Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/31873 |
Resumo: | Introdução: o câncer de colo uterino é uma das neoplasias malignas mais frequentes do trato genital feminino e, em estágios iniciais, uma condição curável. Desde o desenvolvimento da colposcopia e da citologia exfoliativa de Papanicolaou, tem se buscado fazer o diagnóstico precoce das lesões intraepiteliais. A ressecção do colo por conização é um método muito eficiente para tratar essas lesões, porém está associada a uma série de complicações obstétricas e ginecológicas, as quais são diretamente proporcionais à altura do cone. A busca de ressecções cada vez mais econômicas visa minimizar essas complicações, porém incorrendo no risco de aumentar a incidência de margens endocervicais comprometidas e de recorrência ou recidiva da lesão. Objetivos: avaliar a relação entre a altura do espécime de conização a frio de colo uterino, a extensão da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) II/III e a ocorrência de margens endocervicais comprometidas por esta neoplasia, indicando alturas de cones apropriadas a situações clínicas que variam da nuliparidade em pacientes jovens até intervenções em pacientes imunodeficientes com prole completa ou na pós-menopausa. Método: noventa e sete espécimes de conização a frio com diagnóstico de NICII/III foram selecionados. Dados epidemiológicos e do laudo anatomopatológico foram obtidos. De cada cone, foram selecionadas todas as amostras que contivessem NICII/III, JEC e o limite endocervical, nas quais foram medidos o tamanho do cone, a extensão da lesão intraepitelial e a margem cirúrgica endocervical. Resultados: comparando-se os grupos com margens livres e comprometidas, idade e paridade não foram diferentes, enquanto, altura do cone (22,4 ± 6,9 mm e 17,1 ± 5,6 mm, p = 0,013) e extensão da neoplasia intraepitelial (6,12 ± 3,25 mm e 10,6 ± 4,45 mm, p < 0,001) foram. Quatrocentas e quarenta e sete amostras de 97 cones foram analisadas e o tamanho dos cortes variou de 3,4 mm até 29,7 mm, a extensão das NICs de 0,3 mm até 17,5 mm e a distância da NIC ao limite cirúrgico endocervical (margem endocervical) de zero até 22,0 mm. Conclusões: considerando a idade da paciente, seu estado imunológico e seu desejo de gestar, o cone deverá ser menor, podendo variar de 10 a 14 mm considerando-se percentuais de chance de margens livres na ordem de 84 a 97 %. Nos casos em que a fertilidade não é uma preocupação ou que a paciente não apresenta um bom estado imunológico, o cone poderá ser profundo, atingindo altura de até 20 mm para que se obtenham percentuais de até 100 % de chance de margens livres. |
id |
URGS_1c87b1bf7ddad42eb0d14d6a559b21ab |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/31873 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Kliemann, Lucia MariaCapp, Edison2011-09-17T06:01:28Z2011http://hdl.handle.net/10183/31873000785353Introdução: o câncer de colo uterino é uma das neoplasias malignas mais frequentes do trato genital feminino e, em estágios iniciais, uma condição curável. Desde o desenvolvimento da colposcopia e da citologia exfoliativa de Papanicolaou, tem se buscado fazer o diagnóstico precoce das lesões intraepiteliais. A ressecção do colo por conização é um método muito eficiente para tratar essas lesões, porém está associada a uma série de complicações obstétricas e ginecológicas, as quais são diretamente proporcionais à altura do cone. A busca de ressecções cada vez mais econômicas visa minimizar essas complicações, porém incorrendo no risco de aumentar a incidência de margens endocervicais comprometidas e de recorrência ou recidiva da lesão. Objetivos: avaliar a relação entre a altura do espécime de conização a frio de colo uterino, a extensão da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) II/III e a ocorrência de margens endocervicais comprometidas por esta neoplasia, indicando alturas de cones apropriadas a situações clínicas que variam da nuliparidade em pacientes jovens até intervenções em pacientes imunodeficientes com prole completa ou na pós-menopausa. Método: noventa e sete espécimes de conização a frio com diagnóstico de NICII/III foram selecionados. Dados epidemiológicos e do laudo anatomopatológico foram obtidos. De cada cone, foram selecionadas todas as amostras que contivessem NICII/III, JEC e o limite endocervical, nas quais foram medidos o tamanho do cone, a extensão da lesão intraepitelial e a margem cirúrgica endocervical. Resultados: comparando-se os grupos com margens livres e comprometidas, idade e paridade não foram diferentes, enquanto, altura do cone (22,4 ± 6,9 mm e 17,1 ± 5,6 mm, p = 0,013) e extensão da neoplasia intraepitelial (6,12 ± 3,25 mm e 10,6 ± 4,45 mm, p < 0,001) foram. Quatrocentas e quarenta e sete amostras de 97 cones foram analisadas e o tamanho dos cortes variou de 3,4 mm até 29,7 mm, a extensão das NICs de 0,3 mm até 17,5 mm e a distância da NIC ao limite cirúrgico endocervical (margem endocervical) de zero até 22,0 mm. Conclusões: considerando a idade da paciente, seu estado imunológico e seu desejo de gestar, o cone deverá ser menor, podendo variar de 10 a 14 mm considerando-se percentuais de chance de margens livres na ordem de 84 a 97 %. Nos casos em que a fertilidade não é uma preocupação ou que a paciente não apresenta um bom estado imunológico, o cone poderá ser profundo, atingindo altura de até 20 mm para que se obtenham percentuais de até 100 % de chance de margens livres.application/pdfporConizaçãoColo do úteroNeoplasias do colo do úteroRevisão sistemáticaRelação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grauinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2011doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000785353.pdf.txt000785353.pdf.txtExtracted Texttext/plain180711http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31873/2/000785353.pdf.txta0fa40e6938b518e2d0dcb5df5e32236MD52ORIGINAL000785353.pdf000785353.pdfTexto completoapplication/pdf12846055http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31873/1/000785353.pdfbbdf597383492dc3adda59c58f28b1f8MD51THUMBNAIL000785353.pdf.jpg000785353.