Alterações fisiológicas e anatômicas causadas por danos mecânicos durante o beneficiamento de maçãs e frutos cítricos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montero, Cândida Raquel Scherrer
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/27003
Resumo: Danos mecânicos têm sido responsáveis por grandes perdas de produtos frescos colhidos além de reduzirem a longevidade destes produtos. Este trabalho teve por objetivo medir as forças ocorrentes no embalamento de maçãs e laranjas e identificar os pontos de ocorrência de forças prejudiciais aos frutos. Objetivou-se ainda avaliar os efeitos dos danos mecânicos em maçãs e frutos cítricos submetidos a danos mecânicos de impacto e compressão. Para medir as forças na primeira parte deste estudo foi utilizada uma esfera instrumentada equipada com extensômetros. A esfera foi colocada substituindo um fruto durante os procedimentos de embalamento das maçãs e dos cítricos. Quatro estabelecimentos de embalamento foram avaliados. No laboratório, maçãs das cultivares Fuji Suprema e Royal Gala, laranjas cultivar Valência, limas ácidas Tahiti, tangor Murcott, tangerinas cultivar Rainha, Montenegrina, Michal e Ponkan foram submetidas a impactos (quedas de 10, 20, 40, 80, 100 ou 160 cm) e compressões (10, 20, 40, 80, 160 ou 330 N). As variáveis analisadas na segunda parte deste estudo foram: cor da casca, incidência de podridões e distúrbios fisiológicos, perda de massa fresca, acidez titulável, sólidos solúveis totais, teor de ácido ascórbico, desaparecimento do amido na polpa, firmeza de polpa, vazamento de eletrólitos, extravasamento do óleo e do suco durante a aplicação dos tratamentos, produção de CO2 e análise da anatomia dos tecidos danificados e sadios. Forças de compressão e impacto ocorrem durante o embalamento e transporte de maçãs e cítricos. Nas maçãs estas podem chegar a 26 Kg no transporte com empilhadeira ou paleteira, e nos cítricos as forças mais expressivas ocorrem durante o embalamento em caixas e sacola, com forças de 9,35 e 6,30 Kg, respectivamente. Os estudos dos efeitos dos danos mecânicos indicam que ocorreram modificações fisiológicas e qualitativas internas e externas nas maçãs e nos cítricos em função da danificação, e que estas respostas variam para espécie em estudo e em função da intensidade dos tratamentos. Destes resultados destacam-se a modificação do sabor e do conteúdo nutricional em frutos cítricos, bem como a elevada susceptibilidade da tangerina ‘Ponkan’ a oleocelose quando submetida a compressões. As maçãs danificadas mostram diminuição na firmeza de polpa, e alterações significativas na região injuriada por dano mecânico, onde ocorre inibição da quebra do amido em açúcares e danos às membranas celulares. Danos mecânicos provocam incrementos na respiração celular e avanço nos processos de degradação, indicando avanço na senescência de maçãs e frutos cítricos.
