Comparação entre colistina e polimixina B no tratamento de infecções de corrente sanguínea causadas por Pseudomonas aeruginosa e Complexo Acinetobacter baumannii-calcoaceticus resistentes aos carbapenêmicos
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/265218 |
Resumo: | Introdução: Infecções de corrente sanguínea (ICS) por Complexo Acinetobacter baumannii-calcoaceticus e Pseudomonas aeruginosa resistentes aos carbapenêmicos são condições com alta morbimortalidade, especialmente em países em desenvolvimento. Limitadas opções terapêuticas estão disponíveis para essas infecções, sendo as polimixinas ainda terapia de escolha em muitos casos, apesar de seu potencial de toxicidade. Esse estudo busca avaliar o impacto em mortalidade, cura microbiológica e nefrotoxicidade em ICS causadas por P. aeruginosa e A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos, comparando o tratamento com polimixina B e colistina. Métodos: Conduzimos uma coorte retrospectiva de 2014 a 2021 em dois hospitais universitários em Porto Alegre, Brasil. Incluímos pacientes com idade ≥18 anos, com ICS por A. baumannii ou P. aeruginosa resistentes aos carbapenêmicos tratados com polimixinas por mais de 48 horas. Excluímos pacientes com infecção polimicrobiana, óbito em de 48 horas, episódio de ICS pela mesma bactéria nos últimos 30 dias e bactérias resistentes às polimixinas. Avaliamos variáveis demográficas, comorbidades, sítio primário de infecção, gravidade da doença e terapia utilizada. Fizemos uma análise univariada comparando os grupos de terapia com polimixina B versus colistina e avaliamos os fatores de risco para mortalidade. Variáveis com P <0,20 foram incluídas em uma análise de regressão de Cox, sendo o desfecho principal a mortalidade em 30 dias, foram retidas no modelo se P <0,05. Resultados: Foram incluídos 259 episódios de ICS, 78,8% causados por A. baumannii e 21,2% por P. aeruginosa. A polimixina B não apresentou impacto significativo na mortalidade em 30 dias quando comparada ao tratamento com colistina (aHR 0,82, IC 95% 0,52-1,30, P=0,40), quando ajustada para COVID-19 (P=0,05), Pitt escore (P<0,01), Charlson (p<0,001) e tempo para iniciar terapia antimicrobiana (P=0,02). Os resultados foram mantidos nos subgrupos de ISC causadas por A. baumannii (P=0,74), P. aeruginosa (P=0,15) e pacientes em terapia intensiva (P=0,30). Conclusão: A terapia antimicrobiana com polimixina B ou colistina não teve impacto na mortalidade em 30 dias em pacientes com ICS por A. baumannii e P. aeruginosa resistente a carbapenêmicos. |
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Garcia, Rebeca Carvalho LacerdaRigatto, Maria Helena da Silva Pitombeira2023-09-26T03:35:52Z2023http://hdl.handle.net/10183/265218001177237Introdução: Infecções de corrente sanguínea (ICS) por Complexo Acinetobacter baumannii-calcoaceticus e Pseudomonas aeruginosa resistentes aos carbapenêmicos são condições com alta morbimortalidade, especialmente em países em desenvolvimento. Limitadas opções terapêuticas estão disponíveis para essas infecções, sendo as polimixinas ainda terapia de escolha em muitos casos, apesar de seu potencial de toxicidade. Esse estudo busca avaliar o impacto em mortalidade, cura microbiológica e nefrotoxicidade em ICS causadas por P. aeruginosa e A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos, comparando o tratamento com polimixina B e colistina. Métodos: Conduzimos uma coorte retrospectiva de 2014 a 2021 em dois hospitais universitários em Porto Alegre, Brasil. Incluímos pacientes com idade ≥18 anos, com ICS por A. baumannii ou P. aeruginosa resistentes aos carbapenêmicos tratados com polimixinas por mais de 48 horas. Excluímos pacientes com infecção polimicrobiana, óbito em de 48 horas, episódio de ICS pela mesma bactéria nos últimos 30 dias e bactérias resistentes às polimixinas. Avaliamos variáveis demográficas, comorbidades, sítio primário de infecção, gravidade da doença e terapia utilizada. Fizemos uma análise univariada comparando os grupos de terapia com polimixina B versus colistina e avaliamos os fatores de risco para mortalidade. Variáveis com P <0,20 foram incluídas em uma análise de regressão de Cox, sendo o desfecho