O Corpo várzea do macaco e as mineralizações de Cromo, Niquel e Cobre, Complexo Máficoultramáfico Jacurici, Cráton São Francisco, Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, João Rodrigo Vargas Pilla
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/88616
Resumo: O Complexo Máfico-ultramáfico Jacurici, localizado na porção nordeste do cráton do São Francisco, consiste em vários corpos orientados N-S que hospedam o maior depósito de cromita do Brasil com mais de 40 Mt. Esses corpos estão segmentados espacialmente e podem representar uma única intrusão desmembrada tectonicamente, considerando que todos possuem uma espessa camada de cromitito maciço (de até 8 m). O corpo Várzea do Macaco está localizado na parte norte do complexo e também hospeda uma mineralização de Cu-Ni sulfetado. Este estudo descreve o corpo Várzea do Macaco e suas mineralizações e compara com os corpos mais ao sul (Ipueira-Medrado) onde uma evolução petrológica já foi estabelecida para o complexo. O corpo estudado esta invertido estratigraficamente e separado em 5 blocos, deslocados lateralmente por falhamentos tardios. É formado por dunito, lherzolito, piroxenito, olivina websterito, cromitito, gabronorito, com variadas intensidades de serpentinização e localmente está fortemente afetado por metamorfismo e metassomatismo. A mineralização sulfetada (Po±Pn±Cpy) está concentrada nas proximidades da camada de cromitito principal e ocorre de duas formas: uma primária magmática, com sulfetos intersticiais associados à olivina e piroxênio, variando de fino disseminado a grossos; ou como sulfetos remobilizados associados à zonas metassomáticas, onde vênulas e lentes de sulfetos interceptam a estratificação magmática e a foliação metamórfica. O intervalo onde sulfetos magmáticos e o minério de cromo ocorrem é caracterizado pela presença de anfibólio magmático, que possivelmente favoreceu o metamorfismo e as transformações metassomáticas posteriores que afetam mais intensamente este intervalo. Nas lentes de sulfetos remobilizados a calcopirita é levemente mais abundante, sugerindo um aumento na razão Cu/Ni. Comparado com Ipueira- Medrado, o Várzea do Macaco é significantemente enriquecido em clinopiroxênio, mas pode ser subdividido da mesma maneira. Possivelmente ambos os corpos fazem parte de um mesmo sistema intrusivo caracterizado por magmas primitivos com altos conteúdos de Mg e Ni. A contaminação crustal é considerada como gatilho para a mineralização de cromita. Por outro lado, na área de Várzea do Macaco o contaminante provavelmente foi diferente, o que permitiu a saturação de enxofre no corpo.
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É formado por dunito, lherzolito, piroxenito, olivina websterito, cromitito, gabronorito, com variadas intensidades de serpentinização e localmente está fortemente afetado por metamorfismo e metassomatismo. A mineralização sulfetada (Po±Pn±Cpy) está concentrada nas proximidades da camada de cromitito principal e ocorre de duas formas: uma primária magmática, com sulfetos intersticiais associados à olivina e piroxênio, variando de fino disseminado a grossos; ou como sulfetos remobilizados associados à zonas metassomáticas, onde vênulas e lentes de sulfetos interceptam a estratificação magmática e a foliação metamórfica. O intervalo onde sulfetos magmáticos e o minério de cromo ocorrem é caracterizado pela presença de anfibólio magmático, que possivelmente favoreceu o metamorfismo e as transformações metassomáticas posteriores que afetam mais intensamente este intervalo. Nas lentes de sulfetos remobilizados a calcopirita é levemente mais abundante, sugerindo um aumento na razão Cu/Ni. Comparado com Ipueira- Medrado, o Várzea do Macaco é significantemente enriquecido em clinopiroxênio, mas pode ser subdividido da mesma maneira. Possivelmente ambos os corpos fazem parte de um mesmo sistema intrusivo caracterizado por magmas primitivos com altos conteúdos de Mg e Ni. A contaminação crustal é considerada como gatilho para a mineralização de cromita. Por outro lado, na área de Várzea do Macaco o contaminante provavelmente foi diferente, o que permitiu a saturação de enxofre no corpo.The Jacurici Mafic-ultramafic Complex, located in the northeastern portion of the São Francisco craton, consists of several N-S oriented layered bodies that host the largest chromite deposit in Brazil (more than 40 Mt). These bodies are spatially separated and could represent a single intrusion tectonically disrupted, considering all bodies host a very thick (up to 8m) chromitite. The Várzea do Macaco body is located in the northern part of the Complex and also host a Ni-Cu sulfide mineralization. This study describes the Várzea do Macaco body and its mineralization in order to compare with the southern intrusions (Ipueira-Medrado) where a petrological evolution was previous established for the complex. The studied body is stratigraphically inverted and disrupted in five blocks, laterally dislocated by late faults. It is constituted by dunite, lherzolite, olivine webesterite, chromitite and gabbronorite with variable amount of serpentinization and is locally highly affected by metamorphism and metasomatism. The sulfide ore (Po±Pnd±Cpy) is concentrated spatially close to the main chromitite layer and occurs in two distinct circunstances: one primary magmatic with interstitial sulfides occurring associated with olivine and pyroxene and varying from fine disseminated to coarse grained; and as a remobilized ore, with sulfides associated to the metasomatic zones where coarse grained sulfide patches occur associated to veinlets or lenses that crosscut the primary layering. The interval where magmatic sulfide and chromitite ores occur is characterized by the presence of magmatic amphibole which possible favored late metamorphism and metassomatism transformation that affect more intensively this interval than the rest of the body. In the remobilized sulfide lenses and patches, the amount of chalcopyrite is higher suggesting a possible increase in the Cu/Ni ratio. Comparing to Ipueira- Medrado, the Varzea do Macaco is significantly enriched in clinopyroxene, but can be subdivided in the same way of the former. Possibly, both bodies are part of a single intrusive system characterized by a primitive magma with high Mg and Ni contents. The chromite mineralization are considered to be triggered by crustal contamination. On the other hand, the contaminant were possible distinct at Varzea do Macaco area allowing sulfide saturation.application/pdfporPetrografiaMetalogeneseSulfetosO Corpo várzea do macaco e as mineralizações de Cromo, Niquel e Cobre, Complexo Máficoultramáfico Jacurici, Cráton São Francisco, Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000913225.pdf000913225.pdfTexto completoapplication/pdf9346467http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88616/1/000913225.pdf7d25576adf7d700cb2afcbf8e5fcaf09MD51TEXT000913225.pdf.txt000913225.pdf.txtExtracted Texttext/plain129864http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88616/2/000913225.pdf.txt6a58556d8014082638bebfb91d4c3629MD52THUMBNAIL000913225.pdf.jpg000913225.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1370http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88616/3/000913225.pdf.jpg53cce2cb4acf37a2d1e65f878e1f85c1MD5310183/886162018-10-18 08:26:42.133oai:www.lume.ufrgs.br:10183/88616Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T11:26:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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