Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Leandro Rodrigues
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199617
Resumo: Os roedores subterrâneos têm sido amplamente estudados, principalmente porque mostram muitas especializações (morfológicas, fisiológicas e comportamentais) relacionadas ao seu habitat. O gênero Ctenomys (tuco-tucos) é o mais diverso entre os roedores subterrâneos, com aproximadamente 70 espécies descritas. Estão amplamente distribuídas no Sul da América do Sul, e ocupam uma variedade de tipos de habitats (pastagens, estepes, desertos e dunas de areia). Os tuco-tucos também apresentam morfologia do crânio, corpo e cariótipos altamente diversificados. Este estudo utilizou a morfologia craniana e da mandíbula do gênero Ctenomys, para investigar aspectos evolutivos da espécie. Utilizamos aqui técnicas de morfometria geométrica e linear, aliadas a filogenia, o gene Runx2 e ecologia (densidade aparente do solo) de diferentes espécies do gênero para acessar tais resultados. Não encontramos mudanças significativas nos padrões de integração do crânio, porém houve alta varição da integração morfológica. Também foi revelado alto sinal filogenético com os módulos propostos. O gene Runx2 aparentemente não parece estar ligado com o alongamento facial dos espécimes de tuco-tucos. Porém não podemos descartar a possibilidade de que as substituições de glutaminas para prolinas possam alterar a funcionalidade proteica e, por extensão, a morfologia do crânio. Para a maioria das espécies investigadas, a correlação entre força da mordida e a densidade do solo não foi clara, e uma baixa correlação geral foi encontrada. As diferentes formas do crânio e mandíbula acessadas, geralmente foram associadas à força de mordida. As diferentes estratégias de escavação podem ser responsáveis pelo padrão encontrado na distribuição das espécies nas diferentes densidades de solo. Onde, em solos com maior densidade, ocorrem espécies com altas e baixas forças de mordida, enquanto em solos de menor densidade foram encontradas apenas espécies com forças de mordida baixas.
id URGS_2a8f8fb9298aaa99176b5b9c00dbf7a8
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/199617
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Borges, Leandro RodriguesFreitas, Thales Renato Ochotorena de2019-09-20T03:48:45Z2019http://hdl.handle.net/10183/199617001090423Os roedores subterrâneos têm sido amplamente estudados, principalmente porque mostram muitas especializações (morfológicas, fisiológicas e comportamentais) relacionadas ao seu habitat. O gênero Ctenomys (tuco-tucos) é o mais diverso entre os roedores subterrâneos, com aproximadamente 70 espécies descritas. Estão amplamente distribuídas no Sul da América do Sul, e ocupam uma variedade de tipos de habitats (pastagens, estepes, desertos e dunas de areia). Os tuco-tucos também apresentam morfologia do crânio, corpo e cariótipos altamente diversificados. Este estudo utilizou a morfologia craniana e da mandíbula do gênero Ctenomys, para investigar aspectos evolutivos da espécie. Utilizamos aqui técnicas de morfometria geométrica e linear, aliadas a filogenia, o gene Runx2 e ecologia (densidade aparente do solo) de diferentes espécies do gênero para acessar tais resultados. Não encontramos mudanças significativas nos padrões de integração do crânio, porém houve alta varição da integração morfológica. Também foi revelado alto sinal filogenético com os módulos propostos. O gene Runx2 aparentemente não parece estar ligado com o alongamento facial dos espécimes de tuco-tucos. Porém não podemos descartar a possibilidade de que as substituições de glutaminas para prolinas possam alterar a funcionalidade proteica e, por extensão, a morfologia do crânio. Para a maioria das espécies investigadas, a correlação entre força da mordida e a densidade do solo não foi clara, e uma baixa correlação geral foi encontrada. As diferentes formas do crânio e mandíbula acessadas, geralmente foram associadas à força de mordida. As diferentes estratégias de escavação podem ser responsáveis pelo padrão encontrado na distribuição das espécies nas diferentes densidades de solo. Onde, em solos com maior densidade, ocorrem espécies com altas e baixas forças de mordida, enquanto em solos de menor densidade foram encontradas apenas espécies com forças de mordida baixas.Underground rodents have been extensively studied, mainly because they show many specializations (morphological, physiological and behavioral) related to their habitat. The genus Ctenomys (tuco-tucos) is the most diverse among subterranean rodents, with approximately 70 species described. They are widely distributed in southern South America, and occupy a variety of habitat types (pastures, steppes, deserts and sand dunes). The tuco-tucos also present morphology of the skull, body and highly diversified karyotypes. This study used the cranial and mandibular morphology of the genus Ctenomys to investigate evolutionary aspects of the species. We used here techniques of geometric and linear morphometry, together with phylogeny, the Runx2 gene and ecology (apparent density of soil) of different species of the genus to access such results. We did not find significant changes in the patterns of skull integration, but there was a high variation of the morphological integration. A high phylogenetic signal was also revealed with the proposed modules. The Runx2 gene apparently does not appear to be