Mediações pedagógicas : entre a educação de jovens e adultos e o trabalho

• Autor(a) principal: Vivian, Danise
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/14742
• topic: Prática pedagógica; Educação de jovens e adultos; Trabalho; Education of young people and adults; Pedagogical practice; Emancipation; Education; Work

A análise das mediações pedagógicas entre a educação de jovens e adultos (EJA) e o trabalho, constituída a partir da observação das práticas educativas desenvolvidas em uma escola municipal de EJA, é o que define esta pesquisa. A compreensão dessa questão fundamentou-se na observação das atividades promovidas nessa escola que remetiam à questão do trabalho, atentando para a promoção de uma prática emancipatória e para que tipo de trabalho a escola contribuía com a sua formação. Este estudo inscreve-se como uma pesquisa qualitativa, com inspiração no estudo de caso, e desenvolveu-se com o auxílio da observação, análise documental, questionário e entrevistas semi-estruturadas com assessores pedagógicos municipais da EJA, alunos, professores, coordenadora pedagógica e articuladora cultural da escola estudada, como meios de coleta de dados. O desenvolvimento do estudo, situado no campo da educação e trabalho, apontou para diferentes movimentos de mediação pedagógica entre a EJA e o trabalho. Um deles é a tentativa dos professores de manter a reflexão teórica sobre as possibilidades de os alunos gerarem trabalho e renda na ausência da materialização das oficinas semanais para esse fim. Outro movimento corresponde ao interesse dos alunos e professores em buscar promover aprendizagens que auxiliam a procura de emprego. Para além destes movimentos, há ainda outro que se relaciona com a percepção dos professores de seus educandos como sujeitos trabalhadores, buscando integrar os conhecimentos do aluno trabalhador com os saberes escolares promovidos. Por esses diferentes movimentos, a escola acaba promovendo uma formação híbrida do trabalho: para o mercado formal e para a geração de trabalho e renda. Por fim, a escuta atenciosa dos alunos e a formação curricular da escola contribuem para a construção de saberes vinculados à vida prática e para a formação dos educandos na perspectiva da emancipação.