Fitodesinfecção aplicada a águas na perspectiva da agricultura familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Alexandre Rocha
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/25596
Resumo: As previsões mais otimistas para o mundo no segundo milênio alertam para a escassez de água. Esta terá como origem a redução de volume de água doce aproveitável, o desperdício e poluição das fontes de água. O cloro, usado para a desinfecção, se combina com os resíduos de matéria orgânica remanescente do tratamento da água de consumo formando os organoclorados (produtos potencialmente cancerígenos). A proposta deste trabalho, é oferecer subsídio à sanitização da água buscando, pelo resgate etnográfico, recursos naturais sustentáveis, renováveis e ecologicamente corretos como alternativa para o tratamento da água na pequena propriedade rural. Das dezoito plantas indicadas e triadas na forma de extratos hidro-alcoólicos quanto a Intensidade de Atividade Antibacteriana (IAAB), selecionou-se os cinco que tiveram o melhor desempenho no controle das bactérias em teste (duas gram positivas e duas gram negativas). Os extratos escolhidos passaram pelo teste de Concentração Inibitória Mínima/Concentração Bactericida Mínima (CIM/CBM). O que mais se destacou foi o extrato de Sete Sangrias (Cuphea Carthagenensis (Jacq.) Macbride) que controlou as bactérias desafiantes até a concentração de 10%. Estes extratos também foram testados quanto à citotoxicidade e constatou-se que a Baleeira (Cordia curassavica), Folha da Fortuna (Bryophyllum pinatum Kurz.) e a Sete Sangrias (Cuphea cathagenensis (Jacq.) Macbride) foram citotóxicas em concentrações entre 1 e 10 % sem diferença estatística para o teste de Duncam (p=0,99).Embora a confrontação da capacidade desinfetante e o efeito tóxico apresentados pelos extratos de plantas sejam considerados animadores, não os recomendamos para uso como desinfetantes de volumes hídricos uma vez que a concentração mais baixa efetiva foi a de 10%.
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Das dezoito plantas indicadas e triadas na forma de extratos hidro-alcoólicos quanto a Intensidade de Atividade Antibacteriana (IAAB), selecionou-se os cinco que tiveram o melhor desempenho no controle das bactérias em teste (duas gram positivas e duas gram negativas). Os extratos escolhidos passaram pelo teste de Concentração Inibitória Mínima/Concentração Bactericida Mínima (CIM/CBM). O que mais se destacou foi o extrato de Sete Sangrias (Cuphea Carthagenensis (Jacq.) Macbride) que controlou as bactérias desafiantes até a concentração de 10%. Estes extratos também foram testados quanto à citotoxicidade e constatou-se que a Baleeira (Cordia curassavica), Folha da Fortuna (Bryophyllum pinatum Kurz.) e a Sete Sangrias (Cuphea cathagenensis (Jacq.) Macbride) foram citotóxicas em concentrações entre 1 e 10 % sem diferença estatística para o teste de Duncam (p=0,99).Embora a confrontação da capacidade desinfetante e o efeito tóxico apresentados pelos extratos de plantas sejam considerados animadores, não os recomendamos para uso como desinfetantes de volumes hídricos uma vez que a concentração mais baixa efetiva foi a de 10%.The most optimistic forecast for the world in the second millennium calls attention to the water shortage. This shortage will have as its origin the reduction of volume of useable fresh water, waste and pollution of the water resources. The chlorine, used for disinfection, combines with the residues of organic matter remaining from the treatment of water for consumption forming organochlorides (potentially carcinogenic products). The aim of this work is to offer options to the sanitation of water searching, by ethnographic rescue, natural resources which are sustainable, renewable and ecologically correct as an alternative for water treatment in small rural farms. From the eighteen plants indicated and screened in the form of hydroalcoholic extracts regarding their Antibacterial Activity Intensity (IAAB), the five that showed better performance in the control of bacteria (two Gram positive and two Gram negative), were selected. The chosen extracts were submitted to the test of Minimal Inhibitory Concentration/ Minimal Bactericide Concentration (CIM/CBM). The one that showed the best performance was Sete Sangrias (Cuphea Carthagenensis (Jacq.) Macbride), which controlled the tested bacteria dilution up to 10%. These extracts were also tested regarding their cytotoxicity and it was verified that Baleeira (Cordia curassavica), Folha da Fortuna (Bryophyllum pinatum Kurz.) and Sete sangrias (Cuphea cathagenensis (Jacq.) Macbride) were cytotoxic in concentrations between 1 and 10%, without statistic difference by the Duncam test (p=0,99). Although the confrontation of disinfection capacity and the toxic effect presented by the plant extracts are considered encouraging, we do not recommend them for use as disinfectants of water, as the lowest effective concentration obtained was 10%.application/pdfporPlantas medicinaisDesinfeccao : PlantasEtnografiaAgricultura familiarDesinfectionCytoxicityMedicinal plantsEthnographic rescueFitodesinfecção aplicada a águas na perspectiva da agricultura familiarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2005doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000754345.pdf.txt000754345.pdf.txtExtracted Texttext/plain176989http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25596/2/000754345.pdf.txt2e17ba944c2025e229190770e77e9f8fMD52ORIGINAL000754345.pdf000754345.pdfTexto completoapplication/pdf724002http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25596/1/000754345.pdfbba9fd9b530512f4824f58057a330261MD51THUMBNAIL000754345.pdf.jpg000754345.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1089http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25596/3/000754345.pdf.jpgdf9faed76efef6628e5ff85d98eb8bb4MD5310183/255962018-10-17 08:39:43.7oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25596Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:39:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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