Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Victor Soares
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/273745
Resumo: O Batólito Pelotas corresponde à margem leste da Faixa Dom Feliciano e é composto por múltiplos corpos intrusivos formados durante o Ciclo Brasiliano por processos tectônico-magmáticos sucessivos. Um desses corpos ígneos intrusivos é o Maciço Piquiri Sienítico, recentemente descrito como um corpo multi-intrusivo formado por três pulsos sucessivos, datados por LA-MC-ICP-MS (U-Pb em zircão), com o pulso mais antigo localizado no borda e o mais novo no centro da intrusão. O pulso 1 é caracterizado por sienitos variando para quartzo sienitos e feldspatos alcalinos sienitos, com idade de 609,3 ± 1,5 Ma. O pulso 2, com idade de 603,4 ± 3,9 Ma, é composto por feldspato sienito alcalino e feldspato alcalino quartzo sienito, com xenólitos do pulso 1. O pulso 3 tem idades variando de 588,8 ± 3,1 a 583,2 ± 1,8 Ma, e é caracterizado por quartzo sienitos contendo xenólitos dos pulsos 1 e 2. A trama magnética do Maciço Sienítico Piquiri, definida por anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM), é concordante com a trama magmática, ambas paralelas às bordas externas do corpo, com um mergulho para o centro. Ao longo dos anos, diferentes autores divergiram sobre a forma de posicionamento e construção do maciço, porém todos se limitaram a dados de superfície, sem obter informações da intrusão em profundidade, o que é fundamental para correlacionar com os modelos de posicionamento de intrusões ígneas. O principal objetivo deste trabalho é relacionar a morfologia geral do corpo, e o comportamento interno entre os pulsos, com os processos de formação e ascensão dos magmas que originaram a intrusão. Para isso, foram realizados levantamentos geofísicos terrestres para obtenção de dados gravimétricos, com os quais foi gerado o mapa da Anomalia Bouguer. A modelagem por inversão gravimétrica foi realizada em nove perfis utilizando ferramentas do software Oasis Montaj, que serviu de base para a construção de um modelo geológico tridimensional, utilizando o software Leapfrog Geo. Associando o modelo geológico às foliações magmática e magnética, incluindo a lineação magnética, foi possível determinar uma mudança de comportamento entre o pulso mais jovens e os dois mais antigos, relacionados ao processo de ascensão. Além disso, a forma geral do corpo, com as maiores profundidades localizadas na região leste, permitiu relacionar a ascensão do magma a uma estrutura da região.
id URGS_1c6ac25761e1dcaa69b7f2974ed5da26
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273745
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Cardoso, Victor SoaresBitencourt, Maria de Fatima Aparecida SaraivaSavian, Jairo Francisco2024-03-19T05:03:40Z2023http://hdl.handle.net/10183/273745001198645O Batólito Pelotas corresponde à margem leste da Faixa Dom Feliciano e é composto por múltiplos corpos intrusivos formados durante o Ciclo Brasiliano por processos tectônico-magmáticos sucessivos. Um desses corpos ígneos intrusivos é o Maciço Piquiri Sienítico, recentemente descrito como um corpo multi-intrusivo formado por três pulsos sucessivos, datados por LA-MC-ICP-MS (U-Pb em zircão), com o pulso mais antigo localizado no borda e o mais novo no centro da intrusão. O pulso 1 é caracterizado por sienitos variando para quartzo sienitos e feldspatos alcalinos sienitos, com idade de 609,3 ± 1,5 Ma. O pulso 2, com idade de 603,4 ± 3,9 Ma, é composto por feldspato sienito alcalino e feldspato alcalino quartzo sienito, com xenólitos do pulso 1. O pulso 3 tem idades variando de 588,8 ± 3,1 a 583,2 ± 1,8 Ma, e é caracterizado por quartzo sienitos contendo xenólitos dos pulsos 1 e 2. A trama magnética do Maciço Sienítico Piquiri, definida por anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM), é concordante com a trama magmática, ambas paralelas às bordas externas do corpo, com um mergulho para o centro. Ao longo dos anos, diferentes autores divergiram sobre a forma de posicionamento e construção do maciço, porém todos se limitaram a dados de superfície, sem obter informações da intrusão em profundidade, o que é fundamental para correlacionar com os modelos de posicionamento de intrusões ígneas. O principal objetivo deste trabalho é relacionar