Ilhas lenhosas em campos litorâneos sul-brasileiros: efeitos de variações espaciais sobre a estrutura de comunidades vegetais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/221492 |
Resumo: | A costa arenosa brasileira (restingas) é amplamente conhecida por seus muitos tipos de vegetação, frequentemente devido a pequenas variações de relevo que, por sua vez, causam condições de solo bastante distintas. Uma fisionomia interessante e ainda pouco conhecida são as moitas ou ilhas dispersas em matrizes herbáceas escassas e densas. Nosso principal objetivo neste trabalho foi avaliar como as variáveis espaciais, como área e volume, afetam a composição florística e a estrutura da comunidade de ilhas lenhosas nos campos costeiros do sul do Brasil. Analisamos 48 ilhas lenhosas em quatro locais de estudo no litoral médio do Rio Grande do Sul. Em cada local, foram amostrados 12 moitas seguindo o método dos pares aleatórios. Cada moita foi medida e todas as espécies de plantas vasculares acima de 30 cm foram registradas e quantificadas de acordo com uma escala de abundância de um a cinco. As ilhas lenhosas variaram aproximadamente entre 4 e 204 m². O inventário florístico resultou em 102 espécies em 49 famílias, sendo as Myrtaceae e Bromeliaceae as mais diversificadas, com oito e sete espécies, respectivamente. Um total de 12 formas de vida foram reconhecidas, sendo as mais diversificadas árvores ou árvores potenciais (27 espécies), ervas subarbustivas (17), trepadeiras (20) e epífitas (15). A riqueza de espécies aumentou significativamente com o tamanho das ilhas lenhosas, corroborando uma das premissas básicas da Teoria da Biogeografia de Ilhas. A diversidade e a abundância de formas de vida, pelo contrário, não foram significativamente diferentes ao longo dos diferentes tamanhos. A comparação de todas as ilhas lenhosas dos quatro locais de estudo indicou uma maior similaridade em cada local, sugerindo variação regional nas propriedades do solo ou distúrbios pretéritos. Mais estudos sobre estas variáveis, especialmente sobre o efeito do pastoreio ao longo do tempo, devem contribuir para uma melhor compreensão d Mais estudos sobre estas variáveis, especialmente sobre o efeito do pastoreio ao longo do tempo, devem contribuir para uma melhor compreensão das variações espaciais e temporais na paisagem de ilhas lenhosas nos campos litorâneos. |
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Porto, Ana BoeiraWaechter, Jorge Luiz2021-05-26T04:31:37Z2018http://hdl.handle.net/10183/221492001124694A costa arenosa brasileira (restingas) é amplamente conhecida por seus muitos tipos de vegetação, frequentemente devido a pequenas variações de relevo que, por sua vez, causam condições de solo bastante distintas. Uma fisionomia interessante e ainda pouco conhecida são as moitas ou ilhas dispersas em matrizes herbáceas escassas e densas. Nosso principal objetivo neste trabalho foi avaliar como as variáveis espaciais, como área e volume, afetam a composição florística e a estrutura da comunidade de ilhas lenhosas nos campos costeiros do sul do Brasil. Analisamos 48 ilhas lenhosas em quatro locais de estudo no litoral médio do Rio Grande do Sul. Em cada local, foram amostrados 12 moitas seguindo o método dos pares aleatórios. Cada moita foi medida e todas as espécies de plantas vasculares acima de 30 cm foram registradas e quantificadas de acordo com uma escala de abundância de um a cinco. As ilhas lenhosas variaram aproximadamente entre 4 e 204 m². O inventário florístico resultou em 102 espécies em 49 famílias, sendo as Myrtaceae e Bromeliaceae as mais diversificadas, com oito e sete espécies, respectivamente. Um total de 12 formas de vida foram reconhecidas, sendo as mais diversificadas árvores ou árvores potenciais (27 espécies), ervas subarbustivas (17), trepadeiras (20) e epífitas (15). A riqueza de espécies aumentou significativamente com o tamanho das ilhas lenhosas, corroborando uma das premissas básicas da Teoria da Biogeografia de Ilhas. A diversidade e a abundância de formas de vida, pelo contrário, não foram significativamente diferentes ao longo dos diferentes tamanhos. A comparação de todas as ilhas lenhosas dos quatro locais de estudo indicou uma maior similaridade em cada local, sugerindo variação regional nas propriedades do solo ou distúrbios pretéritos. Mais estudos sobre estas variáveis, especialmente sobre o efeito do pastoreio ao longo do tempo, devem contribuir para uma melhor compreensão d Mais estudos sobre estas variáveis, especialmente sobre o efeito do pastoreio ao longo do tempo, devem contribuir para uma melhor compreensão das variações espaciais e temporais na paisagem de ilhas lenhosas nos campos litorâneos.Brazilian costal sand plains (restingas) are widely known for their many vegetation types, often responding to small landform variations which in turn cause quite distinct soil