Acidentes de trânsito fatais e sua associação com indicadores sociais e adolescência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sauer, Maria Teresa Nardin
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/1602
Resumo: Introdução - Os acidentes de trânsito são um grave problema de saúde pública universal, em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando entre as primeiras causas de morte em quase todos os países do mundo (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). No Brasil, assu-mem grande relevância, especialmente pela alta morbidade e mortalidade, predominância em populações jovens e/ou economicamente ativas, maior perda de anos de vida produtiva e ele-vado custo direto e indireto para a sociedade. Objetivo - Os objetivos deste trabalho foram descrever a magnitude da mortali-dade por acidentes de trânsito, avaliar sua correlação com indicadores sociais e proporção de jovens na população e testar a sua associação com adolescência, sexo masculino e consumo de álcool. Material e Métodos - Foi realizado, inicialmente, um estudo ecológico envolven-do todas as capitais das unidades da federação e Distrito Federal (exceto o município do Rio de Janeiro), com coleta de dados sobre acidentes de trânsito com vítimas no Departamento Nacional de Trânsito. Foram descritos os índices de acidentes de trânsito com vítimas p/ 1.000 veículos (IAT-V) e de feridos p/ 1.000 veículos (IF-V) referentes aos anos de 1995, 1997 e 1998 e o índice de mortos p/ 10.000 veículos (IM-V) referente ao período de 1995 a 1998. Em seguida, avaliou-se a existência de correlação entre o IM-V e taxa de mortalidade infantil (TMI), índice municipal de desenvolvimento humano (IDH-M), índice de condições de vida (ICV), proporção de condutores adolescentes envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas (PCJ-ATV) e proporção de residentes jovens (PRJ) nas diferentes capitais. Em um segundo momento, realizou-se um estudo de caso controle, onde foram estudados 863 condu-tores envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas atendidos no Departamento Médico Legal de Porto Alegre, no período de 1998 a 1999. Os condutores foram divididos em dois grupos: condutores envolvidos em acidentes de trânsito com vítima fatal (casos) e com vítima não fatal (controles). Os grupos foram comparados com relação a adolescência, sexo mascu-lino e consumo de álcool, através da razão de chances e seu intervalo de confiança, com signi-ficância determinada pelo teste de qui-quadrado. Resultados - No estudo ecológico, observou-se, no Brasil, uma tendência decres-cente quanto aos indicadores de eventos relacionados ao trânsito no período de 1995 a 1998. Nas capitais das unidades da federação e Distrito Federal, apesar da ampla variação apresenta-da, a maioria manteve a mesma tendência decrescente observada para o país como um todo. Na análise das correlações entre o IM-V e os indicadores sociais, observou-se forte correlação positiva com a TMI (r = 0,57; P = 0,002), ou seja, quanto maior a TMI, maior a mortalidade no trânsito, além de correlação negativa com o IDH-M (r = - 0,41; P = 0,038) e com o ICV (r = - 0,58; P = 0,02). Quando se avaliaram o IDH-M e o ICV separados em suas dimensões, a dimensão renda de ambos indicadores foi a única que não demonstrou correlação com o IM- -V. As demais dimensões do IDH-M e ICV demonstraram correlação negativa, sendo que a dimensão infância (r = - 0,62; P = 0,001) apresentou a maior correlação. A análise da asso-ciação entre o IM-V e a PCJ-ATV não demonstrou correlação, mas, quando avaliada a asso-ciação com a PRJ nas capitais, houve forte correlação positiva (r = 0,59; P = 0,002). No estudo de caso controle, quando avaliada a relação entre condutores envolvidos em acidentes com vítima fatal e adolescência, sexo masculino e consumo de álcool, não foi observada asso-ciação importante em nenhum dos fatores em estudo. Conclusões - Apesar de os indicadores de eventos relacionados ao trânsito (IAT- -V, IF-V e IM-V) terem apresentado uma tendência decrescente durante o período de estudo, acidentes de trânsito continuam sendo um grave problema de saúde pública. O estudo ecológico evidenciou a existência de relação entre o IM-V e os indicadores sociais (TMI, IDH-M e ICV), sendo que a dimensão renda não demonstrou correlação e a dimensão infância apresen-tou a correlação negativa de maior valor. Quanto à PCJ-ATV, não foi encontrada associação relevante entre este indicador e o IM-V. Entretanto, observou-se forte associação entre a PRJ e o IM-V. O estudo de caso controle não evidenciou associação entre adolescência e os de-mais fatores estudados e maior risco para acidente de trânsito fatal.
