Identidade e negritude na cidade de Rio Pardo/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Adilson Silva da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/264217
Resumo: Este estudo objetiva observar e examinar a sociabilidade na cidade de Rio Pardo e as estratégias de posicionamento da parcela negra da população no que diz respeito a suas formas de enfrentamento ao racismo. Desenvolvo este estudo no município de Rio Pardo, localizado na região central do estado do Rio Grande do Sul. Empreendo uma pesquisa baseada na observação participante, fazendo uso de entrevistas dirigidas, pesquisa documental e das propostas da autoetnografia. Sob uma perspectiva interseccional busco mapear os espaços de sociabilidade com o objetivo de conhecer a dinâmica do compartilhamento de espaços de convívio, seja nos locais públicos, seja nos espaços privados, nos quais há um uso comum. A partir do mapeamento e da compreensão da sociabilidade como sugere G. Simmel, entrevisto sujeitos autodeclarados negros, sobre temas relacionados a sua vivência, sobre o racismo, as formas e o histórico de relacionamentos conflituosos que aconteceram no passado e que se expressam na atualidade nos espaços de convívio na cidade. Ancorado no debate crítico sobre a democracia racial, racismo, identidade negra, e sociabilidade interétnica busco contribuir com o debate sobre racismo no Brasil elencando situações e subsídios para os estudos sobre a formas de dar visibilidade a racialização, um tema cada vez mais revisitado pela antropologia nas mais variadas regiões do Brasil. O estudo das relações interraciais nos dias de hoje, permite evidenciar que existem locais frequentados só por negros, e locais frequentados só por brancos na cidade. Indago sobre as novas modalidades de segregação que são construídas cotidianamente e como se expressam na ocupação de espaços sociais. Parto da evidência desta lógica através da situação conhecida como a “Igreja dos Negros e Igreja dos Brancos”, localizadas no interior do município. Busca-se demonstrar como tal situação conecta esse passado mais recente de conflito, mesmo após a abolição. Amplio a observação para os dias de hoje, apresentando outras modalidades de segregação, sob a forma de “Escola de Samba dos Negros e Escola de Samba dos Brancos”, para tanto, apresento os locais de uso comuns que pessoas negras não frequentam ou frequentam de modo muito singular, perfazendo uma fronteira, por conta da cor da pele.
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Simmel, entrevisto sujeitos autodeclarados negros, sobre temas relacionados a sua vivência, sobre o racismo, as formas e o histórico de relacionamentos conflituosos que aconteceram no passado e que se expressam na atualidade nos espaços de convívio na cidade. Ancorado no debate crítico sobre a democracia racial, racismo, identidade negra, e sociabilidade interétnica busco contribuir com o debate sobre racismo no Brasil elencando situações e subsídios para os estudos sobre a formas de dar visibilidade a racialização, um tema cada vez mais revisitado pela antropologia nas mais variadas regiões do Brasil. O estudo das relações interraciais nos dias de hoje, permite evidenciar que existem locais frequentados só por negros, e locais frequentados só por brancos na cidade. Indago sobre as novas modalidades de segregação que são construídas cotidianamente e como se expressam na ocupação de espaços sociais. Parto da evidência desta lógica através da situação conhecida como a “Igreja dos Negros e Igreja dos Brancos”, localizadas no interior do município. Busca-se demonstrar como tal situação conecta esse passado mais recente de conflito, mesmo após a abolição. Amplio a observação para os dias de hoje, apresentando outras modalidades de segregação, sob a forma de “Escola de Samba dos Negros e Escola de Samba dos Brancos”, para tanto, apresento os locais de uso comuns que pessoas negras não frequentam ou frequentam de modo muito singular, perfazendo uma fronteira, por conta da cor da pele.This study aims to observe and examine sociability in the city of Rio Pardo and the positioning strategies of the black portion of the population with regard to their ways of confronting racism. I develop this study in the municipality of Rio Pardo, located in the central region of the state of Rio Grande do Sul. I undertake a research based on participant observation, making use of directed interviews, documentary research and the proposals of autoethnography. From an intersectional perspective, I seek to map the spaces of sociability in order to know the dynamics of sharing living spaces, whether in public places or in private spaces, in which there is a common use. From the mapping and understanding of sociability as suggested by G. Simmel, I interview self-declared black subjects on topics related to their experience, racism, the forms and history of conflicting relationships that happened in the past and that are currently expressed in the spaces of coexistence in the city. Anchored in the critical debate on racial democracy, racism, black identity, and interethnic sociability, I seek to contribute to the debate on racism in Brazil by listing situations and subsidies for studies on ways to give visibility to racialization, a theme increasingly revisited by anthropology in the most varied regions of Brazil. The study of interracial relations today shows that there are places frequented only by blacks and places frequented only by whites in the city. I investigate the new forms of segregation that are constructed daily and how they are expressed in the occupation of social spaces. I start from the evidence of this logic through the situation known as the "Church of the Blacks and Church of the Whites", located in the interior of the municipality. I seek to demonstrate how such a situation connects this more recent past of conflict, even after abolition. I expand the observation to the present day, presenting other modalities of segregation, in the form of "Black Samba School and White Samba School", to this end, I present the places of common use that black people do not attend or attend in a very singular way, making a border, due to the color of the skin.application/pdfporRacismoComunidade quilombolaIdentidade afro-brasileiraRio Pardo (RS)IdentityBlacknessRacismSociabilityQuilombola communityIdentidade e negritude na cidade de Rio Pardo/RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Antropologia SocialPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001175756.pdf.txt001175756.pdf.txtExtracted Texttext/plain311445http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/264217/2/001175756.pdf.txt42623b8576402b7d336e72289ba5a281MD52ORIGINAL001175756.pdfTexto completoapplication/pdf2382444http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/264217/1/001175756.pdfc22fa165b03a7696506b41cde6e77e07MD5110183/2642172023-09-02 03:34:11.875243oai:www.lume.ufrgs.br:10183/264217Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-02T06:34:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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