Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Emmanuel Souza da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230351
Resumo: As rupturas do tendão de Aquiles vêm aumentando com o aumento do interesse em práticas esportivas. O programa de reabilitação pós-operatório pode ser realizado com reabilitação tradicional com imobilização, ou acelerada com mobilização e descarga de peso precoce. A abordagem acelerada aumenta a amplitude de movimento (ADM) do tornozelo e aumenta a hipertrofia do músculo tríceps sural. Contudo, apesar da reabilitação acelerada ser mais indicada para uma recuperação rápida, os pacientes apresentam déficit na força muscular mesmo depois de mais de dez anos da cirurgia. Uma das estratégias para diminuir esses efeitos deletérios persistentes no longo prazo é a realização de treinamento excêntrico. Contudo, o exercício excêntrico pode trazer um risco de re-rupturas ou tendinopatia devido às altas cargas se estas não são aplicadas com uma intensidade apropriada. Dessa forma, o objetivo da presente tese de doutorado é identificar os efeitos dos diferentes programas de reabilitação descritos na literatura e verificar os efeitos do exercício excêntrico em pessoas que passaram pelo reparo cirúrgico do tendão de Aquiles. A tese foi dividida em quatro capítulos que correspondem a quatro artigos independentes com objetivos específicos. No capítulo 1, uma revisão sistemática com metanálise foi desenvolvida para comparar os efeitos da reabilitação tradicional com a reabilitação acelerada na força dos plantiflexores, na ADM do tornozelo, na capacidade funcional, na morfologia tendínea e muscular e no desempenho do teste de elevação do calcanhar após ruptura do tendão de Aquiles. Apesar do alto risco de viés encontrado nos estudos, quando os protocolos são comparados não foram encontradas diferenças a favor de nenhum programa para a força muscular. Entretanto, há um efeito em favor da reabilitação acelerada para diminuir déficits de força excêntrica e de ADM. Portanto, o protocolo acelerado, apesar de apresentar bons efeitos relacionados a ADM, não foi superior ao protocolo de imobilização no que se refere à força muscular dos plantiflexores. Esses 2resultados instigaram a realização de um estudo, com dados do nosso grupo de pesquisa, para tentar entender um pouco mais os efeitos da reabilitação acelerada nas propriedades neuromusculares desses pacientes. Neste segundo capítulo, a proposta foi comparar os efeitos de um protocolo de reabilitação tradicional de imobilização com um protocolo de reabilitação acelerada na ADM, na arquitetura do gastrocnêmio medial e no torque dos plantiflexores logo após a reabilitação (aos 3 meses), e após 6 meses e 30 meses da cirurgia de reconstrução tendínea. Neste estudo, encontramos que a reabilitação acelerada leva a maior ADM de plantiflexão do tornozelo (p=0.007; d=1.61), maior comprimento de fascículo (p=0.043; d=1.10) e maior espessura do músculo gastrocnêmio medial comparado ao grupo tradicional (tanto na perna saudável, p=0.036; d=1.01; quanto na com lesão, p=0.006; d=1.38). Entretanto, independente do protocolo de reabilitação, a perna com ruptura teve menor força de flexão plantar comparada com a perna sem lesão (p<0.001; d=1.46), mesmo após o longo prazo decorrente da cirurgia de reconstrução. Esses resultados indicaram a busca de uma solução para diminuir esses efeitos deletérios relacionados à força muscular. Escolhemos um programa de exercício excêntrico com o objetivo de aumentar a força muscular, o comprimento fascicular, a