Interação entre Acanthamoeba polyphaga e Streptomyces sp. em um modelo de cocultivo visando a obtenção de extrato bruto com ação antimicrobiana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/143018 |
Resumo: | As interações que ocorrem entre as bactérias e amebas podem dar-se através de relações mútuas, onde ambos os organismos se beneficiam da associação ou parasitárias em que um organismo se beneficia em detrimento do outro. A convivência de vários microrganismos que compartilham o mesmo ambiente pode produzir alterações seja no crescimento dos organismos, nos padrões de adaptação, na morfologia, no seu desenvolvimento, ou até mesmo na sua capacidade para sintetizar proteínas e metabólitos secundários. Neste estudo, é avaliada a interação entre Acanthamoeba polyphaga e Streptomyces sp. através de cocultivo, com objetivo de obter extratos brutos com ação antimicrobiana. No cocultivo, as amebas inviabilizaram na presença da bactéria. Após contato com as amebas houve alteração morfológica em Streptomyces sp. em todos os tempos de incubação, com produção de hifas, diferente do controle que permaneceu na fase de esporos. A partir do cocultivo foi possível obter extrato bruto em 50 dias, sendo avaliados em diferentes tempos de incubação (1º, 7º, 14º, 21º e 28º dias), contra bactérias multirresistentes como Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, mostrando atividade antimicrobiana, tanto no cocultivo quanto no controle. Com análise estatística foi possível verificar que os extratos produzidos em 24 horas (1º) apresentaram maior atividade, especialmente contra P. aeruginosa. Os extratos produzidos pelo cocultivo e controle se comportaram diferentemente um do outro, porém as diferenças não foram estatisticamente significativas. Em relação à biomassa produzida, foi observado maior volume de biomassa no cocultivo, do que no controle, indicando que o contato entre os dois microrganismos favoreceu a produção de massa celular, porém não houve diferença significativa, somente quando comparado entre dias. Estes resultados mostram que há interação entre Acanthamoeba e Streptomyces uma vez que, a bactéria se beneficiou da ameba auxiliando no seu desenvolvimento. Esta interação entre os microrganismos pode ser importante na modulação da produção de substâncias de ação antimicrobiana, fato que ainda necessita investigação. |
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Barroso, Keli Cristiane CarvalhoRott, Marilise BrittesVan der Sand, Sueli Terezinha2016-06-24T02:15:41Z2015http://hdl.handle.net/10183/143018000993898As interações que ocorrem entre as bactérias e amebas podem dar-se através de relações mútuas, onde ambos os organismos se beneficiam da associação ou parasitárias em que um organismo se beneficia em detrimento do outro. A convivência de vários microrganismos que compartilham o mesmo ambiente pode produzir alterações seja no crescimento dos organismos, nos padrões de adaptação, na morfologia, no seu desenvolvimento, ou até mesmo na sua capacidade para sintetizar proteínas e metabólitos secundários. Neste estudo, é avaliada a interação entre Acanthamoeba polyphaga e Streptomyces sp. através de cocultivo, com objetivo de obter extratos brutos com ação antimicrobiana. No cocultivo, as amebas inviabilizaram na presença da bactéria. Após contato com as amebas houve alteração morfológica em Streptomyces sp. em todos os tempos de incubação, com produção de hifas, diferente do controle que permaneceu na fase de esporos. A partir do cocultivo foi possível obter extrato bruto em 50 dias, sendo avaliados em diferentes tempos de incubação (1º, 7º, 14º, 21º e 28º dias), contra bactérias multirresistentes como Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, mostrando atividade antimicrobiana, tanto no cocultivo quanto no controle. Com análise estatística foi possível verificar que os extratos produzidos em 24 horas (1º) apresentaram maior atividade, especialmente contra P. aeruginosa. Os extratos produzidos pelo cocultivo e controle se comportaram diferentemente um do outro, porém as diferenças não foram estatisticamente significativas. Em relação à biomassa produzida, foi observado maior volume de biomassa no cocultivo, do que no controle, indicando que o contato entre os dois microrganismos favoreceu a produção de massa celular, porém não houve diferença significativa, somente quando comparado entre dias. Estes resultados mostram que há interação entre Acanthamoeba e Streptomyces uma vez que, a bactéria se beneficiou da ameba auxiliando no seu desenvolvimento. Esta interação entre os microrganismos pode ser importante na modulação da produção de substâncias de ação antimicrobiana, fato que ainda necessita investigação.The interactions that occur between bacteria and amoebas can give through mutual relations, where both organisms benefit from the association or parasitic in which one organism benefits at the expense of the other. The coexistence of various microorganisms share the same environment can produce alterations in the growth of the organisms is, patterns of adaptation in morphology, development, or even in their ability to synthesize proteins and secondary metabolites. This study evaluates the interaction between Acanthamoeba polyphaga and Streptomyces sp. through cocultivation, in order to obtain crude extracts with antimicrobial action. In cocultivation, amoebas made it impossible in the presence of the bacteria. After contact with amoebae were morphological changes in Streptomyces sp. All incubation times with hyphae production, different control spores this remained in phase. From the cocultivation it was possible to obtain crude extract in 50 days, being evaluated in different incubation times (1º, 7º, 14º, 21º and 28º days), against multiresistant bacteria such as Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa, showing antimicrobial activity in both the cocultivation and in control. With statistical analysis found that the extracts in 24 hours (1º) showed greater activity, especially against P. aeruginosa. The extracts produced by the coculture and control behaved differently from one another, but the differences were not statistically significant. Regarding the biomass produced, there was a higher volume of biomass in cocultivation, than in the control, indicating that the contact between the two organisms favored the cell mass production, but there was no significant difference only when compared between days. These results show that there is interaction between Acanthamoeba and Streptomyces since the bacteria benefited amoeba assisting in their development. This interaction between microorganisms may be important in modulating the production of antimicrobial substances, a fact that still requires investigation.application/pdfporAcanthamoebaActinobacteriaStreptomycesAntimicrobianosBactériasInteração entre Acanthamoeba polyphaga e Streptomyces sp. em um modelo de cocultivo visando a obtenção de extrato bruto com ação antimicrobianaInteraction between Acanthamoeba polyphaga and Streptomyces sp. in a cocultivation targeting model searching for an extract with antimicrobial activity info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola e do AmbientePorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000993898.pdf000993898.pdfTexto completoapplication/pdf1890157http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143018/1/000993898.pdf02b3768823bf161cd3425d5aabbd4701MD51TEXT000993898.pdf.txt000993898.pdf.txtExtracted Texttext/plain97011http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143018/2/000993898.pdf.txte745434af854bfb108241afb0273bc8bMD52THUMBNAIL000993898.pdf.jpg000993898.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1050http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143018/3/000993898.pdf.jpge3472709e8108599413b2276d8e9740aMD5310183/1430182018-10-26 10:05:27.912oai:www.lume.ufrgs.br:10183/143018Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T13:05:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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