Biomarcadores séricos e prognóstico no acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Backes, Fabiane Neiva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/132165
Resumo: Fundamentação: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte em todo o mundo e a maioria dos sobreviventes permanece com alguma sequela neurológica após o evento agudo. O presente estudo objetiva investigar a associação de alguns biomarcadores sanguíneos com as escalas de AVC, bem como avaliar a capacidade dos biomarcadores selecionados na predição de desfechos neurológicos durante o tempo de acompanhamento. Material e Métodos: Incluímos nesse estudo 60 pacientes com AVC agudo admitidos na unidade neurovascular da emergência ou na unidade de medicina intensiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, nas primeiras 24 horas do início dos sintomas. Foram coletas amostras sanguíneas nas primeiras 24 horas, no terceiro e no quinto dias após o AVC para dosagem de enolase neurônio específica (ENS), proteína S100ß (S100ß), interleucina 6 (IL-6), proteína C reativa (PCR) e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). A gravidade do AVC e o grau de dependência funcional dos pacientes após o AVC foram mensurados através das escalas do National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) e modified Rankin Scale (mRS) nos três momentos das coletas sanguíneas e na alta hospitalar. Resultados: Os níveis séricos de S100ß, IL-6 e PCR mostraram-se o melhor painel de biomarcadores após o AVC nesse estudo. Quando os pacientes foram subdivididos em dois grupos para a avaliação de desfechos neurológicos, usando as escalas do NIHSS (NIHSS ≤ 6 e NHISS > 6) e mRS (mRS ≤ 3 e mRS > 3), ambas as escalas apresentaram boa associação entre as concentrações de S100ß e de IL-6 em todas as medidas e as escalas de AVC para bom prognóstico (NIHSS ≤ 6 e mRS ≤ 3) na alta hospitalar. Dentre os biomarcadores selecionados para o estudo, foram os três citados acima que apresentaram as melhores correlações com as escalas de AVC e com o prognóstico pós AVC durante o tempo de acompanhamento. Conclusão: Os biomarcadores séricos podem ser úteis na avaliação da gravidade e do prognóstico após o AVC. A associação de S100ß, IL-6 e PCR parece acrescentar pouco às escalas validadas de AVC na capacidade de predizer desfechos após o evento agudo.
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Foram coletas amostras sanguíneas nas primeiras 24 horas, no terceiro e no quinto dias após o AVC para dosagem de enolase neurônio específica (ENS), proteína S100ß (S100ß), interleucina 6 (IL-6), proteína C reativa (PCR) e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). A gravidade do AVC e o grau de dependência funcional dos pacientes após o AVC foram mensurados através das escalas do National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) e modified Rankin Scale (mRS) nos três momentos das coletas sanguíneas e na alta hospitalar. Resultados: Os níveis séricos de S100ß, IL-6 e PCR mostraram-se o melhor painel de biomarcadores após o AVC nesse estudo. Quando os pacientes foram subdivididos em dois grupos para a avaliação de desfechos neurológicos, usando as escalas do NIHSS (NIHSS ≤ 6 e NHISS > 6) e mRS (mRS ≤ 3 e mRS > 3), ambas as escalas apresentaram boa associação entre as concentrações de S100ß e de IL-6 em todas as medidas e as escalas de AVC para bom prognóstico (NIHSS ≤ 6 e mRS ≤ 3) na alta hospitalar. Dentre os biomarcadores selecionados para o estudo, foram os três citados acima que apresentaram as melhores correlações com as escalas de AVC e com o prognóstico pós AVC durante o tempo de acompanhamento. Conclusão: Os biomarcadores séricos podem ser úteis na avaliação da gravidade e do prognóstico após o AVC. A associação de S100ß, IL-6 e PCR parece acrescentar pouco às escalas validadas de AVC na capacidade de predizer desfechos após o evento agudo.Background and Purpose: Stroke is an important cause of death worldwide, and the majority of stroke survivors suffer from some form of residual disability. This study aimed to investigate the association of blood biomarkers with stroke scales and their predictive value after acute stroke at the time of admission until hospital discharge. Design and Methods: We investigated 60 patients with acute stroke who were admitted within 24 h of event onset at the intensive care unit or neurovascular emergency unit of Clínicas Hospital. All patients provided venous blood samples for the measurement of neuron-specific enolase (NSE), S100ß protein (S100ß), interleukin-6 (IL-6), C-reactive protein (CRP) and brain-derived neurotrophic factor (BDNF) within 24 h of the acute event, on the third day and on the fifth day after the stroke. Neurological stroke severity and global disability were determined with the National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) and modified Rankin Scale (mRS) at the same three times of blood collection and at the time of hospital discharge. Results: The serum levels of the S100ß protein, IL-6 and CRP seem to constitute the best panel of biomarkers after acute stroke in this study. When patients were subdivided into two groups according to the NIHSS (NIHSS ≤ 6 and NIHSS > 6) and mRS (mRS ≤ 3 and mRS > 3) scores, which were used as neurological outcome measures, both neurologic scores for good outcome (NIHSS ≤ 6 and mRS ≤ 3) at hospital discharge were significantly related to the S100ß protein and IL-6 levels at all of the measured time points. Among the analyzed blood markers, S100ß, IL-6 and PCR levels significanttly correlated with the stroke scales and prognostic value. Conclusion: Blood biomarkers may be useful in acute stroke either by suggesting stroke severity or providing a prognostic value. The addition of the S100ß protein, IL-6 and CRP to previously validated stroke scales slightly improves the ability of these scales to predict outcome.application/pdfporAcidente vascular cerebralBiomarcadores farmacológicosPrognósticoCerebral strokeBlood biomarkersOutcomeNeuron-specific enolaseS100ß proteinInterleukin-6C-reactive proteinBrain-derived neurotrophic factorBiomarcadores séricos e prognóstico no acidente vascular cerebralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000982135.pdf.txt000982135.pdf.txtExtracted Texttext/plain135222http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132165/2/000982135.pdf.txt019586ae9d089ace7829911c5619aabdMD52ORIGINAL000982135.pdf000982135.pdfTexto completoapplication/pdf3656636http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132165/1/000982135.pdf9d5acfcbe5a5cbac13452f0340c55101MD5110183/1321652020-05-30 03:37:46.377318oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132165Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-05-30T06:37:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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