Validade e reprodutibilidade do instrumento flexicurva para avaliação da flexibilidade da coluna torácica e lombar

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Autor(a) principal: Valle, Marja Bochehin do
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/172449
Resumo: Pesquisadores têm buscado métodos confiáveis, não invasivos, práticos e de baixo custo para avaliar a flexibilidade da coluna vertebral. O instrumento Flexicurva consiste em uma régua de metal flexível coberta de plástico que moldado nas costas do indivíduo replica a forma da coluna vertebral. Alguns estudos propõem seu uso para avaliar a flexibilidade da coluna lombar no plano sagital, no entanto, a validade e a reprodutibilidade desse instrumento para a coluna torácica ainda não foi pesquisada. Neste contexto, essa dissertação apresenta dois estudos, cujos foram: (Estudo 1) identificar, a partir de uma revisão sistemática,quais são os métodos e instrumentos utilizados a para avaliar a flexibilidade da coluna vetebral torácica e lombar no plano sagital que apresentem validade e/ou repetibilidade e/ou reprodutibilidade confirmados, evidenciando seus respectivos índices psicométricos; (Estudo 2) avaliar se o Flexicurva é capaz de fornecer informações válidas e reprodutíveis para avaliação da flexibilidade de flexão e extensão da curvatura torácica e lombar. Para o Estudo1 foram realizadas buscas no banco de dados BIREME, EMBASE, PEDro, PubMed, Science Direct, SCOPUS e Web of Science, além de buscas manuais. Dois revisores independentes realizaram a seleção dos estudos, avaliaram a qualidade metodológica, o risco de viés e extraíram os dados. O sistema GRADE foi utilizado para avaliar a qualidade da evidencia. Foram incluídos 46 estudos, dos quais foram extraídos o número de participantes, o protocolo de avaliação e os índices psicométricos. Apenas sete estudos foram incluídos na análise quantitativa por meio de metanálise, suportando que há evidência científica apenas no que diz respeito à reprodutibilidade interavaliador do instrumento fita métrica no teste de Schöber modificado para o movimento de flexão lombar e a reprodutibilidade intra-avaliador dos instrumentos Flexicurva e sistema de análise de vídeo para os movimentos de extensão e flexão lombar. Para o Estudo 2, na avaliação da reprodutibilidade, 38 indivíduos tiveram a flexibilidade da coluna torácica e lombar avaliada nas posições em flexão e em extensão máximas. O molde com o Flexicurva foi realizado no mesmo dia, por três avaliadores (reprodutibilidade inter-avaliador); um avaliador realizou uma nova avaliação com um intervalo de sete dias (reprodutibilidade teste-reteste e intra-avaliador). Para avaliação da validade, 50 indivíduos foram avaliados com o Flexicurva e com o sistema de vídeo BTS Smart-DX (BTS Bioengineering, EUA) no primeiro dia, nas mesmas posições em flexão e em extensão máximasda coluna torácica e lombar. Os seguintes testes estatísticos foram utilizados: (1) para a validade: Coeficiente de Correlação Produto-momento de Pearson (r), Análise gráfica de Bland Altman, teste t independente e Erro RMS; (2) para a análise da reprodutibilidade teste-reteste, intra e interavaliador: ICC, SEM e MDC. (<0,05). Os resultados mostraram para a reprodutibilidade intraavaliador ICCs excelentes; reprodutibilidade teste-reteste ICCs de satisfatórios a pobre; e reprodutibilidade interavaliador ICCs satisfatórios para todas as variáveis. Os valores de SEM e MDC variaram de 0,9° a 8,3° e 0,4° a 16,3°, respectivamente. Quanto à validade do Flexicurva, encontrou-se correlação variando de excelente a fraca e erro RMS de 7,6° a 18,2°. Com base no Estudo 1, conclui-se que os resultados da revisão sistemática indicam baixa evidência científica sobre a validade, repetibilidade e reprodutibilidade dos 4 instrumentos e métodos indicados para a avaliação da flexibilidade da coluna vertebral torácica e lombar. Com base no Estudo 2,conclui-se que os resultados da reprodutibilidade devem ser vistos com prudência, devido aos altos valores de SEM e MDC, que indicam, em média, um erro de medida associado. Embora níveis aceitáveis de validade do Flexicurva tenham sido encontrados, sua utilização na flexão torácica e extensão lombar deve ser cautelosa.
