Pago, não nego. Vivo quando puder : endividamento e magistério estadual gaúcho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Evandro Sergio Pacheco
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237423
Resumo: Esta dissertação procura discutir o endividamento dos professores estaduais de Porto Alegre utilizando como principal ferramenta metodológica a análise arqueogenealógica, visando compreender, através de uma rede conceitual foucaultiana, os efeitos decorrentes do endividamento e os possíveis impactos das políticas salariais nesse processo. Para essa compreensão, inicialmente apresenta as concepções sobre dívida, endividamento e subjetividade que orientam esta dissertação, bem como discorre sobre a percepção estereotipada do servidor público como “parasita” e “ineficiente”. Ao trazer os resultados e discussões dessa pesquisa, investiga as condições de emergência e possibilidades que se articularam para a composição atual do magistério e, correlativamente, da estrutura educacional, bem como a constituição histórica da categoria do magistério, abrangendo a questão da remuneração, do gênero e da feminização da profissão, suas articulações com investimentos em educação, as políticas salariais, lutas sindicais e greves dos docentes. Em seguida, com o objetivo de compreender a dívida enquanto biopolítica, examina a governamentalidade neoliberal, a financeirização da sociedade, o acesso facilitado ao crédito, as políticas públicas decorrentes da dívida e a presente política de austeridade. Posteriormente, apresenta as vivências dos professores com o objetivo de conhecer as condições e percepções dos professores em relação ao endividamento. Ao final, analisa as questões relativas à precarização, adoecimento e desvalorização dos docentes, subjetivação do endividamento dos professores e formas de resistência e combate à situação da dívida.
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