a morfologia geral do corpo, e o comportamento interno entre os pulsos, com os processos de formação e ascensão dos magmas que originaram a intrusão. Para isso, foram realizados levantamentos geofísicos terrestres para obtenção de dados gravimétricos, com os quais foi gerado o mapa da Anomalia Bouguer. A modelagem por inversão gravimétrica foi realizada em nove perfis utilizando ferramentas do software Oasis Montaj, que serviu de base para a construção de um modelo geológico tridimensional, utilizando o software Leapfrog Geo. Associando o modelo geológico às foliações magmática e magnética, incluindo a lineação magnética, foi possível determinar uma mudança de comportamento entre o pulso mais jovens e os dois mais antigos, relacionados ao processo de ascensão. Além disso, a forma geral do corpo, com as maiores profundidades localizadas na região leste, permitiu relacionar a ascensão do magma a uma estrutura da região.The Pelotas Batholith corresponds to the east margin of the Dom Feliciano Belt and is composed of multiple intrusive bodies formed during the Brasiliano Cycle by successive tectonic-magmatic processes. One such intrusive igneous body is the Piquiri Syenitic Massif, recently described as a multi-intrusive body formed by three successive pulses, dated by LA-MC-ICP-MS (U-Pb in zircon), with the oldest pulse located at the edge and the youngest in the center of the intrusion. Pulse 1 is characterized by syenites ranging to quartz syenites and syenite alkali feldspars, aged 609.3 ± 1.5 Ma. Pulse 2, aged 603.4 ± 3.9 Ma, is composed of alkali syenite feldspar and quartz syenite alkali feldspar, with xenoliths from pulse 1. Pulse 3 has ages ranging from 588.8 ± 3.1 to 583 .2 ± 1.8 Ma, and is characterized by quartz syenites containing xenoliths from pulses 1 and 2. The magnetic fabric of the Piquiri Syenitic Massif, defined by anisotropy of magnetic susceptibility, is concordant with the magmatic fabric, both parallel to the outer edges of the body, with a dip towards the center. Over the years, different authors have disagreed on how to position and build the massif, but all have limited themselves to surface data, without obtaining information on intrusion in depth, which is essential to correlate with emplacement models of igneous intrusions. The main objective of this work is to relate the general morphology of the body, and the internal behavior between the pulses, with the processes of formation and ascension of the magmas that originated the intrusion. For this, terrestrial geophysical surveys were carried out to obtain gravimetric data, with which the map of the Bouguer Anomaly was generated. Modeling by gravimetric inversion was carried out in nine profiles using tools from the Oasis Montaj software, which served as the basis for the construction of a three-dimensional geological model, using the Leapfrog Geo software. Associating the geological model with the magmatic and magnetic foliations, including the magnetic lineation, it was possible to determine a change in behavior between the youngest and the two oldest pulses, related to the ascension process. In addition, the general shape of the body, with the greatest depths located in the eastern region, allowed relating the rise of magma to a structure in the region.application/pdfporGeomorfologiaModelo geológicoInversão gravimétricaCinturão Dom FelicianoSienito piquiriAnomalia bouguerGravimetric inversionGeological modellingBouguer anomalyDom Feliciano BeltSyeniteInversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001198645.pdf.txt001198645.pdf.txtExtracted Texttext/plain188451http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273745/2/001198645.pdf.txtb1518bdc35ea8bb119ec4871a497fa60MD52ORIGINAL001198645.pdfTexto completoapplication/pdf6426852http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273745/1/001198645.pdfbe9c1bcd437da9b83fe989b0eb2bc755MD5110183/2737452024-03-20 04:47:55.153443oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273745Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-03-20T07:47:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
title Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
spellingShingle Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
Cardoso, Victor Soares
Geomorfologia
Modelo geológico
