Respostas fisiológicas, ganho de peso e tempo de internação hospitalar de bebês pré-termos observados na posição mãe-canguru e na posição prona na incubadora

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miltersteiner, Aline
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/259588
Resumo: O Método Mãe-Canguru surgiu na Colômbia, como alternativa à falta de incubadoras aos bebês que nasciam pré-termos e com baixo peso. A Posição Mãe-Canguru é um componente do método e consiste no neonato junto ao seio materno, em posição vertical, por várias horas dependendo da disponibilidade da mãe. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos das posições Mãe-Canguru e Prona nas respostas fisiológicas, no ganho de peso e no tempo de internação hospitalar de bebês pré-termos. Foram estudados 35 pré-termos em ventilação espontânea, de ambos os sexos, sem outra doença, provenientes da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do Hospital Geral de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Os pacientes foram distribuídos em: grupo Canguru (Posição Mãe-Canguru) e grupo Controle (Posição Prona) para um ensaio clínico randomizado. Foram submetidos à Posição Mãe-Canguru ou à Posição Prona, no período de uma hora, diariamente, por sete dias, consecutivamente. Os dados das respostas fisiológicas foram registrados no primeiro minuto, aos trinta e aos sessenta minutos. Aferição e registro do ganho de peso e tempo de internação hospitalar foram realizados diariamente do momento da inclusão no estudo até alta hospitalar. Para análise estatística foram utilizados o teste Qui-quadrado, o teste t de Student e a Análise de Sobrevivência de Kaplan-Meier. Os neonatos apresentaram média de idade gestacional de 32 semanas, no momento da inclusão no estudo a idade foi de 22 e 20 dias, as médias de peso ao nascimento foram 1578g e 1539g, as médias de peso pós-natal de 1745g e 1733g, nos grupos Canguru e Controle, respectivamente; sem diferença estatística significante entre os grupos. A comparação dos valores das médias das respostas fisiológicas quanto à freqüência respiratória e freqüência cardíaca nos grupos Canguru e Controle no primeiro minuto, aos trinta e ao sessenta minutos de intervenvação, não mostrou diferença estatística; para saturação periférica de oxigênio (SpO₂) e temperatura axilar (TAx) os valores das médias do grupo Canguru foram maiores, com significância estatística nas aferições registradas aos trinta e aos sessenta minutos (P= 0,040 e P= 0,005 para SpO₂ e P= 0,004 e P=0,00001 para TAx). Quanto ao ganho de peso não houve diferença estatística entre as médias de ganho de peso diário (P= 0,169) e total entre os grupos (P= 0,753). O grupo Canguru mostrou diferença com significância estatística no tempo de internação hospitalar, média de 8,04 dias (DP±l,01) em comparação ao grupo Controle com 10,11 dias (DP±1,94), sendo P=0,004. Concluiu-se que os bebês submetidos à Posição Mãe-Canguru quando comparados aos submetidos à Posição Prona, no período de uma hora, mostraram aumento nos valores das respostas fisiológicas e semelhança no ganho de peso. Quanto ao tempo de internação hospitalar se verificou diminuição desse período no grupo Canguru, em dois dias, com diferença estatística significante.
