Rangeliose em canídeos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202432 |
Resumo: | Rangelia vitalii é um piroplasma que esta relacionada ao gênero Babesia, pertencente ao Filo Apicomplexa, Classe Sporozoasida, Ordem Piroplasmorida, que causa, em cães, uma doença conhecida como rangeliose desde o início do século XX, caracterizada por um distúrbio hemolítico e hemorrágico. O objetivo deste trabalho consiste na caracterização epidemiológica, análise dos achados macroscópicos, microscópicos e hematológicos, além da detecção molecular e sequenciamento genético de casos de rangeliose canina em canídeos diagnosticados no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foram avaliados 55 caninos com diagnóstico de rangeliose de janeiro de 2004 a dezembro de 2015. Desses, 49 foram diagnosticados através de necropsia e análise histológica, e 7 casos através de análise molecular da PCR e sequenciamento genético por amostra de sangue. As principais lesões macroscópicas observadas eram caracterizadas por mucosas ictéricas, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenomegalia e em alguns casos aumento das tonsilas. Diversos graus de hemorragia foram observados na mucosa do estômago, intestino delgado, intestino grosso, rins, pulmões e coração. Na análise histológica havia estruturas compatíveis com o piroplasma R. vitalii no citoplasma de células endoteliais de capilares sanguíneos, principalmente no coração, pulmões, rins, intestino delgado, linfonodos, baço e pâncreas. A inflamação de característica mononuclear foi predominante na avaliação dos órgãos, sendo que a maioria se deu pela presença de plasmócitos, e os principais órgãos afetados foram rins, estômago, coração e pulmões. As principais lesões hepáticas foram, inflamação mononuclear, colestase, eritrofagocitose, necrose paracentral e hematopoiese extramedular. No baço da maioria dos cães foi visualizada hematopoiese extramedular e eritrofagocitose, e nos linfonodos havia rarefação linfoide e eritrofagocitose. Na medula óssea, hiperplasia de linhagem eritroide foi a lesão mais observada. Outro objetivo é relatar o diagnóstico desta piroplasmose em dois canídeos selvagens, um graxaim-do-mato (Cerdocyon thous) e um graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus). No exame macroscópico, ambos apresentaram mucosas pálidas, esplenomegalia, discreta linfadenomegalia e o padrão hepático evidente. As estruturas compatíveis com R. vitalii foram observados no citoplasma de células endoteliais do fígado, estômago, coração, rim, pulmões, gânglios linfáticos, e da bexiga. O agente foi caracterizado por PCR e sequenciamento genético através de amostras de fígado e carrapatos. |
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Fredo, GabrielaSonne, Luciana2019-12-10T04:00:06Z2016http://hdl.handle.net/10183/202432001006757Rangelia vitalii é um piroplasma que esta relacionada ao gênero Babesia, pertencente ao Filo Apicomplexa, Classe Sporozoasida, Ordem Piroplasmorida, que causa, em cães, uma doença conhecida como rangeliose desde o início do século XX, caracterizada por um distúrbio hemolítico e hemorrágico. O objetivo deste trabalho consiste na caracterização epidemiológica, análise dos achados macroscópicos, microscópicos e hematológicos, além da detecção molecular e sequenciamento genético de casos de rangeliose canina em canídeos diagnosticados no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foram avaliados 55 caninos com diagnóstico de rangeliose de janeiro de 2004 a dezembro de 2015. Desses, 49 foram diagnosticados através de necropsia e análise histológica, e 7 casos através de análise molecular da PCR e sequenciamento genético por amostra de sangue. As principais lesões macroscópicas observadas eram caracterizadas por mucosas ictéricas, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenomegalia e em alguns casos aumento das tonsilas. Diversos graus de hemorragia foram observados na mucosa do estômago, intestino delgado, intestino grosso, rins, pulmões e coração. Na análise histológica havia estruturas compatíveis com o piroplasma R. vitalii no citoplasma de células endoteliais de capilares sanguíneos, principalmente no coração, pulmões, rins, intestino delgado, linfonodos, baço e pâncreas. A inflamação de característica mononuclear foi predominante na avaliação dos órgãos, sendo que a maioria se deu pela presença de plasmócitos, e os principais órgãos afetados foram rins, estômago, coração