“Você só tatua?” : a trajetória profissional no campo da tatuagem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/115737 |
Resumo: | A temática “tatuagens” tem sido explorada em diferentes campos do conhecimento, a partir de diferentes quadros teóricos e metodológicos, porém deixando a atividade “tatuar”, seja como ofício, ocupação ou profissão, aparentemente negligenciada. Nesse sentido, a partir de uma imersão de 19 meses em um estúdio de tatuagens em Porto Alegre, sul do Brasil, o trabalho de quem tatua emergiu como um campo empírico rico para observar e analisar atividades aparentemente desviantes, já que, apesar de uma parcela da sociedade não perceber o “tatuar” como profissão, as pessoas que tatuam têm clareza sobre seu status profissional. Nesse cenário as fronteiras da Administração e da Gestão de Pessoas emergiram e salientaram a importância em compreender, mais especificamente, como essas pessoas desempenham e desenvolvem suas vivências nessa atividade, orientadas, ou não, por uma vontade em serem reconhecidas pelos(as) outros(as) como profissionais. Por isso, o conceito central observado não foi o de Profissão, mas sim o de Carreira. Entendendo-a como uma ponte analítica entre indivíduo e instituição, a partir de Everett Hughes, sociólogo da Escola de Chicago, é através da compreensão da carreira das pessoas que tatuam que foi possível compreender como elas vivem, entendem e lidam com uma profissão, aparentemente, em formação. Assim, o problema de pesquisa apontado é o seguinte: como a pessoa que tatua vivencia sua carreira? Esse problema contempla a busca por compreender como a pessoa vive e narra sua carreira, focando nos elementos de sua ocupação, compreendida como ainda não objetivamente institucionalizada, mas subjetivamente estabelecida, explorando os status e papeis sociais que elas vivem, os pontos de inflexão que negociam e os elementos que as fazem entender sua ocupação como profissão. Assim, a carreira, ainda que contemple todos aspectos da vida, será enfocada analiticamente no aspecto profissional, pois a especificidade analítica é voltada à atividade laboral de quem fala. Isto se deve à inserção deste trabalho na área de Gestão de Pessoas da Administração, apontando como interesse a compreensão de carreiras e profissões aparentemente diferentes do status quo, de modo que possa gerar reflexões e inspirações para a área. Para responde-la, realizei uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, orientada pelo método de História de Vida, contemplando Narrativas, as quais foram utilizadas tanto para a coleta como para a análise e apresentação da trajetória. Além delas, também foram utilizadas como fontes de informação as visitas a campo, convenções, pesquisas bibliográficas específicas e redes sociais e de notícias na internet. Como resultados, parece que a pessoa que tatua vivencia sua carreira entendendo sua ocupação como profissão, determinando elementos, ao longo do percurso de vida, que comprovam a sua atividade como profissional; que há etapas pelas quais deve passar, bem como status, papeis e instituições; que passa por conflitos e dilemas frequentes durante a carreira e por um mercado de trabalho característico, que podem influenciar, também, na forma em zig zag que ela acaba se delineando. Em suma, parece formar-se uma “carreira padrão”, devido à repetição de algumas faixas temporais e vivências. Por fim, são apresentadas perspectivas de pesquisa futuras. |
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De Luca, GabrielaRocha-de-Oliveira, Sidinei2015-05-01T01:58:14Z2015http://hdl.handle.net/10183/115737000965371A temática “tatuagens” tem sido explorada em diferentes campos do conhecimento, a partir de diferentes quadros teóricos e metodológicos, porém deixando a atividade “tatuar”, seja como ofício, ocupação ou profissão, aparentemente negligenciada. Nesse sentido, a partir de uma imersão de 19 meses em um estúdio de tatuagens em Porto Alegre, sul do Brasil, o trabalho de quem tatua emergiu como um campo empírico rico para observar e analisar atividades aparentemente desviantes, já que, apesar de uma parcela da sociedade não perceber o “tatuar” como profissão, as pessoas que tatuam têm clareza sobre seu status profissional. Nesse cenário as fronteiras da Administração e da Gestão de Pessoas emergiram e salientaram a importância em compreender, mais especificamente, como essas pessoas desempenham e desenvolvem suas vivências nessa atividade, orientadas, ou não, por uma vontade em serem reconhecidas pelos(as) outros(as) como profissionais. Por isso, o conceito central observado não foi o de Profissão, mas sim o de Carreira. Entendendo-a como uma ponte analítica entre indivíduo e instituição, a partir de Everett Hughes, sociólogo da Escola de Chicago, é através da compreensão da carreira das pessoas que tatuam que foi possível compreender como elas vivem, entendem e lidam com uma profissão, aparentemente, em formação. Assim, o problema de pesquisa apontado é o seguinte: como a pessoa que tatua vivencia sua carreira? Esse problema contempla a busca por compreender como a pessoa vive e narra sua carreira, focando nos elementos de sua ocupação, compreendida como ainda não objetivamente institucionalizada, mas subjetivamente estabelecida, explorando os status e papeis sociais que elas vivem, os pontos de inflexão que negociam e os elementos que as fazem entender sua ocupação como profissão. Assim, a carreira, ainda que contemple todos aspectos da vida, será enfocada analiticamente no aspecto profissional, pois a especificidade