Avaliação da exposição ocupacional em profissionais que manipulam e administram medicamentos antineoplásicos em um hospital universitário do sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/212604 |
Resumo: | Introdução: Os medicamentos antineoplásicos são amplamente utilizados no tratamento do câncer. Apresentam características citotóxicas, podendo apresentar potencial risco de exposição aos profissionais responsáveis pelo seu manuseio. O monitoramento biológico, como a avaliação de parâmetros de estresse oxidativo e de danos de genotoxicidade são importantes para melhorar a segurança e diminuir o risco ocupacional dos trabalhadores envolvidos. Objetivo: Demonstrar os efeitos da exposição ocupacional aos medicamentos antineoplásicos sobre parâmetros de estresse oxidativo e dano ao DNA, em profissionais da saúde envolvidos no manuseio desses agentes em um hospital universitário no sul do Brasil. Método: O estudo caso-controle com delineamento longitudinal, envolveu 64 indivíduos, sendo 29 farmacêuticos, técnicos de farmácia e enfermeiros expostos ocupacionalmente aos medicamentos antineoplásicos e 35 profissionais não expostos. Foram avaliados a presença de mutações gênicas através do teste de micronúcleos a partir de fluido salivar, o dano ao DNA pelo ensaio de cometa e parâmetros de estresse oxidativo em sangue total. Resultados: Todos os trabalhadores expostos aos medicamentos antineoplásicos utilizavam equipamentos de proteção individual (EPI), de acordo com sua atividade e recomendação internacional. Foi demonstrado que os níveis da enzima glutationa reduzida (GSH) e da quantidade de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) apresentaram interação entre grupo e tempo, com níveis maiores uma semana pós-manuseio/administração de medicamentos antineoplásicos no grupo exposto. Adicionalmente, evidenciou-se um efeito do grupo nas atividades das enzimas antioxidantes catalase e glutationa peroxidase, onde trabalhadores ocupacionalmente expostos aos medicamentos antineoplásicos apresentaram maiores atividades enzimáticas em relação aos não expostos. Não foi demonstrado dano genotóxico através dos parâmetros avaliados. Conclusão: Apesar da utilização correta de EPI, os profissionais ocupacionalmente expostos a medicamentos antineoplásicos foram mais suscetíveis ao estresse oxidativo do que os não expostos. A avaliação dos parâmetros estudados é de grande importância para a definição de condutas e práticas na área, sempre em busca de garantir o estabelecimento de uma política racional de proteção à saúde do trabalhador. |
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Ness, Sandro Luis RibeiroCapp, Edison2020-08-05T03:38:17Z2020http://hdl.handle.net/10183/212604001116611Introdução: Os medicamentos antineoplásicos são amplamente utilizados no tratamento do câncer. Apresentam características citotóxicas, podendo apresentar potencial risco de exposição aos profissionais responsáveis pelo seu manuseio. O monitoramento biológico, como a avaliação de parâmetros de estresse oxidativo e de danos de genotoxicidade são importantes para melhorar a segurança e diminuir o risco ocupacional dos trabalhadores envolvidos. Objetivo: Demonstrar os efeitos da exposição ocupacional aos medicamentos antineoplásicos sobre parâmetros de estresse oxidativo e dano ao DNA, em profissionais da saúde envolvidos no manuseio desses agentes em um hospital universitário no sul do Brasil. Método: O estudo caso-controle com delineamento longitudinal, envolveu 64 indivíduos, sendo 29 farmacêuticos, técnicos de farmácia e enfermeiros expostos ocupacionalmente aos medicamentos antineoplásicos e 35 profissionais não expostos. Foram avaliados a presença de mutações gênicas através do teste de micronúcleos a partir de fluido salivar, o dano ao DNA pelo ensaio de cometa e parâmetros de estresse oxidativo em sangue total. Resultados: Todos os trabalhadores expostos aos medicamentos antineoplásicos utilizavam equipamentos de proteção individual (EPI), de acordo com sua atividade e recomendação internacional. Foi demonstrado que os níveis da enzima glutationa reduzida (GSH) e da quantidade de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) apresentaram interação entre grupo e tempo, com níveis maiores uma semana pós-manuseio/administração de medicamentos antineoplásicos no grupo exposto. Adicionalmente, evidenciou-se um efeito do grupo nas atividades das enzimas antioxidantes catalase e glutationa peroxidase, onde trabalhadores ocupacionalmente expostos aos medicamentos antineoplásicos apresentaram maiores atividades enzimáticas em relação aos não expostos. Não foi demonstrado dano genotóxico através dos parâmetros avaliados. Conclusão: Apesar da utilização correta de EPI, os profissionais ocupacionalmente expostos a medicamentos antineoplásicos foram mais suscetíveis ao estresse oxidativo do que os não expostos. A avaliação dos parâmetros estudados é de grande importância para a definição de condutas e práticas na área, sempre em busca de garantir o estabelecimento de uma política racional de proteção à saúde do trabalhador.Introduction: Antineoplastic drugs are widely used in the cancer´s systemic treatment. They present cytotoxic characteristics occurring occupational exposure to the professionals involved in its handling. Biological