Palinoestratigrafia e paleoambientes de depósitos paleogenos da Bacia de Pelotas, RS, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/128185 |
Resumo: | Amostras de testemunhos de sondagem e de calha dos poços BP-1 (6 amostras) e BP-2 (22 amostras), respectivamente, perfurados na porção offshore da Bacia de Pelotas, foram submetidas a estudo palinológico, com fins de atribuições de idades e interpretações paleoambientais. As associações palinológicas identificadas revelaram a existência de matéria orgânica amorfa, fitoclastos e palinomorfos. Este último grupo está representado em todos os níveis estudados, nos dois poços, por conteúdos ricos em cistos de dinoflagelados, com subordinada participação de outros componentes, incluindo acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes e miósporos. Espécies-guia de dinoflagelados mundialmente conhecidas foram utilizadas para fins de determinação do posicionamento biocronoestratigráfico e dos paleoambientes. Para o Poço BP-1 identificaram-se associações palinológicas marcadas por expressiva mistura de fósseis de idades variando entre o limite Maastrichtiano – Daniano (Cretáceo – Paleógeno) e o limite Thanetiano – Ypresiano (Paleoceno – Eoceno), permitindo duas interpretações distintas. Uma indica que a idade relativa do material concerne ao intervalo Maastrichtiano – Daniano, e que os táxons mais recentes (Thanetiano – Ypresiano) estariam misturados aos mais antigos pelo fato de a seção estar relacionada a uma superfície na qual houve condensação, com preservação das duas assembleias distintas. A outra interpretação defende a idade mais recente para os depósitos, na qual as associações mais antigas estariam retrabalhadas. O Poço BP-2 foi fatiado utilizando-se das informações de últimas ocorrências dos táxons registrados, para traçar os limites biocronoestratigráficos entre as amostras. Como resultado, identificaram-se associações representativas de idades entre Cretáceo e Eoceno. Para cada associação delimitada por uma idade específica, quais sejam Maastrichtiano, Daniano, Selandiano, Thanetiano, Ypresiano e Lutetiano, do mais antigo para o mais novo, foram observadas constelações palinológicas ricas em dinoflagelados, com alta diversidade taxonômica, compatíveis com seções coevas de outras bacias de mesmo contexto geológico. Para ambos os poços, o paleoambiente é interpretado como essencialmente marinho, dada a ampla diversidade de dinoflagelados registrada, em detrimento do baixo teor de palinomorfos de procedência continental. Propõe-se que o sítio deposicional não tenha apresentado significantes mudanças ao longo da seção; espécies de dinoflagelados características de corpos d’água pouco salinos e de coluna d’água pouco espessa foram registradas. |
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Fischer, Tiago VierSouza, Paulo Alves de2015-10-30T02:39:32Z2012http://hdl.handle.net/10183/128185000867335Amostras de testemunhos de sondagem e de calha dos poços BP-1 (6 amostras) e BP-2 (22 amostras), respectivamente, perfurados na porção offshore da Bacia de Pelotas, foram submetidas a estudo palinológico, com fins de atribuições de idades e interpretações paleoambientais. As associações palinológicas identificadas revelaram a existência de matéria orgânica amorfa, fitoclastos e palinomorfos. Este último grupo está representado em todos os níveis estudados, nos dois poços, por conteúdos ricos em cistos de dinoflagelados, com subordinada participação de outros componentes, incluindo acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes e miósporos. Espécies-guia de dinoflagelados mundialmente conhecidas foram utilizadas para fins de determinação do posicionamento biocronoestratigráfico e dos paleoambientes. Para o Poço BP-1 identificaram-se associações palinológicas marcadas por expressiva mistura de fósseis de idades variando entre o limite Maastrichtiano – Daniano (Cretáceo – Paleógeno) e o limite Thanetiano – Ypresiano (Paleoceno – Eoceno), permitindo duas interpretações distintas. Uma indica que a idade relativa do material concerne ao intervalo Maastrichtiano – Daniano, e que os táxons mais recentes (Thanetiano – Ypresiano) estariam misturados aos mais antigos pelo fato de a seção estar relacionada a uma superfície na qual houve condensação, com preservação das duas assembleias