analítica é voltada à atividade laboral de quem fala. Isto se deve à inserção deste trabalho na área de Gestão de Pessoas da Administração, apontando como interesse a compreensão de carreiras e profissões aparentemente diferentes do status quo, de modo que possa gerar reflexões e inspirações para a área. Para responde-la, realizei uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, orientada pelo método de História de Vida, contemplando Narrativas, as quais foram utilizadas tanto para a coleta como para a análise e apresentação da trajetória. Além delas, também foram utilizadas como fontes de informação as visitas a campo, convenções, pesquisas bibliográficas específicas e redes sociais e de notícias na internet. Como resultados, parece que a pessoa que tatua vivencia sua carreira entendendo sua ocupação como profissão, determinando elementos, ao longo do percurso de vida, que comprovam a sua atividade como profissional; que há etapas pelas quais deve passar, bem como status, papeis e instituições; que passa por conflitos e dilemas frequentes durante a carreira e por um mercado de trabalho característico, que podem influenciar, também, na forma em zig zag que ela acaba se delineando. Em suma, parece formar-se uma “carreira padrão”, devido à repetição de algumas faixas temporais e vivências. Por fim, são apresentadas perspectivas de pesquisa futuras.The topic “tattoo” have been explored in different fields of knowledge, from different theoretical and methodological frameworks, yet the activity of “tattooing”, either as craft, occupation or profession, have been, apparently, neglected. In this sense, from a immersion of 19 months at a tattoo studio in Porto Alegre, southern Brazil, the work of “tattooists” emerged as a rich empirical field to observe and analyze apparently deviant activities, since, although a portion of society realize the “tattooing” as a profession, the “tattooists” or “tattoo artists” have clarity about their professional status. In this scenario, the borders of Administration and Human Resources Management emerged and stressed the importance in understanding, more specifically, how these people play and develop their experience in this activity, oriented or not by a desire to be recognized by others as professionals. Therefore, the central concept is not Professions, but Careers. Understanding it as an analytical bridge between individual and institution, by Everett Hughes, a sociologist at the Chicago School, is through understanding the career of “tattooists” that is possible to understand they live, comprehend and deal with a profession, apparently, not established. Thus, the research problem identified is the following: how the people who tattoos experiences their career? This issue includes the search for understanding how a person lives and narrates his/her career, focusing on elements of the occupation, understood as not yet institutionalized objectively, but subjectively established, exploring the status and social roles which he/she lives, the turning points that are negotiated and the elements that make them understand their occupation as a profession. Thus, career, still covering all aspects of life, is analytically focused on professional aspects. This is due to the inclusion of this work in the field of Management and Personnel Management, pointing to interest the understanding of seemingly different careers and occupations of the status quo, so that it can generate ideas and inspirations for the area. To answer it, I conducted a qualitative and exploratory research, guided by the method of Life History, contemplating Narratives, which were used both for the collection and for the analysis and presentation of the path. Besides them, were also used as sources of information visits to the field, conventions, specific literature searches, readings and social networking and news on the Internet. As a result, it seems that the person who experiences the Tattoo Career understands the occupation as a profession, determining elements along the path of life, proving the activity as a professional one; that there are steps that must pass as well as status, roles and institutions; that passing by conflicts and dilemmas during the career and in a characteristic labor market, which may influence, too, in the form of zig zag the path ends up outlining. In short, it seems to form a “standard career” due to repetition of some temporal tracks and experiences. Finally, future research perspectives are presented.application/pdfporCarreira profissionalTatuadorNarrativasSymbolic interactionismCareerNarrativesTattoo“Você só tatua?” : a trajetória profissional no campo da tatuageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000965371.pdf000965371.pdfTexto completoapplication/pdf8491956http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115737/1/000965371.pdf00fd0ff6f7880c78a028d84edd571f5fMD51TEXT000965371.pdf.txt000965371.pdf.txtExtracted Texttext/plain455207http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115737/2/000965371.pdf.txt872613c641c65da391c964958c5589adMD52THUMBNAIL000965371.pdf.jpg000965371.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg960http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115737/3/000965371.pdf.jpg6f9b0970cda1125f804e79437037bb63MD5310183/1157372018-10-22 07:38:50.616oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115737Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T10:38:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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