Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/188704 |
Resumo: | Objetivo: Avaliar a espessura da coroide no terceiro trimestre de gestação em pacientes sem comorbidades, com pré-eclâmpsia (PE) e com diabetes melito (DM) utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT). Métodos: Estudo transversal que incluiu 306 olhos de 153 mulheres divididas em 6 grupos: 34 mulheres não grávidas saudáveis, 27 gestantes saudáveis, 47 gestantes com PE e 45 gestantes com DM, sendo 15 com diabetes melito gestacional (DMG), 16 com DM tipo 2 (DM2) e 14 com DM tipo 1 (DM1). Todas as gestantes estavam no terceiro trimestre de gestação. As medidas de espessura da coroide foram realizadas utilizando SD-OCT em 10 localizações: subfoveal e a cada 500μm até 2000μm nasal à fovea e 2500μm temporal à fóvea. Resultados: Não houve diferença nas medidas de espessura da coroide entre o grupo de mulheres não grávidas e o grupo de gestantes saudáveis. Ao comparar a espessura da coroide entre gestantes saudáveis e gestantes com DMG, DM2, DM1, pacientes com DM1 apresentaram coroides mais finas em todas as localizações, com significância estatística nas medidas subfoveal e temporais. Gestantes com DMG e DM2 não apresentaram diferença nas medidas de espessura da coroide em comparação com gestantes saudáveis. Ao comparar o grupo de gestantes saudáveis com o grupo de gestantes com PE, as medidas de espessura da coroide foram maiores no grupo de gestantes com PE, com significância estatística nas medidas nasais Ao dividir as gestantes com PE conforme critérios de gravidade, pacientes com PE grave apresentaram uma tendência a terem coroides mais espessas em comparação com pacientes com PE leve e gestantes saudáveis. Pacientes com PE e descolamento seroso de retina (SRD) apresentaram coroides significativamente mais espessas em todas as localizações em comparação com pacientes com PE sem SRD. Conclusões: Por ser um exame rápido, seguro e não invasivo, a OCT é ideal para a análise da coroide durante o período gestacional. A gestação sem x intercorrências não modificou a espessura da coroide em pacientes no terceiro trimestre, em comparação com mulheres não grávidas. Gestantes com DM1, por outro lado, apresentaram coroides mais finas em comparação com gestantes saudáveis, provavelmente pelas alterações decorrentes da coroidopatia diabética. Gestantes com PE apresentaram coroides mais espessas em comparação com gestantes saudáveis, com significância estatística nas medidas nasais. Já pacientes com SRD apresentaram coroides marcadamente mais espessas em todas as localizações. Podemos concluir, a partir destes achados, que a PE cursa com um espessamento da coróide, que se inicia na região peripapilar. Com a progressão do desbalanço, toda a coróide torna-se espessada. |
id |
URGS_2bf6532c427be2a07fd5a24c1a13b298 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188704 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Benfica, Camila ZanellaLavinsky, DanielOppermann, Maria Lúcia Rocha2019-02-12T02:33:36Z2018http://hdl.handle.net/10183/188704001085511Objetivo: Avaliar a espessura da coroide no terceiro trimestre de gestação em pacientes sem comorbidades, com pré-eclâmpsia (PE) e com diabetes melito (DM) utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT). Métodos: Estudo transversal que incluiu 306 olhos de 153 mulheres divididas em 6 grupos: 34 mulheres não grávidas saudáveis, 27 gestantes saudáveis, 47 gestantes com PE e 45 gestantes com DM, sendo 15 com diabetes melito gestacional (DMG), 16 com DM tipo 2 (DM2) e 14 com DM tipo 1 (DM1). Todas as gestantes estavam no terceiro trimestre de gestação. As medidas de espessura da coroide foram realizadas utilizando SD-OCT em 10 localizações: subfoveal e a cada 500μm até 2000μm nasal à fovea e 2500μm temporal à fóvea. Resultados: Não houve diferença nas medidas de espessura da coroide entre o grupo de mulheres não grávidas e o grupo de gestantes saudáveis. Ao comparar a espessura da coroide entre gestantes saudáveis e gestantes com DMG, DM2, DM1, pacientes com DM1 apresentaram coroides mais finas em todas as localizações, com significância estatística nas medidas subfoveal e temporais. Gestantes com DMG e DM2 não apresentaram diferença nas medidas de espessura da coroide em comparação com gestantes saudáveis. Ao comparar o grupo de gestantes saudáveis com o grupo de gestantes com PE, as medidas de espessura da coroide foram maiores no grupo de gestantes com PE, com significância estatística nas medidas nasais Ao dividir as gestantes com PE