Prevalência e valor prognóstico de marcadores moleculares em tumores colorretais esporádicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coura, Renata dos Santos
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/10936
Resumo: O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tumor em freqüência e o segundo em mortalidade nos países desenvolvidos. No Brasil, está entre as seis neoplasias malignas mais encontradas e é a terceira em mortalidade. Dentre todos os casos de CCR, cerca de 85% são esporádicos. A avaliação de prognóstico se baseia atualmente apenas em parâmetros clínico-patológicos e morfológicos, uma vez que o valor de marcadores moleculares para o prognóstico ainda precisa ser melhor esclarecido. Mutações em genes de reparo de malpareamento de DNA (MMR) estão associadas principalmente com CCR hereditário, em especial na Sìndrome do Câncer Colorretal Hereditário Não-Polipomatoso (HNPCC), podendo também ser observadas em alguns casos de CCR esporádico. Essas mutações em genes MMR (hMSH2 e hMLH1, principalmente) resultam em falha na correção dos erros de replicação, que como conseqüência geram instabilidade de microssatélites (IMS). A freqüência de IMS é maior que 90% no HNPCC e cerca de 15% em CCRs esporádicos. Tumores com IMS tendem a apresentar melhor prognóstico. Mutações no oncogene K-ras estão presentes em alta freqüência em CCRs e desempenham um papel importante na patogênese da doença, tendo também sido associadas ao prognóstico. Este trabalho avalia a prevalência e o valor prognóstico de um painel de cinco marcadores para análise de instabilidade de microssatélites e de mutações no códon 12 do gene K-ras em tumores de reto. Além disso, também faz uma análise populacional descritiva do perfil dos microssatélites BAT-25 e BAT-26 em duas amostras do Rio Grande do Sul: uma de indivíduos com ascendência africana e outra de doadores de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A freqüência de IMS-H nos tumores de reto foi de 7.3%, e a de IMS-L foi de 51.2%. A freqüência de mutação no códon 12 do gene K-ras foi de 26.8%. Estes resultados estão de acordo com o descrito na literatura para tumores colorretais esporádicos. Não houve correlação significativa entre os achados moleculares, e os dados clínicos e histopatológicos. Mutações no códon 12 do gene K-ras apresentaram associação com o aspecto da cromatina nuclear e com a circularidade do núcleo. Pacientes com tumores com alto grau de instabilidade (IMS-H) mostraram uma melhor sobrevida. Mutações no códon 12 do gene K-ras não apresentaram correlação significativa com o prognóstico. Os locos BAT-25 e BAT-26 são polimórficos na população do Rio Grande do Sul, o que torna necessária a análise comparativa entre tecido normal e tecido tumoral para detecção de IMS. Nossos resultados descrevem o perfil destes dois marcadores moleculares em carcinomas de reto na população do Rio Grande do Sul. Além de sugerirem tendências importantes do seu possível valor prognóstico.
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Essas mutações em genes MMR (hMSH2 e hMLH1, principalmente) resultam em falha na correção dos erros de replicação, que como conseqüência geram instabilidade de microssatélites (IMS). A freqüência de IMS é maior que 90% no HNPCC e cerca de 15% em CCRs esporádicos. Tumores com IMS tendem a apresentar melhor prognóstico. Mutações no oncogene K-ras estão presentes em alta freqüência em CCRs e desempenham um papel importante na patogênese da doença, tendo também sido associadas ao prognóstico. Este trabalho avalia a prevalência e o valor prognóstico de um painel de cinco marcadores para análise de instabilidade de microssatélites e de mutações no códon 12 do gene K-ras em tumores de reto. Além disso, também faz uma análise populacional descritiva do perfil dos microssatélites BAT-25 e BAT-26 em duas amostras do Rio Grande do Sul: uma de indivíduos com ascendência africana e outra de doadores de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A freqüência de IMS-H nos tumores de reto foi de 7.3%, e a de IMS-L foi de 51.2%. A freqüência de mutação no códon 12 do gene K-ras foi de 26.8%. Estes resultados estão de acordo com o descrito na literatura para tumores colorretais esporádicos. Não houve correlação significativa entre os achados moleculares, e os dados clínicos e histopatológicos. Mutações no códon 12 do gene K-ras apresentaram associação com o aspecto da cromatina nuclear e com a circularidade do núcleo. Pacientes com tumores com alto grau de instabilidade (IMS-H) mostraram uma melhor sobrevida. Mutações no códon 12 do gene K-ras não apresentaram correlação significativa com o prognóstico. Os locos BAT-25 e BAT-26 são polimórficos na população do Rio Grande do Sul, o que torna necessária a análise comparativa entre tecido normal e tecido tumoral para detecção de IMS. Nossos resultados descrevem o perfil destes dois marcadores moleculares em carcinomas de reto na população do Rio Grande do Sul. Além de sugerirem tendências importantes do seu possível valor prognóstico.Colorectal cancer is the third tumor in frequency and the second in mortality in developed countries. In Brazil, it is one of the six most common cancers and the third in mortality. Prognostic evaluation is currently based only on clinicopathological and morphological parameters, since the prognostic value of molecular markers requires further elucidation. Microsatellite instability (MSI), which is caused by mutations in mismatch repair genes, are found in more than 90% of tumors of HNPCC and in about 15% of sporadic CRC. Mutations in the oncogene K-ras are present in a high frequency in CRCs and play an important role in pathogenesis of the disease. In this study we evaluate the prevalence and prognostic value of mutations in codon 12 of K-ras gene and of a panel of five markers for MSI analysis in sporadic colorectal tumors. Besides we made a descriptive populational analysis of the BAT-25 and BAT-26 microsatellites profile in two samples from Rio Grande do Sul. We found a high-level instability (MSI-H) frequency of 7.3%. Low-level instability and stability were found in 51.2% and 41.5% of patients, respectively. MSI-H showed significant association with better overall survival. We found a frequency of K-ras codon 12 mutations of 26.8%. There was not significant association of K-ras mutation with clinicopathological variables. K-ras mutation showed significant association with two morphological features: aspect and roundness. BAT-25 and BAT-26 showed polymorphism in the studied samples, what requires the comparative analysis between normal and tumoral tissue to assess IMS status. Our results have described the profile of these two molecular markers in rectal carcinomas in our population. Furthermore, they suggest important tendencies of their possible prognostic value that need to be well elucidated in a larger sample.application/pdfporMarcador molecularNeoplasias colorretaisPrevalência e valor prognóstico de marcadores moleculares em tumores colorretais esporádicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularPorto Alegre, BR-RS2005mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000592582.pdf000592582.pdfTexto completoapplication/pdf1560885http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10936/1/000592582.pdf00f6e558475356ed0ecb8e0d41130764MD51TEXT000592582.pdf.txt000592582.pdf.txtExtracted Texttext/plain228305http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10936/2/000592582.pdf.txteaa8c514165a1b6dbb8df6932be76316MD52THUMBNAIL000592582.pdf.jpg000592582.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1137http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10936/3/000592582.pdf.jpg645bf52b91f1005b6eca652dc5b7e345MD5310183/109362018-10-18 07:43:28.811oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10936Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:43:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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