principal a mortalidade em 30 dias, foram retidas no modelo se P <0,05. Resultados: Foram incluídos 259 episódios de ICS, 78,8% causados por A. baumannii e 21,2% por P. aeruginosa. A polimixina B não apresentou impacto significativo na mortalidade em 30 dias quando comparada ao tratamento com colistina (aHR 0,82, IC 95% 0,52-1,30, P=0,40), quando ajustada para COVID-19 (P=0,05), Pitt escore (P<0,01), Charlson (p<0,001) e tempo para iniciar terapia antimicrobiana (P=0,02). Os resultados foram mantidos nos subgrupos de ISC causadas por A. baumannii (P=0,74), P. aeruginosa (P=0,15) e pacientes em terapia intensiva (P=0,30). Conclusão: A terapia antimicrobiana com polimixina B ou colistina não teve impacto na mortalidade em 30 dias em pacientes com ICS por A. baumannii e P. aeruginosa resistente a carbapenêmicos.Introduction: Bloodstream infections (BSI) by Acinetobacter baumannii-calcoaceticus Complex and Pseudomonas aeruginosa resistant to carbapenems are conditions with high morbidity and mortality, especially in developing countries. Few therapeutic options are available for these infections, and polymyxins are still the therapy of choice in most cases, despite their potential toxicity. This study seeks to evaluate the impact on mortality, microbiological cure and nephrotoxicity in BSI caused by carbapenem-resistant P. aeruginosa and A. baumannii, comparing treatment with polymyxin B and colistin. Methods: We conducted a retrospective cohort from 2014 to 2021 in two teaching hospitals in Porto Alegre, Brazil. We included patients aged ≥18 years with bloodstream infection by A. baumannii or P. aeruginosa resistant to carbapenems treated with polymyxin B or colistin for more than 48 hours. We excluded patients with polymicrobial infection, death within 48 hours of treatment, episode of BSI by the same bacteria in the last 30 days and bacteria resistant to polymyxins. We evaluated demographic variables, comorbidities, primary site of infection, disease severity and therapy used. We performed a univariate analysis comparing the polymyxin B versus colistin therapy groups and assessed risk factors for mortality. Variables with P < 0.20 were included in a Cox regression, with the primary outcome being 30-day mortality, analysis and were retained in the model if P < 0.05. Results: We included 260 BSI episodes, 78.8% caused by A. baumannii and 21.2% by P. aeruginosa. Polymyxin B did not show statistically significant impact on mortality when compared to colistin treatment (aHR 0.82, 95%CI 0.52-1.30, P=0.40), when adjusted for COVID-19 comorbidity (P=0.05), Pitt score (P<0.01), Charlson Comorbidity Index score (P<0.001) and time to start susceptible antimicrobial therapy (P=0.02). Results were maintained in the subgroups of BSI caused by A. baumannii (p = 0.74), P. aeruginosa (p = 0.30) and critical care patients (P=0.30). Conclusion: The antimicrobial therapy with polymyxin B ou colistin did not impact 30-day mortality in patients with BSI caused by A. baumannii or P. aeruginosa carbapenem-resistant.application/pdfporPseudomonas aeruginosaAcinetobacterPolimixina BColistinaTratamento farmacológicoTerapêuticaInfecções por AcinetobacterInfecções por PseudomonasSepseCarbapenêmicosBloodstream infectionPseudomonas aeruginosaAcinetobacter baumannii-calcoaceticus complexPolymyxin BColistinComparação entre colistina e polimixina B no tratamento de infecções de corrente sanguínea causadas por Pseudomonas aeruginosa e Complexo Acinetobacter baumannii-calcoaceticus resistentes aos carbapenêmicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001177237.pdf.txt001177237.pdf.txtExtracted Texttext/plain70083http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265218/2/001177237.pdf.txt6638d6b6b3b13ee6841afcda8af599eaMD52ORIGINAL001177237.pdfTexto parcialapplication/pdf463262http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265218/1/001177237.pdf9d9ffa7ba4a6d5fe8f927a69b841b744MD5110183/2652182023-09-27 03:36:08.14827oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265218Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-27T06:36:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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