conforme critérios de gravidade, pacientes com PE grave apresentaram uma tendência a terem coroides mais espessas em comparação com pacientes com PE leve e gestantes saudáveis. Pacientes com PE e descolamento seroso de retina (SRD) apresentaram coroides significativamente mais espessas em todas as localizações em comparação com pacientes com PE sem SRD. Conclusões: Por ser um exame rápido, seguro e não invasivo, a OCT é ideal para a análise da coroide durante o período gestacional. A gestação sem x intercorrências não modificou a espessura da coroide em pacientes no terceiro trimestre, em comparação com mulheres não grávidas. Gestantes com DM1, por outro lado, apresentaram coroides mais finas em comparação com gestantes saudáveis, provavelmente pelas alterações decorrentes da coroidopatia diabética. Gestantes com PE apresentaram coroides mais espessas em comparação com gestantes saudáveis, com significância estatística nas medidas nasais. Já pacientes com SRD apresentaram coroides marcadamente mais espessas em todas as localizações. Podemos concluir, a partir destes achados, que a PE cursa com um espessamento da coróide, que se inicia na região peripapilar. Com a progressão do desbalanço, toda a coróide torna-se espessada.Objective: To analyze choroidal thickness of healthy pregnant women and pregnant women with preeclampsia (PE) and diabetes mellitus (DM) in the third trimester using spectral domain optical coherence tomography (SD-OCT). Methods: This cross-sectional study included 306 eyes of 153 women divided into 6 groups: 34 healthy non-pregnant women, 27 healthy pregnant women, 47 pregnant women with PE and 45 pregnant women with DM, 15 of them with gestational diabetes mellitus (GDM), 16 with type 2 DM and 14 with type 1 DM. All pregnant women were in the third trimester of pregnancy. Choroidal thickness was measured using SD-OCT at ten different locations: at the fovea and every 500μm from the fovea up to 2500μm temporally and up to 2000μm nasally. Results: There were no significant differences in choroidal thickness between healthy non-pregnant women and healthy pregnant women in the third trimester. Choroid tended to be thicker in subjects with preeclampsia in comparison with healthy pregnant women, with statistical significance in nasal measures. Dividing PE group accordingly disease severity, women with severe preeclampsia tended to have thicker choroids in comparison with mild preeclamptic and healthy pregnant women. Choroid was also significantly thicker in preeclamptic patients with serous retinal detachment (SRD) in comparison with preeclamptic patients without SRD. The choroidal thickness comparison between healthy pregnant women and pregnant women with GDM, type 2 DM and type 1 DM showed a thinner choroid in patients with type 1 DM in all locations, with statistical significance in subfoveal and temporal measurements. No differences were found in choroidal thickness between healthy pregnant women and pregnant women with GDM and type 2 DM. Conclusions: EDI-OCT is a fast, noninvasive and safe method for choroid analysis during pregnancy. Pregnancy did not change choroidal thickness in third trimester patients compared to nonpregnant women. Pregnant women with type 1 DM had significantly thinner choroidal thickness measurements on subfoveal xii and temporal locations, probably due to diabetic choroidopathy modifications. Choroid tends to be thicker in patients with preeclampsia, with statistical significance only in nasal measures. In patients with SRD, however, choroid is markedly thicker at all points analyzed. From these findings we can hypothesize that preeclampsia can cause a choroidal thickening, which begins in the peripapillary area. As the imbalance increases, the entire choroid becomes thickened.application/pdfporPré-eclâmpsiaDiabetes mellitusGravidezCorioideTomografia de coerência ópticaAnálise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001085511.pdf.txt001085511.pdf.txtExtracted Texttext/plain143672http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188704/2/001085511.pdf.txt94bb26358c2079e13efe69c40ab7f46bMD52ORIGINAL001085511.pdfTexto completoapplication/pdf4938013http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188704/1/001085511.pdf0922a438118ba021a05691f705667327MD5110183/1887042022-07-29 04:51:14.897051oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188704Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-07-29T07:51:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
title |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
