O espaço vivido : literatura e antropologia em Ruy Duarte de Carvalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/116625 |
Resumo: | Este trabalho propõe observar, principalmente na análise da obra Vou lá visitar pastores (2000), a relação do autor Ruy Duarte de Carvalho com o espaço vivido. A pesquisa se estende com menos profundidade às outras obras do autor – Como se o mundo não tivesse leste (2008), Os papéis do inglês (2007), Actas da Maianga (2003), As paisagens propícias (2005), Lavra (2005), A câmara, a escrita e a coisa dita...(2008), A Terceira Metade (2009) e Desmedida (2010) – , com o objetivo de traçar um breve panorama biográfico de Duarte, devido à sua inscrição pessoal tanto na poesia quanto nos enredos. Observei que, para o autor, o espaço transcende os limites da realidade física, visto que também é o lugar da criação e da ficção. Para o outro esse espaço vivido representa a extensão da própria vida, pois essa relação de pertencimento estabelece um acordo coletivo entre esses sujeitos e o lugar. Ruy Duarte empenhou grande parte de sua vida no estudo dessas relações, propondo-se a ir lá viver com eles. Com isso, busquei analisar tais questões, pois a partir de experiências desse tipo tem-se mais autoridade para dizer do outro, conforme pôde ser verificado no cotejo entre a minha experiência e a do autor. Nesse sentido, observei ainda a implicação que a Literatura e a Antropologia tiveram para o desenvolvimento de tal projeto de escrita, bem como a maneira de Ruy Duarte se apropriar desses discursos para criar seu próprio estilo literário. Além disso, intentamos dar visibilidade à obra desse importante autor angolano, visto que seu estudo é de suma importância para a compreensão das culturas africanas. Para dar conta de tudo isso, tornou-se necessário um diálogo com inúmeros teóricos de diferentes áreas do saber, dentre os quais se destacam: James Clifford, Walter Benjamin, Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Roland Barthes, Rita Chaves, Laura Cavalcante Padilha, Antonio Candido, Frantz Fanon, Rodolfo Kusch, François Laplantine, Ella Shohat/Robert Stam e Paul Zumthor. |
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Dela Valle, Laura Regina dos SantosTettamanzy, Ana Lúcia Liberato2015-05-19T02:01:08Z2015http://hdl.handle.net/10183/116625000965400Este trabalho propõe observar, principalmente na análise da obra Vou lá visitar pastores (2000), a relação do autor Ruy Duarte de Carvalho com o espaço vivido. A pesquisa se estende com menos profundidade às outras obras do autor – Como se o mundo não tivesse leste (2008), Os papéis do inglês (2007), Actas da Maianga (2003), As paisagens propícias (2005), Lavra (2005), A câmara, a escrita e a coisa dita...(2008), A Terceira Metade (2009) e Desmedida (2010) – , com o objetivo de traçar um breve panorama biográfico de Duarte, devido à sua inscrição pessoal tanto na poesia quanto nos enredos. Observei que, para o autor, o espaço transcende os limites da realidade física, visto que também é o lugar da criação e da ficção. Para o outro esse espaço vivido representa a extensão da própria vida, pois essa relação de pertencimento estabelece um acordo coletivo entre esses sujeitos e o lugar. Ruy Duarte empenhou grande parte de sua vida no estudo dessas relações, propondo-se a ir lá viver com eles. Com isso, busquei analisar tais questões, pois a partir de experiências desse tipo tem-se mais autoridade para dizer do outro, conforme pôde ser verificado no cotejo entre a minha experiência e a do autor. Nesse sentido, observei ainda a implicação que a Literatura e a Antropologia tiveram para o desenvolvimento de tal projeto de escrita, bem como a maneira de Ruy Duarte se apropriar desses discursos para criar seu próprio estilo literário. Além disso, intentamos dar visibilidade à obra desse importante autor angolano, visto que seu estudo é de suma importância para a compreensão das culturas africanas. Para dar conta de tudo isso, tornou-se necessário um diálogo com inúmeros teóricos de diferentes áreas do saber, dentre os quais se destacam: James Clifford, Walter Benjamin, Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Roland Barthes, Rita Chaves, Laura Cavalcante Padilha, Antonio Candido, Frantz Fanon, Rodolfo Kusch, François Laplantine, Ella Shohat/Robert Stam e Paul Zumthor.This research proposes to observe Ruy Duarte de Carvalho’s relationship with the lived space, especially in view of the work Vou lá visitar pastores (2000). Due to his personal inscription in both poetry and plots, the research superficially extends to other works of the author - Como se o mundo não tivesse leste (2008), Os papéis do inglês (2007), Actas da Maianga (2003), As paisagens propícias (2005), Lavra (2005), A câmara, a escrita e a coisa dita...(2008), A Terceira Metade (2009) e Desmedida (2010) - in order to trace a brief biographical overview of Duarte. We note that, for the author, the space transcends the limits of physical reality, since it is also the space of creation and fiction. For the 'other', this lived space is the extension of life itself, because this relation of belonging establishes a collective agreement between the subjects and the place. Ruy Duarte committed much of his life in the study of these relations, and therefore was willing to go live with them. Therewith, we sought to examine these issues, because from such experiences one has more authority to report about the “other”, as evidenced in the comparison between the experiences of the author and mine. In this sense, the implications that Literature and Anthropology have had for the development of such a writing project were also observed, as well as the way Ruy Duarte incorporates these discourses to create his own literary style. In addition, we seek to give visibility to the work of this important Angolan author, since his work is of great importance for the understanding of African culture. To account for all that, we set up a dialogue with numerous theorists from different disciplines, among which we highlight: James Clifford, Walter Benjamin, Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Roland Barthes, Rita Chaves, Laura Cavalcante Padilha, Antonio Candido, Frantz Fanon, Rodolfo Kusch, François Laplantine, Ella Shohat / Robert Stam and Paul Zumthor.application/pdfporCarvalho, Ruy Duarte de, 1941- : Crítica e interpretaçãoCrítica literáriaLiteratura comparadaLiteratura e AntropologiaExperiênciaLived spaceExperienceAnthropologyLiteratureO espaço vivido : literatura e antropologia em Ruy Duarte de Carvalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000965400.pdf000965400.pdfTexto completoapplication/pdf1251822http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116625/1/000965400.pdf59e00cfa7a0781af60df8f08f4e4e8e6MD51TEXT000965400.pdf.txt000965400.pdf.txtExtracted Texttext/plain264512http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116625/2/000965400.pdf.txtf0a9476e09c15b5b02d82140a6a719d1MD52THUMBNAIL000965400.pdf.jpg000965400.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1485http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116625/3/000965400.pdf.jpgd1c723735d56976c6d9a35305d384fd5MD5310183/1166252022-06-30 04:52:30.108726oai:www.lume.ufrgs.br:10183/116625Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-06-30T07:52:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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