espessura muscular e remodelar a estrutura tendínea, a fim de tentar diminuir os déficits encontrados nesses pacientes, que parecem ser permanentes mesmo depois de mais de 2 anos da cirurgia. Para isso, no capítulo 3, verificamos o efeito de duas modalidades de treinamento excêntrico, convencional (na academia) e isocinético (no dinamômetro) durante 12 semanas, sobre a massa muscular do tríceps sural, a ativação muscular, o torque dos plantiflexores e a ADM em 28 pacientes que passaram por cirurgia de reconstrução do tendão. O treinamento convencional apresentou maior ativação excêntrica após 8 (p=0.02) e 12 semanas (p=0.001) de treinamento e maior ativação concêntrica após 12 semanas que o grupo isocinético na perna com lesão (p=0.04) e na perna sem lesão (p=0.01). O grupo isocinético apresentou maior massa muscular na perna com lesão no momento pré (p=0.001) e pós 4 (p=0.01) semanas de treinamento e maior massa muscular na perna sem lesão após 8 semanas (p=0.01). A perna sem lesão apresentou maior torque e ativação que a perna com lesão. O treinamento convencional foi capaz de diminuir assimetrias de espessura muscular (p=0.02) e o treinamento isocinético foi capaz de diminuir assimetrias de torque isométrico (p=0.009) após 8 semanas de treinamento. A ativação isométrica aumentou após 8 (p=0.001; d=5.44) semanas de treinamento excêntrico em ambos os grupos e pernas. O treinamento convencional aumentou a ativação concêntrica após 8 semanas na perna sem lesão (p<0.001; d=6.19) e após 12 semanas na perna com lesão (p=0.014; d=4.37) e aumentou a ativação excêntrica nas duas pernas após 8 semanas de treinamento (p=0.01; d=4.4). O treino convencional aumentou a massa muscular após 8 semanas de treinamento (p=0.002; d=5.2), enquanto o treinamento excêntrico aumentou após 12 semanas (p=0.002; d=2.56) na perna com lesão. Ambos os treinamentos aumentaram a amplitude de dorsiflexão após 8 semanas (p=0.03; d=0.83). O torque máximo de plantiflexão aumentou após 8 semanas [(isométrico, p=0.001; d=2.99); (concêntrico, p=0.001; d=2.49); e (excêntrico, p=0.001; d=2.24)] independente da modalidade de treinamento. Tendo em vista os efeitos positivos do treinamento excêntrico nas propriedades neuromusculares desses pacientes, e a possível complementariedade entre adaptações neuromusculares e tendíneas, no capítulo 4 verificamos os efeitos do treinamento excêntrico no comprimento total e livre do tendão, na área de secção transversa e na ecogeneicidade do tendão em 10 regiões diferentes do tendão. O tendão com ruptura apresentou maior área de secção transversa, menor ecogeneicidade, maior comprimento total e livre que o tendão saudável. Além disso, o tendão lesado apresentou diferentes áreas e ecogeneicidades ao longo de seu comprimento, principalmente no momento pré-treinamento. Essas diferenças entre as áreas diminuíram ao longo do treinamento, indicando uma melhora da estrutura tendínea com o treinamento de força. O treinamento convencional foi capaz de aumentar em 18% a área de secção transversa do tendão com ruptura na região de 5cm da inserção osteotendínea após 8 semanas de treinamento e aumentar o comprimento do tendão na perna sem lesão após 4 semanas, entretanto não foi capaz de causar mudanças na ecogeneicidade do tendão (p= 0.28). Os treinamentos excêntricos (em dinamômetro isocinético) e o convencional (em academias) são igualmente benéficos para pacientes que romperam o tendão de Aquiles, podendo ser utilizados indistintamente na reabilitação após longos períodos da cirurgia de reconstrução tendínea.
