Tempo resposta de um serviço de atendimento móvel de urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ciconet, Rosane Mortari
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/129481
Resumo: O tempo resposta é um indicador usado para avaliação da qualidade de serviços de atendimento pré-hospitalar (APH). Consiste no intervalo de tempo entre a expressão do pedido de socorro até a chegada da equipe à cena do evento. Assim, o objetivo do estudo foi analisar o tempo resposta de um SAMU, referente aos chamados para atendimentos clínicos e traumáticos demandados à Central de Regulação de Urgências. Os agravos clínicos foram compostos pelas síndromes neurológicas, cardiovasculares e respiratórias, por serem considerados agravos tempo dependentes; os agravos traumáticos foram constituídos pelos acidentes de trânsito e quedas, por serem os mais prevalentes no serviço. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo. A amostra foi constituída por 1.580 atendimentos realizados em 2013, sendo 793 atendimentos clínicos e 787 atendimentos traumáticos. Os dados foram extraídos do sistema informatizado da central de regulação do SAMU de Porto Alegre (SAPH True), transpostos para o programa Microsoft Excel e analisados através do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Os resultados evidenciam que o tempo resposta total foi de mediana de 19 minutos e os fatores que permaneceram associados estatisticamente com maior tempo de resposta total, após o ajuste pelo modelo multivariado, foram: tipo de socorro clínico (p<0,001), turno da noite (p<0,001), equipe básica (p=0,016), dias úteis da semana (p<0,001) e ocorrência de incidente no local do chamado (p=0,001). Em relação à faixa etária e gravidade presumida, não há diferenças significativas de tempo resposta. O tempo resposta total, formado pelas parcelas de tempo de cada etapa do atendimento, é influenciado pelo desempenho dos profissionais na comunicação e na avaliação das demandas do usuário e pelo tempo de mobilização da equipe para a partida para os atendimentos. O tempo resposta poderá ser reduzido através de processos de educação permanente com os profissionais do serviço para discussão e reorganização de práticas e com medidas de planejamento na organização estrutural do SAMU.
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Os dados foram extraídos do sistema informatizado da central de regulação do SAMU de Porto Alegre (SAPH True), transpostos para o programa Microsoft Excel e analisados através do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Os resultados evidenciam que o tempo resposta total foi de mediana de 19 minutos e os fatores que permaneceram associados estatisticamente com maior tempo de resposta total, após o ajuste pelo modelo multivariado, foram: tipo de socorro clínico (p<0,001), turno da noite (p<0,001), equipe básica (p=0,016), dias úteis da semana (p<0,001) e ocorrência de incidente no local do chamado (p=0,001). Em relação à faixa etária e gravidade presumida, não há diferenças significativas de tempo resposta. O tempo resposta total, formado pelas parcelas de tempo de cada etapa do atendimento, é influenciado pelo desempenho dos profissionais na comunicação e na avaliação das demandas do usuário e pelo tempo de mobilização da equipe para a partida para os atendimentos. O tempo resposta poderá ser reduzido através de processos de educação permanente com os profissionais do serviço para discussão e reorganização de práticas e com medidas de planejamento na organização estrutural do SAMU.Response time (RT) is an indicator used to assess the quality of prehospital emergency care (PHEC). It is defined as the interval of time between a call for help and the arrival of the response team at the scene of the incident. In light of this, the objective of this study was to analyze the response time of the Brazilian Mobile Emergency Service (SAMU) to calls regarding clinical conditions and traumas made by the emergency control center. Clinical conditions comprised cardiovascular affections, neurological syndromes, and respiratory failure, due to their time-sensitive nature; traumatic injuries consisted of those caused by automobile accidents and falls, as they were the most prevalent in the service. This was a cross-sectional retrospective study with a sample of 1,580 cases from 2013, of which 739 were clinical conditions and 787 were traumatic injuries. Data were extracted from the SAMU call center’s computer system of the city of Porto Alegre (SAPH True), and then transposed to Microsoft Excel and analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), version 21.0. The results showed that median total response time was 19 minutes and the factors that were statistically associated with greater total response time, after adjustment by the multivariate model, were: type of clinical assistance (p<0.001), night shift (p<0.001), basic team (p=0.016), week business days (p<0.001), and the occurrence of an incident at the call location (p=0.001). There were no significant differences in RT in terms of age range and emergency severity. Total response time, defined as the sum of the time elapsed in each phase of emergency care, was influenced by the performance of health professionals in communicating and assessing user demands and team mobilization for departure. Response time can be reduced by means of continuing education processes with the service professionals to discuss and reorganize the practices, implementing measures to plan the service’s structural organization.El tiempo de respuesta es un indicador usado para evaluación de calidad de atención de emergencias prehospitalarias (AEP). Es el intervalo temporal entre la solicitud del pedido de socorro hasta la llegada del equipo al lugar del evento. Se objetivó entonces analizar el indicador de tiempo-respuesta de un Servicio de Atención Móvil de Urgencias (SAMU) respecto de llamadas para urgencias clínicas y traumáticas realizadas a la Central de Regulación de Urgencias. Las urgencias clínicas consistieron en afecciones cardiovasculares, síndromes neurológicos y disfunciones respiratorias, consideradas urgencias tiempo-dependientes; las urgencias traumáticas constituyeron accidentes de tránsito y caídas, las más prevalentes en el servicio. Estudio retrospectivo transversal, con muestra constituida por 1580 atenciones realizadas en 2013, 793 clínicas y 787 traumáticas. Los datos se tomaron del sistema informático de la central de regulación del SAMU de Porto Alegre (SAPH True), fueron volcados a planilla de Microsoft Excel y analizados con Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versión 21.0. Los resultados evidencian que el tiempo de respuesta total tiene una mediana de 19 minutos, y los factores que permanecieron estadísticamente asociados al mayor tiempo de respuesta total luego del ajuste por modelo multivariado fueron: tipo de socorro clínico (p<0,001), turno nocturno (p<0,001), equipo básico (p=0,016), días hábiles (p<0,001) y acontecimiento de incidente en el lugar del llamado (p=0,001). Respecto a la faja etaria y gravedad presumida, no hay diferencias significativas de TR. El TR total, integrado por la sumatoria de lapsos de tiempo de cada etapa de atención, resulta influido por el desempeño de los profesionales en comunicación y evaluación de solicitudes del usuario, y preparación del equipo para salida de atención. El tiempo de respuesta podrá ser reducido a través de procesos de educación permanente con los profesionales actuantes en el servicio para discusión y reorganización de prácticas y con medidas de planificación en la organización estructural del SAMU.application/pdfporServiços médicos de emergênciaTempo de reaçãoReaction timeEmergency medical servicesIndicators of health servicesTiempo de reacciónServicios médicos de urgênciaIndicadores de serviciosTempo resposta de um serviço de atendimento móvel de urgênciaResponse time of the Brazilian mobile emergency service Tiempo-respuesta de un servicio de atención móvil de urgencias info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000976890.pdf000976890.pdfTexto completoapplication/pdf1694415http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129481/1/000976890.pdf88754ced4eb246c51611231a01c74b97MD51TEXT000976890.pdf.txt000976890.pdf.txtExtracted Texttext/plain261064http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129481/2/000976890.pdf.txtffd3069669bb2408594b3a8c11ceb550MD52THUMBNAIL000976890.pdf.jpg000976890.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg989http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/129481/3/000976890.pdf.jpg2a437c17286a0ebf36b3834647dc92dfMD5310183/1294812018-10-25 09:02:07.727oai:www.lume.ufrgs.br:10183/129481Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-25T12:02:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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