Relação entre a adenomiose e as proteinas PIWI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/188970 |
Resumo: | Introdução: A adenomiose é uma patologia benigna que acomete mulheres em idade fértil e é caracterizada pela a invasão do endométrio no miométrio, podendo inclusive estar relacionada com dor e piora de alguns desfechos reprodutivos. Para que ocorra esta invasão, é necessária uma série de atividades celulares tais como: crescimento/divisão, divisão celular em ambiente hostil, migração celular e sobrevivência. As proteínas chamadas P-element-induced wimpy testis (PIWI) são responsáveis pela regulação da atividade de elementos transponíveis e já foram descritas em diversos tipos de câncer, incluindo câncer endometrial e ovariano, atuando na sobrevivência, divisão e migração da célula tumoral. Entretanto, nunca foram descritas em mulheres com adenomiose. Objetivo: Identificar a presença e relação das proteínas PIWI em tecido proveniente de histerectomia com diagnóstico positivo de adenomiose difusa. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal controlado. 72 participantes foram separadas em dois grupos, controle (n = 36) e adenomiose (n = 36). As peças anatômicas foram provenientes Serviço de Patologia Cirúrgica do HCPA. Os dados das pacientes foram obtidos através da consulta dos prontuários. A identificação das proteínas PIWI foi realizada a partir de técnica de imuno-histoquímica com anticorpos anti-PIWIL 1, anti-PIWIL 2 e anti-PIWIL 4 e anticorpo secundário. A avaliação da expressão proteica foi realizada através de uma análise quantitativa, com a utilização do software de imagens ImageJ e do digital histological score (DHSCORE), e de uma análise qualitativa a partir da identificação da expressão pela médica patologista. Nesta etapa, foram analisados o endométrio normal (grupo controle), endométrio de adenomiose e tecido de adenomiose (grupo adenomiose). Para variáveis categóricas foi utilizado o teste qui-quadrado e para variáveis contínuas foi utilizado o teste t de Student e ANOVA ou Mann-Whitney e 12 Kruskal-Wallis de acordo com a distribuição dos dados, o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: As participantes têm uma média de idade de 44,28 ± 5,76 anos e 45,81 ± 4,86 anos no grupo controle e adenomiose, respectivamente (p ≥ 0,05). Com relação ao índice de massa corporal, o grupo controle tem média de 28,07 ± 4,98 kg/m2 e o grupo adenomiose tem média de 28,31 ± 3,94 kg/m2 (p ≥ 0,05). As participantes do estudo tinham em média 12,75 ± 1,87 anos e 12,86 ± 1,98 anos quando ocorreu a menarca no grupo controle e adenomiose, respectivamente (p ≥ 0,05). Todas as participantes se encontravam no menacme. O grupo controle apresentou uma mediana de 2,50 [2,00 – 4,00] gestações e o grupo adenomiose apresentou uma mediana de 3,00 [2,00 – 3,75] gestações (p ≥ 0,05).77,8% (n = 28) das participantes do grupo controle não realizou aborto, no grupo adenomiose, 74,3% (n = 26) participantes não realizaram aborto (p ≥ 0,05). Com relação aos hábitos de fumo, no grupo controle 51,5% (n = 17) das participantes se declarou não fumante, 30,3 % (n = 10) se declararam fumante e 18,2% (n = 6) se declararam ex-fumantes. No grupo adenomiose, 66,4% (n = 24) das participantes se declarou não fumante, 16,7% (n = 6) se declararam fumantes e 16,7% (n = 6) se declararam ex fumantes (p ≥ 0,05). A avaliação da expressão proteica analisou o endométrio normal do grupo controle e do grupo adenomiose foram analisados o endométrio e o tecido de adenomiose. A proteína PIWIL1 apresentou expressão reduzida quando comparado o tecido de adenomiose com o endométrio normal do grupo controle (p = 0,003). O mesmo padrão foi observado quando comparados no grupo adenomiose, o endométrio e o tecido de adenomiose (p = 0,0001) e os endométrios normal (grupo controle) e de adenomiose (p = 0,03). A proteína PIWIL2 está super expressa no tecido de adenomiose quando comparada ao controle (p = 0,0001), o mesmo padrão ocorre ao comparar endométrio e tecido de adenomiose do grupo adenomiose (p = 13 0,0001) e endométrio do grupo controle e endométrio do grupo adenomiose (p = 0,0001). A proteína PIWIL4 não tem diferença significativa com relação a expressão no tecido de adenomiose e o grupo controle (p = 0,05). O mesmo padrão de expressão é observado quando se comparam os endométrios da adenomiose e do grupo controle (p = 0,07). Conclusão: As três proteínas PIWI estão presentes no tecido de pacientes com adenomiose. Os diferentes padrões de expressão das proteínas PIWI sugerem que elas podem estar relacionadas com a fisiopatologia da adenomiose. |