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spelling Sauer, Maria Teresa NardinWagner, Mario Bernardes2007-06-06T17:16:08Z2001http://hdl.handle.net/10183/1602000303698Introdução - Os acidentes de trânsito são um grave problema de saúde pública universal, em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando entre as primeiras causas de morte em quase todos os países do mundo (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). No Brasil, assu-mem grande relevância, especialmente pela alta morbidade e mortalidade, predominância em populações jovens e/ou economicamente ativas, maior perda de anos de vida produtiva e ele-vado custo direto e indireto para a sociedade. Objetivo - Os objetivos deste trabalho foram descrever a magnitude da mortali-dade por acidentes de trânsito, avaliar sua correlação com indicadores sociais e proporção de jovens na população e testar a sua associação com adolescência, sexo masculino e consumo de álcool. Material e Métodos - Foi realizado, inicialmente, um estudo ecológico envolven-do todas as capitais das unidades da federação e Distrito Federal (exceto o município do Rio de Janeiro), com coleta de dados sobre acidentes de trânsito com vítimas no Departamento Nacional de Trânsito. Foram descritos os índices de acidentes de trânsito com vítimas p/ 1.000 veículos (IAT-V) e de feridos p/ 1.000 veículos (IF-V) referentes aos anos de 1995, 1997 e 1998 e o índice de mortos p/ 10.000 veículos (IM-V) referente ao período de 1995 a 1998. Em seguida, avaliou-se a existência de correlação entre o IM-V e taxa de mortalidade infantil (TMI), índice municipal de desenvolvimento humano (IDH-M), índice de condições de vida (ICV), proporção de condutores adolescentes envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas (PCJ-ATV) e proporção de residentes jovens (PRJ) nas diferentes capitais. Em um segundo momento, realizou-se um estudo de caso controle, onde foram estudados 863 condu-tores envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas atendidos no Departamento Médico Legal de Porto Alegre, no período de 1998 a 1999. Os condutores foram divididos em dois grupos: condutores envolvidos em acidentes de trânsito com vítima fatal (casos) e com vítima não fatal (controles). Os grupos foram comparados com relação a adolescência, sexo mascu-lino e consumo de álcool, através da razão de chances e seu intervalo de confiança, com signi-ficância determinada pelo teste de qui-quadrado. Resultados - No estudo ecológico, observou-se, no Brasil, uma tendência decres-cente quanto aos indicadores de eventos relacionados ao trânsito no período de 1995 a 1998. Nas capitais das unidades da federação e Distrito Federal, apesar da ampla variação apresenta-da, a maioria manteve a mesma tendência decrescente observada para o país como um todo. Na análise das correlações entre o IM-V e os indicadores sociais, observou-se forte correlação positiva com a TMI (r = 0,57; P = 0,002), ou seja, quanto maior a TMI, maior a mortalidade no trânsito, além de correlação negativa com o IDH-M (r = - 0,41; P = 0,038) e com o ICV (r = - 0,58; P = 0,02). Quando se avaliaram o IDH-M e o ICV separados em suas dimensões, a dimensão renda de ambos indicadores foi a única que não demonstrou correlação com o IM- -V. As demais dimensões do IDH-M e ICV demonstraram correlação negativa, sendo que a dimensão infância (r = - 0,62; P = 0,001) apresentou a maior correlação. A análise da asso-ciação entre o IM-V e a PCJ-ATV não demonstrou correlação, mas, quando avaliada a asso-ciação com a PRJ nas capitais, houve forte correlação positiva (r = 0,59; P = 0,002). No estudo de caso controle, quando avaliada a relação entre condutores envolvidos em acidentes com vítima fatal e adolescência, sexo masculino e consumo de álcool, não foi observada asso-ciação importante em nenhum dos fatores em estudo. Conclusões - Apesar de os indicadores de eventos relacionados ao trânsito (IAT- -V, IF-V e IM-V) terem apresentado uma tendência decrescente durante o período de estudo, acidentes de trânsito continuam sendo um grave problema de saúde pública. O estudo ecológico evidenciou a existência de relação entre o IM-V e os indicadores sociais (TMI, IDH-M e ICV), sendo que a dimensão renda não demonstrou correlação e a dimensão infância apresen-tou a correlação negativa de maior valor. Quanto à PCJ-ATV, não foi encontrada associação relevante entre este indicador e o IM-V. Entretanto, observou-se forte associação entre a PRJ e o IM-V. O estudo de caso controle não evidenciou associação entre adolescência e os de-mais fatores estudados e maior risco para acidente de trânsito fatal.Introduction - Motor vehicle accidents are a serious and universal public health concern in industrialized and nonindustrialized countries, and are among the first causes of death in almost every country (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). In Brazil, motor vehicle accidents are extremely relevant since they present high morbidity and mortality rates, high prevalence among young and/or economically