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Neste contexto, essa dissertação apresenta dois estudos, cujos foram: (Estudo 1) identificar, a partir de uma revisão sistemática,quais são os métodos e instrumentos utilizados a para avaliar a flexibilidade da coluna vetebral torácica e lombar no plano sagital que apresentem validade e/ou repetibilidade e/ou reprodutibilidade confirmados, evidenciando seus respectivos índices psicométricos; (Estudo 2) avaliar se o Flexicurva é capaz de fornecer informações válidas e reprodutíveis para avaliação da flexibilidade de flexão e extensão da curvatura torácica e lombar. Para o Estudo1 foram realizadas buscas no banco de dados BIREME, EMBASE, PEDro, PubMed, Science Direct, SCOPUS e Web of Science, além de buscas manuais. Dois revisores independentes realizaram a seleção dos estudos, avaliaram a qualidade metodológica, o risco de viés e extraíram os dados. O sistema GRADE foi utilizado para avaliar a qualidade da evidencia. Foram incluídos 46 estudos, dos quais foram extraídos o número de participantes, o protocolo de avaliação e os índices psicométricos. Apenas sete estudos foram incluídos na análise quantitativa por meio de metanálise, suportando que há evidência científica apenas no que diz respeito à reprodutibilidade interavaliador do instrumento fita métrica no teste de Schöber modificado para o movimento de flexão lombar e a reprodutibilidade intra-avaliador dos instrumentos Flexicurva e sistema de análise de vídeo para os movimentos de extensão e flexão lombar. Para o Estudo 2, na avaliação da reprodutibilidade, 38 indivíduos tiveram a flexibilidade da coluna torácica e lombar avaliada nas posições em flexão e em extensão máximas. O molde com o Flexicurva foi realizado no mesmo dia, por três avaliadores (reprodutibilidade inter-avaliador); um avaliador realizou uma nova avaliação com um intervalo de sete dias (reprodutibilidade teste-reteste e intra-avaliador). Para avaliação da validade, 50 indivíduos foram avaliados com o Flexicurva e com o sistema de vídeo BTS Smart-DX (BTS Bioengineering, EUA) no primeiro dia, nas mesmas posições em flexão e em extensão máximasda coluna torácica e lombar. Os seguintes testes estatísticos foram utilizados: (1) para a validade: Coeficiente de Correlação Produto-momento de Pearson (r), Análise gráfica de Bland Altman, teste t independente e Erro RMS; (2) para a análise da reprodutibilidade teste-reteste, intra e interavaliador: ICC, SEM e MDC. (<0,05). Os resultados mostraram para a reprodutibilidade intraavaliador ICCs excelentes; reprodutibilidade teste-reteste ICCs de satisfatórios a pobre; e reprodutibilidade interavaliador ICCs satisfatórios para todas as variáveis. Os valores de SEM e MDC variaram de 0,9° a 8,3° e 0,4° a 16,3°, respectivamente. Quanto à validade do Flexicurva, encontrou-se correlação variando de excelente a fraca e erro RMS de 7,6° a 18,2°. Com base no Estudo 1, conclui-se que os resultados da revisão sistemática indicam baixa evidência científica sobre a validade, repetibilidade e reprodutibilidade dos 4 instrumentos e métodos indicados para a avaliação da flexibilidade da coluna vertebral torácica e lombar. Com base no Estudo 2,conclui-se que os resultados da reprodutibilidade devem ser vistos com prudência, devido aos altos valores de SEM e MDC, que indicam, em média, um erro de medida associado. Embora níveis aceitáveis de validade do Flexicurva tenham sido encontrados, sua utilização na flexão torácica e extensão lombar deve ser cautelosa.Researchers have looking for reliable, non-invasive, practical and inexpensive methods to assess spine flexibility. The Flexicurve instrument consists of a flexible metal ruler covered in plastic and can be molded on the back of the individual, replicating the shape of the spine. Some studies propose its use to evaluate the flexibility of the lumbar spine in the sagittal plane, however, a validity and a reproducibility of this instrument for a thoracic spine has not been researched yet. In this context, this study presents two studies, which were: (Study 1) to identify, from a systematic review, the methods and instruments used to evaluate the flexibility of the thoracic and lumbar vertebral column in the sagittal plane that have confirmed validity and/ or repeatability and/ or reproducibility, evidencing their respective indexes psychometric; (Study 2) to access whether Flexicurve is capable of providing valid and reproducible information for assessing the flexibility of flexion and extension of the thoracic and lumbar curvature. For Study 1, searches were performed on BIREME, EMBASE, PEDro, PubMed, Science Direct, SCOPUS and Web of Science databases, as well as manual searches. Two independent reviewers selected the studies, assessed methodological quality, risk of bias, and extracted data. The GRADE system was used to evaluate the quality of the evidence. We included 46 studies, from which the number of participants, the evaluation protocol and the psychometric indexes were extracted. Only seven studies were included in the quantitative analysis by means of meta-analysis, supporting that there is scientific evidence only regarding the interobserver reproducibility of the metric tape measure instrument in the modified Schöber test for the lumbar flexion movement and the intra-observer reproducibility of the Flexicurve instruments and video analysis system for the movements of extension and lumbar flexion. For Study 2, in the evaluation of reproducibility, 38 subjects had the flexibility of the thoracic and lumbar spine evaluated at the positions of maximal flexion and extension. The model with Flexicurve was performed on the same day by three evaluators (inter-observer reproducibility); an evaluator performed a new evaluation with a seven-day interval (test-retest and intra-rater reproducibility). To evaluate the validity, 50 subjects were evaluated with the Flexicurva and BTS Smart-DX video system (BTS Bioengineering, USA) on the first day, in the same positions at maximal flexion and extension of the thoracic and lumbar spine. The following statistical tests were used: (1) for validity: Pearson's product-moment correlation coefficient (r), Bland Altman graphical analysis, independent t-test and RMS error; (2) for the analysis of test-retest, intra and inter-rater reproducibility: ICC, SEM and MDC (<0,05). The results showed for intra-observer reproducibility excellent ICCs; Reproducibility test-retest ICCs ranged from satisfactory to poor; and interobserver reproducibility ICCs was satisfactory for all variables. The SEM and MDC values ranged from 0,9° to 8,3° and 0,4° to 16,3°, respectively. Regarding the validity of Flexicurve, correlation was found ranging from excellent to weak and RMS error from 7,6° to 18,2°. Based on Study 1, it is concluded that the results of the systematic review indicate low scientific evidence on the validity, repeatability and reproducibility of the instruments and methods indicated for assessing the flexibility of the thoracic and lumbar spine. Based on Study 2, it is concluded that the reproducibility results should be viewed with caution, due to high SEM and MDC values, which indicate, on average, an associated measurement error. Although acceptable levels of Flexicurve validity have been found, its use in chest flexion and lumbar extension should be cautious.application/pdfporAvaliaçãoColuna vertebralEstudos de validaçãoEvaluationValidation studiesSpinal columnFlexibilityValidade e reprodutibilidade do instrumento flexicurva para avaliação da flexibilidade da coluna torácica e lombarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2017.mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001057116.pdf001057116.pdfTexto completoapplication/pdf1091671http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172449/1/001057116.pdf28410a97cade9254ffb624002eb8e552MD51TEXT001057116.pdf.txt001057116.pdf.txtExtracted Texttext/plain142104http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172449/2/001057116.pdf.txt575c5d1860facb44bd674060fb64f3feMD52THUMBNAIL001057116.pdf.jpg001057116.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1260http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172449/3/001057116.pdf.jpg143e2214ecc9cac1d4afbbe73b722492MD5310183/1724492018-10-25 10:08:01.067oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172449Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-25T13:08:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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