Avaliação da atividade anticonvulsivante dos extratos de Blechnum brasiliense Desv. e do ácido rosmarínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Afonso, Marcos Antonio
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181455
Resumo: A epilepsia é uma das desordens mais frequente do sistema nervoso central com aproximidamente 2% de prevalência mundial e 30% de refratariedade. O uso das plantas medicinais é uma possibilidade de identificar novas moléculas com potencial terapêutico. Nesse estudo, utilizamos o modelo de convulsão induzida pelo ácido caínico em zebrafish adulto, para explorar o potencial terapêutico da samambaia Blechnum brasiliense Desv. Primeiramente, utilizando cromatografia liquida de ultra eficiência, foi validado método analítico para quantificação do ácido rosmarínio na fração acetato de etila, obtida por fracionamento do extrato bruto da planta. A fração apresentou teor de 0,0764 g% de ácido rosmarínico. A partir desta fração foi realizado isolamento em coluna preparativa para obtenção do composto para testes em peixe-zebra. Nos ensaios toxicológicos em embriões de zebrafish foram avaliados o extrato bruto e a fração acetato de etila de B. brasiliense, bem como ácido rosmarínico isolado, possibilitando o cálculo das doses letais médias (DL50). Os valores foram 363,3 μg/mL para o extrato, 196,3 μg/mL para a fração e 250,3 μM para o ácido rosmarínico. Os resultados demonstraram que as amostras apresentaram toxicidade aos embriões apenas nas maiores concentrações testadas. Nos ensaios realizados com zebrafish adultos, todas as amostras foram capazes de modular o perfil e a intensidade da convulsão causada pelo ácido caínico, bem como a latência para a primeira crise clônica. As doses ativas foram: 20 mg/kg para o extrato bruto, 5 e 10 mg/kg para a fração acetato de etila e 1 mg/kg para o ácido rosmarínico, sendo capazes de reduzir as crises e aumentar o tempo de latência no modelo de epilepsia em zebrafish. Assim, nosso estudo indica a espécie Blechnum brasiliense como fonte de substância com potencial terapêutico a ser explorada para o tratamento da epilepsia.
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Nos ensaios toxicológicos em embriões de zebrafish foram avaliados o extrato bruto e a fração acetato de etila de B. brasiliense, bem como ácido rosmarínico isolado, possibilitando o cálculo das doses letais médias (DL50). Os valores foram 363,3 μg/mL para o extrato, 196,3 μg/mL para a fração e 250,3 μM para o ácido rosmarínico. Os resultados demonstraram que as amostras apresentaram toxicidade aos embriões apenas nas maiores concentrações testadas. Nos ensaios realizados com zebrafish adultos, todas as amostras foram capazes de modular o perfil e a intensidade da convulsão causada pelo ácido caínico, bem como a latência para a primeira crise clônica. As doses ativas foram: 20 mg/kg para o extrato bruto, 5 e 10 mg/kg para a fração acetato de etila e 1 mg/kg para o ácido rosmarínico, sendo capazes de reduzir as crises e aumentar o tempo de latência no modelo de epilepsia em zebrafish. Assim, nosso estudo indica a espécie Blechnum brasiliense como fonte de substância com potencial terapêutico a ser explorada para o tratamento da epilepsia.Epilepsy is one of the most frequent disorders of the central nervous system with approximately 2% of world prevalence and 30% of refractoriness. The use of medicinal plants is a possibility to identify new molecules with therapeutic potential. In this study, we used the caynic acid-induced convulsion model in adult zebrafish to explore the therapeutic potential of the Blechnum brasiliense Desv fern. Firstly, using ultra-efficient liquid chromatography, we validated an analytical method for the quantification of rosmarinic acid in the ethyl acetate fraction, obtained by plant crude extract fractionation. The fraction presented a content of 0.0764 g% of rosmarinic acid. From this fraction was carried out the preparative column isolation of the compound for tests in zebrafish. In the toxicological tests using zebrafish embryos, were evaluated the crude extract and the ethyl acetate fraction of B. brasiliense, as well as, the isolated rosmarinic acid, allowing the calculation of median lethal doses (LD50). The values were 363.3 μg/mL for the extract, 196.3 μg/mL for the fraction and 250.3 μM for the rosmarinic acid. The results showed that samples presented toxicity to the embryos only in the highest concentrations tested. In the trials with adult zebrafish, all samples were able to modulate the profile and intensity of the convulsion caused by kainic acid, as well as, the latency for the first clonic crisis. The active doses were 20 mg/kg for the crude extract, 5 and 10 mg/kg for the ethyl acetate fraction, and 1 mg/kg for rosmarinic acid, being able to reduce the crises and increase the latency time in the zebrafish model of epilepsy. Thus, our study indicates the species Blechnum brasiliense as a source of substance with therapeutic potential to be explored for the treatment of epilepsy.application/pdfporAnticonvulsivantesSamambaiasÁcido caínicoEpilepsyRosmarinic acidBlechnum brasilienseZebrafishKainic acidAvaliação da atividade anticonvulsivante dos extratos de Blechnum brasiliense Desv. e do ácido rosmarínicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001074097.pdfTexto parcialapplication/pdf1262720http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181455/1/001074097.pdffca070327b6e73bf7f66634904b56972MD51TEXT001074097.pdf.txt001074097.pdf.txtExtracted Texttext/plain74336http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181455/2/001074097.pdf.txt6cbe7cc934ebf86c02894073eb741f2bMD52THUMBNAIL001074097.pdf.jpg001074097.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1061http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181455/3/001074097.pdf.jpg4d16aa78eb8dea0088e0f6a6d3520bb7MD5310183/1814552022-12-02 05:54:33.376472oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181455Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-02T07:54:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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