Efeito do alongamento estático passivo nas propriedades mecânicas passivas do tendão do Calcâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cini, Anelize
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/221707
Resumo: O alongamento é uma prática amplamente utilizada para o aumento da amplitude de movimento articular (ADM), porém ainda não está clara a influência de parâmetros musculotendíneos nos ganhos de ADM, uma vez que, há diversos tecidos no complexo músculo tendíneo, e cada um deles é afetado de maneira diferente pelo alongamento de acordo com sua composição. O componente tendíneo formado basicamente por tecido conjuntivo parece responder de maneira diferente ao muscular quando exposto ao alongamento. Com isso, a presente tese teve como tema central compreender os exercícios de alongamento frente às propriedades mecânicas e passivas do complexo músculo tendíneo, e para isso foram desenvolvidos três estudos. O Estudo 1 foi uma revisão narrativa da literatura que teve por objetivo apresentar e discutir estudos sobre as implicações do alongamento muscular na ADM, bem como sua influência nas propriedades do tendão do Calcâneo. Este estudo concluiu que tempos contínuos entre 5 e 10 minutos de alongamento estático em uma única sessão apresentam diminuição da rigidez tendínea, já tempos intervalados inferiores a um minuto, aplicados de forma aguda ou crônica, não apresentam alteração. Dessa forma, duas hipóteses puderam ser propostas, a primeira seria que alongamentos contínuos maiores de 1 minuto já poderiam influenciar na rigidez tendínea e a segunda de que um tempo mínimo de cinco minutos é necessário. O Estudo 2 foi uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados e não randomizados de uma única sessão de alongamento cujo objetivo foi verificar e sintetizar as evidências sobre o efeito agudo do alongamento estático na ADM e nas propriedades mecânicas passivas do tendão do Calcâneo de adultos jovens fisicamente ativos comparado a um grupo controle ou outra técnica de alongamento. Este estudo também teve o propósito de embasar as escolhas de parâmetros para o protocolo de alongamento crônico a ser utilizado no Estudo 3. Na revisão sistemática e metanálise foram incluídos quatro estudos, e sua conclusão foi que não houve alteração significativa para as variáveis analisadas, o que traz a hipótese de ser necessário a aplicação de protocolos crônicos de alongamento para mudanças na rigidez tendínea. O Estudo 3 é um estudo original que aplicou um treinamento de flexibilidade de seis semanas com o intuito de comparar a alteração da ADM e das propriedades mecânicas passivas do tendão do Calcâneo frente a tempos contínuos de alongamento. Foram avaliados 30 participantes de ambos os sexos divididos em três grupos, sendo dois de alongamento (2 e 5 minutos) e um grupo controle (sem intevenção). O protocolo de intervenção foi aplicado 3x na semana durante 6 semanas. As variáveis (ADM, contração isométrica voluntária máxima, histerese, torque passivo, deslocamento da junção miotendínea, área de secção transversa do tendão, rigidez da unidade músculo-tendínea, muscular e tendínea) foram avaliadas previamente ao início do treinamento, logo após o término da intervenção e duas semanas depois (follow up). Os resultados mostraram não haver diferença entre os grupos. Na compração entre os momentos, o protocolo 2 minutos e o grupo controle apresentaram aumento da ADM, porém o protocolo de 2 minutos propiciou aumento da ADM que se manteve após follow up de 15 dias, sendo essa alteração atribuída às alterações viscoelásticas musculares e não tendíneas, já o grupo de 5 minutos não apresentou alteração na ADM, podendo o desconforto provocado pelo tempo de manutenção da posição ser a causa desse resultado.