linked to the facial elongation of the tuco-tucos specimens. However, we can not rule out the possibility that glutamine-to-proline substitutions may alter protein functionality and, by extension, skull morphology. For most species investigated, the correlation between bite force and soil density was unclear, and a low overall correlation was found. The different skull and jaw forms accessed were generally associated with bite force. The different strategies of excavation can be responsible for the pattern found in the distribution of the species in the different soil densities. Where higher density soils occur with high and low bite forces, while in low density soils only species with low bite forces are found.application/pdfporCtenomys blainvilleCrânio : Morfologia animalMandíbula : Morfologia animalCtenomyidaeCtenomysRodentiaMorphological evolutionRunx2ModularityMorphological integrationEvolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001090423.pdf.txt001090423.pdf.txtExtracted Texttext/plain178355http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199617/2/001090423.pdf.txt7ed39c93ac7064095b2430f5a1abe1eaMD52ORIGINAL001090423.pdfTexto completoapplication/pdf6660181http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199617/1/001090423.pdfa643861dec083cb61a1ed8bb5df62f11MD5110183/1996172019-09-21 03:42:17.431308oai:www.lume.ufrgs.br:10183/199617Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-09-21T06:42:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
title Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
spellingShingle Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
Borges, Leandro Rodrigues
Ctenomys blainville
Crânio : Morfologia animal
Mandíbula : Morfologia animal
Ctenomyidae
Ctenomys
Rodentia
Morphological evolution
Runx2
Modularity
Morphological integration
title_short Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
title_full Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
title_fullStr Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
title_full_unstemmed Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
title_sort Evolução no crânio e mandíbula de espécies do gênero Ctenomys blainville, 1826
author Borges, Leandro Rodrigues
author_facet Borges, Leandro Rodrigues
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Borges, Leandro Rodrigues
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Freitas, Thales Renato Ochotorena de
contributor_str_mv Freitas, Thales Renato Ochotorena de
dc.subject.por.fl_str_mv Ctenomys blainville
Crânio : Morfologia animal
Mandíbula : Morfologia animal
topic Ctenomys blainville
Crânio : Morfologia animal
Mandíbula : Morfologia animal
Ctenomyidae
Ctenomys
Rodentia
Morphological evolution
Runx2
Modularity
Morphological integration
dc.subject.eng.fl_str_mv Ctenomyidae
Ctenomys
Rodentia
Morphological evolution
Runx2
Modularity
Morphological integration
description Os roedores subterrâneos têm sido amplamente estudados, principalmente porque mostram muitas especializações (morfológicas, fisiológicas e comportamentais) relacionadas ao seu habitat. O gênero Ctenomys (tuco-tucos) é o mais diverso entre os roedores subterrâneos, com aproximadamente 70 espécies descritas. Estão amplamente distribuídas no Sul da América do Sul, e ocupam uma variedade de tipos de habitats (pastagens, estepes, desertos e dunas de areia). Os tuco-tucos também apresentam morfologia do crânio, corpo e cariótipos altamente diversificados. Este estudo utilizou a morfologia craniana e da mandíbula do gênero Ctenomys, para investigar aspectos evolutivos da espécie. Utilizamos aqui técnicas de morfometria geométrica e linear, aliadas a filogenia, o gene Runx2 e ecologia (densidade aparente do solo) de diferentes espécies do gênero para acessar tais resultados. Não encontramos mudanças significativas nos padrões de integração do crânio, porém houve alta varição da integração morfológica. Também foi revelado alto sinal filogenético com os módulos propostos. O gene Runx2 aparentemente não parece estar ligado com o alongamento facial dos espécimes de tuco-tucos. Porém não podemos descartar a possibilidade de que as substituições de glutaminas para prolinas possam alterar a funcionalidade proteica e, por extensão, a morfologia do crânio. Para a maioria das espécies investigadas, a correlação entre força da mordida e a densidade do solo não foi clara, e uma baixa correlação geral foi encontrada. As diferentes formas do crânio e mandíbula acessadas, geralmente foram associadas à força de mordida. As diferentes estratégias de escavação podem ser responsáveis pelo padrão encontrado na distribuição das espécies nas diferentes densidades de solo. Onde, em solos com maior densidade, ocorrem espécies com altas e baixas forças de mordida, enquanto em solos de menor densidade foram encontradas apenas espécies com forças de mordida baixas.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-20T03:48:45Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/199617
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001090423
url http://hdl.handle.net/10183/199617
identifier_str_mv 001090423
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199617/2/001090423.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199617/1/001090423.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 7ed39c93ac7064095b2430f5a1abe1ea
a643861dec083cb61a1ed8bb5df62f11
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085498813677568