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Mattia, Marília Meneghel CollaCunha Filho, João Sabino Lahorgue da2019-02-20T02:37:56Z2018http://hdl.handle.net/10183/188970001086068Introdução: A adenomiose é uma patologia benigna que acomete mulheres em idade fértil e é caracterizada pela a invasão do endométrio no miométrio, podendo inclusive estar relacionada com dor e piora de alguns desfechos reprodutivos. Para que ocorra esta invasão, é necessária uma série de atividades celulares tais como: crescimento/divisão, divisão celular em ambiente hostil, migração celular e sobrevivência. As proteínas chamadas P-element-induced wimpy testis (PIWI) são responsáveis pela regulação da atividade de elementos transponíveis e já foram descritas em diversos tipos de câncer, incluindo câncer endometrial e ovariano, atuando na sobrevivência, divisão e migração da célula tumoral. Entretanto, nunca foram descritas em mulheres com adenomiose. Objetivo: Identificar a presença e relação das proteínas PIWI em tecido proveniente de histerectomia com diagnóstico positivo de adenomiose difusa. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal controlado. 72 participantes foram separadas em dois grupos, controle (n = 36) e adenomiose (n = 36). As peças anatômicas foram provenientes Serviço de Patologia Cirúrgica do HCPA. Os dados das pacientes foram obtidos através da consulta dos prontuários. A identificação das proteínas PIWI foi realizada a partir de técnica de imuno-histoquímica com anticorpos anti-PIWIL 1, anti-PIWIL 2 e anti-PIWIL 4 e anticorpo secundário. A avaliação da expressão proteica foi realizada através de uma análise quantitativa, com a utilização do software de imagens ImageJ e do digital histological score (DHSCORE), e de uma análise qualitativa a partir da identificação da expressão pela médica patologista. Nesta etapa, foram analisados o endométrio normal (grupo controle), endométrio de adenomiose e tecido de adenomiose (grupo adenomiose). Para variáveis categóricas foi utilizado o teste qui-quadrado e para variáveis contínuas foi utilizado o teste t de Student e ANOVA ou Mann-Whitney e 12 Kruskal-Wallis de acordo com a distribuição dos dados, o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: As participantes têm uma média de idade de 44,28 ± 5,76 anos e 45,81 ± 4,86 anos no grupo controle e adenomiose, respectivamente (p ≥ 0,05). Com relação ao índice de massa corporal, o grupo controle tem média de 28,07 ± 4,98 kg/m2 e o grupo adenomiose tem média de 28,31 ± 3,94 kg/m2 (p ≥ 0,05). As participantes do estudo tinham em média 12,75 ± 1,87 anos e 12,86 ± 1,98 anos quando ocorreu a menarca no grupo controle e adenomiose, respectivamente (p ≥ 0,05). Todas as participantes se encontravam no menacme. O grupo controle apresentou uma mediana de 2,50 [2,00 – 4,00] gestações e o grupo adenomiose apresentou uma mediana de 3,00 [2,00 – 3,75] gestações (p ≥ 0,05).77,8% (n = 28) das participantes do grupo controle não realizou aborto, no grupo adenomiose, 74,3% (n = 26) participantes não realizaram aborto (p ≥ 0,05). Com relação aos hábitos de fumo, no grupo controle 51,5% (n = 17) das participantes se declarou não fumante, 30,3 % (n = 10) se declararam fumante e 18,2% (n = 6) se declararam ex-fumantes. No grupo adenomiose, 66,4% (n = 24) das participantes se declarou não fumante, 16,7% (n = 6) se declararam fumantes e 16,7% (n = 6) se declararam ex fumantes (p ≥ 0,05). A avaliação da expressão proteica analisou o endométrio normal do grupo controle e do grupo adenomiose foram analisados o endométrio e o tecido de adenomiose. A proteína PIWIL1 apresentou expressão reduzida quando comparado o tecido de adenomiose com o endométrio normal do grupo controle (p = 0,003). O mesmo padrão foi observado quando comparados no grupo adenomiose, o endométrio e o tecido de adenomiose (p = 0,0001) e os endométrios normal (grupo controle) e de adenomiose (p = 0,03). A proteína PIWIL2 está super expressa no tecido de adenomiose quando comparada ao controle (p = 0,0001), o mesmo padrão ocorre ao comparar endométrio e tecido de adenomiose do grupo adenomiose (p = 13 0,0001) e endométrio do grupo controle e endométrio do grupo adenomiose (p = 0,0001). A proteína PIWIL4 não tem diferença significativa com relação a expressão no tecido de adenomiose e o grupo controle (p = 0,05). O mesmo padrão de expressão é observado quando se comparam os endométrios da adenomiose e do grupo controle (p = 0,07). Conclusão: As três proteínas PIWI estão presentes no tecido de pacientes com adenomiose. Os diferentes padrões de expressão das proteínas PIWI sugerem que elas podem estar relacionadas com a fisiopatologia da adenomiose.Introduction: Adenomyosis is a benign pathology that has outcomes in women in reproductive age and is defined by endometrium invasion in the myometrium, and may be related to pain and worsening of some reproductive outcomes. To occur this invasion, a series of cellular activities are needed such as growing/division, cellular division in hostile environment, cellular migration and survival. The proteins called P-element-induced wimpy testis (PIWI) are responsible for transposable elements regulation, and have already been described in different types of cancer, including endometrial and ovarian cancer, acting in tumoral cells survival, division and migration. However, they have never been studied in women with adenomyosis. Objective: Identify the presence and relationship between PIWI proteins in hysterectomy tissue samples with diffuse adenomyosis diagnosis. Materials and Methods: We performed a cross-sectional study. 