Aspectos produtivos de fêmeas suínas e suas leitegadas em diferentes sistemas de ambiência na maternidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/25594 |
Resumo: | A manutenção das matrizes suínas fora da zona de conforto térmico compromete o seu desempenho, em especial no período lactacional, devido a redução no consumo voluntário de ração e na produção de leite. O estresse por calor é um desafio devido a dificuldade da espécie em dissipar calor, tendo como principal alternativa o uso da respiração para perder calor em situações de alta temperatura. Alternativas estruturais, como ventilação, gotejamento, resfriamento de piso e uso de processo evaporativo adiabáticos servem para amenizar as perdas produtivas. O objetivo do estudo foi analisar a influência de três sistemas de ambiência utilizando as variáveis temperatura e umidade relativa do ar, sobre os aspectos produtivos de fêmeas suínas e suas leitegadas. Foram utilizadas 244 fêmeas, em três tratamentos e três repetições. Ambiente climatizado - AC (n= 79), temperatura da sala de maternidade controlada por um sistema de resfriamento evaporativo adiabático, associado à ventilação negativa; Ar sobre as fêmeas - ASF (n= 82), saída individual de ar refrigerado sobre as fêmeas associado ao manejo de cortinas; Manejo de cortinas - MC (n= 83). Nas matrizes foi avaliado; o peso, a espessura de toucinho (ET), o escore corporal visual (ECV) pós-parto e ao desmame, e o intervalo desmame-estro (IDE) e o consumo médio diário de ração (CMR) na lactação. Dos leitões foi registrado o peso na uniformização, aos 14 dias e ao desmame. As mínimas e máximas diárias das variáveis temperatura e umidade relativa do ar (UR) foram mensuradas, bem como calculados as médias destas. As variáveis foram analisadas pelo procedimento GLM. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey-Kramer, com nível de 5% de significância. A temperatura média observada no tratamento AC (23,0ºC) foi inferior e a UR (88,5%) superior quando comparada as dos demais. Para o CMR foi observada uma interação significativa entre os tratamentos e as repetições avaliadas. Na primeira repetição, o CMR foi maior no AC do que no MC. Na segunda repetição, não houve diferença entre os sistemas e, na terceira, os três sistemas diferiram entre si, com o maior CMR sendo observado no AC e o menor no MC. Apesar disso não foram observadas diferenças com relação a perda de peso lactacional e IDE. No entanto, o peso dos leitões ao desmame no AC (6164,2 g) foi semelhante aos demais, enquanto no ASF (6205,5 g) foi superior ao MC (5970,2 g). O tratamento ambiente climatizado foi efetivo em diminuir a temperatura ambiente, sendo uma alternativa para prover conforto térmico às fêmeas lactantes. No tratamento AC, o consumo de ração pelas fêmeas foi maior em uma das repetições, mas os leitões dos tratamentos AC e ASF tiveram desempenho semelhante e o primeiro não diferiu do MC, provavelmente por terem mobilizado mais energia para a manutenção da temperatura. |
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Morales, Oscar Ernesto dos SantosBortolozzo, Fernando Pandolfo2010-09-09T04:19:53Z2010http://hdl.handle.net/10183/25594000754338A manutenção das matrizes suínas fora da zona de conforto térmico compromete o seu desempenho, em especial no período lactacional, devido a redução no consumo voluntário de ração e na produção de leite. O estresse por calor é um desafio devido a dificuldade da espécie em dissipar calor, tendo como principal alternativa o uso da respiração para perder calor em situações de alta temperatura. Alternativas estruturais, como ventilação, gotejamento, resfriamento de piso e uso de processo evaporativo adiabáticos servem para amenizar as perdas produtivas. O objetivo do estudo foi analisar a influência de três sistemas de ambiência utilizando as variáveis temperatura e umidade relativa do ar, sobre os aspectos produtivos de fêmeas suínas e suas leitegadas. Foram utilizadas 244 fêmeas, em três tratamentos e três repetições. Ambiente climatizado - AC (n= 79), temperatura da sala de maternidade controlada por um sistema de resfriamento evaporativo adiabático, associado à ventilação negativa; Ar sobre as fêmeas - ASF (n= 82), saída individual de ar refrigerado sobre as fêmeas associado ao manejo de cortinas; Manejo de cortinas - MC (n= 83). Nas matrizes foi avaliado; o peso, a espessura de toucinho (ET), o escore corporal visual (ECV) pós-parto e ao desmame, e o intervalo desmame-estro (IDE) e o consumo médio diário de ração (CMR) na lactação. Dos leitões foi registrado o peso na uniformização, aos 14 dias e ao desmame. As mínimas e máximas diárias das variáveis temperatura e umidade relativa do ar (UR) foram mensuradas, bem como calculados as médias destas. As variáveis foram analisadas pelo procedimento GLM. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey-Kramer, com nível de 5% de significância. A temperatura média observada no tratamento AC (23,0ºC) foi inferior e a UR (88,5%) superior quando comparada as dos demais. Para o CMR foi observada uma interação significativa entre os tratamentos e as repetições avaliadas. Na primeira repetição, o CMR foi maior no AC do que no MC. Na segunda repetição, não houve diferença entre os sistemas e, na terceira, os três sistemas diferiram entre si, com o maior CMR sendo observado no AC e o menor no MC. Apesar disso não foram observadas diferenças com relação a perda de peso lactacional e IDE. No entanto, o peso dos leitões ao desmame no AC (6164,2 g) foi semelhante aos demais, enquanto no ASF (6205,5 g) foi superior ao MC (5970,2 g). O tratamento ambiente climatizado foi efetivo em diminuir a temperatura ambiente, sendo uma alternativa para prover conforto térmico às fêmeas lactantes. No tratamento AC, o consumo de ração pelas fêmeas foi maior em uma das repetições, mas os leitões dos tratamentos AC e ASF tiveram desempenho semelhante e o primeiro não diferiu do MC, provavelmente por terem mobilizado mais energia para a manutenção da temperatura.Maintaining sows outside the zone of thermal comfort compromises their performance, especially during lactation, mainly due to reductions in voluntary feed intake and milk production. The heat stress is a challenge because of the difficulty of the sow to dissipate heat with the main alternative use of breathing to lose heat in situations of high temperature. Structural alternatives, such as ventilation, drip, cooling and floor using adiabatic evaporative cooling to mitigate losses arising productive. This study analyzes the influence of three different cooling systems on the productivity of sows and their litters using the variables temperature and relative humidity. Two hundred and forty-four females were divided into three treatment and three replication groups: air-conditioned - AC (n = 79), with farrowing house temperature controlled by a system of adiabatic evaporative cooling combined with negative ventilation; snout cooler - SC (n = 82), with a cold air outlet directed towards females, combined with management of curtains; and management of curtains - MC (n = 83). The following variables were assessed for all sows: weight, backfat thickness (BFT), and visual body condition score (BCS), postpartum and at weaning, as well as weaning-to-estrus interval (WEI) and average daily feed intake (ADFI) during lactation. Piglet weight was recorded at cross-fostering, after 14 days, and at weaning. Minimum and maximum daily temperatures and relative humidity (RH) were measured and averaged. Variables were analyzed using the GLM procedure and means were compared using the Tukey-Kramer test at the 5% level of significance. Lower temperature averages were found for the AC treatment (23.0°C) and higher for RH (88.5%) than for others. There was significant interaction between treatment and evaluation periods for ADFI. In the first period, ADFI was higher in the AC group than in the MC one. In the second, there was no difference between the systems, while the three systems differed significantly in the third, with the largest ADFI found in AC and the lowest in MC. Yet there were no differences with respect to lactation weight loss and WEI. However, piglet weight at weaning in the AC group (6164.2g) was lower than in the SC (6205.5g) and higher than in the MC (5970.2g). The air-conditioned room treatment was effective in decreasing the temperature, and an alternative to provide thermal comfort to the lactating. In the air-conditioned room treatment, feed intake by females was higher in the replications, but the piglets from