Incidência de estenose vaginal após vaginoplastia por inversão penoescrotal versus inversão de pele peniana expandida com retalho de uretra : uma comparação de 234 cirurgias de afirmação de gênero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276471 |
Resumo: | Introdução: A cirurgia afirmativa de gênero representa a etapa conclusiva na transição de masculino para feminino, visando solidificar a identidade de gênero. A vaginoplastia por inversão penoescrotal (PIV) tem sido considerada o padrão-ouro há anos. Uma variação dessa técnica utiliza a uretra redundante como um retalho pediculado para revestir a parede neovaginal anterior. Objetivo: Este estudo visa comparar os resultados da PIV com a PIV com retalho de uretra, em nossa instituição com relação à estenose vaginal. Método: Comparamos dados de 234 vaginoplastias de masculino para feminino realizadas entre 2000 e 2023 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Os indivíduos foram divididos em dois grupos de acordo com a técnica cirúrgica realizada: PIV (Grupo A, 201 pacientes) e PIV com retalho de uretra (Grupo B, 33 pacientes). Resultados: A média (DP) de idade entre os Grupos A e B foi de 32,32 (±9,16) e 32,42 (±7,89), respectivamente; p= 0,178. O tempo cirúrgico foi 12,72 minutos maior no Grupo B, 214,03 (±48,47) contra 201,31 (±36,6) do Grupo A; (p=0,163). Em nosso estudo, o Grupo A apresentou 36 pacientes (17,64%) com estenose do canal vaginal no pós-operatório. No Grupo B, 5 pacientes (15,2%) tiveram a mesma complicação; o que não foi estatisticamente significativo (p=0,699). As taxas de satisfação subjetiva foram de 80,1% no grupo A e 80,6% no grupo B. Essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,943). Conclusão: A vaginoplastia com retalho peniano invertido expandido com uretra é um procedimento seguro com bons resultados. No entanto, não foi observada melhoria significativa nas taxas de estenose vaginal ao comparar as duas técnicas. O Grupo B teve um tamanho de amostra limitado. Um maior número de pacientes permitiria uma comparação mais robusta com outras técnicas e seus resultados. Novos estudos e técnicas são necessários para reduzir as taxas de complicações pós-operatórias. |
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Breitenbach, Tiago CataldoRosito, Tiago Elias2024-07-19T06:20:52Z2024http://hdl.handle.net/10183/276471001206614Introdução: A cirurgia afirmativa de gênero representa a etapa conclusiva na transição de masculino para feminino, visando solidificar a identidade de gênero. A vaginoplastia por inversão penoescrotal (PIV) tem sido considerada o padrão-ouro há anos. Uma variação dessa técnica utiliza a uretra redundante como um retalho pediculado para revestir a parede neovaginal anterior. Objetivo: Este estudo visa comparar os resultados da PIV com a PIV com retalho de uretra, em nossa instituição com relação à estenose vaginal. Método: Comparamos dados de 234 vaginoplastias de masculino para feminino realizadas entre 2000 e 2023 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Os indivíduos foram divididos em dois grupos de acordo com a técnica cirúrgica realizada: PIV (Grupo A, 201 pacientes) e PIV com retalho de uretra (Grupo B, 33 pacientes). Resultados: A média (DP) de idade entre os Grupos A e B foi de 32,32 (±9,16) e 32,42 (±7,89), respectivamente; p= 0,178. O tempo cirúrgico foi 12,72 minutos maior no Grupo B, 214,03 (±48,47) contra 201,31 (±36,6) do Grupo A; (p=0,163). Em nosso estudo, o Grupo A apresentou 36 pacientes (17,64%) com estenose do canal vaginal no pós-operatório. No Grupo B, 5 pacientes (15,2%) tiveram a mesma complicação; o que não foi estatisticamente significativo (p=0,699). As taxas de satisfação subjetiva foram de 80,1% no grupo A e 80,6% no grupo B. Essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,943). Conclusão: A vaginoplastia com retalho peniano invertido expandido com uretra é um procedimento seguro com bons resultados. No entanto, não foi observada melhoria significativa nas taxas de estenose vaginal ao comparar as duas técnicas. O Grupo B teve um tamanho de amostra limitado. Um maior número de pacientes permitiria uma comparação mais robusta com outras técnicas e seus resultados. Novos estudos e técnicas são necessários para reduzir as taxas de complicações pós-operatórias.Background: Gender-affirming surgery represents the conclusive step in the male-to-female transition, aiming to solidify gender identity. Penile inverted vaginoplasty (PIV) has been considered the gold standard for years. A variation of this technique uses the redundant urethra as a pedicled flap to cover the anterior neovaginal wall. Aim: This study aims to compare outcomes of PIV to PIV expanded with urethra at our Institution regarding vaginal stenosis. Method: We compared data regarding 234 male-to-female vaginoplasties performed between 2000 and 2023 at Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. Subjects were divided into two groups according to the surgical technique performed: PIV (Group A, 201 patients) and PIV with urethral flap (Group B, 33 patients). Results: Mean (SD) age among Groups A and B was 32,32 (±9,16) and 32,42 (±7,89), respectively; p= 0,178. The operative time was 12,72 minutes longer in Group B, 214,03 (±48,47) against 201,31 (±36,6) from Group A; (p=0,163). In our study, Group A had 36 patients (17.64%) with vaginal canal stenosis postoperatively; in Group B, 5 patients (15,2%) had the same complication, which was not statistically significant (p=0,699). Subjective satisfaction rates were 80.1% in group A and 80.6% in group B. This difference was not statistically significant (p=0,943). Conclusion: Inverted penile skin flap expanded with urethra vaginoplasty is a safe procedure with good outcomes. However, no significant improvement was observed in vaginal stenosis rates when comparing the two techniques. Group B had a limited sample size. A higher number of patients would allow for a more robust comparison with other techniques and their results. New studies and novel techniques are necessary to reduce postoperative complication rates.application/pdfporPessoas transgêneroDisforia de gêneroUretraCirurgia de readequação sexualTransgender personsGender dysphoriaSex reassignment surgeryUrethraIncidência de estenose vaginal após vaginoplastia por inversão penoescrotal versus inversão de pele peniana expandida com retalho de uretra : uma comparação de 234 cirurgias de afirmação de gêneroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001206614.pdf.txt001206614.pdf.txtExtracted Texttext/plain88749http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276471/2/001206614.pdf.txtd7337ee02df494fa94e5e2874fec7424MD52ORIGINAL001206614.pdfTexto completoapplication/pdf3972589http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276471/1/001206614.pdfd1c827cdf5b7aec6dee4aafa5fab285bMD5110183/2764712024-07-20 06:21:09.26915oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276471Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-20T09:21:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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