Intervenção nutricional e estresse oxidativo ao longo do treinamento em triatletas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schneider, Claudia Dornelles
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/10721
Resumo: Existem diversas pesquisas na área de radicais livres, exercício e nutrientes antioxidantes, visto que a prática de exercícios extenuantes e/ou de longa duração podem causar estresse oxidativo. A maioria destas pesquisas tem testado protocolos de suplementação com nutrientes antioxidantes, nas mais diversas doses e combinações. Entretanto, existe uma lacuna no que se refere a protocolos de intervenção pela dieta alimentar. Sendo assim, o objetivo desta tese foi observar se havia diferença entre fornecer uma combinação de vitaminas antioxidantes via dietética ou suplementar, sobre os parâmetros de estresse oxidativo em triatletas participantes de Ironman. Participaram deste estudo longitudinal, prospectivo, 13 triatletas do sexo masculino, com idade de 32,1 ± 5,4 anos, VO2máx na esteira 58,6 ± 6,9 mL.kg-1.min-1, treinando inicialmente 15,5 ± 3,4 h.sem-1. Foram mensurados no sangue, tanto antes quanto após as intervenções nutricionais, diversos parâmetros de estresse oxidativo. As intervenções nutricionais contaram com um aporte de vitaminas A, C e E dentro das recomendações americanas de Ingestão Dietética Recomendada (DRI). Tanto a dieta quanto a suplementação continham duas vezes a recomendação diária para as vitaminas A e E, e cinco vezes a recomendação diária para vitamina C. Pudemos observar que os marcadores de estresse oxidativo reagiram de forma diferente conforme o parâmetro de dano medido e a intervenção nutricional realizada. Após a dieta rica em antioxidantes, houve um aumento nos níveis de sulfidril, da capacidade antioxidante total (TRAP) e uma redução do dano a proteínas (carbonil). Isto foi provavelmente devido ao fato de outros nutrientes antioxidantes, como os flavonóides, presentes nos alimentos ingeridos, promoverem uma maior proteção comparado às vitaminas antioxidantes isoladas na forma de suplementação. Por outro lado, houve um aumento do dano a lipídeos (TBARS), o que não ocorreu após a suplementação antioxidante. Provavelmente um maior consumo de ácidos graxos poliinsaturados, levando a uma menor razão vitamina E: ácidos graxos poliinsaturados, durante a dieta rica em antioxidantes foi o responsável por este maior dano aos lipídeos de membrana. Não observamos relação entre a enzima marcadora de dano muscular creatina quinase e os parâmetros de estresse oxidativo.
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