id URGS_2b74854627e48656335c188b1165f5f4
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230351
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Rocha, Emmanuel Souza daVaz, Marco Aurelio2021-10-01T04:25:48Z2020http://hdl.handle.net/10183/230351001131903As rupturas do tendão de Aquiles vêm aumentando com o aumento do interesse em práticas esportivas. O programa de reabilitação pós-operatório pode ser realizado com reabilitação tradicional com imobilização, ou acelerada com mobilização e descarga de peso precoce. A abordagem acelerada aumenta a amplitude de movimento (ADM) do tornozelo e aumenta a hipertrofia do músculo tríceps sural. Contudo, apesar da reabilitação acelerada ser mais indicada para uma recuperação rápida, os pacientes apresentam déficit na força muscular mesmo depois de mais de dez anos da cirurgia. Uma das estratégias para diminuir esses efeitos deletérios persistentes no longo prazo é a realização de treinamento excêntrico. Contudo, o exercício excêntrico pode trazer um risco de re-rupturas ou tendinopatia devido às altas cargas se estas não são aplicadas com uma intensidade apropriada. Dessa forma, o objetivo da presente tese de doutorado é identificar os efeitos dos diferentes programas de reabilitação descritos na literatura e verificar os efeitos do exercício excêntrico em pessoas que passaram pelo reparo cirúrgico do tendão de Aquiles. A tese foi dividida em quatro capítulos que correspondem a quatro artigos independentes com objetivos específicos. No capítulo 1, uma revisão sistemática com metanálise foi desenvolvida para comparar os efeitos da reabilitação tradicional com a reabilitação acelerada na força dos plantiflexores, na ADM do tornozelo, na capacidade funcional, na morfologia tendínea e muscular e no desempenho do teste de elevação do calcanhar após ruptura do tendão de Aquiles. Apesar do alto risco de viés encontrado nos estudos, quando os protocolos são comparados não foram encontradas diferenças a favor de nenhum programa para a força muscular. Entretanto, há um efeito em favor da reabilitação acelerada para diminuir déficits de força excêntrica e de ADM. Portanto, o protocolo acelerado, apesar de apresentar bons efeitos relacionados a ADM, não foi superior ao protocolo de imobilização no que se refere à força muscular dos plantiflexores. Esses 2resultados instigaram a realização de um estudo, com dados do nosso grupo de pesquisa, para tentar entender um pouco mais os efeitos da reabilitação acelerada nas propriedades neuromusculares desses pacientes. Neste segundo capítulo, a proposta foi comparar os efeitos de um protocolo de reabilitação tradicional de imobilização com um protocolo de reabilitação acelerada na ADM, na arquitetura do gastrocnêmio medial e no torque dos plantiflexores logo após a reabilitação (aos 3 meses), e após 6 meses e 30 meses da cirurgia de reconstrução tendínea. Neste estudo, encontramos que a reabilitação acelerada leva a maior ADM de plantiflexão do tornozelo (p=0.007; d=1.61), maior comprimento de fascículo (p=0.043; d=1.10) e maior espessura do músculo gastrocnêmio medial comparado ao grupo tradicional (tanto na perna saudável, p=0.036; d=1.01; quanto na com lesão, p=0.006; d=1.38). Entretanto, independente do protocolo de reabilitação, a perna com ruptura teve menor força de flexão plantar comparada com a perna sem lesão (p<0.001; d=1.46), mesmo após o longo prazo decorrente da cirurgia de reconstrução. Esses resultados indicaram a busca de uma solução para diminuir esses efeitos deletérios relacionados à força muscular. Escolhemos um programa de exercício excêntrico com o objetivo de aumentar a força muscular, o comprimento fascicular, a espessura muscular e remodelar a estrutura tendínea, a fim de tentar diminuir os déficits encontrados nesses pacientes, que parecem ser permanentes mesmo depois de mais de 2 anos da cirurgia. Para isso, no capítulo 3, verificamos o efeito de duas modalidades de treinamento excêntrico, convencional (na academia) e isocinético (no dinamômetro) durante 12 semanas, sobre a massa muscular do tríceps sural, a ativação muscular, o torque dos plantiflexores e a ADM em 28 pacientes que passaram por cirurgia de reconstrução do tendão. O treinamento convencional apresentou maior ativação excêntrica após 8 (p=0.02) e 12 semanas (p=0.001) de treinamento e maior ativação concêntrica após 12 semanas que o grupo isocinético na perna com lesão (p=0.04) e na perna sem lesão (p=0.01). O grupo isocinético apresentou maior massa muscular na perna com lesão no momento pré (p=0.001) e pós 4 (p=0.01) semanas de treinamento e maior massa muscular na perna sem lesão após 8 semanas (p=0.01). A perna sem