A vivência da função materna no período de dependência : do sexto mês ao quarto ano de vida da criança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sehn, Amanda Schöffel
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181079
Resumo: O presente estudo investigou a vivência da função materna de cuidar e educar no período de dependência. Com base na perspectiva winnicottiana, buscou-se compreender os aspectos subjetivos que permeiam a função materna dos seis meses aos quatro anos de vida da criança. Para tanto, foi realizado um estudo de caso coletivo, com caráter longitudinal, no qual participaram três duplas mãe-bebê. As mães responderam entrevistas semiestruturadas em seis momentos do desenvolvimento (6º, 12º, 18º, 24º, 36º e 48º mês da criança). O relato clínico foi utilizado para analisar os dados, evidenciando as especificidades do percurso de cada dupla em relação à função materna. Evidenciou-se que a função de cuidar exige grande disponibilidade materna, especialmente quanto aos movimentos de dependência e independência da criança, podendo tornar-se um dilema para as mães. Apesar da satisfação, ao cuidar as mães se depararam com dificuldades e cansaço. Ainda, encontraram a possibilidade de autocuidado e de reeditar os cuidados recebidos na infância ao cuidarem do bebê (experiência curativa), o que evidencia que a função materna se refere a uma construção realizada pela díade. Em relação ao educar, foram sobressalentes os relatos de dúvida quanto a melhor maneira de estabelecer limites ao filho, bem como de surpresa frente as manifestações de birra nos anos iniciais. Assim, destaca-se a importância de encorajar o saber materno e legitimar a vivência de sentimentos ambivalentes no cuidado e na educação de crianças pequenas.
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