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31873/3/000785353.pdf.jpg7027f2bedb2428edd361509d5166afc6MD5310183/318732023-11-16 04:23:52.2473oai:www.lume.ufrgs.br:10183/31873Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-11-16T06:23:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
title |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
spellingShingle |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau Kliemann, Lucia Maria Conização Colo do útero Neoplasias do colo do útero Revisão sistemática |
title_short |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
title_full |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
title_fullStr |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
title_full_unstemmed |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
title_sort |
Relação entre a profundidade da conização de colo uterino e margens endocervicais comprometidas por lesão intraepitelial cervical de alto grau |
author |
Kliemann, Lucia Maria |
author_facet |
Kliemann, Lucia Maria |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Kliemann, Lucia Maria |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Capp, Edison |
contributor_str_mv |
Capp, Edison |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Conização Colo do útero Neoplasias do colo do útero Revisão sistemática |
topic |
Conização Colo do útero Neoplasias do colo do útero Revisão sistemática |
description |
Introdução: o câncer de colo uterino é uma das neoplasias malignas mais frequentes do trato genital feminino e, em estágios iniciais, uma condição curável. Desde o desenvolvimento da colposcopia e da citologia exfoliativa de Papanicolaou, tem se buscado fazer o diagnóstico precoce das lesões intraepiteliais. A ressecção do colo por conização é um método muito eficiente para tratar essas lesões, porém está associada a uma série de complicações obstétricas e ginecológicas, as quais são diretamente proporcionais à altura do cone. A busca de ressecções cada vez mais econômicas visa minimizar essas complicações, porém incorrendo no risco de aumentar a incidência de margens endocervicais comprometidas e de recorrência ou recidiva da lesão. Objetivos: avaliar a relação entre a altura do espécime de conização a frio de colo uterino, a extensão da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) II/III e a ocorrência de margens endocervicais comprometidas por esta neoplasia, indicando alturas de cones apropriadas a situações clínicas que variam da nuliparidade em pacientes jovens até intervenções em pacientes imunodeficientes com prole completa ou na pós-menopausa. Método: noventa e sete espécimes de conização a frio com diagnóstico de NICII/III foram selecionados. Dados epidemiológicos e do laudo anatomopatológico foram obtidos. De cada cone, foram selecionadas todas as amostras que contivessem NICII/III, JEC e o limite endocervical, nas quais foram medidos o tamanho do cone, a extensão da lesão intraepitelial e a margem cirúrgica endocervical. Resultados: comparando-se os grupos com margens livres e comprometidas, idade e paridade não foram diferentes, enquanto, altura do cone (22,4 ± 6,9 mm e 17,1 ± 5,6 mm, p = 0,013) e extensão da neoplasia intraepitelial (6,12 ± 3,25 mm e 10,6 ± 4,45 mm, p < 0,001) foram. Quatrocentas e quarenta e sete amostras de 97 cones foram analisadas e o tamanho dos cortes variou de 3,4 mm até 29,7 mm, a extensão das NICs de 0,3 mm até 17,5 mm e a distância da NIC ao limite cirúrgico endocervical (margem endocervical) de zero até 22,0 mm. Conclusões: considerando a idade da paciente, seu estado imunológico e seu desejo de gestar, o cone deverá ser menor, podendo variar de 10 a 14 mm considerando-se percentuais de chance de margens livres na ordem de 84 a 97 %. Nos casos em que a fertilidade não é uma preocupação ou que a paciente não apresenta um bom estado imunológico, o cone poderá ser profundo, atingindo altura de até 20 mm para que se obtenham percentuais de até 100 % de chance de margens livres. |
publishDate |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2011-09-17T06:01:28Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/31873 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000785353 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/31873 |
identifier_str_mv |
000785353 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31873/2/000785353.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31873/1/000785353.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31873/3/000785353.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a0fa40e6938b518e2d0dcb5df5e32236 bbdf597383492dc3adda59c58f28b1f8 7027f2bedb2428edd361509d5166afc6 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085208933793792 |