72 participants were divided into two groups, control (n = 36) and adenomyosis (n = 36). The specimens were obtained through the Surgical Pathology Service from HCPA. Patients’ data were obtained by medical records analysis. The identification of PIWI proteins was performed by immunohistochemistry technique with anti-PIWI antibodies, anti-PIWIL 1, anti-PIWIL 2 and anti-PIWIL 4, and a conjugated secondary antibody. The evaluation of protein expression was performed by a quantitative analysis using the ImageJ software and the digital histological score (DHSCORE) and a qualitative analysis by the identification of the expression by the pathologist. In this stage, the normal endometrium from the control group, the eutopic endometrium and ectopic endometrium from the adenomyosis group were analysed. For categorical variables, the Chi-squared test was performed, for continuous variables, the Student’s t-test and ANOVA or the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis 15 tests were performed, according to the distribution of the data, the significance level adopted was 5%. Results: The participants had a mean age of 44.28 ± 5.76 years old and 45.81 ± 4.86 years old in the control and adenomyosis groups, respectively (p ≥ 0.05). Regarding the body mass index, the control group had a mean of 28.07 ± 4.98 kg/m2 and the adenomyosis group has a mean of 28.31 ± 3.94 kg/m2 (p ≥0.05). The participants of the study had a mean age of 12.75 ± 1.87 years old and 12.86 ± 1.98 years old when the menarche occurred in the control and adenomyosis groups, respectively (p ≥ 0.05). All the participants were in the menacme. The control group showed a median of 2.50 [2.00 – 4.00] gestations and the adenomyosis group showed a median of 3.00 [2.00 – 3.75] gestations (p ≥ 0.05). 77.8% (n = 28) of the participants from the control group did not had na abortion, in the adenomyosis group, 74.3% (n = 26) of the participants did not had na abortion (p ≥ 0.05). Regarding the smoke habits, in the control group, 51.5% (n = 17) of the participants declared not to smoke, 30.3 % (n = 10) has declared themselves as smokers and 18.2% (n = 6) used to smoke. In the adenomyosis group, 66.4% (n = 24) of the participants declared not to smoke, 16.7% (n = 6) has declared themselves as smokers and 16.7% (n = 6) used to smoke (p ≥ 0.05). The evaluation of protein expression analysed the normal endometrium of the control group and from the adenomyosis group, were analysed the eutopic endometrium and the ectopic endometrium. PIWIL1 presented a reduced expression when compared the ectopic endometrium (adenomyosis tissue) and the normal endometrium from the control group (p = 0.003). The same pattern was observed when compared the endometrium from the adenomiosys group (p = 0.0001) and compared the normal endometrium (control group) with the eutopic endometrium (adenomyosis group) (p = 0.03). The PIWIL2 protein is overexpressed at the ectopic endometrium from adenomyosis group when compared to the control group (p = 0.0001), the same 16 pattern occurs when compared the adenomyosis group, the eutopic and ectopic endometrium (p = 0.0001) and compare the eutopic endometrium from the control and the adenomyosis groups (p = 0.0001). The PIWIL4 showed no statistical difference regarding its expression in the adenomyosis tissue and the control group (p = 0.05). The same expression pattern can be observed when comparing the eutopic endometrium from adenomyosis and control groups (p = 0.07). Conclusion: The three PIWI proteins investigated are presente in the tissue samples from women with adenomyosis. The different patterns of expression of the PIWI proteins suggests that they might be related to the physiopathology of the adenomyosis.application/pdfporAdenomioseProteínas argonautasDoencas uterinasHisterectomiaAdenomyosisPIWI proteinsHuman reproductionHysterectomyRelação entre a adenomiose e as proteinas PIWIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001086068.pdf.txt001086068.pdf.txtExtracted Texttext/plain97105http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188970/2/001086068.pdf.txtaa15b6af4ae0bd800b0af46361153260MD52ORIGINAL001086068.pdfTexto parcialapplication/pdf3370085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188970/1/001086068.pdf5a6b42adc912f13fd89424c670d3e905MD5110183/1889702024-10-04 06:45:10.653617oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188970Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-10-04T09:45:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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