e pulmões. As principais lesões hepáticas foram, inflamação mononuclear, colestase, eritrofagocitose, necrose paracentral e hematopoiese extramedular. No baço da maioria dos cães foi visualizada hematopoiese extramedular e eritrofagocitose, e nos linfonodos havia rarefação linfoide e eritrofagocitose. Na medula óssea, hiperplasia de linhagem eritroide foi a lesão mais observada. Outro objetivo é relatar o diagnóstico desta piroplasmose em dois canídeos selvagens, um graxaim-do-mato (Cerdocyon thous) e um graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus). No exame macroscópico, ambos apresentaram mucosas pálidas, esplenomegalia, discreta linfadenomegalia e o padrão hepático evidente. As estruturas compatíveis com R. vitalii foram observados no citoplasma de células endoteliais do fígado, estômago, coração, rim, pulmões, gânglios linfáticos, e da bexiga. O agente foi caracterizado por PCR e sequenciamento genético através de amostras de fígado e carrapatos.Rangelia vitalii is a piroplasma of the Babesia genus that belongs to Apicomplexa phylum, Sporozoasida class, and Piroplasmorida order, that causes in dogs a disease, characterized by hemolytic and hemorrhagic disorder, known as rangeliosis since the early twentieth century. The aim of this work is to describe the epidemiological characterization, analyze pathological and hematological findings, in addition to molecular detection and genetic sequencing of cases of rangeliosis in canines diagnosed in the Sector of Veterinary Pathology of the Federal University of Rio Grande do Sul. We evaluated 55 dogs diagnosed with rangeliosis between January 2004 to December 2015. Of these, 49 were diagnosed through necropsy and histological analysis, and 7 cases through molecular analysis by PCR and genetic sequencing of blood sample. The main gross lesions were characterized by generalized jaundiced, splenomegaly, hepatomegaly, lymphadenopathy, and in some cases enlarged tonsils. Various degrees of hemorrhage were observed in the mucosa of stomach, small intestine, large intestine, kidneys, lungs, and heart. Histological analysis was compatible with R. vitalii within the cytoplasm of endothelial cells of blood capillaries, especially in the heart, lungs, kidneys, small intestine, lymph nodes, spleen, and pancreas. Inflammation was predominantly mononuclear, most of which was characterized by the presence of plasma cells, and the main affected organs were kidney, stomach, heart, and lungs. The major hepatic lesions were mononuclear inflammation, cholestasis, erythrophagocytosis, paracentral necrosis, and extramedullary hematopoiesis. In spleen of most dogs was observed extramedullary hematopoiesis and erythrophagocytosis, and in lymph nodes were observed lymphoid rarefaction and erythrophagocytosis. In the bone marrow, erythroid lineage hyperplasia was the most commonly observed alteration. By analyzing the hematological findings of 17 dogs, it was noted that all patients had thrombocytopenia, and 15 animals had hypochromic macrocytic anemia. Another objective is to report the diagnosis of rangeliosis in two wild canids, a crabeating fox (Cerdocyon thous) and a Pampas fox (Lycalopex gymnocercus). On gross examination, both had paleness, slight splenomegaly and lymphadenopathy, and noticeable acinar pattern. The structures compatible with R. Vitalii were observed in the cytoplasm of endothelial cells of liver, stomach, heart, kidney, lungs, lymph glands, and bladder. The agent was characterized by PCR and genetic sequencing of liver and tick samples.application/pdfporRangelia vitaliiHistopatologiaPatologia veterinaria : CaesPCR : Reaçao em Cadeia da PolimeraseDiagnósticoPiroplasmose : CãesCanineHistologyPCRDiagnosisPathologyRangeliosisRangeliose em canídeosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001006757.pdf.txt001006757.pdf.txtExtracted Texttext/plain81173http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202432/2/001006757.pdf.txt7899c87e9888711e9c3700c8b16601e9MD52ORIGINAL001006757.pdfTexto completoapplication/pdf4393786http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202432/1/001006757.pdf99383631d4a6062380335035b7a5dd80MD5110183/2024322019-12-11 04:58:56.233291oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202432Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-12-11T06:58:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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