lesão apresentou maior torque e ativação que a perna com lesão. O treinamento convencional foi capaz de diminuir assimetrias de espessura muscular (p=0.02) e o treinamento isocinético foi capaz de diminuir assimetrias de torque isométrico (p=0.009) após 8 semanas de treinamento. A ativação isométrica aumentou após 8 (p=0.001; d=5.44) semanas de treinamento excêntrico em ambos os grupos e pernas. O treinamento convencional aumentou a ativação concêntrica após 8 semanas na perna sem lesão (p<0.001; d=6.19) e após 12 semanas na perna com lesão (p=0.014; d=4.37) e aumentou a ativação excêntrica nas duas pernas após 8 semanas de treinamento (p=0.01; d=4.4). O treino convencional aumentou a massa muscular após 8 semanas de treinamento (p=0.002; d=5.2), enquanto o treinamento excêntrico aumentou após 12 semanas (p=0.002; d=2.56) na perna com lesão. Ambos os treinamentos aumentaram a amplitude de dorsiflexão após 8 semanas (p=0.03; d=0.83). O torque máximo de plantiflexão aumentou após 8 semanas [(isométrico, p=0.001; d=2.99); (concêntrico, p=0.001; d=2.49); e (excêntrico, p=0.001; d=2.24)] independente da modalidade de treinamento. Tendo em vista os efeitos positivos do treinamento excêntrico nas propriedades neuromusculares desses pacientes, e a possível complementariedade entre adaptações neuromusculares e tendíneas, no capítulo 4 verificamos os efeitos do treinamento excêntrico no comprimento total e livre do tendão, na área de secção transversa e na ecogeneicidade do tendão em 10 regiões diferentes do tendão. O tendão com ruptura apresentou maior área de secção transversa, menor ecogeneicidade, maior comprimento total e livre que o tendão saudável. Além disso, o tendão lesado apresentou diferentes áreas e ecogeneicidades ao longo de seu comprimento, principalmente no momento pré-treinamento. Essas diferenças entre as áreas diminuíram ao longo do treinamento, indicando uma melhora da estrutura tendínea com o treinamento de força. O treinamento convencional foi capaz de aumentar em 18% a área de secção transversa do tendão com ruptura na região de 5cm da inserção osteotendínea após 8 semanas de treinamento e aumentar o comprimento do tendão na perna sem lesão após 4 semanas, entretanto não foi capaz de causar mudanças na ecogeneicidade do tendão (p= 0.28). Os treinamentos excêntricos (em dinamômetro isocinético) e o convencional (em academias) são igualmente benéficos para pacientes que romperam o tendão de Aquiles, podendo ser utilizados indistintamente na reabilitação após longos períodos da cirurgia de reconstrução tendínea.Achilles tendon ruptures have been increasing with increasing interest in sports. Two different Achilles tendon rehabilitation programs have been used in clinical practice: a traditional rehabilitation, in which ankle immobilization of up to 6 weeks occurs; or an early rehabilitation, with early mobilization and early weight-bearing. The accelerated protocol increases the ankle joint range of motion (ROM) and hypertrophies the triceps sural muscle. However, although early rehabilitation is more suitable for fast recovery, patients have muscle strength deficits even after more than ten years post-surgery. One of the strategies to reduce these persistent harmful long-term effects is to perform eccentric training. However, there is a risk of re-rupture or tendinopathy due to the eccentric exercise’s high loads if they are not applied at the appropriate intensity. Therefore, the purpose of this doctoral thesis is to identify the effects of different rehabilitation programs described in the literature and verify the impacts of eccentric exercise on patients who have undergone Achilles tendon surgical repair. This thesis was divided into four chapters that correspond to four independent articles with specific goals. In chapter 1, a systematic review with meta-analysis was developed to compare traditional rehabilitation versus early rehabilitation effects on plantarflexion strength, ankle ROM, functional capacity, tendon and muscle morphology, and on the heel raise test after Achilles tendon rupture. Despite the high risk of bias found in the studies, when the protocols are compared, no improvements in muscle force were observed in favour of any program. However, there is an effect in favor of accelerated rehabilitation to reduce eccentric strength and ROM deficits. Thus, despite presenting sound effects related to ROM, early rehabilitation is not superior to the immobilization protocol regarding the plantar flexors’ muscle strength. These results instigated a study, with data from our research group, to understand a little better, the early rehabilitation effects at the