Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/21437 |
Resumo: | O HIV é dividido em HIV-1 e 2. O HIV-1 é classificado em três grupos, o M (main) responsável pela maioria das infecções, O (outlier) e N(new). Na atualidade, nove subtipos puros e 43 formas recombinantes do grupo M são reconhecidos incluindo sub subtipos. O subtipo C é o mais prevalente, representando aproximadamente 56% das infecções no mundo. Não foram descritas as conseqüências exatas destes subtipos, algumas evidências indicam que alguns subtipos podem ter vantagem na transmissão viral, enquanto outros na replicação, além de influenciar nas vias de mutação, aparecimento de resistência mais rapidamente e fracasso do tratamento. No Brasil os subtipos B e C são os mais freqüentes e acima de 50% dos indivíduos recentemente infectados pertencem aos subtipos não-B. O Rio Grande do Sul (RS) exibe a prevalência mais alta do subtipo C e há uma forma recombinante específica C e B – CRF-31. Entre julho de 2002 e janeiro de 2003 foi realizada a genotipagem e subtipagem do vírus HIV-1 em 178 pacientes, consecutivamente, atendidos no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) desde 1983, os quais assinaram o termo de consentimento livre e informado. Após revisão dos resultados destes testes restaram 161 pacientes devido a perda de dados relacionados a nome e prontuário (não foi possível relacionar as 17 amostras a um nome e/ou prontuário). Em busca das variáveis demográficas e epidemiológicas realizou-se revisão de prontuário e busca ativa através de telefonema aos pacientes sem seguimento por pelo menos 2 anos. Consultou-se também o obituário de HIV/AIDS. O objetivo principal deste estudo é avaliar os padrões variáveis do HIV-1, prevalência nos indivíduos assistidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e relacionar estes subtipos com características demográficas e epidemiológicas. Dos 161 pacientes, 90 eram do sexo masculino e 71 do sexo feminino. O subtipo B foi o mais prevalente em nossa amostra sendo encontrado em 53% dos pacientes. Até 1990 o subtipo B era encontrado na grande maioria dos pacientes com HIV, contribuindo com 75% das infecções. A partir de 2000 o subtipo C passou a representar a maioria das infecções, ficando com 33,3% dos casos, porém este aumento não foi estatisticamente significativo. Dos 161 pacientes com subtipo identificado, 19 não se conhecia a categoria de exposição. Revelando entre o subtipo B, a grande maioria dos pacientes nas categorias de exposição sexual, subdivisão homossexual e bissexual, o subtipo C foi relacionado com categorias de exposição heterossexual e uso de drogas injetáveis, quando se analisou separadamente o subtipo C com as categorias de exposição, não se demonstrou relação com categoria específica. Já o subtipo B analisado separadamente mostrou grande associação com a categoria de exposição MSM e bissexual. Em relação a procedência dos pacientes, houve associação estatisticamente significativa entre o subtipo B e a cidade de Porto Alegre, onde o mesmo foi encontrado na maioria dos pacientes. O subtipo C foi encontrado na maioria dos pacientes procedentes de regiões metropolitanas e do interior do estado. O conhecimento da prevalência dos subtipos de acordo com a procedência dos pacientes pode ajudar as autoridades competentes a dirigir esforços na prevenção da infecção pelo HIV. |
id |
URGS_2c1cd4118aedf5e2032054eaf7202608 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/21437 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Pereira, Patrícia ReisZavascki, Alexandre Prehn2010-05-03T17:13:37Z2010http://hdl.handle.net/10183/21437000737877O HIV é dividido em HIV-1 e 2. O HIV-1 é classificado em três grupos, o M (main) responsável pela maioria das infecções, O (outlier) e N(new). Na atualidade, nove subtipos puros e 43 formas recombinantes do grupo M são reconhecidos incluindo sub subtipos. O subtipo C é o mais prevalente, representando aproximadamente 56% das infecções no mundo. Não foram descritas as conseqüências exatas destes subtipos, algumas evidências indicam que alguns subtipos podem ter vantagem na transmissão viral, enquanto outros na replicação, além de influenciar nas vias de mutação, aparecimento de resistência mais rapidamente e fracasso do