treatments air-conditioned room and snout cooler were similar and not different from the first management of curtains, probably because they had mobilized more energy to maintain temperature.application/pdfporReprodução animal : SuínosLeitao : Nutricao animal : CrescimentoLactaçãoCondição ambientalCooling systemsFeed intakePiglet weightTemperatureRelative humidityAspectos produtivos de fêmeas suínas e suas leitegadas em diferentes sistemas de ambiência na maternidadeInfluence of different farrowing house cooling systems on the productivity of sows and their litters info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000754338.pdf000754338.pdfTexto completoapplication/pdf135679http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25594/1/000754338.pdf2d289537793f695c331644c454bfb935MD51TEXT000754338.pdf.txt000754338.pdf.txtExtracted Texttext/plain88685http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25594/2/000754338.pdf.txt37259b6c09aeadadfaa4ade02d036884MD52THUMBNAIL000754338.pdf.jpg000754338.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1128http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25594/3/000754338.pdf.jpgbc963299586043b1b9ecd2fb62434865MD5310183/255942018-10-22 09:32:41.235oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25594Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T12:32:41Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A manutenção das matrizes suínas fora da zona de conforto térmico compromete o seu desempenho, em especial no período lactacional, devido a redução no consumo voluntário de ração e na produção de leite. O estresse por calor é um desafio devido a dificuldade da espécie em dissipar calor, tendo como principal alternativa o uso da respiração para perder calor em situações de alta temperatura. Alternativas estruturais, como ventilação, gotejamento, resfriamento de piso e uso de processo evaporativo adiabáticos servem para amenizar as perdas produtivas. O objetivo do estudo foi analisar a influência de três sistemas de ambiência utilizando as variáveis temperatura e umidade relativa do ar, sobre os aspectos produtivos de fêmeas suínas e suas leitegadas. Foram utilizadas 244 fêmeas, em três tratamentos e três repetições. Ambiente climatizado - AC (n= 79), temperatura da sala de maternidade controlada por um sistema de resfriamento evaporativo adiabático, associado à ventilação negativa; Ar sobre as fêmeas - ASF (n= 82), saída individual de ar refrigerado sobre as fêmeas associado ao manejo de cortinas; Manejo de cortinas - MC (n= 83). Nas matrizes foi avaliado; o peso, a espessura de toucinho (ET), o escore corporal visual (ECV) pós-parto e ao desmame, e o intervalo desmame-estro (IDE) e o consumo médio diário de ração (CMR) na lactação. Dos leitões foi registrado o peso na uniformização, aos 14 dias e ao desmame. As mínimas e máximas diárias das variáveis temperatura e umidade relativa do ar (UR) foram mensuradas, bem como calculados as médias destas. As variáveis foram analisadas pelo procedimento GLM. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey-Kramer, com nível de 5% de significância. A temperatura média observada no tratamento AC (23,0ºC) foi inferior e a UR (88,5%) superior quando comparada as dos demais. Para o CMR foi observada uma interação significativa entre os tratamentos e as repetições avaliadas. Na primeira repetição, o CMR foi maior no AC do que no MC. Na segunda repetição, não houve diferença entre os sistemas e, na terceira, os três sistemas diferiram entre si, com o maior CMR sendo observado no AC e o menor no MC. Apesar disso não foram observadas diferenças com relação a perda de peso lactacional e IDE. No entanto, o peso dos leitões ao desmame no AC (6164,2 g) foi semelhante aos demais, enquanto no ASF (6205,5 g) foi superior ao MC (5970,2 g). O tratamento ambiente climatizado foi efetivo em diminuir a temperatura ambiente, sendo uma alternativa para prover conforto térmico às fêmeas lactantes. No tratamento AC, o consumo de ração pelas fêmeas foi maior em uma das repetições, mas os leitões dos tratamentos AC e ASF tiveram desempenho semelhante e o primeiro não diferiu do MC, provavelmente por terem mobilizado mais energia para a manutenção da temperatura. |
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