neuromuscular properties of these patients. In this second chapter, the proposal was to compare the effects of a traditional immobilization protocol with an accelerated one in the ankle joint ROM, in the medial gastrocnemius architecture and the plantar flexor torque shortly after the rehabilitation program (at three months), and at six and 30 months post-surgery. The early rehabilitation led to greater ROM (p=0.007; d=1.61), greater fascicle length (p=0.043; d=1.10), and greater muscle thickness than the traditional program compared to the traditional group (both at the healthy limb, p=0.036; d=1.01; and at the injury limb, p=0.006; d=1.38). However, regardless of the rehabilitation protocol, the ruptured leg had less plantarflexion strength (p<0.001; d=1.46) than the healthy limb even after the long period after the tendon surgical reconstruction. These results motivated the search for a solution to reduce these deleterious effects related to muscle strength. We chose an eccentric training program aimed at increasing muscle strength, fascicle length, muscle thickness and remodeling the tendinous structure, to reduce the deficits found in these patients, which seems to be permanent even more than two years of the surgery. To achieve this goal, in chapter 3 we verified the effect of two types of eccentric training: conventional (in the gym) and isokinetic (in the dynamometer) during 12 weeks, on the triceps sural muscle mass, muscle activation, plantar flexor torque, and ankle ROM in 28 patients who had undergone tendon reconstructive surgery. The conventional training determined higher eccentric activation after 8 (p=0.02) and 12 (p=0.001) training weeks, and higher concentric activation after 12 weeks compared to the isokinetic at the injured leg (p=0.04) and the healthy leg (p=0.01). The isokinetic group showed higher muscle mass at the injured leg at the pre (p=0.001) and post-4 (p=0.01) weeks of training, and higher muscle mass at the healthy leg post-8 training weeks (p=0.01). The healthy leg showed higher torque and muscle activation compared to the injured leg. Conventional training was able to reduce muscle thickness asymmetries (p=0.02), and the isokinetic training reduced isometric torque asymmetries (p=0.009) post-8 training weeks. Isometric activation increased after 8 (p=0.001; d=5.44) weeks of eccentric training in both groups and legs. Conventional training increased concentric activation after 8 weeks in the uninjured leg (p<0.001; d=6.19) and after 12 weeks in the injured leg (p=0.014; d=4.37) and increased eccentric activation in both legs after 8 training weeks (p=0.01; d=4.4). Conventional training increased muscle mass after 8 weeks of training (p=0.002; d=5.2), while eccentric training increased after 12 weeks (p=0.002; d=2.56) in the injured leg. Both training sessions increased the dorsiflexion ROM after 8 weeks (p=0.03; d=0.83). Plantarflexion torque increased after 8 weeks [(isometric, p=0.001; d=2.99); (concentric, p=0.001; d=2.49); and (eccentric, p= 0.001; d= 2.24)], regardless of the modality of training. Due to the positive effects of eccentric training at the neuromuscular properties of these patients, and to the possible complementarity between neuromuscular and tendinous adaptations, in chapter 4, we verified the eccentric training effects on total and free tendon length, tendon cross-sectional area and echo intensity of 10 different tendon areas. The injured tendon showed a higher cross-sectional area, smaller echo intensity, longer total and free tendon length compared to the healthy tendon. In addition, the injured tendon presented different echo intensity areas along its length, mainly at the pre-training moment. These between-areas differences decreased throughout the training program, indicating an improvement in tendon structure with strength training. Conventional training was able to increase the cross-sectional area of the injured tendon after 8 weeks by 18% in the region of 5 cm of the osteotendinous insertion and to increase tendon length in the uninjured tendon after 4 weeks, however it was not able to change tendon echogenicity (p = 0.28).The eccentric training programs (conventional and isokinetic) equally benefit for patients that ruptured the Achilles tendon and can be used indistinctly in tendon rehabilitation even after long periods after the tendon surgical reconstruction.application/pdfengTendõesLesõesFisioterapiaReabilitaçãoAchilles tendonRehabilitationPhysical therapyEccentric exerciseRuptureTriceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to traininginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131903.pdf.txt001131903.pdf.txtExtracted Texttext/plain375012http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230351/2/001131903.pdf.txte3aa12aa29da45ba266b0195b8be7233MD52ORIGINAL001131903.pdfTexto completoapplication/pdf15672461http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230351/1/001131903.pdfbb36d3eedede4b0f2145ecf6fdf38320MD5110183/2303512021-10-04 04:22:20.966181oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230351Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-10-04T07:22:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
title Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
spellingShingle Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
Rocha, Emmanuel Souza da
Tendões
Lesões
Fisioterapia
Reabilitação
Achilles tendon
Rehabilitation
Physical therapy
Eccentric exercise
Rupture
title_short Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
title_full Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
title_fullStr Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
title_full_unstemmed Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
title_sort Triceps surae neuromechanical properties after achilles tendon surgical repair : from rehabilitation to training
author Rocha, Emmanuel Souza da
author_facet Rocha, Emmanuel Souza da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rocha, Emmanuel Souza da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vaz, Marco Aurelio
contributor_str_mv Vaz, Marco Aurelio
dc.subject.por.fl_str_mv Tendões
Lesões
Fisioterapia
Reabilitação
topic Tendões
Lesões
Fisioterapia
Reabilitação
Achilles tendon
Rehabilitation
Physical therapy
Eccentric exercise
Rupture
dc.subject.eng.fl_str_mv Achilles tendon
Rehabilitation
Physical therapy
Eccentric exercise
Rupture
description As rupturas do tendão de Aquiles vêm aumentando com o aumento do interesse em práticas esportivas. O programa de reabilitação pós-operatório pode ser realizado com reabilitação tradicional com imobilização, ou acelerada com mobilização e descarga de peso precoce. A abordagem acelerada aumenta a amplitude de movimento (ADM) do tornozelo e aumenta a hipertrofia do músculo tríceps sural. Contudo, apesar da reabilitação acelerada ser mais indicada para uma recuperação rápida, os pacientes apresentam déficit na força muscular mesmo depois de mais de dez anos da cirurgia. Uma das estratégias para diminuir esses efeitos deletérios persistentes no longo prazo é a realização de treinamento excêntrico. Contudo, o exercício excêntrico pode trazer um risco de re-rupturas ou tendinopatia devido às altas cargas se estas não são aplicadas com uma intensidade apropriada. Dessa forma, o objetivo da presente tese de doutorado é identificar os efeitos dos diferentes programas de reabilitação descritos na literatura e verificar os efeitos do exercício excêntrico em pessoas que passaram pelo reparo cirúrgico do tendão de Aquiles. A tese foi dividida em quatro capítulos que correspondem a quatro artigos independentes com objetivos específicos. No capítulo 1, uma revisão sistemática com metanálise foi desenvolvida para comparar os efeitos da reabilitação tradicional com a reabilitação acelerada na força dos plantiflexores, na ADM do tornozelo, na capacidade funcional, na morfologia tendínea e muscular e no desempenho do teste de elevação do calcanhar após ruptura do tendão de Aquiles. Apesar do alto risco de viés encontrado nos estudos, quando os protocolos são comparados não foram encontradas diferenças a favor de nenhum programa para a força muscular. Entretanto, há um efeito em favor da reabilitação acelerada para diminuir déficits de força excêntrica e de ADM. Portanto, o protocolo acelerado, apesar de apresentar bons efeitos relacionados a ADM, não foi superior ao protocolo de imobilização no que se refere à força muscular dos plantiflexores. Esses 2resultados instigaram a realização de um estudo, com dados do nosso grupo de pesquisa, para tentar entender um pouco mais os efeitos da reabilitação acelerada nas propriedades neuromusculares desses pacientes. Neste segundo capítulo, a proposta foi comparar os efeitos de um protocolo de reabilitação tradicional de imobilização com um protocolo de reabilitação acelerada na ADM, na arquitetura do gastrocnêmio medial e no torque dos plantiflexores logo após a reabilitação (aos 3 meses), e após 6 meses e 30 meses da cirurgia de reconstrução tendínea. Neste estudo, encontramos que a reabilitação acelerada leva a maior ADM de plantiflexão do tornozelo (p=0.007; d=1.61), maior comprimento de fascículo (p=0.043; d=1.10) e maior espessura do músculo gastrocnêmio medial comparado ao grupo tradicional (tanto na perna