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No laboratório, maçãs das cultivares Fuji Suprema e Royal Gala, laranjas cultivar Valência, limas ácidas Tahiti, tangor Murcott, tangerinas cultivar Rainha, Montenegrina, Michal e Ponkan foram submetidas a impactos (quedas de 10, 20, 40, 80, 100 ou 160 cm) e compressões (10, 20, 40, 80, 160 ou 330 N). As variáveis analisadas na segunda parte deste estudo foram: cor da casca, incidência de podridões e distúrbios fisiológicos, perda de massa fresca, acidez titulável, sólidos solúveis totais, teor de ácido ascórbico, desaparecimento do amido na polpa, firmeza de polpa, vazamento de eletrólitos, extravasamento do óleo e do suco durante a aplicação dos tratamentos, produção de CO2 e análise da anatomia dos tecidos danificados e sadios. Forças de compressão e impacto ocorrem durante o embalamento e transporte de maçãs e cítricos. Nas maçãs estas podem chegar a 26 Kg no transporte com empilhadeira ou paleteira, e nos cítricos as forças mais expressivas ocorrem durante o embalamento em caixas e sacola, com forças de 9,35 e 6,30 Kg, respectivamente. Os estudos dos efeitos dos danos mecânicos indicam que ocorreram modificações fisiológicas e qualitativas internas e externas nas maçãs e nos cítricos em função da danificação, e que estas respostas variam para espécie em estudo e em função da intensidade dos tratamentos. Destes resultados destacam-se a modificação do sabor e do conteúdo nutricional em frutos cítricos, bem como a elevada susceptibilidade da tangerina ‘Ponkan’ a oleocelose quando submetida a compressões. As maçãs danificadas mostram diminuição na firmeza de polpa, e alterações significativas na região injuriada por dano mecânico, onde ocorre inibição da quebra do amido em açúcares e danos às membranas celulares. Danos mecânicos provocam incrementos na respiração celular e avanço nos processos de degradação, indicando avanço na senescência de maçãs e frutos cítricos.Mechanical damages are held responsible for high losses of fresh produce, besides the effects on reduction of shelf life. The objective of the present work was to measure the forces during packing of apples and oranges and to identify the points of occurrence of the most harming forces to the fruit. It was also intended to evaluate the effects of mechanical damage on apples and citrus fruits submitted to impacts and compressions. The first part of this work consisted of measurements of forces with an instrumented sphere (IS) equipped with extensometers; the IS was placed as a substitute for a fruit during the packaging procedures. Four packing houses were evaluated. In the laboratory, ´Fuji Suprema´ and ´Royal Gala´ apples, ´Valência´ oranges, ´Tahiti´ limes, ´Murcott´ tangor, ´Rainha´, ´Montenegrina´, ´Michal´ and ´Ponkan´ tangerines were submitted to impacts (10, 20, 40, 80, 100 or 160 cm) and compression (10, 20, 40, 80, 160 or 330 N) treatments. The following variables were analysed: skin color, decay and physiological disorders incidence, fresh weight loss, titratable acidity, total soluble solids, ascorbic acid content, mesocarp starch hydrolysis, flesh firmness, electrolyte leakage, oil and juice leakage during treatment applications, CO2 production, and anatomical analysis of the injured and healthy tissue. Wideranging compression and impact forces occur during the packaging and transport procedures of apples and citrus fruits. On apples forces up to 26 Kg during transport with a hydraulic hauler were determined. On citrus fruit the most significant forces were determined during packaging into wooden boxes (9,35 kg) or into 10kg bags (6,3 Kg). The studies of the effects of mechanical damage indicate that there are physiological and internal and external qualitative modifications taking place on apples and citrus related to the injury and that these responses vary within species and the intensity of the treatment. Some of these results are very meaningful: the modifications on flavor and nutritional value of the citrus fruit, as well as the great susceptibility of ‘Ponkan’ tangerines to oleocelosis when submitted to compression forces. As for the injured apples, reduction of flesh firmness and significant changes on the injured area by mechanical damage were observed as well as inhibition of starch breakdown and membrane damage. Mechanical damage triggers increases in respiratory rates and enhances the degradation processes indicating senescence processes of apples and citrus fruit.application/pdfporBeneficiamentoPós-colheitaFruta cítricaMaçãAlterações fisiológicas e anatômicas causadas por danos mecânicos durante o beneficiamento de maçãs e frutos cítricosFisiological and anatomical alterations caused by mechanical damage during apple and citric fruit handeling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2010doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000762977.pdf.txt000762977.pdf.txtExtracted Texttext/plain239038http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27003/2/000762977.pdf.txt6397a94ec64385bfdb4c50bf24c7b381MD52ORIGINAL000762977.pdf000762977.pdfTexto completoapplication/pdf3166648http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27003/1/000762977.pdff456387ae134eaad6797533e189d7185MD51THUMBNAIL000762977.pdf.jpg000762977.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1153http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27003/3/000762977.pdf.jpgea3981795c06c2a12405ad78ed66ba3dMD5310183/270032018-10-09 08:47:27.821oai:www.lume.ufrgs.br:10183/27003Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-09T11:47:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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