Normas clínicas do instrumento TRIACOG para rastreio cognitivo após acidadente vascular cerebral

• Autor(a) principal: Schmidt, Luis Filipe Silveira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/221722
• topic: Triagem; Cognição; Avaliacao neuropsicologica; Fatores etários; Escolaridade; Acidente vascular cerebral; Psicometria; Stroke; Cognitive screenin; TRIACOG; Normative data; Cutoff points

Déficits cognitivos ocorrem na maioria dos pacientes pós-AVC. Além disso, o prejuízo cognitivo causado por esse evento é um importante preditor de declínio cognitivo e demência vascular a longo prazo. No entanto, instrumentos de triagem cognitiva tipicamente usados, como Mini Exame do Estado Mental ou MoCA, não fornecem informações apropriadas para avaliar o impacto cognitivo na fase aguda pós-AVC. O TRIACOG busca compreender essa demanda, sendo um dos poucos instrumentos feito para o rastreio cognitivo no AVC, único no Brasil. Essa dissertação objetiva a normatização do instrumento, a partir da comparação entre pacientes pós-AVC e indivíduos cognitivamente saudáveis, utilizando pontos de corte para os escores de domínios cognitivos e subtestes acessados com o TRIACOG. Também serão propostos ajustes de acordo com idade e escolaridade. Dados de escolaridade, idade e escores no TRIACOG dos 153 participantes, dos quais 87 são pacientes pós-AVC e 66 saudáveis, são descritos e suas médias comparadas. Three-way ANOVA foi utilizada para se observar os efeitos e interações entre grupo (AVC x Saudável), idade (40 a 59 e 60 a 75 anos) e escolaridade (3 a 7 e 8 a 11 anos de estudos) nos resultados do TRIACOG. Pontos de corte foram estabelecidos através de análises de curvas ROC. Os resultados confirmaram a influência dos fatores grupo (AVC x Saudável), idade e escolaridade nos escores das tarefas do TRIACOG. Normas ajustadas por faixa-etária e anos de estudos foram propostas para os nove domínios cognitivos e treze subtestes do instrumento. Reitera-se a importância de normas ajustadas para idade e escolaridade, principalmente no contexto brasileiro de disparidade social. Ressalta-se a relevância dos pontos de corte para cada tarefa e domínio do instrumento, aumentando a precisão na identificação de déficits em pacientes pós- AVC.