Opacidade e teoria fonológica : de regras a restrições

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Cristine Ferreira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/12100
Resumo: Nesta tese, abordamos o fenômeno da opacidade fonológica. Para tanto, percorremos vários modelos teóricos. Iniciamos nosso estudo mostrando como a opacidade é encarada nas teorias gerativas que antecederam a TO. Sob a perspectiva de modelos baseados em regras, tais como a TGC e a FL, esse fenômeno é produto do ordenamento das regras. Essa ordem pode criar os efeitos considerandos transparentes e os efeitos considerados opacos. A formalização das regras, contudo, cede espaço às restrições na década de ’90. A TO elimina o excesso de representações intermediárias admitidas pelas teorias anteriores. A partir do ranking de restrições, uma língua é capaz de derivar o output mais harmônico, ou seja, aquele que não viola ou viola menos as restrições mais altas desse ordenamento. Atualmente, os pressupostos da TO têm sido amplamente adotados. Vários estudos em teoria fonológica assumem esse modelo, já que, sem dúvida, apresenta vantagens diante de abordagens baseadas em regras.No entanto, se há um consenso de que a gramática da TO é superior a outras propostas, há também uma consciência de que a teoria precisa refinar-se para abrigar todos os tipos de fenômenos existentes nas línguas. E a opacidade é um deles. Por isso, as generalizações que não podem ser explicadas pela teoria passam a ser alvo de muitas discussões na atualidade. No modelo baseado em restrições da Teoria da Otimidade, as generalizações opacas são ainda mais instigantes, já que a arquitetura padrão dessa teoria não é capaz de derivar muitas delas. Diante do impasse das interações opacas, muitas propostas têm sido desenvolvidas. Algumas se mantêm irredutíveis quanto ao formato inicial do modelo no que se refere ao paralelismo – Conjunção Local de restrições, Teoria da Simpatia e TO-CC. Outras optam por padrões de teorias anteriores, como estratos e níveis e, assim, agregam uma certa dose de serialismo ao paralelismo radical da Otimidade – LPM-TO e TO-Serial. Das abordagens que apresentamos, defendemos a estrutura gramatical oferecida pela Teoria da Otimidade Serial, sugerida por Itô e Mester (2003b). Pretendemos, com este estudo, contribuir ao debate atual sobre a opacidade, discutindo algumas dessas propostas a partir da análise de fenômenos opacos extraídos de línguas diversas. A partir dessa discussão, mostramos em que sentido o modelo aqui defendido é mais adequado para o exame de interações opacas.
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spelling Costa, Cristine FerreiraCollischonn, Gisela2008-03-12T04:11:13Z2007http://hdl.handle.net/10183/12100000619296Nesta tese, abordamos o fenômeno da opacidade fonológica. Para tanto, percorremos vários modelos teóricos. Iniciamos nosso estudo mostrando como a opacidade é encarada nas teorias gerativas que antecederam a TO. Sob a perspectiva de modelos baseados em regras, tais como a TGC e a FL, esse fenômeno é produto do ordenamento das regras. Essa ordem pode criar os efeitos considerandos transparentes e os efeitos considerados opacos. A formalização das regras, contudo, cede espaço às restrições na década de ’90. A TO elimina o excesso de representações intermediárias admitidas pelas teorias anteriores. A partir do ranking de restrições, uma língua é capaz de derivar o output mais harmônico, ou seja, aquele que não viola ou viola menos as restrições mais altas desse ordenamento. Atualmente, os pressupostos da TO têm sido amplamente adotados. Vários estudos em teoria fonológica assumem esse modelo, já que, sem dúvida, apresenta vantagens diante de abordagens baseadas em regras.No entanto, se há um consenso de que a gramática da TO é superior a outras propostas, há também uma consciência de que a teoria precisa refinar-se para abrigar todos os tipos de fenômenos existentes nas línguas. E a opacidade é um deles. Por isso, as generalizações que não podem ser explicadas pela teoria passam a ser alvo de muitas discussões na atualidade. No modelo baseado em restrições da Teoria da Otimidade, as generalizações opacas são ainda mais instigantes, já que a arquitetura padrão dessa teoria não é capaz de derivar muitas delas. Diante do impasse das interações opacas, muitas propostas têm sido desenvolvidas. Algumas se mantêm irredutíveis quanto ao formato inicial do modelo no que se refere ao paralelismo – Conjunção Local de restrições, Teoria da Simpatia e TO-CC. Outras optam por padrões de teorias anteriores, como estratos e níveis e, assim, agregam uma certa dose de serialismo ao paralelismo radical da Otimidade – LPM-TO e TO-Serial. Das abordagens que apresentamos, defendemos a estrutura gramatical oferecida pela Teoria da Otimidade Serial, sugerida por Itô e Mester (2003b). Pretendemos, com este estudo, contribuir ao debate atual sobre a opacidade, discutindo algumas dessas propostas a partir da análise de fenômenos opacos extraídos de línguas diversas. A partir dessa discussão, mostramos em que sentido o modelo aqui defendido é mais adequado para o exame de interações opacas.This thesis aims at studying the phonological Opacity phenomenon observing several theoretical models. We begin our study showing how opacity is approached in the generative theories previous to OT. Under the perspective of rules-based models, such as SPE and Lexical Phonology, this phenomenon is a product of rules ordering. This order can create the effects transparents ande the effects considered opaques. The rule formalization, however, give away to constraints in the 1990s. The OT eliminates the excess of intermediary representations allowed by the previous theories. A language can derive from the constraints ranking the most harmonious output. Currently, the OT presuppositions have been largerly adopted. Several studies on phonological theory follow this model, once it doubtless shows advantages over rules based approaches. However, if there is a consensus that OT grammar is superior to other proposals, there is also a consciousness of the necessity for the theory to be refined in order to approach all the kinds of phenomenon existing in the languages. One of those phenomena is the opacity. Thus, the generalizations that can not be explained by the theory become actually in matter of many discussions. The opaque generalizations are much more suggestive in the constraints based model of the Optimality Theory, once the standard architecture of this theory is not able to derive many of this generalizations. Many proposals has been developed because of the impasse on the opaque interactions. Some of those proposals keep irreducible in the initial model format, in that regard is the case of parallelism- Local Constraint Conjunction, Sympathy Theory and OTCC. Another proposals choose previous theories standards as strata and levels and,thus, they join an amount of stratalism to the extreme parallelism of Optimality – LPM-OT and Stratal- OT. Among the approaches showed in this thesis, we defend the grammatical structure offered by the Stratal Optimality Theory, proposed by Itô and Mester (2003b). With this study, we intend help to improve the current debate about opacity discussing some of those proposals based on the analysis of opaque phenomena extracted from several languages. From this discussion we show in what terms the model defended is the most convincing for the examination of opaque interactions.application/pdfporFonologiaOpacidade (fonologia)Teoria fonologicaOpacidade e teoria fonológica : de regras a restriçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2007doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000619296.pdf000619296.pdfTexto completoapplication/pdf1064910http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/12100/1/000619296.pdffefd993d8902fb778ed3ad0e08e11f8eMD51TEXT000619296.pdf.txt000619296.pdf.txtExtracted Texttext/plain378046http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/12100/2/000619296.pdf.txtde3f20c37dc3d36fbc816c9bd5383944MD52THUMBNAIL000619296.pdf.jpg000619296.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg940http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/12100/3/000619296.pdf.jpgfda69cb4600ac3384871b3aeebe2d098MD5310183/121002018-10-18 07:29:15.364oai:www.lume.ufrgs.br:10183/12100Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:29:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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