spellingShingle |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral Benfica, Camila Zanella Pré-eclâmpsia Diabetes mellitus Gravidez Corioide Tomografia de coerência óptica |
title_short |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
title_full |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
title_fullStr |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
title_full_unstemmed |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
title_sort |
Análise da espessura da coroide na gestação utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral |
author |
Benfica, Camila Zanella |
author_facet |
Benfica, Camila Zanella |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Benfica, Camila Zanella |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lavinsky, Daniel |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Oppermann, Maria Lúcia Rocha |
contributor_str_mv |
Lavinsky, Daniel Oppermann, Maria Lúcia Rocha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Pré-eclâmpsia Diabetes mellitus Gravidez Corioide Tomografia de coerência óptica |
topic |
Pré-eclâmpsia Diabetes mellitus Gravidez Corioide Tomografia de coerência óptica |
description |
Objetivo: Avaliar a espessura da coroide no terceiro trimestre de gestação em pacientes sem comorbidades, com pré-eclâmpsia (PE) e com diabetes melito (DM) utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT). Métodos: Estudo transversal que incluiu 306 olhos de 153 mulheres divididas em 6 grupos: 34 mulheres não grávidas saudáveis, 27 gestantes saudáveis, 47 gestantes com PE e 45 gestantes com DM, sendo 15 com diabetes melito gestacional (DMG), 16 com DM tipo 2 (DM2) e 14 com DM tipo 1 (DM1). Todas as gestantes estavam no terceiro trimestre de gestação. As medidas de espessura da coroide foram realizadas utilizando SD-OCT em 10 localizações: subfoveal e a cada 500μm até 2000μm nasal à fovea e 2500μm temporal à fóvea. Resultados: Não houve diferença nas medidas de espessura da coroide entre o grupo de mulheres não grávidas e o grupo de gestantes saudáveis. Ao comparar a espessura da coroide entre gestantes saudáveis e gestantes com DMG, DM2, DM1, pacientes com DM1 apresentaram coroides mais finas em todas as localizações, com significância estatística nas medidas subfoveal e temporais. Gestantes com DMG e DM2 não apresentaram diferença nas medidas de espessura da coroide em comparação com gestantes saudáveis. Ao comparar o grupo de gestantes saudáveis com o grupo de gestantes com PE, as medidas de espessura da coroide foram maiores no grupo de gestantes com PE, com significância estatística nas medidas nasais Ao dividir as gestantes com PE conforme critérios de gravidade, pacientes com PE grave apresentaram uma tendência a terem coroides mais espessas em comparação com pacientes com PE leve e gestantes saudáveis. Pacientes com PE e descolamento seroso de retina (SRD) apresentaram coroides significativamente mais espessas em todas as localizações em comparação com pacientes com PE sem SRD. Conclusões: Por ser um exame rápido, seguro e não invasivo, a OCT é ideal para a análise da coroide durante o período gestacional. A gestação sem x intercorrências não modificou a espessura da coroide em pacientes no terceiro trimestre, em comparação com mulheres não grávidas. Gestantes com DM1, por outro lado, apresentaram coroides mais finas em comparação com gestantes saudáveis, provavelmente pelas alterações decorrentes da coroidopatia diabética. Gestantes com PE apresentaram coroides mais espessas em comparação com gestantes saudáveis, com significância estatística nas medidas nasais. Já pacientes com SRD apresentaram coroides marcadamente mais espessas em todas as localizações. Podemos concluir, a partir destes achados, que a PE cursa com um espessamento da coróide, que se inicia na região peripapilar. Com a progressão do desbalanço, toda a coróide torna-se espessada. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-02-12T02:33:36Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/188704 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001085511 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/188704 |
identifier_str_mv |
001085511 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188704/2/001085511.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188704/1/001085511.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
94bb26358c2079e13efe69c40ab7f46b 0922a438118ba021a05691f705667327 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085468120809472 |