active individuals, greater productive life losses, and direct and indirect high cost for society. Objective – The aim of this study is to present the magnitude of deaths due to motor vehicle accidents, evaluate their correlation with social markers and the proportion of young individuals involved, as well as assess their association with adolescence, male gender, and alcohol consumption. Material and Methods - An ecological study was initially carried out in all Brazilian state capitals (except Rio de Janeiro) and also in the Distrito Federal (Federal District). This study consisted of a data collection on fatal traffic accidents at the Brazilian Traffic Department. The fatality and injury rate per 1.000 vehicles (FIR-V) and injury rate per 1.000 vehicles (IR- -V) in 1995, 1997 and 1998, were analyzed. The fatality rate per 10.000 vehicles (FR-V) between 1995 and 1998 was also recorded. After that, the correlation between FR-V and infant mortality rate (IMR), municipal human development index (MHDI), living condition (LC), number of adolescent drivers involved in fatal traffic accidents (AD-FTA), and adolescent population in different state capital cities (APSCC) were analyzed. In a second moment, a case-control study was conducted – 863 drivers involved in fatal traffic accidents whose victims were referred to the Porto Alegre City Coroner’s Office between 1998 and 1999 were studied. Drivers were classified into two categories: drivers involved in fatal traffic accidents (cases), and drivers involved in nonfatal traffic accidents (controls). The groups were compared in terms of adolescent drivers, male drivers, and alcohol consumption through the odds ratio, and confidence interval; the significance was determined by the chi-square test. Results - The ecological study revealed a decreasing tendency of motor vehicle accidents between 1995 and 1998 in Brazil. In spite of the wide variation presented, most state capitals and the Distrito Federal showed the same decreasing tendency observed in the country. We observed a strong positive correlation of FR-V and social markers with the IMR (r = 0.57; P = 0.002), that is, the higher the IMR, the higher the number of deaths caused by motor vehicle accidents was. In addition, there was a negative correlation with the MHDI (r = - 0.41; P = 0.038) and the LC (r = - 0.58; P = 0.02). When the MHDI and the LC were assessed separately, income dimension did not present any correlation with the FR-V in both indicators. The other MDHI and LC variables showed negative correlation, and the infant and childhood dimension revealed a higher correlation (r = - 0.62; P = 0.001). The analysis of the association between FR-V and AD-FTA did not present any correlation; however, when the association with the APSCC was assessed, there a strongly positive correlation (r = 0.59; P = 0.002). In the case-control study, the relationship between drivers involved in fatal traffic accidents, and adolescent drivers, male drivers, and alcohol consumption did not show significant association as to any of the factors analyzed. Conclusions - Although traffic-related event rates (FIR-V, IR-V and FR-V) have shown a decreasing tendency during the study period, motor vehicle accidents continue to be a serious public health problem. The ecological study also showed an association between the FR-V and social markers (IMR, MHDI and LC); income dimension, however, did not present any correlation, and the infant and childhood dimension had the highest negative correlation. No relevant association was observed between the AD-FTA and the FR-V. There was, however, a strong association between the APSCC and FR-V. The case-control study did not reveal any association between adolescent drivers and the other factors analyzed, and higher risk for fatal traffic accidents.application/pdfporAcidentes de trânsitoMortalidadeAdolescenteFatores socioeconômicosComportamento do adolescenteConsumo de bebidas alcoolicasPorto Alegre (RS)Acidentes de trânsito fatais e sua associação com indicadores sociais e adolescênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina : Pediatria e Ciências Aplicadas à PediatriaPorto Alegre, BR-RS2001mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000303698.pdf000303698.pdfTexto completoapplication/pdf1516828http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1602/1/000303698.pdf3c4e8ab08c53f38fb8ed881085bfcf97MD51TEXT000303698.pdf.txt000303698.pdf.txtExtracted Texttext/plain220066http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1602/2/000303698.pdf.txtf41f6eb3fdfb03980f1c64cdb6b7f95aMD52THUMBNAIL000303698.pdf.jpg000303698.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1491http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1602/3/000303698.pdf.jpg6522bcf97960fec9b37d3eab5dfd8207MD5310183/16022023-06-22 03:31:03.211404oai:www.lume.ufrgs.br:10183/1602Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-22T06:31:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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