saudável, p=0.036; d=1.01; quanto na com lesão, p=0.006; d=1.38). Entretanto, independente do protocolo de reabilitação, a perna com ruptura teve menor força de flexão plantar comparada com a perna sem lesão (p<0.001; d=1.46), mesmo após o longo prazo decorrente da cirurgia de reconstrução. Esses resultados indicaram a busca de uma solução para diminuir esses efeitos deletérios relacionados à força muscular. Escolhemos um programa de exercício excêntrico com o objetivo de aumentar a força muscular, o comprimento fascicular, a espessura muscular e remodelar a estrutura tendínea, a fim de tentar diminuir os déficits encontrados nesses pacientes, que parecem ser permanentes mesmo depois de mais de 2 anos da cirurgia. Para isso, no capítulo 3, verificamos o efeito de duas modalidades de treinamento excêntrico, convencional (na academia) e isocinético (no dinamômetro) durante 12 semanas, sobre a massa muscular do tríceps sural, a ativação muscular, o torque dos plantiflexores e a ADM em 28 pacientes que passaram por cirurgia de reconstrução do tendão. O treinamento convencional apresentou maior ativação excêntrica após 8 (p=0.02) e 12 semanas (p=0.001) de treinamento e maior ativação concêntrica após 12 semanas que o grupo isocinético na perna com lesão (p=0.04) e na perna sem lesão (p=0.01). O grupo isocinético apresentou maior massa muscular na perna com lesão no momento pré (p=0.001) e pós 4 (p=0.01) semanas de treinamento e maior massa muscular na perna sem lesão após 8 semanas (p=0.01). A perna sem lesão apresentou maior torque e ativação que a perna com lesão. O treinamento convencional foi capaz de diminuir assimetrias de espessura muscular (p=0.02) e o treinamento isocinético foi capaz de diminuir assimetrias de torque isométrico (p=0.009) após 8 semanas de treinamento. A ativação isométrica aumentou após 8 (p=0.001; d=5.44) semanas de treinamento excêntrico em ambos os grupos e pernas. O treinamento convencional aumentou a ativação concêntrica após 8 semanas na perna sem lesão (p<0.001; d=6.19) e após 12 semanas na perna com lesão (p=0.014; d=4.37) e aumentou a ativação excêntrica nas duas pernas após 8 semanas de treinamento (p=0.01; d=4.4). O treino convencional aumentou a massa muscular após 8 semanas de treinamento (p=0.002; d=5.2), enquanto o treinamento excêntrico aumentou após 12 semanas (p=0.002; d=2.56) na perna com lesão. Ambos os treinamentos aumentaram a amplitude de dorsiflexão após 8 semanas (p=0.03; d=0.83). O torque máximo de plantiflexão aumentou após 8 semanas [(isométrico, p=0.001; d=2.99); (concêntrico, p=0.001; d=2.49); e (excêntrico, p=0.001; d=2.24)] independente da modalidade de treinamento. Tendo em vista os efeitos positivos do treinamento excêntrico nas propriedades neuromusculares desses pacientes, e a possível complementariedade entre adaptações neuromusculares e tendíneas, no capítulo 4 verificamos os efeitos do treinamento excêntrico no comprimento total e livre do tendão, na área de secção transversa e na ecogeneicidade do tendão em 10 regiões diferentes do tendão. O tendão com ruptura apresentou maior área de secção transversa, menor ecogeneicidade, maior comprimento total e livre que o tendão saudável. Além disso, o tendão lesado apresentou diferentes áreas e ecogeneicidades ao longo de seu comprimento, principalmente no momento pré-treinamento. Essas diferenças entre as áreas diminuíram ao longo do treinamento, indicando uma melhora da estrutura tendínea com o treinamento de força. O treinamento convencional foi capaz de aumentar em 18% a área de secção transversa do tendão com ruptura na região de 5cm da inserção osteotendínea após 8 semanas de treinamento e aumentar o comprimento do tendão na perna sem lesão após 4 semanas, entretanto não foi capaz de causar mudanças na ecogeneicidade do tendão (p= 0.28). Os treinamentos excêntricos (em dinamômetro isocinético) e o convencional (em academias) são igualmente benéficos para pacientes que romperam o tendão de Aquiles, podendo ser utilizados indistintamente na reabilitação após longos períodos da cirurgia de reconstrução tendínea.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-10-01T04:25:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/230351
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001131903
url http://hdl.handle.net/10183/230351
identifier_str_mv 001131903
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230351/2/001131903.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230351/1/001131903.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv e3aa12aa29da45ba266b0195b8be7233
bb36d3eedede4b0f2145ecf6fdf38320
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1800309185908310016