tratamento. No Brasil os subtipos B e C são os mais freqüentes e acima de 50% dos indivíduos recentemente infectados pertencem aos subtipos não-B. O Rio Grande do Sul (RS) exibe a prevalência mais alta do subtipo C e há uma forma recombinante específica C e B – CRF-31. Entre julho de 2002 e janeiro de 2003 foi realizada a genotipagem e subtipagem do vírus HIV-1 em 178 pacientes, consecutivamente, atendidos no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) desde 1983, os quais assinaram o termo de consentimento livre e informado. Após revisão dos resultados destes testes restaram 161 pacientes devido a perda de dados relacionados a nome e prontuário (não foi possível relacionar as 17 amostras a um nome e/ou prontuário). Em busca das variáveis demográficas e epidemiológicas realizou-se revisão de prontuário e busca ativa através de telefonema aos pacientes sem seguimento por pelo menos 2 anos. Consultou-se também o obituário de HIV/AIDS. O objetivo principal deste estudo é avaliar os padrões variáveis do HIV-1, prevalência nos indivíduos assistidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e relacionar estes subtipos com características demográficas e epidemiológicas. Dos 161 pacientes, 90 eram do sexo masculino e 71 do sexo feminino. O subtipo B foi o mais prevalente em nossa amostra sendo encontrado em 53% dos pacientes. Até 1990 o subtipo B era encontrado na grande maioria dos pacientes com HIV, contribuindo com 75% das infecções. A partir de 2000 o subtipo C passou a representar a maioria das infecções, ficando com 33,3% dos casos, porém este aumento não foi estatisticamente significativo. Dos 161 pacientes com subtipo identificado, 19 não se conhecia a categoria de exposição. Revelando entre o subtipo B, a grande maioria dos pacientes nas categorias de exposição sexual, subdivisão homossexual e bissexual, o subtipo C foi relacionado com categorias de exposição heterossexual e uso de drogas injetáveis, quando se analisou separadamente o subtipo C com as categorias de exposição, não se demonstrou relação com categoria específica. Já o subtipo B analisado separadamente mostrou grande associação com a categoria de exposição MSM e bissexual. Em relação a procedência dos pacientes, houve associação estatisticamente significativa entre o subtipo B e a cidade de Porto Alegre, onde o mesmo foi encontrado na maioria dos pacientes. O subtipo C foi encontrado na maioria dos pacientes procedentes de regiões metropolitanas e do interior do estado. O conhecimento da prevalência dos subtipos de acordo com a procedência dos pacientes pode ajudar as autoridades competentes a dirigir esforços na prevenção da infecção pelo HIV.application/pdfporHIV-1EpidemiologiaDemografiaSubtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000737877.pdf000737877.pdfTexto completoapplication/pdf1292962http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21437/1/000737877.pdfa041d8fa500567b2bc5d6edd708c6abeMD51TEXT000737877.pdf.txt000737877.pdf.txtExtracted Texttext/plain119755http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21437/2/000737877.pdf.txt46f2064c19a891d0c367c25244cd6d85MD52THUMBNAIL000737877.pdf.jpg000737877.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21437/3/000737877.pdf.jpg917d3693fcbfe82d6600be8c48ce33adMD5310183/214372018-10-17 07:48:06.285oai:www.lume.ufrgs.br:10183/21437Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T10:48:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
title |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
spellingShingle |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil Pereira, Patrícia Reis HIV-1 Epidemiologia Demografia |
title_short |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
title_full |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
title_fullStr |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
title_full_unstemmed |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
title_sort |
Subtipos do HIV-1 e associação com características demográfico-epidemiológicas em pacientes atendidos em Hospital de referência em Porto Alegre, Brasil |
author |
Pereira, Patrícia Reis |
author_facet |
Pereira, Patrícia Reis |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Patrícia Reis |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Zavascki, Alexandre Prehn |
