Prevalência de lesões cervicais de alto risco para câncer de colo do útero em mulheres menores de 26 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/196863 |
Resumo: | Introdução e objetivo: O câncer de colo do útero no Brasil representa o terceiro tumor mais frequente no sexo feminino, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. O ínicio do rastreamento populacional e sua periodicidade divergem na literatura. O Ministério da Saúde recomenda que o rastreamento com exame citopatológico seja realizado preferencialmente a partir dos 25 anos de idade para mulheres que já tenham iniciado atividade sexual. O objetivo deste estudo é descrever a prevalência local de citologia de colo uterino alterada em pacientes adolescentes e adultas jovens e avaliar as características do grupo que apresentar lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL). Método: Estudo retrospectivo realizado na cidade de Porto Alegre no período compreendido entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017. A amostra do estudo foi constituída por exames citopatológicos de mulheres com idade menor ou igual a 25 anos, coletados no Sistema Único de Saúde, na atenção primária. Os dados coletados foram extraídos de uma base de dados digitalizada pertencente ao programa de rastreamento regional. Os dados clínicos das pacientes com HSIL foram acessados a partir dos registros eletrônicos disponíveis. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS versão 18.0 (Chicago: SPSS Inc., 2009). Resultados: A amostra constituiu-se por 26225 exames citopatológicos, em pacientes entre 10 e 25 anos. Alterações escamosas cervicais foram identificadas em 4,3%: 737 (2,8%) com células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US), 14 (0,1%) com células escamosas atípicas, não podendo excluir HSIL, 348 (1,3%) com lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) e 38 (0,1%) com HSIL. Não houve casos documentados de células glandulares atípicas, adenocarcinoma ou carcinoma invasor. Houve diferença estatisticamente significativa na prevalência de HSIL conforme o grupo etário: pacientes até 21 anos (0,1%), 21 a 24 anos (0,2%) e 25 anos (0,2%) (p=0,015). O seguimento das pacientes HSIL foi possível em 73,7% dos casos (28/38). A exérese da zona de transformação foi realizada em 12 pacientes, sendo em 9 casos confirmado o diagnóstico de HSIL em exame anatomopatológico. Conclusão: Devido a baixa prevalência da HSIL antes dos 21 anos, sugerese que o início do rastreamento para câncer de colo do útero seja realizado a partir desta idade. |
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Canabarro, Carolina TraviSalcedo, Mila de Moura Behar PontremoliPessini, Suzana Arenhart2019-07-12T02:36:19Z2018http://hdl.handle.net/10183/196863001090975Introdução e objetivo: O câncer de colo do útero no Brasil representa o terceiro tumor mais frequente no sexo feminino, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. O ínicio do rastreamento populacional e sua periodicidade divergem na literatura. O Ministério da Saúde recomenda que o rastreamento com exame citopatológico seja realizado preferencialmente a partir dos 25 anos de idade para mulheres que já tenham iniciado atividade sexual. O objetivo deste estudo é descrever a prevalência local de citologia de colo uterino alterada em pacientes adolescentes e adultas jovens e avaliar as características do grupo que apresentar lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL). Método: Estudo retrospectivo realizado na cidade de Porto Alegre no período compreendido entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017. A amostra do estudo foi constituída por exames citopatológicos de mulheres com idade menor ou igual a 25 anos, coletados no Sistema Único de Saúde, na atenção primária. Os dados coletados foram extraídos de uma base de dados digitalizada pertencente ao programa de rastreamento regional. Os dados clínicos das pacientes com HSIL foram acessados a partir dos registros eletrônicos disponíveis. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS versão 18.0 (Chicago: SPSS Inc., 2009). Resultados: A amostra constituiu-se por 26225 exames citopatológicos, em pacientes entre 10 e 25 anos. Alterações escamosas cervicais foram identificadas em 4,3%: 737 (2,8%) com células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US), 14 (0,1%) com células escamosas atípicas, não podendo excluir HSIL, 348 (1,3%) com lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) e 38 (0,1%) com HSIL. Não houve casos documentados de células glandulares atípicas, adenocarcinoma ou carcinoma invasor. Houve diferença estatisticamente significativa na prevalência de HSIL conforme o grupo etário: pacientes até 21 anos (0,1%), 21 a 24 anos (0,2%) e 25 anos (0,2%) (p=0,015). O seguimento das pacientes HSIL foi possível em 73,7% dos casos (28/38). A exérese da zona de transformação foi realizada em 12 pacientes, sendo em 9 casos confirmado o diagnóstico de HSIL em exame anatomopatológico. Conclusão: Devido a baixa prevalência da HSIL antes dos 21 anos, sugerese que o início do rastreamento para câncer de colo do útero seja realizado a partir desta idade.Introduction and objective: In Brazil, cervical cancer represents the third most frequent cancer in women. The age of starting screening and its periodicity diverge in the current knowledge. The Brazilian government guideline suggests the cervical cancer screening should start at 25 years old. The objective of this study is to describe the local prevalence of cervical intraepithelial lesions in Pap Test in a population of adolescents and young adults and evaluate the characteristics of the group of high-grade squamous intraepithelial lesions (HSIL). Methods: Retrospective descriptive cross-sectional study conducted in the city of Porto Alegre in the period between January of 2016 to December of 2017, enrolling cervical cytology from women 25-year-old or younger in primary care settings. Data were collected from digitized database from local screening cervical cancer program. The medical records were accessed in hospitals of the city that the patients with high grade Pap results were referred to. Statistical analysis was performed using SPSS version 18.0 (Chicago: SPSS Inc., 2009). Results: A total of 26225 cervical cytology exams were included from patients between 10 to 25 years old. Cervical intraepithelial cell abnormalities were identified in 4.3%: 737 (2.8%) with atypical squamous cells of undetermined significance (ASC-US), 14 (0.1%) with atypical squamous cell, cannot exclude HSIL (ASC-H), 348 (1.3%) with low-grade squamous intraepithelial lesion (LSIL), 38 (0.1%) with HSIL. There weren’t cases of atypical glandular cells, adenocarcinoma or squamous cell carcinoma or other malignant neoplasms. There was statistically significant difference between HSIL prevalence in patients up to 21 years (0.1%), 21 to 24 years (0.2%) and 25 years (0.2%), (p=0.015). Follow-up was possible in 73.7% (28/38) of the HSIL Pap Tests. Excision of transformation zone was performed in 12 patients and in 9 the final pathology result confirmed HSIL. Conclusions: Considering the low prevalence of HSIL before 21 years old, we suggest that screening for cervical cancer screening start from this age.application/pdfporPapillomaviridaeNeoplasias do colo do úteroLesões intraepiteliais escamosas cervicaisPrevalênciaAdolescenteMulheresColposcopiaTeste de PapanicolauCervical cancerSquamous intraepithelial lesionYoung adultAdolescentScreeningPrevalência de lesões cervicais de alto risco para câncer de colo do útero em mulheres menores de 26 anosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001090975.pdf.txt001090975.pdf.txtExtracted Texttext/plain143880http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196863/2/001090975.pdf.txt7f48226efafeda2113d8893c06fd0736MD52ORIGINAL001090975.pdfTexto completoapplication/pdf2926518http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196863/1/001090975.pdf863732ff361db3b1bbe8055491aa2b8fMD5110183/1968632022-09-01 05:02:03.555605oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196863Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-01T08:02:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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