting and fishing, and the use of animals in festivals with a popular character. In animals for production, the analysis is focused in the production of foodstuft their eating habits, including vegetarianism, and the breeding of commercially highly valued cattle and horses, raised for reproduction. The study made it possible to verify that the ways animais are inserted in our lives are many-folded and complex. We breed some of them, getting closer to them; we accept others within certain conditions; we tolerate a third group up to a certain point, and we exterminate those we exclude from our sympathy and, within the many possibilities of representation of the animals, we make our choices: we take care of the animals which are important for us, we look at some of them with more interest than at others and, fiindamentally, we absorb the representations whose resonance with our values make us engage ourselves more deeply with the discourses which circulate within the cultural environment, here being included the need we have ofusing produce of animal origin to feed ourselves. Considering that some of the discourses circulating in the cultural environment are contradictory in certain points and that they coexist in the cultural circuit, the production of meanings occurs by symbolic systems of languages which constitute representations; in these representations, the identities are produced, consumed and culturally regulated. Therefore, before ths profiision of signiâcances and animal representations disseminated in these discourses (either through the media or not), we select those which make sense to us, those which cave resonance in our values and past history, including the stories on animals we listen to since childhood, as well as the school activities, and the loca]/regional representations in which we grew up and where we still are.application/pdfporAnimalRepresentaçãoPropagandaPublicidadeMídiaEstudos culturaisAnálise do discursoDiscurso ecológicoConvivência homem-animalHistóriaZoologiaEnsinoAnimalsEducationCultural StudiesMediaRepresentationsRepresentações de animal na contemporaneidade : uma análise na mídia impressainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2003doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000391070.pdf.txt000391070.pdf.txtExtracted Texttext/plain0http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256249/2/000391070.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD52ORIGINAL000391070.pdfTexto completoapplication/pdf118129964http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256249/1/000391070.pdfac9e9ba239a386e02ce194adc2babdfdMD5110183/2562492023-03-24 03:23:37.395867oai:www.lume.ufrgs.br:10183/256249Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-03-24T06:23:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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