monitoring, such as the oxidative stress parameters and DNA damage evaluation are important to improve safety and reduce the occupational risk of the workers involved. Objective: Our goal was to demonstrate the effects of occupational exposure to antineoplastic drugs on oxidative stress parameters and DNA damage in , in health professionals who manipulate and administer antineoplastic drugs who manipulate and administer antineoplastic drugs in a University Hospital in Southern Brazil. Methods: The case-control study with a longitudinal design, involved 64 individuals, 29 of them pharmacists, pharmacy technicians and nurses who were occupationally exposed to antineoplastic drugs and 35 professionals who were not exposed. Gene mutations were determined by micronucleus from salivary fluid; DNA damage by comet assay and oxidative stress parameters in whole blood were also evaluated. Results: All workers exposed to antineoplastic drugs used personal protective equipment (PPE). It was demonstrated that the total non-protein thiol and thiobarbituric acid reactive substances levels showed interaction between group and time, with higher levels one week after handling/administration of antineoplastic drugs in the exposed group. Additionally, there was a group effect on the activities of the catalase and glutathione peroxidase antioxidant enzymes, and workers occupationally exposed to antineoplastic drugs had higher enzyme activities compared to those not exposed. No genotoxic damage was demonstrated through the evaluated parameters. Conclusions: Despite the correct use of PPE, professionals occupationally exposed to antineoplastic drugs were more susceptible to oxidative stress than those not exposed. The evaluation of the studied parameters is especially important for the definition of conducts and practices in the area, always in search of guaranteeing the establishment of a rational policy to protect workers' health.application/pdfporTestes para micronúcleosAntineoplásicosEstresse oxidativoCromatografiaUrinaExposição ocupacionalEnsaio cometaAntineoplastic agentOccupational exposureComet assayOxidative stressMicronucleus testChromatographyUrineAvaliação da exposição ocupacional em profissionais que manipulam e administram medicamentos antineoplásicos em um hospital universitário do sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001116611.pdf.txt001116611.pdf.txtExtracted Texttext/plain169024http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212604/2/001116611.pdf.txt1d34fb5aaad6a50515a55c5781118768MD52ORIGINAL001116611.pdfTexto completoapplication/pdf999911http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212604/1/001116611.pdf3f342b2fef111684c4d934e38f680f4cMD5110183/2126042023-05-26 03:28:53.222077oai:www.lume.ufrgs.br:10183/212604Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-05-26T06:28:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: Os medicamentos antineoplásicos são amplamente utilizados no tratamento do câncer. Apresentam características citotóxicas, podendo apresentar potencial risco de exposição aos profissionais responsáveis pelo seu manuseio. O monitoramento biológico, como a avaliação de parâmetros de estresse oxidativo e de danos de genotoxicidade são importantes para melhorar a segurança e diminuir o risco ocupacional dos trabalhadores envolvidos. Objetivo: Demonstrar os efeitos da exposição ocupacional aos medicamentos antineoplásicos sobre parâmetros de estresse oxidativo e dano ao DNA, em profissionais da saúde envolvidos no manuseio desses agentes em um hospital universitário no sul do Brasil. Método: O estudo caso-controle com delineamento longitudinal, envolveu 64 indivíduos, sendo 29 farmacêuticos, técnicos de farmácia e enfermeiros expostos ocupacionalmente aos medicamentos antineoplásicos e 35 profissionais não expostos. Foram avaliados a presença de mutações gênicas através do teste de micronúcleos a partir de fluido salivar, o dano ao DNA pelo ensaio de cometa e parâmetros de estresse oxidativo em sangue total. Resultados: Todos os trabalhadores expostos aos medicamentos antineoplásicos utilizavam equipamentos de proteção individual (EPI), de acordo com sua atividade e recomendação internacional. Foi demonstrado que os níveis da enzima glutationa reduzida (GSH) e da quantidade de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) apresentaram interação entre grupo e tempo, com níveis maiores uma semana pós-manuseio/administração de medicamentos antineoplásicos no grupo exposto. Adicionalmente, evidenciou-se um efeito do grupo nas atividades das enzimas antioxidantes catalase e glutationa peroxidase, onde trabalhadores ocupacionalmente expostos aos medicamentos antineoplásicos apresentaram maiores atividades enzimáticas em relação aos não expostos. Não foi demonstrado dano genotóxico através dos parâmetros avaliados. Conclusão: Apesar da utilização correta de EPI, os profissionais ocupacionalmente expostos a medicamentos antineoplásicos foram mais suscetíveis ao estresse oxidativo do que os não expostos. A avaliação dos parâmetros estudados é de grande importância para a definição de condutas e práticas na área, sempre em busca de garantir o estabelecimento de uma política racional de proteção à saúde do trabalhador. |
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