conditions. One interesting and still poorly known physiognomy is the woody patches or islands dispersed over sparse to dense herbaceous matrixes. Our main objective in this paper was to assess how spatial variables, as area and volume, affect the floristic composition and the community structure of woody patches in south Brazilian coastal grasslands. We analysed 48 woody patches in four study sites in central coastal Rio Grande do Sul. In each site we sampled 12 woody patches following the random-pairs method. Each woody island was measured and all vascular plant species above 30 cm were registered and quantified according to a one to five abundance scale. Woody patches varied roughly between 4 and 204 m². The floristic inventory resulted in 102 species in 49 families, the Myrtaceae and Bromeliaceae being the most diversified, with eight and seven species, respectively. A total of 12 life-forms were recognized, the most diversified being trees or potential trees (27 species), herb-subshrub (17), climbers (20) and epiphytes (15). Species richness increased significantly with the size of woody islands, corroborating one of the basic premises of Theory of Island Biogeography. Diversity and abundance of life-forms in the contrary were not significantly different along the different sizes. The comparison of all woody islands from the four study sites indicated a higher similarity within each site, suggesting regional variation in soil properties or past disturbances. Further studies of these variables, especially the effect of grazing over time, are expected to contribute to a better understanding of spatial and temporal variations in coastal woody island landscapes.application/pdfengComposição florísticaFormas de vidaRestingasBiodiversidadeBrasil, SulFloristic compositionLife-formsRestingaSouth BrazilSpecies diversityVegetation mosaicsIlhas lenhosas em campos litorâneos sul-brasileiros: efeitos de variações espaciais sobre a estrutura de comunidades vegetaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em BotânicaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001124694.pdf.txt001124694.pdf.txtExtracted Texttext/plain83554http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/221492/2/001124694.pdf.txt50f54e8a030b0a521b54bccc2d56f0adMD52ORIGINAL001124694.pdfTexto completoapplication/pdf1691020http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/221492/1/001124694.pdf9915440db2d04a9b34dcf80b1d7a96e0MD5110183/2214922021-06-12 04:42:49.863385oai:www.lume.ufrgs.br:10183/221492Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-06-12T07:42:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A costa arenosa brasileira (restingas) é amplamente conhecida por seus muitos tipos de vegetação, frequentemente devido a pequenas variações de relevo que, por sua vez, causam condições de solo bastante distintas. Uma fisionomia interessante e ainda pouco conhecida são as moitas ou ilhas dispersas em matrizes herbáceas escassas e densas. Nosso principal objetivo neste trabalho foi avaliar como as variáveis espaciais, como área e volume, afetam a composição florística e a estrutura da comunidade de ilhas lenhosas nos campos costeiros do sul do Brasil. Analisamos 48 ilhas lenhosas em quatro locais de estudo no litoral médio do Rio Grande do Sul. Em cada local, foram amostrados 12 moitas seguindo o método dos pares aleatórios. Cada moita foi medida e todas as espécies de plantas vasculares acima de 30 cm foram registradas e quantificadas de acordo com uma escala de abundância de um a cinco. As ilhas lenhosas variaram aproximadamente entre 4 e 204 m². O inventário florístico resultou em 102 espécies em 49 famílias, sendo as Myrtaceae e Bromeliaceae as mais diversificadas, com oito e sete espécies, respectivamente. Um total de 12 formas de vida foram reconhecidas, sendo as mais diversificadas árvores ou árvores potenciais (27 espécies), ervas subarbustivas (17), trepadeiras (20) e epífitas (15). A riqueza de espécies aumentou significativamente com o tamanho das ilhas lenhosas, corroborando uma das premissas básicas da Teoria da Biogeografia de Ilhas. A diversidade e a abundância de formas de vida, pelo contrário, não foram significativamente diferentes ao longo dos diferentes tamanhos. A comparação de todas as ilhas lenhosas dos quatro locais de estudo indicou uma maior similaridade em cada local, sugerindo variação regional nas propriedades do solo ou distúrbios pretéritos. Mais estudos sobre estas variáveis, especialmente sobre o efeito do pastoreio ao longo do tempo, devem contribuir para uma melhor compreensão d Mais estudos sobre estas variáveis, especialmente sobre o efeito do pastoreio ao longo do tempo, devem contribuir para uma melhor compreensão das variações espaciais e temporais na paisagem de ilhas lenhosas nos campos litorâneos. |
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