distintas. A outra interpretação defende a idade mais recente para os depósitos, na qual as associações mais antigas estariam retrabalhadas. O Poço BP-2 foi fatiado utilizando-se das informações de últimas ocorrências dos táxons registrados, para traçar os limites biocronoestratigráficos entre as amostras. Como resultado, identificaram-se associações representativas de idades entre Cretáceo e Eoceno. Para cada associação delimitada por uma idade específica, quais sejam Maastrichtiano, Daniano, Selandiano, Thanetiano, Ypresiano e Lutetiano, do mais antigo para o mais novo, foram observadas constelações palinológicas ricas em dinoflagelados, com alta diversidade taxonômica, compatíveis com seções coevas de outras bacias de mesmo contexto geológico. Para ambos os poços, o paleoambiente é interpretado como essencialmente marinho, dada a ampla diversidade de dinoflagelados registrada, em detrimento do baixo teor de palinomorfos de procedência continental. Propõe-se que o sítio deposicional não tenha apresentado significantes mudanças ao longo da seção; espécies de dinoflagelados características de corpos d’água pouco salinos e de coluna d’água pouco espessa foram registradas.Core and cutting samples from the BP-1 (6 samples) and the BP-2 (22 samples) wells, respectively, drilled on the offshore Pelotas Basin, were palynologically studied for and biostratigraphical and paleoenvironmental analysis. Amorphous organic matter, phytoclasts and palynomorphs comprise the palynological assemblages. Palynomorphs are recorded at all levels studied in both wells, represented predominantly by dinoflagellate cysts. Other palynomorphs are subordinated, such as acritarchs, microforaminifera test linings, copepod eggs-envelope and miospores. Guide-species of dinoflagellate cysts were used for biostratigraphy. Palynological assemblages from the six samples of the BP-1 well are marked by mixing of different ages, between the Maastrichtian - Danian (Cretaceous - Paleogene boundary) and the Thanetian - Ypresian (Paleocene - Eocene boundary). Two different interpretations are possible: (i) the relative age of the material would be Maastrichtian - Paleocene, and the more recent taxa (Thanetian - Ypresian) would be mixed to the older taxa within a condensation surface, allowing preservation of fossils of two distinct assemblages; or, (ii) the relative age of the deposits would be Thanetian - Ypresian, and the older assemblage (Maastrichtian - Paleocene) would be reworked. The BP-2 well was biostratigraphically divided accordingly to the LOD of certain taxa. Dinoflagellate-rich assemblages were identified between Cretaceous and Eocene interval, including typical taxa of all ages between Maastrichtian and Lutetian (Danian, Selandian, Thanetian and Ypresian, from the oldest to the youngest). The taxonomic composition is comparable with coeval sections in other sedimentary basins under similar geological settings. The paleoenvironment for both wells is interpreted as essentially marine, because of the high diversity of dinoflagellate, while continental palynomorphs are less abundant. Significant changes in the depositional site were not observed along the sections; characteristic assemblages of low saline water bodies and thin water column were recorded.application/pdfporPalinoestratigrafiaPaleoambientesPalinologiaPelotas, Bacia sedimentar de (RS)Palinoestratigrafia e paleoambientes de depósitos paleogenos da Bacia de Pelotas, RS, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000867335.pdf000867335.pdfTexto completoapplication/pdf5443051http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128185/1/000867335.pdf4069748cbec160423cf3c4393d7e404aMD51TEXT000867335.pdf.txt000867335.pdf.txtExtracted Texttext/plain363096http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128185/2/000867335.pdf.txt19d19199e543e6cb72c0f2ba2f30b04eMD52THUMBNAIL000867335.pdf.jpg000867335.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1255http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128185/3/000867335.pdf.jpgbab27494612633e5cb61b9b2dca0aef1MD5310183/1281852021-03-09 04:46:59.805307oai:www.lume.ufrgs.br:10183/128185Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-03-09T07:46:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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