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O Estudo 1 foi uma revisão narrativa da literatura que teve por objetivo apresentar e discutir estudos sobre as implicações do alongamento muscular na ADM, bem como sua influência nas propriedades do tendão do Calcâneo. Este estudo concluiu que tempos contínuos entre 5 e 10 minutos de alongamento estático em uma única sessão apresentam diminuição da rigidez tendínea, já tempos intervalados inferiores a um minuto, aplicados de forma aguda ou crônica, não apresentam alteração. Dessa forma, duas hipóteses puderam ser propostas, a primeira seria que alongamentos contínuos maiores de 1 minuto já poderiam influenciar na rigidez tendínea e a segunda de que um tempo mínimo de cinco minutos é necessário. O Estudo 2 foi uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados e não randomizados de uma única sessão de alongamento cujo objetivo foi verificar e sintetizar as evidências sobre o efeito agudo do alongamento estático na ADM e nas propriedades mecânicas passivas do tendão do Calcâneo de adultos jovens fisicamente ativos comparado a um grupo controle ou outra técnica de alongamento. Este estudo também teve o propósito de embasar as escolhas de parâmetros para o protocolo de alongamento crônico a ser utilizado no Estudo 3. Na revisão sistemática e metanálise foram incluídos quatro estudos, e sua conclusão foi que não houve alteração significativa para as variáveis analisadas, o que traz a hipótese de ser necessário a aplicação de protocolos crônicos de alongamento para mudanças na rigidez tendínea. O Estudo 3 é um estudo original que aplicou um treinamento de flexibilidade de seis semanas com o intuito de comparar a alteração da ADM e das propriedades mecânicas passivas do tendão do Calcâneo frente a tempos contínuos de alongamento. Foram avaliados 30 participantes de ambos os sexos divididos em três grupos, sendo dois de alongamento (2 e 5 minutos) e um grupo controle (sem intevenção). O protocolo de intervenção foi aplicado 3x na semana durante 6 semanas. As variáveis (ADM, contração isométrica voluntária máxima, histerese, torque passivo, deslocamento da junção miotendínea, área de secção transversa do tendão, rigidez da unidade músculo-tendínea, muscular e tendínea) foram avaliadas previamente ao início do treinamento, logo após o término da intervenção e duas semanas depois (follow up). Os resultados mostraram não haver diferença entre os grupos. Na compração entre os momentos, o protocolo 2 minutos e o grupo controle apresentaram aumento da ADM, porém o protocolo de 2 minutos propiciou aumento da ADM que se manteve após follow up de 15 dias, sendo essa alteração atribuída às alterações viscoelásticas musculares e não tendíneas, já o grupo de 5 minutos não apresentou alteração na ADM, podendo o desconforto provocado pelo tempo de manutenção da posição ser a causa desse resultado.Stretching is widely used to increase range of motion (ROM), however, the influence of musculotendinous parameters on ROM gains is not yet clear, since there are several tissues in the tendon muscle complex, and each of them is affected differently by stretching according to its composition. Tendon tissue basically composed of connective tissue appears to respond differently to muscle when exposed to stretching. Thus, the main objective of this study was to understand the stretching exercises in view of the mechanical and passive properties of the tendon muscle complex, and three studies were developed for this purpose. The first of which was a narrative review of the literature that aimed to present and discuss studies on the implications of muscle stretching in ROM, as well as its influence on the properties of the Achilles tendon. This study concluded that continuous times between 5 and 10 minutes of static stretching in a single session show a decrease in tendon stiffness, whereas intervals of less than one minutes, applied acutely or chronically, do not show any change. Thus, two hypotheses could be proposed, the first would be hat continuous stretches longer than 1 minute could already to influence tendon stiffness and the second that a minimum time of five minutes is necessary. The second was a systematic review with meta-analysis of randomized and non-randomized clinical trials from a single stretching session whose aim was to verify and synthesize the evidence on the acute of static stretching on ROM and on the passive mechanical properties of the Achilles tendon of physically active young adults compared to a control group or another stretching technique. This study also aimed to support the choice of parameters for the stretching protocol to be used in the third study. In the systematic review and meta-analysis, four studies were included, and their conclusion was that there was no significant change for the analyzed outcomes, which suggests that it is necessary to apply chronic stretching protocols for changes in tendon stiffness. The latter (study 3) is an original study that applied a 6-week flexibility training in order to compare the change in ROM and the passive mechanical properties of the Achilles tendon in the face of continuous stretching times. Thirty participants of both genders were divided into three groups, two stretching (2 and 5 minutes) and a control group (without intervention). The intervention protocol was applied 3x a week for 6 weeks. The outcomes (ROM, maximum voluntary isometric contraction, hysteresis, passive torque, displacement of the myotendinous junction, cross-sectional area of the tendon, stiffness of the muscle-tendon unit, muscle and tendon) were assessed prior to the start of training, soon after the end of training and two weeks later (follow-up). The results showed no difference between the groups, where the 2-minute passive static stretching protocol and the control group showed an increase in ROM, but the 2-minute protocol provided an increase in ROM that was maintained after a 15-day follow up, this change being attributed to viscoelastic changes in the muscle and not in the tendon, whereas the 5-minute stretching group did not present any change in ROM, and the discomfort caused by the position maintenance time may be the cause of this result.application/pdfporExercícios de alongamento muscularTendõesAmplitude de movimento articularAchilles TendonMyotendinous junctionEfeito do alongamento estático passivo nas propriedades mecânicas passivas do tendão do Calcâneoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001125272.pdf.txt001125272.pdf.txtExtracted Texttext/plain161165http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/221707/2/001125272.pdf.txta58198f293215402e81e0d756bc302e6MD52ORIGINAL001125272.pdfTexto completoapplication/pdf1194869http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/221707/1/001125272.pdf405fc13b916381bfee8b9d9b818f2ca9MD5110183/2217072021-08-18 04:48:39.865696oai:www.lume.ufrgs.br:10183/221707Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-08-18T07:48:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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