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A comparação dos valores das médias das respostas fisiológicas quanto à freqüência respiratória e freqüência cardíaca nos grupos Canguru e Controle no primeiro minuto, aos trinta e ao sessenta minutos de intervenvação, não mostrou diferença estatística; para saturação periférica de oxigênio (SpO₂) e temperatura axilar (TAx) os valores das médias do grupo Canguru foram maiores, com significância estatística nas aferições registradas aos trinta e aos sessenta minutos (P= 0,040 e P= 0,005 para SpO₂ e P= 0,004 e P=0,00001 para TAx). Quanto ao ganho de peso não houve diferença estatística entre as médias de ganho de peso diário (P= 0,169) e total entre os grupos (P= 0,753). O grupo Canguru mostrou diferença com significância estatística no tempo de internação hospitalar, média de 8,04 dias (DP±l,01) em comparação ao grupo Controle com 10,11 dias (DP±1,94), sendo P=0,004. Concluiu-se que os bebês submetidos à Posição Mãe-Canguru quando comparados aos submetidos à Posição Prona, no período de uma hora, mostraram aumento nos valores das respostas fisiológicas e semelhança no ganho de peso. Quanto ao tempo de internação hospitalar se verificou diminuição desse período no grupo Canguru, em dois dias, com diferença estatística significante.Kangaroo-Mother Care was designed in Colombia as an alternative to the lack of incubators for preterm low birth weight babies. The Kangaroo Mother Position is a part of Kangaroo Mother Care, which consists of skin-to-skin contact between mother’s chest and child, in an upright position, being feasible for several hours or while the mother might perform it. The purpose of this study was to compare the effect of Kangaroo Mother Position and Prone Position on physiological responses, weight gain and length of hospital stay of neonates admitted at the neonatal intensive care unit. They were studied 35 preterm newborns, spontaneously ventilating, regardless of gender and without diseases in a randomized clinicai trial at the Neonatal Intensive Care Unit of Hospital Geral de Caxias do Sul, RS, Brasil. This sample was distributed in two groups: Kangaroo (intervention- submitted to Kangaroo mother position) and Control (control- submitted to prone position at the incubator) and followed during one hour per day throughout one week. Data of physiological responses were registered in the first minute, in the 3Oth minute and in the 60th minute. It was also daily recorded the weight gain and total days of hospital stay in both groups until the discharge. Statistical analysis was done with Studenfs t test, Chi-Square test and Kaplan-Meier Survival Analysis. Baseline characteristics between group Kangaroo and Control were birth weight (g): 1578 and 1539; weight at inclusion in the study (g): 1745 and 1733, age at inclusion (days): 22 and 20; mean gestational age in both groups: about 32 weeks, no statistical difference within both groups. Comparison of mean values of physiological responses has not resulted statistical differences between both groups for heart rate and respiratory frequency at the 1st, 30th and the 60th minute. Increase with statistical signifícant difference in oxygen saturation at the 30th and the 60th minute was demonstrated (P=0.04 and P=0.005 for 30th and the 60th minute, respectively), as well as axillary temperature (P=0.004 and P<0.0001 for 30th and the 60th minute, respectively), with higher mean values to the group Kangaroo. There were not statistical differences within both groups on daily weight gain (P=0.169) and on total weight gain (P=0.753). The length of hospital stay (in days) presented a mean of 8.04 ± 1,01 days (mean ± standard deviation) to the group Kangaroo and 10.1 ± 1.94 days to the group Control, P=0.004. It has concluded that Kangaroo Mother Position, compared to Prone Position, during one hour per day throughout one week, has promoted improvement of physiological responses in preterm babies, within a period of one hour per day throughout one week, did not improve the daily and total weight gain in this study; and has shortened the length of hospital stay and resulted in discharge about two days earlier than babies in the Prone Position.application/pdfporRecém-nascido prematuroMétodo mãe-canguruGanho de pesoTempo de internaçãoRecém-nascidoRespostas fisiológicas, ganho de peso e tempo de internação hospitalar de bebês pré-termos observados na posição mãe-canguru e na posição prona na incubadorainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: PediatriaPorto Alegre, BR-RS2004mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000450326.pdf.txt000450326.pdf.txtExtracted Texttext/plain122031http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/259588/2/000450326.pdf.txt25694acbd6ea3812b8588d60d02b45ffMD52ORIGINAL000450326.pdfTexto completoapplication/pdf4871015http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/259588/1/000450326.pdfc9ca2dd2b979ba35af35b9fcdf1cf076MD5110183/2595882023-06-29 03:30:32.132302oai:www.lume.ufrgs.br:10183/259588Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-29T06:30:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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