contributor_str_mv |
Zavascki, Alexandre Prehn |
dc.subject.por.fl_str_mv |
HIV-1 Epidemiologia Demografia |
topic |
HIV-1 Epidemiologia Demografia |
description |
O HIV é dividido em HIV-1 e 2. O HIV-1 é classificado em três grupos, o M (main) responsável pela maioria das infecções, O (outlier) e N(new). Na atualidade, nove subtipos puros e 43 formas recombinantes do grupo M são reconhecidos incluindo sub subtipos. O subtipo C é o mais prevalente, representando aproximadamente 56% das infecções no mundo. Não foram descritas as conseqüências exatas destes subtipos, algumas evidências indicam que alguns subtipos podem ter vantagem na transmissão viral, enquanto outros na replicação, além de influenciar nas vias de mutação, aparecimento de resistência mais rapidamente e fracasso do tratamento. No Brasil os subtipos B e C são os mais freqüentes e acima de 50% dos indivíduos recentemente infectados pertencem aos subtipos não-B. O Rio Grande do Sul (RS) exibe a prevalência mais alta do subtipo C e há uma forma recombinante específica C e B – CRF-31. Entre julho de 2002 e janeiro de 2003 foi realizada a genotipagem e subtipagem do vírus HIV-1 em 178 pacientes, consecutivamente, atendidos no ambulatório de HIV/AIDS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) desde 1983, os quais assinaram o termo de consentimento livre e informado. Após revisão dos resultados destes testes restaram 161 pacientes devido a perda de dados relacionados a nome e prontuário (não foi possível relacionar as 17 amostras a um nome e/ou prontuário). Em busca das variáveis demográficas e epidemiológicas realizou-se revisão de prontuário e busca ativa através de telefonema aos pacientes sem seguimento por pelo menos 2 anos. Consultou-se também o obituário de HIV/AIDS. O objetivo principal deste estudo é avaliar os padrões variáveis do HIV-1, prevalência nos indivíduos assistidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e relacionar estes subtipos com características demográficas e epidemiológicas. Dos 161 pacientes, 90 eram do sexo masculino e 71 do sexo feminino. O subtipo B foi o mais prevalente em nossa amostra sendo encontrado em 53% dos pacientes. Até 1990 o subtipo B era encontrado na grande maioria dos pacientes com HIV, contribuindo com 75% das infecções. A partir de 2000 o subtipo C passou a representar a maioria das infecções, ficando com 33,3% dos casos, porém este aumento não foi estatisticamente significativo. Dos 161 pacientes com subtipo identificado, 19 não se conhecia a categoria de exposição. Revelando entre o subtipo B, a grande maioria dos pacientes nas categorias de exposição sexual, subdivisão homossexual e bissexual, o subtipo C foi relacionado com categorias de exposição heterossexual e uso de drogas injetáveis, quando se analisou separadamente o subtipo C com as categorias de exposição, não se demonstrou relação com categoria específica. Já o subtipo B analisado separadamente mostrou grande associação com a categoria de exposição MSM e bissexual. Em relação a procedência dos pacientes, houve associação estatisticamente significativa entre o subtipo B e a cidade de Porto Alegre, onde o mesmo foi encontrado na maioria dos pacientes. O subtipo C foi encontrado na maioria dos pacientes procedentes de regiões metropolitanas e do interior do estado. O conhecimento da prevalência dos subtipos de acordo com a procedência dos pacientes pode ajudar as autoridades competentes a dirigir esforços na prevenção da infecção pelo HIV. |
publishDate |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2010-05-03T17:13:37Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/21437 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000737877 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/21437 |
identifier_str_mv |
000737877 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21437/1/000737877.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21437/2/000737877.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21437/3/000737877.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a041d8fa500567b2bc5d6edd708c6abe 46f2064c19a891d0c367c25244cd6d85 917d3693fcbfe82d6600be8c48ce33ad |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085171369607168 |