Inversão gravimétrica
Cinturão Dom Feliciano
Sienito piquiri
Anomalia bouguer
Gravimetric inversion
Geological modelling
Bouguer anomaly
Dom Feliciano Belt
Syenite
title_short Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
title_full Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
title_fullStr Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
title_full_unstemmed Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
title_sort Inversão gravimétrica e modelamento geológico tridimensional do maciço sienítico Piquiri, região Sul do Brasil
author Cardoso, Victor Soares
author_facet Cardoso, Victor Soares
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardoso, Victor Soares
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Savian, Jairo Francisco
contributor_str_mv Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
Savian, Jairo Francisco
dc.subject.por.fl_str_mv Geomorfologia
Modelo geológico
Inversão gravimétrica
Cinturão Dom Feliciano
Sienito piquiri
Anomalia bouguer
topic Geomorfologia
Modelo geológico
Inversão gravimétrica
Cinturão Dom Feliciano
Sienito piquiri
Anomalia bouguer
Gravimetric inversion
Geological modelling
Bouguer anomaly
Dom Feliciano Belt
Syenite
dc.subject.eng.fl_str_mv Gravimetric inversion
Geological modelling
Bouguer anomaly
Dom Feliciano Belt
Syenite
description O Batólito Pelotas corresponde à margem leste da Faixa Dom Feliciano e é composto por múltiplos corpos intrusivos formados durante o Ciclo Brasiliano por processos tectônico-magmáticos sucessivos. Um desses corpos ígneos intrusivos é o Maciço Piquiri Sienítico, recentemente descrito como um corpo multi-intrusivo formado por três pulsos sucessivos, datados por LA-MC-ICP-MS (U-Pb em zircão), com o pulso mais antigo localizado no borda e o mais novo no centro da intrusão. O pulso 1 é caracterizado por sienitos variando para quartzo sienitos e feldspatos alcalinos sienitos, com idade de 609,3 ± 1,5 Ma. O pulso 2, com idade de 603,4 ± 3,9 Ma, é composto por feldspato sienito alcalino e feldspato alcalino quartzo sienito, com xenólitos do pulso 1. O pulso 3 tem idades variando de 588,8 ± 3,1 a 583,2 ± 1,8 Ma, e é caracterizado por quartzo sienitos contendo xenólitos dos pulsos 1 e 2. A trama magnética do Maciço Sienítico Piquiri, definida por anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM), é concordante com a trama magmática, ambas paralelas às bordas externas do corpo, com um mergulho para o centro. Ao longo dos anos, diferentes autores divergiram sobre a forma de posicionamento e construção do maciço, porém todos se limitaram a dados de superfície, sem obter informações da intrusão em profundidade, o que é fundamental para correlacionar com os modelos de posicionamento de intrusões ígneas. O principal objetivo deste trabalho é relacionar a morfologia geral do corpo, e o comportamento interno entre os pulsos, com os processos de formação e ascensão dos magmas que originaram a intrusão. Para isso, foram realizados levantamentos geofísicos terrestres para obtenção de dados gravimétricos, com os quais foi gerado o mapa da Anomalia Bouguer. A modelagem por inversão gravimétrica foi realizada em nove perfis utilizando ferramentas do software Oasis Montaj, que serviu de base para a construção de um modelo geológico tridimensional, utilizando o software Leapfrog Geo. Associando o modelo geológico às foliações magmática e magnética, incluindo a lineação magnética, foi possível determinar uma mudança de comportamento entre o pulso mais jovens e os dois mais antigos, relacionados ao processo de ascensão. Além disso, a forma geral do corpo, com as maiores profundidades localizadas na região leste, permitiu relacionar a ascensão do magma a uma estrutura da região.
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-03-19T05:03:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/273745
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001198645
url http://hdl.handle.net/10183/273745
identifier_str_mv 001198645
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273745/2/001198645.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273745/1/001198645.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv b1518bdc35ea8bb119ec4871a497fa60
be9c1bcd437da9b83fe989b0eb2bc755
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085640585347072